Com China menos atuante, média diária exportada de carne bovina registra queda de 7,44% frente a semana anterior
Na terceira semana de janeiro, a média diária exportada de carne bovina in natura ficou em 5,6 mil toneladas e teve uma valorização de 6,68% se comparado com os dados observados em janeiro do ano passado, que registrou uma média exportada de 5,3 mil toneladas.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Camex), o volume embarcado alcançou 85 mil toneladas de carne bovina na terceira semana de janeiro, sendo que no ano passado o total exportado em todo mês de janeiro foi de 116,9 mil toneladas.
De acordo com o Analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, houve uma queda na média diária exportada sendo reflexo de uma China menos atuante. “Tivemos uma queda na média diária exportada de 7,44% frente a semana passada com a China reduzindo as compras, mas isso já era meio que esperado pelo mercado. No entanto, os volumes embarcados registraram um crescimento de 6,7% frente ao ano anterior”, informou.
Como tivemos um mercado muito comprador até a primeira semana de janeiro, esse recuo momentâneo pode ser um ajuste às demandas internacionais, incluindo aí o mercado chinês e a proximidade ao período de festividades no país, que geralmente vem associado a uma redução nos embarques brasileiros, conforme ressaltou a análise da Scot Consultoria.
Os preços médios na terceira semana de janeiro ficaram próximos de US$ 4.506,6 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 6,29% frente aos dados divulgados em janeiro de 2019 que registraram um valor médio de US$ 4.808,6 mil por tonelada.
O valor negociado para o produto foi US$ 383,306 milhões na terceira semana de janeiro deste ano, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de janeiro do ano anterior foi de US$ 562,383 milhões. A média diária ficou em US$ 25.553 milhões e registrou uma queda de 0,04%, frente ao observado no mês de janeiro do ano passado, que ficou em US$ 25,562 milhões.
A carne bovina brasileira no mercado internacional está mais competitiva em função do dólar estar no patamar de R$ 5,51. “O nosso boi gordo custa 52/53 dólares por @, nos EUA a mesma arroba custa 75 dólares, na Austrália 80 dólares. Além disso, nós aguardamos por um segundo semestre de retomada em mercados relevantes para o setor carnes, como o Japão, Oriente Médio e Europa”, conclui Iglesias.