Pecuária de MT quebra novo recorde e rebanho atinge 32,7 milhões de cabeças

Publicado em 03/02/2022 16:15
Dez municípios concentram 25% da produção pecuária e 20% das fazendas de gado; Cáceres é o maior produtor com mais de 1 milhão de cabeças e 3 mil propriedades

No período de um ano, o rebanho bovino de Mato Grosso teve aumento em 1,624 milhão de cabeças e agora totaliza 32.788.192 de cabeças. Este é um novo recorde para o estado de Mato Grosso, campeão na atividade pecuária no país. Levando em conta a estimativa populacional do IBGE para Mato Grosso em 2021, são 9 bois a cada um habitante.

Conforme os dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), o rebanho cresceu 5,2% no Estado de novembro de 2021 em relação a novembro de 2020, e em praticamente todas as 14 regionais do Estado, com exceção da de Barra do Garças, onde houve um pequeno decréscimo de 0,6%. Ficaram com crescimento acima da média estadual as Regionais de Cáceres, Alta Floresta, Barra do Bugres, São Felix do Araguaia, Pontes e Lacerda e Juína, sendo esta última com maior incremento (10,4%).

Os 10 maiores municípios em número de rebanho concentram 25% ou um quarto de toda produção pecuária e um quinto dos estabelecimentos rurais de Mato Grosso. Ao todo Mato Grosso tem 108.315 propriedades que criam gado no Estado.  Os destaques são Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade, que juntos detêm mais de 2 milhões de cabeças.

Cáceres é o maior produtor do Estado e possui rebanho de 1.168.663, distribuídos em 3.133 propriedades. Em seguida vem Vila Bela com 1.067.739; depois Juara, Juína, Alta Floresta, Colniza, Vila Rica, Pontes e Lacerda, Nova Bandeirantes e Aripuanã.

Conforme o fiscal do Indea, o médico veterinário João Marcelo Néspoli, uma das possibilidades para o crescimento do rebanho mato-grossense é a retenção de matrizes para produção de bezerros pelos preços pagos ao produtor.

“Nos anos de 2020 e 2021, houve redução expressiva na quantidade de fêmeas abatidas, um montante de 713.757 cabeças, quando se compara 2019 com 2021”, explicou João Marcelo.

Outra hipótese é a desaceleração do abate devido o fechamento de mercado internacional, pois geralmente as situações de insegurança no mercado podem gerar maior retenção. Os abates foram restabelecidos em novembro e dezembro de 2021.  

Fonte: Indea

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