Pecuária de parte do Brasil será reconhecida, hoje, como livre de aftosa sem vacinação

Publicado em 26/05/2021 20:06
Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, parte do Amazonas e de Mato Grosso

SÃO PAULO (Reuters) - Os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, parte do Amazonas e de Mato Grosso devem receber nesta quinta-feira o reconhecimento internacional como novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação, afirmou o Ministério da Agricultura em nota nesta quarta-feira.

Com isso, a pasta promoverá um evento online sobre o tema, com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, e do diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes. Também foram apresentadas os governadores dos Estados beneficiados e demais autoridades.

O status sanitário livre de aftosa sem vacinação contribui para que empresas ganham áreas de acesso a transferência para exportação junto a mercados mais exigentes, que não aceitam o uso da vacina nos rebanhos bovinos como garantia que, de fato, não há uma doença.

A meta é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

Mercado de carne na Argentina sairá fortalecido após ação do governo, diz Minerva

SÃO PAULO (Reuters) - As últimas restrições impostas pelo governo da Argentina sobre as sociedades de carnes que atuam no país tendem a estreitar o número de empresas formais no mercado e fazer com a que o setor saia fortalecido, afirmou nesta quarta-feira o CFO da Minerva Foods, Edison Ticle.

Ele se referia ao restabelecimento de registros de exportação de carnes, anunciado em abril.

Tículo lembrou que a Argentina é um país com uma taxa de câmbio sensivelmente inferior à média do mercado e isso tornou-se um "incentivo perverso" para a entrada de intermediários no comércio de moedas com o objetivo apenas de moeda arbitrária.

Segundo o executivo da maior exportadora de proteína bovina da América do Sul, com operação argentina por meio da subsidiária Athena Foods, alguns players de fora do setor de alimentos entravam comprando e vendendo carnes para ganhar no câmbio.

"Algumas (dessas) empresas não conseguem cumprir os requisitos legais do país, obviamente não é o caso da Minerva e outros grandes jogadores", disse Ticle em entrevista concedida ao portal de internet da Suno Research.

"O governo baixou medidas para tentar coibir esse tipo de prática", acrescentou.

Além das restrições, na semana passada, a Argentina anunciou uma suspensão por 30 dias das exportações de carnes, como estratégia emergencial para conter a informação no preço local da proteína bovina.

Para o CFO, após este período, devem restar menos empresas com licenças para exportar e como permanecerem mais poder de barganha para conseguir preços e margens atrativas.

"Nesse sentido, vemos como bem-vindas como medidas do governo ... Achamos que o mercado sai mais fortalecido, mais formalizado e como empresas que saírem disso vão sair mais fortalecidas."

Atualmente, a operação na Argentina representa cerca de 10% da receita consolidada da Minerva Foods.

Logo após a suspensão de embarques, uma companhia afirmou em comunicado que utilizaria sua diversificação geográfica para atender os clientes internacionais pelas unidades do Uruguai, Paraguai, Brasil e Colômbia.

A empresa ainda ressaltou no comunicado que também possui uma sólida atuação no mercado doméstico argetino através da Swift, uma das marcas mais marcadas no país.

DIVERSIFICAÇÃO

Sobre o aceno da concorrência Marfrig Global Foods para a diversificação de proteínas, com a aquisição de 24% da BRF, o executivo da Minerva disse que não vê sentido, para uma companhia, para se ter investimento em bovinos, aves e suínos, sem que haja uma fusão entre as empresas.

"Não se deve esperar isso da Minerva no médio e longo prazo", afirmou ele.

Ticle ainda negou que alguma proposta formal da Marfrig tenha chegado à Minerva, antes da compra de ações da BRF, conforme rumores que circularam no mercado.

Segundo ele, a única estratégia que faria sentido para a Minerva seria a ampliação da diversificação geográfica, com operações na Austrália e Estados Unidos, que também são importantes fornecedores globais de carne bovina.

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Fonte: Reuters

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