Boi: Preços em ascensão dão suporte ao avanço das escalas de abate

Publicado em 22/06/2022 15:22

A quarta-feira seguiu em ritmo de valorização da  arroba, como observado ao longo da semana, com  repiques de alta nas cotações que seguem em  ritmo ascendente na maior parte das praças  pecuárias do País. Ao passo em que as cotações  registram incrementos, indústrias conseguem  obter maiores volumes de animais terminados,  dando possibilidade de alongamento das escalas  de abate.

Apesar dos preços nas praças paulistas se  manterem estáveis, haja visto que a indústria da  região atua de forma cautelosa, de modo a conter  repiques mais significativos de preços por todo o  Brasil, outros estados ainda registram cotações em  ascensão, haja visto que o “gap” de preços entre  SP e demais praças pecuárias ainda era  consideravelmente expressivos. 

As indústrias que seguem ofertando preços mais  remuneradores à cotação da arroba bovina desde  o início do mês, neste momento já possuem  escalas de abate em volumes minimamente  confortáveis para seguir sua operação. 

Há relatos de unidades de abate que possuem  escalas para o próximo mês, notadamente  alcançando a sexta-feira e sábado da próxima  semana, bem como indústrias que já adquiriram  volumes até o dia 08 de julho.

Este fator é fundamentado nas melhores  condições de preços neste período, e a oferta  remanescente de boiada gorda que já se exauriu na  maior parte das regiões produtoras no país. Outro  fator que fundamenta este avanço nas escalas de  abate é a entrada, apesar de enxuta e reduzida, de  boiada do primeiro giro de confinamento de  produtores que minimamente garantiram e  assumiram os riscos para ofertar animais  terminados neste período. Há registros de  contratos de boiada gorda negociada a termo, bem  como lotes provindos de confinamentos próprios  das indústrias frigoríficas.

Nesta toada, pode-se observar que estes devem ser  os últimos movimentos de oferta remanescente de  animais, o que deve condicionar manutenção da  ascendência dos preços no curtíssimo prazo.

Entretanto, a indústria deve limitar os volumes de  originação, optando por negócios pontuais, de  modo a conter repiques mais expressivos nos  preços. A estratégia é manter um quadro de  produção equalizado a demanda vigente, sem  geração de excedentes nos estoques.

No dia, foram registrados avanços nos preços em  GO-Goiana e GO-Sul, de R$ 290 para R$ 300. Em  MG, a região do Triângulo Mineiro relatou  aumento na cotação de R$ 305 para R$ 310 e em  BH de R$ 285 para R$ 290. Já no Norte do país,  houve altas em TO-Araguaína, de R$ 275 para R$  290 por arroba.

Fonte: IHS Markit

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