Boi: Preços em ascensão dão suporte ao avanço das escalas de abate
A quarta-feira seguiu em ritmo de valorização da arroba, como observado ao longo da semana, com repiques de alta nas cotações que seguem em ritmo ascendente na maior parte das praças pecuárias do País. Ao passo em que as cotações registram incrementos, indústrias conseguem obter maiores volumes de animais terminados, dando possibilidade de alongamento das escalas de abate.
Apesar dos preços nas praças paulistas se manterem estáveis, haja visto que a indústria da região atua de forma cautelosa, de modo a conter repiques mais significativos de preços por todo o Brasil, outros estados ainda registram cotações em ascensão, haja visto que o “gap” de preços entre SP e demais praças pecuárias ainda era consideravelmente expressivos.
As indústrias que seguem ofertando preços mais remuneradores à cotação da arroba bovina desde o início do mês, neste momento já possuem escalas de abate em volumes minimamente confortáveis para seguir sua operação.
Há relatos de unidades de abate que possuem escalas para o próximo mês, notadamente alcançando a sexta-feira e sábado da próxima semana, bem como indústrias que já adquiriram volumes até o dia 08 de julho.
Este fator é fundamentado nas melhores condições de preços neste período, e a oferta remanescente de boiada gorda que já se exauriu na maior parte das regiões produtoras no país. Outro fator que fundamenta este avanço nas escalas de abate é a entrada, apesar de enxuta e reduzida, de boiada do primeiro giro de confinamento de produtores que minimamente garantiram e assumiram os riscos para ofertar animais terminados neste período. Há registros de contratos de boiada gorda negociada a termo, bem como lotes provindos de confinamentos próprios das indústrias frigoríficas.
Nesta toada, pode-se observar que estes devem ser os últimos movimentos de oferta remanescente de animais, o que deve condicionar manutenção da ascendência dos preços no curtíssimo prazo.
Entretanto, a indústria deve limitar os volumes de originação, optando por negócios pontuais, de modo a conter repiques mais expressivos nos preços. A estratégia é manter um quadro de produção equalizado a demanda vigente, sem geração de excedentes nos estoques.
No dia, foram registrados avanços nos preços em GO-Goiana e GO-Sul, de R$ 290 para R$ 300. Em MG, a região do Triângulo Mineiro relatou aumento na cotação de R$ 305 para R$ 310 e em BH de R$ 285 para R$ 290. Já no Norte do país, houve altas em TO-Araguaína, de R$ 275 para R$ 290 por arroba.