Analistas questionam se JBS não fez mau negócio com Minerva
Imersa numa crise aguda de reputação e pressionada por bancos credores, a JBS fechou a venda de sua operação na Argentina, no Uruguai e no Paraguai para o rival Minerva por US$ 300 milhões (cerca de R$ 1 bilhão).
O acordo marca praticamente a saída da JBS desses mercados, já que a empresa só manterá o negócio de couros na Argentina e no Uruguai.
A JBS informou que usará o dinheiro da venda para reduzir seu endividamento. Ao final de março, a diferença entre o que a empresa devia na praça e o que tinha em caixa beirava os R$ 48 bilhões.
Essa conta já preocupava analistas que acompanham os números da empresa. Eles contavam com a abertura de capital da empresa nos EUA para ver a cifra baixar –agora sem data para acontecer.
Com o negócio, o Minerva ficará com as operações de abate, desossa, industrialização, processamento e comercialização nos três países países, juntamente com o direito de uso de marcas como Swift e Cabaña La Lilas.
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É que montar a operação na Argentina, no Paraguai e no Uruguai custou à companhia dos irmãos Batista mais de US$ 360 milhões.
Na Argentina, a maior aquisição foi a da Swift Armour, em 2005, que marcou o início da expansão internacional do grupo e consumiu US$ 200 milhões (valor da época).
A fábrica recém-inaugurada pela JBS no Paraguai também entrou no pacote. A unidade ficou pronta em setembro de 2016, era considerada "de ponta" e custou cerca de R$ 80 milhões.
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