Temperaturas baixas forçam venda de boiada gorda e intensifica pressão de baixa na arroba
Em mais uma semana, os preços da arroba no mercado físico do boi gordo registraram queda. O cenário continua fundamentado na queda das condições de suporte dos pastos em função do clima seco e frio associado ao menor apetite comprador das indústrias frigoríficas.
A guinada baixista nos preços avança ao longo do mês de maio num momento de maior entrada de lotes terminados à pasto e compras cadenciadas por parte das unidades de abate de olho na inconsistência do escoamento da carne.
As indústrias continuam cadenciando suas compras de boiada gorda e isso mantêm o ritmo de negócios fraco, visto que a comercialização segue pontual. Apenas frigoríficos que atuam em menor escala operacional adentram ao mercado de modo a realizar negociações isoladas, porém os lotes de animais adquiridos também envolvem, na maioria das vezes, lotes pequenos. Neste contexto, a pressão de baixa perdura e as escalas de abate confortáveis permitem que os compradores testem preços menores.
Paralelamente, conforme o período de estiagem avança pelo norte do país e, riscos de geadas severas traz cautela no centro-sul, pecuaristas seguem ofertando lotes de animais remanescentes terminados a pastos e o volume excedente traz maior pressão nos preços. Este ambiente de descompasso entre oferta e demanda tem fundamentado a continuidade nas quedas dos preços em todas as praças pecuárias do Brasil.