IHS Markit: Mercado do boi gordo em clima mais ameno

Publicado em 24/06/2022 15:21

A sexta-feira foi fluxo moroso de negócios e  pouco volumes efetivados entre pecuaristas e  indústrias no mercado físico de boiada gorda. Este  ambiente de negócios ameno se dá ao fato de boa  parte das unidades de abate já possuírem escalas  programadas que cumprem volumes para a  próxima semana, e em algumas situações que já  adentram a primeira semana de julho. 
 

Esta também deve ser a toada que será observada  na semana vindoura. Ao passo em que as  indústrias garantem volumes minimamente  adequados em suas programações de abate, elas se  abstêm do mercado de modo a evitar novos  impulsos de altas nas cotações, que seguem ainda  em trajetória ascendente. 
 

Pecuaristas também optam por retornar aos  negócios a partir da próxima semana, sobretudo  com apontamento de preços firmes para o mês de  julho. Pode-se observar que no mercado futuro, o  spread entre os vencimentos futuros e o preço no  mercado físico já diminuem o hiato entre si,  refletindo que os preços atuais praticados já  condizem com a oferta enxuta de animais. 
 

Todavia, o mercado segue ainda sob cautela e a  indústria, notadamente aquelas habilitadas para o  mercado externo, atuam de forma cadenciada em  suas compras de animais. A medida em que as  exportações ditam o ritmo da cadeia de  bovinocultura de corte no país, a demanda por  animais terminados deve permanecer aquecida,  renovando os atuais patamares de preços para  níveis superiores. 

Nesta sexta-feira, a IHS Markit observou avanços  nos preços da arroba em todas as praças pecuárias  do MT, fundamentados pelo atual descompasso  entre oferta de gado disponível para abate e  procura por parte das indústrias, tanto aquelas que destinam maior parte de sua produção ao mercado  consumidor externo, bem como aquelas que  direcionam maiores volumes ao mercado  doméstico.

No MA, apesar de relatos de que a oferta de  animais ainda é relativamente volumosa, os  preços avançaram de R$ 276 para R$ 281. Esta  valorização é baseada na opção por retenção de  animais por parte dos pecuaristas, apensar de  registrar menores volumes nas propriedades. Em  RO, os preços subiram de R$ 255 para R$ 260,  também refletindo a dificuldade em originar  maiores volumes de boiada. Entretanto, indústria  da região optam pela compra de maior de volumes  de fêmeas, haja visto que as relações de  equivalente físico para esta categoria apresentam  maior custo-oportunidade aos frigoríficos em  detrimento do macho.  

Fonte: IHS Markit

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