Criadores de bezerros de MS comemoram os lucros de 2015
Faça de conta que o Réveillon chegou mais cedo e que a festa já começou. E pode acreditar, o berreiro todo soa como fogos de artifícios para os ouvidos de quem trabalha com bezerros. É que mais uma vez, o ano vai fechar no azul e só há motivos para comemorar.
Considerando que a arroba do boi gordo sempre foi a moeda do pecuarista, alguns animais ilustram a movimentação que anda ocorrendo no setor. Há dois anos, com o preço de 10 bois era possível adquirir um lote com 21 bezerros. Há um ano, esse poder de compra caiu para 19 bezerros e agora, não passa de 17. Ou seja, isso seria equivalente a dizer que quatro bezerros escaparam porteira afora e que o dinheiro escorreu pelas mãos de quem trabalha com engorda.
E não é que o boi gordo tenha se desvalorizado. Até subiu. De acordo com os dados do Cepea, o Centro de Estudos Avançados em EconomiaAplicada da USP, no acumulado dos últimos dois anos, a arroba teve um aumento de pouco mais de 30%, mas a alta do preço do bezerro foi quase o dobro.
Guilherme Malafaia, da Embrapa Gado de Corte, explica que essa valorização do bezerro tem a ver com o abate excessivo de matrizes que ocorreu de 2011 a 2013, devido a baixa remuneração do setor na época. Com o mercado pouco estimulante, muitos pecuaristas mandaram as fêmeas para o frigorífico. É como imaginar, por exemplo, uma fábrica onde se diminui o número de máquinas que produzem.
Só para se ter uma ideia, no ano de 2012, as fêmeas representaram 47% dos animais encaminhados para o abate em Mato Grosso do Sul. O normal seriam 42% ou 43%.
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