Margem dos frigoríficos melhora com a queda da arroba
A margem dos frigoríficos que fazem desossa, pela primeira vez em abril, rompeu a barreira dos 15,0%, depois que os preços da arroba caíram em São Paulo. Via aumento de preços da carne, não se vê melhora de resultado da indústria há algum tempo.
Ainda assim, a diferença entre receita e custo com matéria-prima voltou a ficar abaixo do resultado de um ano atrás.
Não há mudança na conjuntura, no rumo de queda tomado pelo mercado de carne bovina. A situação se intensifica à medida que o ano avança e que os sintomas da recessão vão sendo mais sentidos.
Os preços dos cortes, aliás, caminham no sentido contrário ao da maioria dos produtos comercializados no país. A carne de traseiro caiu, em média, 12,9% em relação ao do começo do ano. Estamos com inflação acumulada de 2,6% (IPCA).
Nem mesmo o frango, proteína que normalmente tem a preferência da população quando há necessidade de corte de despesas, tem se livrado no momento baixista. Em abril a carcaça do comercializada pelas indústrias recuou 5,4%.
A recessão e suas consequências, entre elas a queda de consumo, tem sido uma das responsáveis pela queda nas projeções de inflação, que segundo o Boletim Focus do Banco Central, deve terminar 2016 abaixo dos 7,0%.