No Norte de Minas, palma forrageira é alternativa para alimentar o rebanho bovino no período de seca

Publicado em 14/03/2018 07:50

Pecuaristas de São João do Paraíso, Norte de Minas, estão utilizando a palma forrageira na alimentação complementar do gado. A planta tem sido uma alternativa durante a seca, diminuindo os prejuízos. Os longos períodos de estiagem no Norte do estado são um problema constante para os pecuaristas. A falta de chuva reduz o volume de água e das pastagens disponíveis ao rebanho bovino. Resultado: perda de peso dos animais e diminuição na produção leiteira. 

Para driblar esse problema, os pecuaristas estão utilizando a palma forrageira para alimentar os animais. A planta é resistente aos períodos de seca e considerada excelente para o rebanho.

Um dos principais incentivos para a utilização da palma forrageira veio da Emater-MG. A empresa também presta assistência técnica aos produtores. Hoje são 100 pecuaristas do município utilizando a planta na alimentação do rebanho.

“O trabalho visa incentivar a implantação do cultivo da palma forrageira no município, oferecendo ao produtor uma opção a mais de alimento para os seus rebanhos e colaborar para que a pecuária seja desenvolvida dentro de um sistema sustentável”, diz o agrônomo da Emater-MG, Osvaldo Eleutério de Sousa. 

A palma forrageira é cortada em fatias e depois fornecida separadamente ao rebanho. “Os agricultores familiares estão utilizando a palma também como uma alternativa de alimentação para as pequenas criações de suínos e galinhas caipiras”, ressalta Osvaldo Eleutério de Sousa.

Incentivo

No ano passado, 44 produtores foram beneficiados com recursos do Plano Brasil Sem Miséria, da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, para o plantio de palma forrageira. Cada um recebeu R$ 2,4 mil. Para obter o dinheiro, os pecuaristas apresentaram um projeto técnico elaborado pela Emater-MG.

De acordo com o extensionista da empresa, os recursos do programa foram essenciais para a implantação das lavouras, para o aluguel de trator, compra de calcário para calagem do solo e superfosfato simples para adubação e aquisição das mudas. “E ainda sobra algum dinheiro para a manutenção familiar e a mão de obra necessária no plantio e tratos culturais”, lembra Osvaldo.

Pecuária municipal

O rebanho bovino de São João do Paraíso tem cerca de 10 mil cabeças. Desse total, 80% são da pecuária de corte. De acordo com a Emater-MG, 50 produtores trabalham com a pecuária leiteira. A produção chega a 60 mil litros por mês e é utilizada, principalmente, para a fabricação de requeijão.

Tags:

Fonte: Emater MG

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Scot Consultoria: A cotação subiu nas praças paulistas
Suspensão das compras do Carrefour na França vai impactar carne bovina brasileira ou é apenas marketing sem efeito prático
Radar Investimentos: Escalas de abate mais curtas dos frigoríficos vêm sendo fator decisivo para impulsionar os preços
Boi/Cepea: Altas seguem firmes; escalas são ainda menores que em outubro
Scot Consultoria: Alta na categoria de fêmeas em SP
Brangus repudia veto do Carrefour à carne do Mercosul
undefined