Alta do dólar abre novos mercados para a carne de Mato Grosso
A valorização do dólar tem beneficiado as exportações de carne bovina oriundas de Mato Grosso. O câmbio tem ajudado a manter a arrecadação em altos patamares e aumentando os destinos da carne mato-grossense. O Egito, por exemplo, comprou carne industrializada, além da carne in natura e miúdos – embarque que não era realizado desde 2013. Já a Venezuela, pelo segundo mês consecutivo, apareceu como o maior importador de carne do Estado, adquirindo no último mês quase 8 mil TEC.
De acordo com as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) copilados e divulgados pelo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso exportou 166,2 mil TEC entre janeiro a julho deste ano, sendo 26, 24 mil TEC somente em julho. Apesar da diminuição, o volume foi o terceiro maior do ano. Em receita, no sétimo mês do ano, foram movimentados US$ 97,84 milhões – sendo US$ 580,24 milhões de janeiro a julho.
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Olmir Cividini, explica que a retomada de novos mercados implicará em uma demanda maior pela carne bovina, beneficiando os produtores do Estado. Ele lembra que além da Venezuela, Rússia, China, Hong Kong e Macau, no último ano Mato Grosso adquiriu novos e fortes compradores como Egito e Irã.
“Estamos diversificando mais o destino da carne mato-grossense, o que é importante para a cadeia da bovinocultura de corte estadual, já que permite um leque maior de clientes”. Conforme ele, o momento é de cautela na cadeia da carne, visto que os custos de produção continuam elevados, o que pode diminuir a renda do pecuarista mesmo com a alta da arroba.