Boi: Com aumento no volume de animais abatidos, frigoríficos do Mato Grosso ampliaram a capacidade de abate em maio ante abril
Com o aumento no volume de animais abatidos entre os meses de abril e maio, as indústrias frigoríficas localizadas no Mato Grosso ampliaram a capacidade de abate em 15,62 pontos percentuais, ante o mês passado e atuou com 88,82% da capacidade real no estado, resultado equivalente à média de 18,20 mil cabeças/dia.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a utilização em operação aumentou 8,52 p.p. no mesmo comparativo, pois, apesar do maior número de dias úteis, o incremento elevado no abate e a exclusão de 12,34% das indústrias que ainda permaneceram paradas em mai.22 influenciaram para este movimento.
Dessa forma, a utilização total ficou praticamente estável em 33,68 mil cabeças/dia. Para jun.22, ainda se espera elevada oferta de bovinos devido ao início da seca, e o retorno das compras de algumas indústrias tende a aumentar a competitividade no mercado.
Com relação aos preços negociados para os animais, o instituto apontou em seu relatório semanal que a arroba do boi gordo registrou uma alta de 1,31% no comparativo semanal em função de menos animais sendo ofertados e uma reação positiva da demanda interna nesta primeira quinzena.
No mesmo sentido, o incremento na procura pela carne bovina influenciou também no preço médio da arroba da vaca gorda que teve uma alta de 1,20% no comparativo semanal, a qual ficou cotada a R$ 253,92 em Mato Grosso.
Já as escalas de abate, diante da retração na oferta de bovinos, as programações de abate apresentaram um recuo de 3,25% ante a semana passada e ficou na média de 6,54 dias.
Exportações no Mato Grosso
O volume exportado de carne bovina registrou uma queda de 8,85% no estado de Mato Grosso, no comparativo de maio/22 ante a abril/22. Em maio/22 foram embarcadas cerca de 42,39 mil, inferior ao volume observado no mês anterior, quando 46,51 mil toneladas foram exportadas. Ao analisar o faturamento, o recuo registrado foi de 3,72%, o que correspondeu ao total de US$ 212,60 milhões de dólares.
“A China, somada a Hong Kong, continua sendo a principal importadora da proteína, uma vez que suas compras somaram em maio/22 um total de 28,40 mil toneladas embarcadas. No entanto, o que de fato pressionou as negociações foram os países do Oriente Médio, que no mesmo comparativo registraram uma redução de 28,05% nas aquisições mato-grossenses, com destaque para a Palestina, em que a queda registrada foi de 65,50% no mesmo comparativo mensal”, informou o IMEA.
Confira o relatório completo AQUI.