Paraguai é o novo império da pecuária, destaca edição espanhola do El País
Na última década, o Paraguai se converteu no sexto maior exportador de carne bovina no mundo, superando países de referência na região como Argentina e Uruguai, embora ainda não tenha superado o Brasil, que é o primeiro maior exportador.
Além do Brasil, o Paraguai também compete por mercados internacionais com potências pecuárias como Austrália, Índia, Estados Unidos e Nova Zelândia, como aponta a edição espanhola do jornal El País, que definiu o país sul-americano como "o novo império da pecuária".
O presidente da Câmara Paraguaia da Carne, Korni Pauls, celebrou o fim de ano com muitos êxitos ao longo de 2016 para os frigoríficos. Após um surto de febre aftosa em 2008 - que deixou incerteza para os produtores e prejudicou muitas relações comerciais internacionais - o setor está crescendo outra vez.
O Paraguai possui 14,2 milhões de cabeças de gado, mais que o dobro dos habitantes do país. O investimento dos grandes produtores nos últimos 30 anos para melhorar a genética de raças muito adaptáveis converteu o país em atrativo para outros destinos que desejam repor ou melhorar seu gado.
Com isso, o Paraguai também colocou seu gado bovino para "voar". Quase 2000 cabeças de gado foram enviadar para o Equador por meio de aviões. O Equador está se iniciando no mercado exportador após se declarar livre de febre aftosa em 2015.
Nunca antes havia sido feito um transporte aéreo desse volume: 50 bois e 1.906 vacas, cerca de 680 toneladas para ajudar a renovar a genética bovina do país.
O país também realiza um trabalho bastante firme na abertura de novos mercados, o que o coloca no radar internacional. A confiança em sua qualidade sanitária é o que leva o Paraguai a buscar cada vez mais parceiros, como aponta Hugo Idoyaga, presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do país.
Tradução: Izadora Pimenta