Com a retomada dos preços do boi e da carne, contratos futuros corrigem a curva e fixação fica mais atrativa

Publicado em 15/01/2021 10:57

O mercado futuro do boi gordo corrigiu a curva e voltou a oferecer oportunidades de fixações de preços para os animais que serão entregues neste ano. De acordo com as informações do Itaú BBA, a retomada da curva foi possível após a carne no atacado  e a arroba subir de maneira consistente  nos últimos dias.

Para os pecuaristas que terão gado para abater nos próximos meses, a oportunidade de fixar o resultado e garantir a “curva corrigida” está na mesa. “Mesmo que o mercado possa evoluir mais os preços nas telas atuais são historicamente interessantes e justificam proteções. Os resultados projetados para os confinamentos que rodam o ano todo e terão entregas no primeiro trimestre voltaram ao azul após terem ficado bastante inviáveis há um mês”, ressaltou.

A análise ainda destaca que sob a ótica dos frigoríficos voltados ao mercado interno, o spread continua apertado, o que dependerá de novas altas da carne para que o boi alcance patamares ainda mais altos.

Em novembro de 2020, o preço da carcaça bovina acomodou uma queda de 12% até o natal e ficou precificada a R$ 17,00/kg. Neste mesmo período o boi gordo perdeu sustentação no mercado fisco e saiu dos R$ 290,00/@ e passou para R$ 255,00/@, ou seja, uma queda de R$ 35,00/@ em um mês.  

Boi gordo SP e curva futura hoje e há um mês, R$/@

“O mercado futuro do boi bastante sensível ao físico, a virada da carne e do animal naquela ocasião derrubou a curva futura, com o contrato fev/21, por exemplo, negociando até os R$ 245/@ no início de dezembro. A partir do natal a carne voltou a subir de maneira consistente de modo que nos últimos dias já encostou no pico histórico dos R$ 19/kg, com movimento semelhante do boi gordo no físico”, informou o banco.

No entanto, as referências para o boi gordo devem seguir sustentadas ao longo de 2021 diante da oferta restrita de animais prontos para o abate e as exportações aquecidas para a China.  Por outro lado, ainda não se sabe como será o comportamento da demanda do consumidor brasileiro devido à retirada do auxílio emergencial e elevada taxa de desemprego.

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Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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