Com baixo escoamento da carne bovina, escalas de abate seguem alongadas no estado do Mato Grosso
As programações de abate no estado do Mato Grosso seguem alongadas e atendem a média de 10,92 dias úteis. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), esse cenário se deve ao baixo escoamento da carne bovina no mercado interno.
A referência para a vaca gorda foi cotada a R$ 173,39/@, recuo de 1,97% ante a última semana. No caso do boi gordo, os preços tiveram uma baixa de 1,97% no comparativo semanal, em que está atualmente precificado em R$ 173,39/@.
“Na Bolsa Brasileira (B3), o contrato com vencimento em out/23 desvalorizou 7,31% no último comparativo semanal, e fechou na média de R$ 208,72/@”, relatou o instituto em seu boletim semanal.
Com relação ao diferencial de base entre o estado do Mato Grosso e São Paulo, a parcial de ago/23 (até 15/08) teve uma queda de 14,27%. “O indicador está 9,38 p.p. maior que o observado em ago/21, quando a diferença entre as cotações do boi gordo em MT e SP (valores a prazo e livre de Funrural) foi de 4,89%, frente ao período em que a @ do boi gordo em MT estava em R$ 300,99/@”, destacou o IMEA.
O instituto ainda reportou que a maior oferta de bovinos nos abates no estado justifica a maior desvalorização dos preços no estado e o alongamento no diferencial de base.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado dos abates de janeiro a março deste ano 23 em São Paulo foi 7,36% menor que no mesmo período de 2022. Já no estado do Mato Grosso, o volume de bovinos abatidos foi 7,41% maior no mesmo comparativo. Desse modo, no curto prazo, a maior oferta de bovinos nas indústrias do Mato Grosso frente ao estado de São Paulo tende a pressionar os preços matogrossenses de forma mais intensa, permanecendo o distanciamento entre as cotações do estado.