Câmara Setorial da Carne Bovina se reúne por videoconferência
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça (24), de reunião virtual da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para discutir, entre outros temas, uma agenda positiva do setor para 2021 e mudanças no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal (Riispoa).
“Precisamos manter o diálogo e continuarmos juntos e comprometidos com a nossa cadeia produtiva da carne para avançar nas ações”, disse o presidente da Câmara e da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Antônio Pitangui de Salvo.
Um dos assuntos tratados no encontro foram os impactos do Decreto 10.468/2020, que alterou a legislação do Riispoa. A norma modificou, entre outros pontos, a regulamentação do setor de reciclagem animal brasileiro. O presidente executivo da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), Décio Coutinho, apresentou as principais mudanças da nova medida.
Durante o encontro virtual, os membros da Câmara debateram também os impactos gerados pela alteração do artigo 185 do Decreto 9.013/2017, que trata dos novos critérios na condenação de carcaças bovinas devido à presença de cisticercose. O grupo propôs a constituição de um projeto voltado para o controle e erradicação da zoonose.
“O nosso objetivo é melhorar cada vez mais a qualidade sanitária do produto brasileiro”, disse o assessor técnico da CNA, Ricardo Nissen.
O secretário-adjunto de Defesa Agropecuária do Mapa, Marcio Rezende Evaristo, explicou que não é esperado aumento na quantidade de condenações, já que houve alteração do critério de julgamento e não do critério de pesquisa. Segundo Rezende, a alteração dos critérios alinha os requisitos brasileiros às recomendações internacionais da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
Na reunião também foi discutido o cenário das exportações de carne bovina ao longo de 2020 e a comparação com dados de 2019. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), de janeiro a outubro deste ano, houve aumento de 87,2% de receita da carne exportada para a China, com relação ao ano passado. Já para os Estados Unidos, houve crescimento de 25,9% de receita no mesmo período.