Com crise na JBS, setor pecuário quer cooperativas e reativar frigoríficos
O mercado de carnes busca saídas para o vácuo que a JBS deixou na comercialização de gado. A empresa teve reduzida a sua participação nas compras de animais após o acordo de delação premiada de seus donos.
O foco do setor é desconcentrar esse mercado, que está nas mãos de poucos frigoríficos. A JBS, por si só, detém 49% dos abates de Mato Grosso, Estado que tem o maior rebanho do país.
No país todo, a capacidade de abate da empresa chega a 25% do total nacional.
Os objetivos dos produtores são reativar frigoríficos parados, incentivar a chegada de novas empresas ao setor e montar cooperativas de pecuaristas.
Mesmo com grande sucesso na agricultura, as cooperativas dificilmente vingavam na pecuária. Boa parte do rebanho bovino era negociada sem nota fiscal, e os pecuaristas não aceitavam a ideia de criar cooperativas.
Os tempos mudaram e o controle sobre os frigoríficos está mais rigoroso, o que permite o surgimento desse tipo de empresa.
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