Margens das indústrias frigoríficas estão melhores
As exportações de carne bovina têm ajudado e isso tem feito algumas indústrias manterem os níveis de abate, além de ajudar na precificação dos cortes vendidos no mercado interno, que acaba tendo que absorver menos carne.
Em outubro, até a terceira semana, a média diária de carne in natura exportada pelo país, 5,9 mil toneladas, é 40,0% maior que a de outubro de 2016.
Isso ajudou o mercado a subir 0,4% na média geral acumulada em sete dias.
Ainda assim, os preços atuais de venda das indústrias são 4,3% menores que os de um ano atrás. Analisar esse indicador parece ser mais representativo para o mercado, para dar uma noção de como anda o escoamento e, consequentemente, como deve andar o apetite por matéria-prima, do que para os frigoríficos.
Vender carne por preços menores não significa, necessariamente, reduzir o resultado da indústria. A margem de comercialização de uma planta que realiza a desossa está em 27,5%, três pontos percentuais de crescimento em doze meses.
É claro que neste período pode, eventualmente, ter ocorrido aumento de custos e isso acabar exigindo margens ainda maiores para equiparar o resultado operacional de períodos anteriores, mas mostra que, a medida que não se vende carne, a compra de boiadas diminuiu, isso tende a reduzir o preço da arroba e a melhorar o resultado das indústrias, em plena crise de consumo.