Poder aquisitivo do recriador não avançou no mesmo ritmo do mercado de reposição, informa IMEA
Apesar os preços dos animais de reposição estarem aquecidos em função do maior abate de fêmeas em anos anteriores, o poder aquisitivo do recriador não cresceu no mesmo ritmo e esse cenário é reflexo das altas mais expressivas nos insumos, que no intervalo de um ano aumentaram cerca de 120,46% e 73,85%, respectivamente, diminuindo o poder de compra do pecuarista.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), os valores do bezerro de ano em janeiro de 2021 mostraram um incremento de 31,87%, frente aos preços observados no mesmo período do ano passado. “Em relação ao ano passado, o produtor conseguiu adquirir cerca de 40,19% a menos da tonelada de farelo de soja com uma cabeça de bezerro. Já no comparativo com a saca de milho, a redução foi de cerca de 24,15%”, informou.
Apesar de poucos negócios realizados por animais de reposição nesta semana, a média semanal do bezerro de ano novamente apresentou alta. Assim, o indicador fechou em R$ 2.704,93/cab., acréscimo de 1,15% em relação à semana passada. “Com a valorização mais intensa do bezerro de ano na última semana, a relação de troca boi/bezerro demonstrou recuo. Sendo assim, o indicador ficou em 1,82 cab/cab., queda de 0,53% ante a semana passada”, apontou o IMEA.
As cotações do boi gordo e da vaca gorda apresentaram variações mais amenas nesta semana, em que teve um avanço de 0,67% e 0,74%. Assim, ambos encerraram a semana cotados na média de R$ 288,31/@ e R$ 277,42/@, respectivamente. No comparativo semanal, ainda como reflexo da baixa oferta de animais, a escala de abate teve queda de 0,17 dia e ficou na média dos 4,23 dias.
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