Brasil está estudando maneiras de rastrear melhor a origem do gado, diz Fávaro

Publicado em 28/04/2023 08:27

Por Ana Mano

(Reuters) - O governo federal está buscando maneiras de executar com mais eficiência a desafiadora tarefa de rastrear as origens do gado criado para abate, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quinta-feira.

É crucial para compradores, como frigoríficos, saber a origem exata do gado do Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina, já que é crime a criação de gado em áreas de floresta desmatada ilegalmente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prometido tomar medidas rigorosas contra crimes ambientais, e a verificação da origem do gado é fundamental para garantir que os animais não provenham de áreas desmatadas da Amazônia ou do Cerrado.

"O formato e o modelo estão abertos para discussão", disse Fávaro a repórteres durante um evento da indústria de carne bovina, referindo-se às propostas de verificação da origem do gado.

"Tem que ser passo a passo", disse ele, citando obstáculos como a falta de conectividade com a internet em certas áreas remotas onde o gado é criado. Fávaro destacou que não se pode exigir dos produtores algo para o qual eles não estão preparados.

O ministro disse que qualquer sistema que não seja verificável carece de credibilidade e equivaleria a um "greenwashing" (termo em inglês para referir-se a práticas sustentáveis enganosas), acrescentando que isso não ajudaria o Brasil a abrir novos mercados para sua carne.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse no mesmo evento que grileiros, e não fazendeiros, são os culpados pelo desmatamento da floresta amazônica.

(Reportagem de Ana Mano)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Boi/Cepea: Altas seguem firmes; escalas são ainda menores que em outubro
Scot Consultoria: Alta na categoria de fêmeas em SP
Brangus repudia veto do Carrefour à carne do Mercosul
Boi tem fôlego para novas altas até o final do ano com arroba testando os R$400, alerta pecuarista
Radar Investimentos: Margens das industriais frigoríficas permanecem razoáveis
Goiás busca reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação
undefined