Se quiser atender demanda, Brasil terá que criar mais bois confinados
Mesmo após um ano turbulento para o setor, os pecuaristas do Brasil avançaram em uma particularidade: o confinamento, utilizado na terminação para o abate. O volume de animais confinados cresceu 5,5%, segundo a Associação Nacional da Pecuária Intensiva - Assocon. Inicialmente, a expectativa era de 25%.
“O principal problema foi no mercado do boi gordo, que desvalorizou no primeiro semestre por conta de notícias relacionadas à Operação Carne Fraca, à instabilidade do mercado e pelo fraco consumo interno, impactando a demanda. Isso fez o pecuarista colocar o pé no freio”, explica o gerente executivo da Assocon, Bruno Andrade. Dezenas de países decretaram embargo à carne brasileira, sanções que foram sendo retiradas ao longo dos meses.
De acordo com o levantamento da entidade, realizado com seus associados em 1,4 mil unidades de confinamento nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Tocantins, o volume de bovinos confinados em 2017 atingiu 3,4 milhões de animais. No ano anterior, eram 3,2 milhões. Estima-se que o total nacional, incluindo dados de não associados, seja entre 4,5 e 5 milhões de animais confinados.
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