Preço do milho cai, mas frustra expectativa do confinador
Conversei há pouco com o experiente Fernando Saltão, responsável pela parte institucional da Assocon, entidade que representa os confinadores de gado. Ele já foi do quadro de profissionais da JBS.
Igual a outros analistas do mercado pecuário, como os da Scot Consultoria, Saltão acredita que o confinamento deverá diminuir de 10% a 15% neste ano. Ele ressalva, no entanto, que esse número não é definitivo.
Um dos motivos principais da baixa, segundo Saltão, e eu acredito que é uma novidade para meus leitores, se deve à continuidade dos preços altos do milho, alimento básico na alimentação do gado confinado. “Esperávamos uma queda maior na cotação da saca de milho com a entrada da 2ª safra do cereal. O preço caiu um pouco, mas não teve a intensidade esperada e frustrou alguns confinadores. Os de Goiás, por exemplo.” Goiás é o Estado top no confinamento.
A Assocon possui 85 associados. Em 2015, eles engordaram 700 mil cabeças. No Brasil como um todo o confinamento chegou a 5 milhões de animais.
O dirigente da Assocon me adiantou ainda que muitos pecuaristas fizeram opção pelo arraçoamento no pasto nas fazendas, o que torna o custo mais suave, apesar de exigir mais tempo para a engorda. Esse também é um dos motivos que tornam mais dificultosos o levantamento completo do confinamento na atual temporada.
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