Tecnologia reduz em 30% tempo para criar gado com 21 arrobas em SP

Publicado em 14/05/2015 07:23

Produzir mais e melhor em menor tempo deve ser o sonho de qualquer produtor rural. Mas para conseguir resultados satisfatórios é necessário planejamento. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), desenvolveu tecnologia inédita para a produção de gado de corte. O trabalho foi conduzido no Polo Regional da Alta Mogiana da APTA, localizado em Colina, interior paulista. O chamado “Boi 7.7.7” tem como resultado um animal com sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda, totalizando 21 arrobas no momento do abate. Esse resultado é obtido em dois anos no máximo. No sistema tradicional de produção são necessários, no mínimo, três anos para o animal atingir 18 arrobas. Além da produção precoce, a tecnologia pode aumentar em até 30% os lucros dos pecuaristas.

Produtores de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rondônia já começaram a adotar a tecnologia da APTA. As pesquisas para o desenvolvimento do Boi 7.7.7 começaram a ser realizadas há cerca de dez anos. 

A produção de bovinos com qualidade e tempo 30% menor requer planejamento e estratégias. “É necessário que sejam utilizadas diversas ferramentas para atingir esse resultado. O trabalho envolve, principalmente, manejo de pasto e suplementação alimentar”, explica Gustavo Rezende Siqueira, pesquisador da APTA.

A dosagem da suplementação varia de acordo com o peso do animal: quanto maior, maior a dosagem. “Essa suplementação ajuda no ganho de peso e não causa nenhum prejuízo para a saúde do animal. Pelo contrário, ela proporciona melhor bem estar a ele”, afirma o pesquisador da APTA, Flavio Dutra de Resende.

Em uma produção normal, os produtores conseguem fazer o giro - como é chamado o período entre o início da produção até o abate - em três anos. Com a tecnologia APTA, é possível fazer um giro e meio nesse período. Essa precocidade do sistema é importante para toda a cadeia de produção. “Tempo é dinheiro. Essa redução no tempo de permanência do animal no pasto aumenta em até 30% os lucros dos produtores”, afirma Resende. Apesar de os custos de produção serem maiores, os pecuaristas conseguem produzir mais em uma mesma área e ter produtos com qualidade superior para comercialização.

Leia a notícia na íntegra no site Só Notícias.

Tags:

Fonte: Só Notícias

NOTÍCIAS RELACIONADAS

O uso de satélite na pecuária auxilia no monitoramento das pastagens e facilita tomada de decisão O uso de satélite na pecuária auxilia no monitoramento das pastagens e facilita tomada de decisão
Negócios com arroba do boi em MT já superam preços praticados nas praças paulistas Negócios com arroba do boi em MT já superam preços praticados nas praças paulistas
Negócios com arroba do boi em MT já superam preços praticados nas praças paulistas
Scot Consultoria: Alta na cotação do boi gordo e do “boi China” em São Paulo
Boi/Cepea: Oferta limitada e demanda firme sustentam preços
Pecuarista de Goiás adota ILPF e consolida pecuária sustentável na propriedade