Parte de MT é reconhecida pela OIE como zona livre de febre aftosa sem vacinação
Parte do estado de Mato Grosso (Rondolândia e partes dos municípios de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína), membro do Bloco I do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEPFA), é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Também foram reconhecidos os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas. Com 129 votos a favor e 1 abstenção, as áreas foram aprovadas nesta quinta-feira (27/05/2021). A meta do governo federal é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.
A Federação da agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), membro da Equipe Gestora Estadual coordenada pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), assim como outras entidades do setor produtivo estão trabalhando ativamente para fortalecer o sistema de defesa animal e vegetal do estado e esta certificação da OIE confirma que Mato Grosso está no caminho certo.
Para o vice-presidente da Famato e superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Francisco Olavo Pugliesi de Castro, conhecido como Chico da Paulicéia, a retirada da vacina é um avanço para o Brasil, tendo em vista que permitirá a abertura de novos mercados para a carne brasileira e aumento das exportações. “Parabéns aos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e Amazonas, em especial Mato Grosso. É um ganho para o produtor rural, é um ganho para o Brasil”, comemorou Chico da Paulicéia.
Para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, hoje (27) o país vive um dia histórico para a pecuária brasileira. "Isso é um marco na nossa pecuária, 20% do nosso rebanho tem status livre de aftosa sem vacinação, podendo alcançar mercados que pagam mais. Não tínhamos novas áreas reconhecidas pela OIE há mais de dez anos. Temos motivos para comemorações", disse a ministra durante a live realizada pelo Mapa no canal do Youtube.
A Famato entende que o produtor rural, sendo ele o primeiro fiscal dentro da propriedade rural, fez o dever de casa corretamente. “O produtor rural é um dos grandes responsáveis pela excelência da pecuária mato-grossense. Esse título é um mérito de todos os agentes envolvidos, como o Mapa, Indea, produtores, médicos veterinários, entidades que representam a pecuária e as instituições públicas e privadas”, acrescentou Chico Castro.
O reconhecimento da OIE atesta a qualidade dos serviços veterinários oficiais brasileiros e com isso países com exigências mais restritas para aceitar exportações do Brasil, como a Coréia do Sul e Japão, poderão abrir oportunidades para os estados com status zonas livres de febre aftosa sem vacinação.