Um dos maiores confinamentos do País, com 220 mil cabeças terminadas em 2022, realiza circuito de eventos no Mato Grosso do Sul

Publicado em 03/04/2023 11:05

Os pecuaristas comemoram a queda do embargo chinês às exportações brasileiras de carne bovina, que encerraram 2022 com um faturamento de US$ 13 bilhões. E boas notícias não param de chegar, com a abertura de novos mercados na Ásia e América do Norte. Indonésia já anunciou a compra de 100 mil toneladas e o México incluiu o Brasil entre os países habilitados para suprir outra cota de 180 mil toneladas, segundo informações de Hyberville Neto, analista de mercado da consultoria HN Agro.

Dentro do Brasil, o panorama também é positivo. A USDA, sigla em inglês do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, estima um aumento de 1,5% no consumo doméstico de carne bovina, devendo elevar uma demanda até então estagnada. “Mesmo que o preço não caia de forma significativa no varejo, aguardamos um aumento tanto no consumo per capita quanto no volume total, pela maior oferta de gado”, prevê o analista.

Pecuarista deve se preparar

Apesar do momento de baixa do ciclo pecuário e a proximidade de oferta de safra característica dos meses de maio e junho, esta é uma excelente oportunidade para o produtor montar uma “poupança de arrobas” na fazenda. “Aumentar o estoque de arrobas jovens (bezerros), que demandam menor custo de manutenção e também favorecidos pela melhor relação de troca dos últimos 38 meses, ajuda a rentabilizar a operação no médio ou longo prazos”, avalia Hyberville Neto.

Outro fator importante é a manutenção da taxa Selic em 13% pelo Banco Central. “O pecuarista que conseguiu antecipar caixa pode investir esse dinheiro em um CDB ou qualquer outra renda fixa para obter um rendimento próximo de 1% ao mês”, sugere. Mas para aproveitar tais oportunidades, investir em tecnologia é indispensável. De acordo com o analista, o confinamento agrega inúmeras vantagens, entre as quais destaca que o sistema permite acelerar o ciclo produtivo e liberar a pastagem no período mais crítico a o pecuarista: a seca.

“Quem não intensificar tende a trabalhar com margens apertadas, ficando mais suscetível a qualquer solavanco do mercado e aumentando as chances de abandonar a atividade”, adverte o analista da HN Agro. O especialista é um dos convidados da MFG Agropecuária, que encerrou 2022 com 220 mil cabeças confinadas, para um circuito de eventos no mês de Abril, em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Bataguassu (hoje, dia 03/4), Jardim (04/04 – terça-feira); Campo Grande (05/04 – quarta-feira), Eldorado (17/04 – segunda-feira) e Rio Verde (19/04 – quarta-feira). A empresa também estará com estande no Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto (SP), no dia 11 de abril.

Parcerias de engorda

Mesmo quem produz 100% a pasto pode aumentar a eficiência produtiva do rebanho sem necessitar de grandes estruturas de confinamento. Para acelerar a terminação dos animais, encurtar o ciclo produtivo e melhorar a qualidade de carcaça, permitindo acesso a bonificações dos frigoríficos, existem as parcerias de engorda. Esse será o tema de Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado da MFG, no circuito.

Finger destaca dois modelos de parcerias: em um, os criadores de gado contratam o serviço por 110 dias, a um custo fixo diário. No outro, podem pagar por arrobas produzidas, calculadas a partir do peso de entrada e saída do bovino no confinamento. “Nós propomos ser uma extensão da fazenda dos nossos parceiros”, resume o gerente.

Ao terceirizar o serviço, os pecuaristas ficam imunes às oscilações de preço da dieta e garantem um alimento de excelente qualidade para engorda dos animais. Para falar um pouco sobre os índices zootécnicos e da tendência apresentada pelo especialista da HN Agro, Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento Sênior da MFG, fará a palestra “Inovação e Tecnologia: Impacto nos resultados produtivos”, além de apresentar os diferenciais do grupo.

Fonte: PecPress

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