Com a demanda chinesa aquecida, média diária exportada de carne bovina avança 11% em uma semana
A terceira semana de julho teve bom desempenho de exportações de carne bovina in natura, na qual foi embarcado cerca de 95,3 mil toneladas. A média diária exportada registrou um avanço de 11% se comparado com os dados observados na segunda semana de julho.
De acordo com o analista de mercado da Consultoria Agrifatto, Yago Travagini, o aumento do volume embarcado nesta semana se deve as compras chinesas mais aquecidas na semana anterior. "O volume exportado na última semana deve ter alcançado 8,5 mil toneladas e isso acabou refletindo na média diária atual que é divididas entre os 13 dias úteis", informou.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (SECEX), a média diária exportada de carne bovina in natura ficou em 7,3 mil toneladas e teve um aumento de 26,69% se comparado com o ano anterior, que registrou uma média de 5,7 mil toneladas.
Outro fator que impulsionou as exportações é o fato dos compradores chineses darem preferência por adquirir cortes de carnes desossadas, como o contra filé. “Ao invés de comprar os cortes dianteiros, os chineses estão preferindo buscar por cortes mais nobres e isso pode ter aquecido as exportações nesta semana”, comentou Travagini.
Com um bom desempenho nas exportações dessa semana, a expectativa da consultoria Agrifatto é que o volume exportado até o final de julho fique próximo de 140 a 160 mil toneladas. As Projeções da Radar Investimentos apontam que o volume mensal embarcado pode atingir 168,74 mil toneladas. "Caso este volume seja confirmado julho bateria o recorde histórico das exportações nacionais de carne bovina in natura", informou a Radar Investimentos.
Exportações brasileiras de carne bovina in natura, em mil toneladas.
Elaborado por Radar Investimentos
Os preços médios ficaram próximos de US$ 4.094,1 milhões por tonelada, na qual teve um aumento de 2,77% se comparado ao mesmo período do ano anterior que registrou um valor médio de US$ 3.983,6 milhões por tonelada.
O valor negociado para o produto foi US$ 390,479 milhões no mês de julho, tendo em vista que o valor comercializado no ano passado foi de US$ 530,5 milhões. A média diária ficou em US$ 30,036 milhões e registrou um avanço de 30,21%, frente ao observado do ano passado que negociado em US$ 23,068 milhões.