Baixa disponibilidade de animais levou a uma redução nas escalas de abate no MT, aponta IMEA

Publicado em 22/10/2019 09:50 e atualizado em 22/10/2019 10:26

A baixa disponibilidade de animais em grande parte no estado do Mato Grosso levou a uma redução nas programações de abate de 1,05 dia, ficando em 5,68 dias úteis, informou o Instituto de Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) em seu boletim semanal.

Na semana passada, o equivalente físico valorizou 0,14%, demonstrando o repasse da alta da arroba do boi gordo em paralelo ao aumento do consumo. “A demanda aquecida no período surpreendeu o mercado, já que não é comum este movimento após a 2ª quinzena do mês”, destacou o IMEA.

 As referências para o boi e a vaca gorda finalizaram a última semana cotados a R$ 144,79/@ e  R$ 136,51/@, ou seja, um incremento de 0,45% e 0,28%, na mesma ordem.

Com relação aos custos de produção, os dados levantados Imea/Senar-MT ressaltou que os produtores rurais que adotam o sistema de recria-engorda e ciclo completo desembolsaram mais em relação ao trimestre anterior. Na recria e engorda, o produtor gastou +0,68% e para aqueles que utilizam ciclo completo, +2,38%, o que significa um custo operacional médio de R$ 136,78/@ e R$ 117,87/@, respectivamente.

“Estes aumentos foram influenciados, principalmente, pelas valorizações nos itens da manutenção de pastagem e dos medicamentos comuns no período da seca. Já os custos dos criadores praticamente ficaram estáveis, com leve variação trimestral de +0,03%”, apontou o Instituto.

 A receita do pecuarista registrou uma leve queda já que os animais de reposição, como o bezerro desmama, desvalorizaram -0,30% no período. O Imea reforça que com o início das águas e a volta das pastagens o mercado de reposição tende a aquecer e reverter esta situação para o criador.

Mercado internacional

Com a demanda chinesa aquecida, o estado do Mato Grosso está vivendo um cenário muito positivo já que  em setembro foram exportadas 35,8 mil toneladas em Equivalente Carcaça, com faturamento de US$ 112,9 milhões. “Este cenário é animador para os frigoríficos mato-grossenses, principalmente porque cerca de 78,6% dos frigoríficos são SIF* e 21,4% SIE*”,  reforçou em seu boletim.  

Somente para a potência asiática foram comercializados 7,71 mil TEC, com um valor de US$ 32,01 milhões, os maiores registros desde 1996. Em contrapartida, menos animais foram abatidos com destino ao mercado doméstico, aproximadamente 485,4 mil cabeças frente a 525,9 mil em agosto. “Toda esta conjuntura também tem sido favorável para o pecuarista mato-grossense, uma vez que são fatores impulsionadores das cotações dentro da porteira”, disse o IMEA.

Preços

Os preços nas principais regiões produtoras do Estado do Mato Grosso registraram altas na variação semanal, com base no levantamento realizado em 14 a 18 de outubro. A região Nordeste foi a que registrou a maior valorização, com 1,85%. No caso da parte Oeste, o ganho na semana foi de 0,24%.

A média das referências no estado do Mato Grosso registrou um incremento de 0,90% ao longo da semana, na qual a arroba terminou a última sexta-feira (18) cotada ao redor de R$ 145,91, à vista e livre e impostos.

Confira o relatório completo AQUI

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Scot Consultoria: Mercado do boi gordo, em São Paulo, segue estável
Cálculo da média do preço da @ do boi para dezembro na B3 começa nesta sexta-feira (20) devido a feriados
Radar Investimentos: Os contratos do boi gordo se valorizaram ontem
Boi/Cepea: Vantagem do preço da carne sobre boi gordo é recorde
Scot Consultoria: Mercado do boi gordo em São Paulo
Pecuarista não quer vender, frigorífico não quer comprar e preços da @ se encaminham para cenário de estabilidade, diz analista
undefined