Exportações de sêmen bovino alcançam crescimento de 84% no terceiro trimestre
A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) divulgou, nesta semana, o novo Index ASBIA 3º Trimestre 2021. A publicação, que conta com dados municipalizados, foi elaborada a partir de 126.725 informações individuais. Segundo o documento, 77,6% dos municípios brasileiros utilizam a IA atualmente, representando um crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o presidente da Asbia, Márcio Nery, a publicação pontua um momento positivo para o setor. “O destaque absoluto fica por conta do crescimento de 13% no corte e 3% no leite. Atravessando uma tempestade perfeita de mercado, o melhoramento genético continua avançando. Em momentos difíceis assim, no passado, já assistimos uma retração forte superior a 20%”, comenta.
Outro ponto alto do Index é o número de exportações de doses de sêmen. Nos primeiros nove meses de 2021, 637.447 doses foram exportadas, correspondendo a uma elevação de 84% em relação ao terceiro trimestre de 2020.
A publicação apontou a aplicação de inseminação artificial em rebanhos de corte em 3.822 municípios e, em rebanhos leiteiros, em 3.747 municípios. Entre janeiro e setembro, foram coletadas 16.713.741 doses, o que representa um crescimento de 70% em relação ao mesmo período do ano passado.
A ASBIA também registrou um crescimento de 24% nas importações. Em 2021, 9.657.242 doses entraram no mercado nacional.
Houve ainda uma considerável elevação em relação à comercialização de doses. As vendas alcançaram um total de 18.537.403 doses vendidas, que comparadas às 15.233.306 dos primeiros nove meses de 2020, pontuam um crescimento de 22%.
Destas, 4.258.915 doses eram de animais leiteiros, marcando um crescimento individual de 7%, e 14.278.488 doses eram de animais de corte, registrando uma variação de 27% em vista do ano passado.
Em suma, entre janeiro e setembro de 2021, o mercado total da genética brasileira revela resultados promissores. O Index ASBIA aponta a saída de 20.886.986 doses – um avanço de 25,1% em relação ao mesmo período de 2020.
Aos olhos de Nery, os dados evidenciam o potencial do mercado do melhoramento genético, que transforma cada vez mais o setor pecuário. “Os resultados dessa edição simbolizam a consolidação da importância da genética porteira adentro. Não dá para ficar sem", conclui.