Boi gordo: Mercado futuro abre em alta, mas físico deve continuar pressionado na semana
Os negócios com o boi gordo tiveram dias turbulentos desde que a Polícia Federal deflagrou a operação Carne Fraca, na sexta (17). As incertezas tomaram conta dos negócios e frigoríficos chegaram a ofertar até R$ 6 abaixo da referência pela arroba.
Nesta segunda (27), após as novidades do final de semana de que China, Egito e Chile reabriram seus mercados para importação, os futuros do boi gordo na BM&FBovesp abriram em alta.
Por volta das 9h30, horário de Brasília, o contrato março/17 exibia 0,69% de alta, cotado a R$ 140/@. O maio era negociado a R$ 136,25 com valorização de 1,50%. Já o outubro ganhava 1,64% a R$ 140,50/@.
De acordo com o analista da Radar Investimentos, Douglas Coelho, essas altas refletem a resposta positiva dos fundos em relação ao fim de embargos importantes. Juntos estes países representam cerca de 45,8% das exportações de carne bovina in natura.
Já no mercado físico, Coelho diz acreditar que os compradores devem seguir "avaliando as consequências da operação". Para ele, embora os contratos futuros indiquem altas, "os fundamentos ainda são de baixa", pondera.
Com uma semana de praticamente ausência dos embarques, os frigoríficos devem iniciar a semana com menos apetite de compra. O momento ainda é cautela, visto que 21 frigoríficos investigados continuam com restrição para vendas externas.