Chega! Há muito a coisa já passou do tolerável!
Um grupo de delinqüentes políticos, de
autoritários, que não respeita a vontade dos alunos das Letras, que
votaram contra a greve, fazia um barulhaço (ver vídeo abaixo) para
perturbar alunos de lingüística, em prova. Um sujeito invadiu
a sala do professor Marcelo Barra, virou a mesa (literalmente!),
pegou-o pelo colarinho e o encostou contra a parede. Vocês entenderam
direito! A segurança física dos professores não está mais garantida na
universidade, e quem os ameaça não é a bandidagem comum, mas a
bandidagem (DES)qualificada.
Sandra Nitrini, diretora da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas não pode mais fazer de conta
que o assunto não lhe diz respeito. Ela está obrigada a cobrar
segurança para alunos e professores. Do mesmo modo, a reitoria não pode
fazer de conta que nada acontece por ali.
Um desses vagabundos que se ocultam no
anonimato nas redes sociais lembrou que Barra é marido da “reacionária
Elaine Grolla”. REACIONÁRIA??? Elaine é aquela professora valente, que
honra o seu trabalho e a autonomia universitária e que teve a coragem
de enviar uma mensagem a
este blog defendendo o seu direito de dar aula e denunciando a agressão
de que ela também fora vítima porque queria trabalhar. Não por acaso,
agora seu marido é agredido por um covarde, por um sociopata político,
por um esquerdopata. Parece-me evidente que há sinais aí de retaliação.
O Centro Acadêmico das Letras (CAELL) é
comandando pelo PSTU. Eles foram derrotados, como já vimos aqui, de
forma acachapante na defesa da greve. Tentaram criar barreiras físicas
para impedir a entrada de estudantes, fizeram piquetes. Tudo inútil!
Uma assembléia decidiu que não haveria greve. Pois bem: a turma do
CAELL estava lá, fazendo o barulhaço, enchendo o saco, perturbando a
vida de quem quer aprender lingüística — em vez de instituir o
socialismo no Brasil a partir das… Letras (tenho até vergonha de
escrever isso).
Barra só não apanhou pra valer do
esquerdopata porque os alunos intervieram. Logo depois, uma moça ligada
ao Centro Acadêmico, uma revolucionária do PSTU, invadiu a sala aos
berros para anunciar que eles não tinham nada a ver com aquilo: “Não
associem isso ao CAELL; a gente não conseguiu parar esse cara!”
Entendo! A gente conhece bem a disposição do PSTU para não investir em
confusão…
Aqui, o apitaço promovido pouco antes da agressão. Volto depois.
A USP não ficou de joelhos nem para a
ditadura militar. Cumpre agora aos professores honestos, que prezam o
seu trabalho, que valorizam a sua independência intelectual, que não
são esbirros de partido, que não se comportam como apparatchik
decidir se vão ou não se render a seus algozes. Esses comuno-fascistas
estão violando direitos garantidos pelo Regimento Interno da
Universidade, pela Constituição Estadual e pela Constituição Federal.
CHEGOU A HORA DE A MAIORIA
SILENCIOSA DO CORPO DOCENTE DECIDIR SE PROFESSOR PODE OU NÃO APANHAR DE
DELINQÜENTES DISFARÇADOS DE ESTUDANTES. SE NÃO PODE, ENTÃO TENHA A
DIGNIDADE DE REAGIR!
Reitero: a Reitoria e a direção da FFLCH são responsáveis pela segurança de professores e alunos.
“Por que falar tanto da USP?”, insistem alguns em perguntar. Porque a Universidade de São Paulo é o exemplo perfeito do mal que as esquerdas fazem à democracia, à inteligência e ao país. Ali, hoje, direitos constitucionais são são diária e sistematicamente violados. Quem deveria sair em defesa dos alunos e professores? Ora, seus respectivos órgãos de representação: no caso dos alunos, centros acadêmicos e DCE; no caso dos professores, a Adusp, a associação de docentes. Ocorre que essas entidades são justamente as promotoras da barbárie. A razão é simples: não respondem às necessidades de seus representados, e sim às de partidos políticos aos quais seus dirigentes servem. Assim é na USP. Assim é na sociedade brasileira.
Nestes nove anos de poder lulo-petista, o PT se fortaleceu muito mais do que o Brasil e os brasileiros. Sempre que foi preciso mandar as instituições e a moralidade às favas para proteger a legenda, os petistas o fizeram: mensalão, aloprados, quebra do sigilo bancário do caseiro, violação do sigilo fiscal de adversários… Estamos falando de uma cultura política!
Sim, eu confesso, um tanto constrangido, que já tentei convencer alunos das Letras a deixar a sala de aula para participar de uma assembléia ou mesmo para aderir a uma greve. Já lá se vão mais de 30 anos! Batíamos à porta. Perdíamos licença ao mestre — assim o chamávamos nessas ocasiões, com ainda mais solenidade do que de hábito. Se ele desse autorização, entrávamos em sala; coso contrário, como ocorria às vezes, não! Sem gritaria, sem piquetes físicos ou sonoros, sem constrangimento de nenhuma natureza. Não havia a menor hipótese de um aluno submeter um professor a qualquer forma de intimidação. Reconhecíamos a sala de aula como um templo, e o mestre como o sacerdote. Intocável!
Nem por isso éramos menos “combativos”. Até porque, convenham, lutávamos ainda contra uma ditadura; hoje, eles lutam contra a democracia. Quando vejo esses cretinóides a chamar depredadores de prédios públicos de “presos políticos”, sinto engulhos. Ontem, na USP, o templo foi violado. A sala de aula em que estava o professor Marcelo Barra, de Lingüística, foi invadida. Uma agressão inaceitável, conforme relatei aqui. É isso que entendem por “autonomia universitária”? Quem, afinal de contas, viola direitos fundamentais na Universidade de São Paulo? O reitor? A PM?
Tão logo publiquei o post, alguns delinqüentes intelectuais e morais tentaram invadir o blog para “explicar” o que aconteceu. O aluno em questão seria da Psicologia — e eu com isso? — e teria, segundo alguns relatos, problemas mentais. Mais, diz uma Mafaldinha: Barra não poderia ter sido pego “pelo colarinho” porque estava de camiseta… Quem não reconhece uma figura de linguagem é certamente incapaz de saber o que é violência literal. Ainda não tenho claro se essa gente é mais burra do que cínica ou o contrário. Não! Não são eventuais psicopatas que põem a USP em risco, aviltam a Constituição e ignoram os direitos individuais; são os esquerdopatas!
Os extremistas, temendo a reação da maioria silenciosa de professores e alunos, tentam “medicalizar” a violência, como se todo o resto a que se assiste na universidade fosse normal. E que se note: as leis e o estado de direito são permanentemente violados na FFLCH sob o silêncio cúmplice da direção da faculdade. Pergunto o que espera a professora Sandra Nitrini para se pronunciar oficialmente e recorrer à força da lei para fazer valer os direitos de quem quer estudar e de quem quer ensinar. Sandra é, como posso dizer?, próxima do PT, e o partido resolveu aderir oficialmente à baderna da minoria por intermédio de seu presidente, Rui Falcão, que assinou um manifesto endossando a pauta dos golpistas.
Vejam o vídeo em que o rapaz, aos berros, se prepara para invadir a sala. Volto em seguida.
Voltei
“Ele é doente!”, gritam agora os representantes do Central Acadêmico (CAELL), comandado pelo PSTU. Digamos que sim. Mas esperem. Vejam este outro vídeo, feito momentos antes de o rapaz entrar em surto. Retomo em seguida.
Retomando
Então não se vê acima a expressão de uma doença grave? É o “piquete sonoro”, organizado pelo CAELL. Do outro lado das portas, há professores tentando ensinar e alunos tentando aprender. Pior: estavam fazendo provas, que foram canceladas. Pior ainda: uma assembléia comandada pelos próprios piqueteiros havia decidido pôr um fim à greve das Letras — há um vídeo histórico a respeito, que já exibi aqui. Como é que a entidade oficial de representação dos alunos não aceita a chamada “deliberação soberana” da assembléia conduzida por seus próprios dirigentes? Esses delinqüentes intelectuais que ficam me escrevendo podem tirar o cavalo da chuva: não lhes darei voz porque não dou trela a fascistóides que não reconhecem os direitos garantidos pela sociedade democrática.
Por uma universidade realmente autônoma
É chegada a hora de lutar por uma universidade realmente autônoma!
- Alunos da USP, especialmente da FFLCH, não são livres para ir e vir.
- Professores vivem acuados pela patrulha de seus colegas de esquerda.
- A PM no campus coíbe apenas a ação de bandidos; quem patrulha o pensamento na Universidade são os partidos de extrema esquerda.
O fascistada não desiste; eu também não!
Ela insiste em esbulhar o estado de direito e a democracia. Eu insisto em defendê-los! E parem com essa besteira de ficar fazendo correntes contra mim nas redes sociais. Com 15 anos, tive de me haver com o Dops; acham que, aos 50, vou me deixar intimidar por remelentos e Malfadinhas do sucrilho e do toddynho?
Vocês precisam é fumar um pouco de realidade! E o Estado precisa fazê-los arcar com o peso de suas escolhas!
Por Reinaldo AzevedoTags: USP
Quando a PM deu um flagrante nos três maconheiros da USP, episódio que está na pré-história do banditismo a que se assiste agora, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), líder do PT na Câmara, correu para o campus. Foi pra lá, claro!, para criticar a polícia e defender a turma que queima o mato. Segundo ele, maconha na universidade é um “ritual de passagem”.
Nem poderia ser diferente: é um notório defensor da descriminação das drogas. Suas melhores piores entrevistas são aquelas concedidas a sites de maconheiros. Questão de ritmo. Não sei se fui claro. Pois bem! Agora, alunos e professores passaram a ser caçados e cassados por trogloditas, aliados objetivos de Paulo Teixeira. E o valente, naturalmente, não diz nada.
Para proteger professores e alunos cujos direitos estão sendo agredidos pelos esquerdopatas, Teixeira jamais se deslocaria até a universidade. Afinal, deve pensar, “essa confusão toda é ruim para o PSDB e é boa para o meu candidato à Prefeitura…” Não será se o PSDB fizer a coisa certa no horário eleitoral. Temo que faça a errada.
Também cabe indagar: o Ministério Público não vê nada de estranho na universidade? Ele pode, sim, agir contra indivíduos e grupos que agridem direitos coletivos ou valores protegidos pela Constituição e pelas leis. Imaginem, meus caros, o escarcéu que não seria se, por qualquer razão, algumas das minorias influentes estivesse tendo algum direito agravado. Como se trata apenas de violar direitos da maioria, então ninguém se interessa, certo?
Não é impressionante que petistas se mobilizem para defender maconheiros, mas não movam uma palha para proteger professores que ensinam e estudantes que estudam?
Por Reinaldo AzevedoTags: Paulo Teixeira, USP
Por Julia Duailibi e Alberto Bombig, no Estadão:
Depois da declaração do governador Geraldo Alckmin descartando um acordo com o PSD que passe pela concessão da cabeça de chapa na eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2012, o partido do prefeito Gilberto Kassab traça um plano B para a disputa municipal. Sem a coligação com os tucanos, o vice-governador Guilherme Afif Domingos não entra na corrida do ano que vem.
O PSD trabalha, agora, para aumentar o tempo de TV no horário eleitoral gratuito de modo que dê munição para lançar como candidato Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Afif já avisou ao partido que não tem interesse em encarar uma disputa contra o PSDB.
O vice-governador, ex-DEM e agora no PSD, se vê como “avalista” da aliança vitoriosa em 2010 que levou Geraldo Alckmin ao poder. A coligação com os tucanos era uma premissa para ele sair candidato. De acordo com aliados, Afif também avalia ser arriscada uma candidatura que fique com pouco tempo de TV no horário eleitoral gratuito.
Kassab ainda não descartou o plano A, que é a aliança com os tucanos tendo Afif como candidato. Em troca, o PSD apoiaria a reeleição de Alckmin em 2014. Amigo do vice-governador desde os anos 80, o prefeito o vê como nome de confiança para defender seu legado na Prefeitura.
(…)
Por Reinaldo AzevedoTags: Alckmin, Eleições 2012, Gilberto Kassab, Prefeitura de SP
Por Eugênia Lopes, no Estadão:
Integrantes dos partidos de oposição reúnem-se hoje para armar uma estratégia de convocação do ministro das Cidades, Mario Negromonte (PP), para depor no Congresso. Antes do ministro, eles querem ouvir os envolvidos no escândalo da fraude que abriu caminho para a aprovação de projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá (MT), encarecendo em R$ 700 milhões a obra de mobilidade urbana para a Copa de 2014.
Na reunião de lideranças do PPS, PSDB e DEM, prevista para hoje, a oposição vai acertar os detalhes para trazer a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna, e o chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto. Na semana passada, o Estado revelou que Luiza mudou o parecer que vetava uma alteração defendida pelo governo de Mato Grosso. A mudança foi feita a pedido de Cássio Peixoto. A troca elevou o custo do projeto a R$ 1,2 bilhão.
A oposição também quer ouvir Higor Guerra, analista de infraestrutura cujo parecer rejeitava a troca do BRT pelo VLT e foi alvo da fraude. “Primeiro queremos ouvir todos os envolvidos para depois ouvir o ministro”, explicou o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
A ideia é tentar aprovar o depoimento dos envolvidos no episódio e de Negromonte na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. A oposição teme, no entanto, encontrar dificuldades. Antes, a comissão era presidida por um oposicionista, Sergio Brito (BA), que deixou o DEM e foi para o PSD. Agora, passou a ser presidida pelo governista Filipe Pereira (PSC-RJ).
(…)
Por Reinaldo AzevedoTags: Mário Negromonte, Ministério das Cidades
No Globo:
A recuperação econômica global está perdendo fôlego, deixando a zona do euro presa a uma leve recessão e os Estados Unidos com risco de seguir esse caminho, afirmou, nesta segunda-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao reduzir suas projeções para a economia global. O organismo prevê que esta cresça 3,8% este ano e 3,4% em 2012 — contra projeções anteriores de 4,2% e 4,6%, respectivamente. Ainda assim, as bolsas de valores fecharam em alta de até 5%, devido à expectativa de que os ministros de Finanças da zona do euro, que se reúnem hoje, cheguem a um acordo sobre a implementação do fundo de resgate do bloco.
Fazendo eco à OCDE, a agência de classificação de risco Moody’s afirmou que todos os ratings soberanos da zona do euro — e, possivelmente, os da União Europeia (UE) — estão em risco se não forem tomadas medidas de curto prazo para lidar com a crise da dívida. A Moody’s disse que essa análise deve ser completada no primeiro trimestre de 2012.
E, no início da noite desta segunda-feira, a Fitch informou ter revisado a perspectiva dos EUA de estável para negativa, o que implica um possível rebaixamento. A agência atribuiu sua decisão ao fracasso do Supercomitê em reduzir o déficit do país. Pela Fitch, a nota americana ainda é “AAA”.
A revisão da Fitch eleva a pressão sobre Barack Obama, que, nesta segunda, se reuniu com os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Obama teme o contágio da crise europeia. “Eu disse a eles que os Estados Unidos estão prontos para ajudá-los a resolver essa questão. Isso é de enorme importância para nossa economia”, disse Obama à imprensa, depois do encontro, na Casa Branca.
Ele não especificou que tipo de ajuda os EUA poderiam dar, já que o país enfrenta problemas com seu déficit orçamentário. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) já tem recursos suficientes para ajudar a Europa, sugerindo que os EUA não entrariam com dinheiro.
Durão Barroso garantiu que a Europa está tomando medidas para resolver a crise. Mas ressaltou que as economias de EUA e União Europeia (UE) são interdependentes: “Enfrentamos o desafio comum de controlar o endividamento ao mesmo tempo em que retomamos o crescimento e criamos empregos. Não é uma tarefa fácil em qualquer lado do Atlântico”, afirmou.
Bolsas sobem 5,5% em Paris e 2% em SP
Segundo a OCDE, a zona do euro já entrou em recessão e praticamente não crescerá em 2012, tendo expansão de apenas 0,2%. Os EUA cresceriam 1,7% este ano e 2% em 2012. Já a expansão da Alemanha, a maior economia da Europa, despencaria de 3% para 0,6% no ano que vem.
O relatório da OCDE ressalta que haverá algum impulso graças aos emergentes, mas, mesmo assim, a queda no comércio global vai afetar a China. O crescimento da economia chinesa deve desacelerar de 9,3% este ano para 8,5% em 2012. As projeções para o Brasil são de expansão de 3,4% este ano e 3,2% em 2012, abaixo da economia global.
A OCDE advertiu que um “evento negativo” na zona do euro (como a desintegração da moeda única) poderá provocar uma contração global. O economista-chefe da organização, Pier Carlo Padoan, disse que o cenário pode melhorar “se forem tomadas medidas decisivas rapidamente”, como o aumento da capacidade do fundo de resgate da região e uma atuação maior do Banco Central Europeu (BCE).
(…)
Por Reinaldo Azevedo
Por Gustavo Uribe, no Estadão:
Em aparição pública na manhã de hoje, o ex-governador de São Paulo José
Serra (PSDB) fez duras críticas à condução da economia brasileira pelo
governo da presidente Dilma Rousseff e de seu padrinho político, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT. Em palestra,
durante o VII Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, na sede da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o tucano
minimizou o Programa Brasil Maior, uma das principais vitrines do
primeiro ano de administração Dilma Rousseff, e avaliou como “o erro
mais espetacular de política econômica da história brasileira”, o fato
do governo federal não ter reduzido a taxa básica de juros durante a
última crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008 com a
quebra do banco Lehman Brothers.
“A
crise econômica é muito feia, mas o Brasil, em crises passadas, soube
aproveitar as oportunidades”, avaliou. “Mas houve uma crise que foi
desaproveitada, a de 2008 e 2009, porque o Brasil foi o único país do
mundo que não baixou os juros”, acrescentou. Na avaliação de Serra, que
disputou as eleições presidenciais do ano passado com Dilma Rousseff, o
governo federal lançou o Programa Brasil Maior com boa intenção, mas
com “boa parte das coisas erradas, porque não conhece direito quais são
as questões da indústria.” O tucano ressaltou ainda, em um contraponto
aos discursos do ex-presidente Lula, que o Brasil é ainda, no contexto
da economia mundial, um país pequeno. “Nós não temos mais do que 3% do
Produto Interno Bruto (PIB) mundial e temos uma participação no
comércio mundial em torno de 2%”, considerou. “Nós temos ainda, no que
se refere às questões econômicas e sociais, muito o que avançar”.
O
ex-governador de São Paulo criticou ainda o atual patamar da taxa de
juros e a alta carga tributária que, segundo ele, castigam os
investimentos na economia nacional. “Isso só piorou nos últimos anos
com o PIS/COFINS, que aumentou sobre a energia elétrica a partir de
2002 e 2003″, afirmou, referindo-se ao início do governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A munição do ex-governador de
São Paulo sobrou ainda para a Petrobrás. Segundo ele, a estatal não tem
um plano correto de desenvolvimento da atividade privada para o
fornecimento de equipamentos e insumos para a exploração de petróleo da
camada do pré-sal. O ex-governador avaliou também que não há uma
proposta séria para vincular os royalties aos investimentos. E fez um
alerta. “Nós não podemos perder o bônus oriundo da exploração do
petróleo”, ressaltou.
Por Reinaldo Azevedo Tags: Oposições, Serra
Na VEJA Online:
A agência classificadora Fitch manteve nesta terça-feira a nota máxima
triplo A da dívida soberana dos Estados Unidos, mas reduziu sua
perspectiva para negativa, ante uma projeção de crescimento anêmico e
altos níveis de endividamento, disse a empresa.
A
Fitch reconheceu que os Estados Unidos mantém “fundamentos econômicos e
creditícios fortes”, mas disse possuir cada vez menos confiança na
possibilidade de que a primeira potência mundial adote “as medidas
orçamentárias necessárias para por as finanças públicas em um caminho
viável”.
Segundo
a agência, a dificuldade de um consenso amplo na forma de reduzir o
déficit orçamentário Federal dos Estados Unidos não apresenta sinais de
melhora. ”Um acordo sobre um plano de redução a médio prazo que
estabilize a dívida pública na segunda metade da década reduziria a
pressão sobre a nota dos Estados Unidos”, disse a Fitch.
A
Fitch era a última das três grandes agências de classificação que
mantinha o “triplo A” com perspectiva positiva para os Estados Unidos.
Standard and Poor’s reduziu em um nível a nota em agosto, a “AA+”,
enquanto a Moody’s reduziu a perspectiva da nota para “negativa”,
mantendo a classificação “AAA”.
Por Reinaldo Azevedo Tags: economia americana, EUA
Por Rosa Costa, da Agência Estado:
O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), voltou hoje a cobrar da
tribuna a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, exibindo três
termos de compromisso de doação que, segundo ele, comprovam as
denúncias de corrupção existentes contra Lupi. Os documentos
registrados em cartório, em agosto de 2007, mostram o acordo do
presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Bares e Restaurantes da
Baixada Santista, Litoral Sul e Vale da Ribeira, João Carlos Cortez,
para obter a certidão sindical expedida pelo Ministério do Trabalho.
Um
dos termos especifica que o sindicato repassará “diretamente” à Força
Sindical até o mês de agosto do mesmo ano, “a título de doação, para
realização de atividades de formação sindical, 30% do imposto sindical
referente ao exercício de 2008. O outro documento repete o compromisso
e a promessa de repassar para a Força Sindical 20% do imposto sindical,
referente ao exercício de 2009.
No
terceiro termo de compromisso, o sindicato compromete-se a efetuar à
entidade, também à título de doação, 10% do imposto sindical referente
ao exercício deste ano, 2010. O acerto fixa ainda que o repasse do
dinheiro ocorrerá logo que a certidão sindical for publicada no Diário
Oficial da União (DOU).
É o
presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, quem
encabeça o movimento de defesa e da permanência de Carlos Lupi no
Ministério do Trabalho. No entender do líder tucano, “trata-se da
prática ilícita documentada”. “Isso é um acinte, é uma afronta, é a
documentação da corrupção, o tráfico de influência, o benefício
concedido em troca de determinado favor”, atacou. “E o favor, nesse
caso, é a certidão, é a carta sindical publicada no Diário Oficial da
União”, protestou o senador.
Por Reinaldo Azevedo
Quem é o culpado pela agressão de que foi vítima o professor Marcelo Barra (ver post anterior)?
Em primeiro lugar, o protagonista. Quem é ele? Consta que deixou cair o
documento ao abandonar a sala, arrancando a camisa, num delírio de
vitória. Também é responsável a direção do CAELL (PSTU), que perdeu
uma votação numa assembléia, mas, mesmo assim, promove apitaços e
piquetes para infernizar a vida de quem quer estudar. Responde ainda
pelo absurdo a direção golpista do DCE, que pretende impor aos uspianos
uma decisão que eles rejeitam. Por óbvio, os partidos de extrema
esquerda que deram início a essa balbúrdia chancelam a violência. Mas
não só eles.
É
culpada a direção nacional do PT. Rui Falcão, o presidente do partido,
subscreve um abaixo-assinado endossando as reivindicações dos
golpistas. Todos os professores que condescendem, em graus variados,
com os métodos truculentos dessa gente são também culpados. Vladimir
Safatle, aquele que não apóia o “occupy a fazenda do papai”, é um
deles. Outro é Eugênio Bucci, o “moderado” — o homem de Fernando Haddad
na USP —, que dá aulinhas públicas para os “insurrectos” em nome da
“democracia”. Sei… Marilena Chaui, claro!, está na turma. É uma das que
assinaram um manifesto que apóia as reivindicações dos extremistas.
Fábio Konder Comparato não poderia faltar, tentando emprestar sua
sapiência de “jurista” (risos) à bagunça.
Docentes
de outras universidades que assinaram o tal “Manifesto em Defesa da
Democracia na USP” (na prática, defende a ditadura da agressão física)
também ajudaram a pegar um professor pelo colarinho. A Adusp, aparelho
do PT e entidade que representa oficialmente os docentes da
universidade, colabora com a agressão.
Abaixo,
os professores signatários do manifesto que se alinha com os defensores
da ditadura de minoria na Universidade de São Paulo. Moralmente
falando, participaram do ataque covarde a Marcelo Barra. Parece muita
gente? Não é! Há uspianos e não uspianos na lista. Alguns já estão
aposentados. O corpo docente da universidade reúne mais ou menos 5.200
professores.
Luiz Dagobert de Aguirra Roncari (USP/DLCV)
Chico de Oliveira (USP/DS)
Leonel Itaussu Almeida Mello (USP/DS)
Emir Sader
Luiz Costa Lima
Emília Viotti da Costa (USP/DS)
Benjamin Abdala Junior (USP/DLCV)
Flávio Wolf de Aguiar
Marilena Chaui (USP/Filosofia)
Jorge Luiz Souto Maior (USP/Direito)
Heloísa Fernandes (USP/DS)
Paulo Henrique Fernandes Silveira (USJT/Filosofia)
João Adolfo Hansen (USP/DLCV)
Fábio Konder Comparato (USP/Direito)
Maria Victoria de Mesquita Benevides (USP/FE)
Daciberg Lima Goncalves (USP/IME)
Benicio Jose de Souza (USP/Poli)
Klara Kaiser Mori (USP/FAU)
Leda Paulani (USP/FEA)
Carmem Silvia Vidigal (USP/FE)
José Damião de Lima Trindade (USP)
Sandra Galheigo (USP/FMUSP)
Jacyra Soares (USP/IAG)
Nelson Fiedler Ferrara Junior (USP/IF)
Luiz Siveira Menna Barreto (USP/EACH)
Jonas Tadeu Silva Malaco (FAU/USP)
Ianni Regia Scarcelli (USP/IP)
Cilaine Alves Cunha (USP/DLCV)
Luiz Renato Martins (USP/ECA)
Paulo Capel Narvai (USP/FSP)
Ricardo Musse (USP/DS)
Gilberto Bercovici (USP/Direito)
Deisy Ventura (USP/IRI)
Adma Muhana (USP/DLCV)
Eleuterio F S Prado (USP/FEA)
Aurea Ianni (USP/FMUSP)
Mario Miguel González (USP/DLM)
Paulo Eduardo Arantes (USP/Filosofia)
Vladimir Safatle (USP/Filosofia)
Francisco Miraglia (USP/IME)
Leon Kossovitch (USP/Filosofia)
Lincoln Secco (USP/DH)
Flavio Aguiar (USP/DLCV)
Mayra Laudanna (USP/IEB)
Otilia Beatriz Fiori Arantes (USP/Filosofia)
Carlos Roberto Monteiro de Andrade (USP/IAU)
Celso Fernando Favaretto (USP/FEUSP)
Henrique Carneiro (USP/DH)
Ana Fani Alessandri Carlos (USP/DG)
Tania Macêdo (USP/DLCV)
Laura Camargo Macruz Feuerwerker (USP/FSP)
Sandra Guardini T. Vasconcelos (USP/DLM)
Sergio Cardoso (USP/Filosofia)
Adriano H. R. Biava (FEA/USP)
Adrián Fanjul (USP/DLM)
Elisabeth Silva Lopes (USP/EAD)
Vera Silva Telles (USP/DS)
Pablo Ortellado (USP/EACH)
Vitor Henrique Paro (USP/FEUSP)
Luiz Armando Bagolin (IEB/USP)
Osvaldo Coggiola (USP/DH)
Marta Maria Chagas de Carvalho (USP/FEUSP)
Paulo Silveira Filho (USP/DS)
Francisco Alambert (USP/DH)
Paulo Martins (USP/DLCV)
Sean Purdy (USP/DH)
Marcus Orione (USP/Direito)
Luiz Armando Bagolin (USP/IEB)
Áquilas Mendes (USP/FSP)
Iumna Maria Simon (USP/DTLLC)
Mário Henrique Simão D Agostino (USP/FAU)
Helder Garmes (USP/DLCV)
Ruy Braga (USP/DS)
Marcia Gobbi (USP/FEUSP)
Marília Pinto de Carvalho (USP/FEUSP)
Francis Henrik Aubert (USP/DLM)
Iris Kantor (USP/DH)
Laurindo Lalo Leal Filho (USP/ECA)
Vera Pallamin (USP/ FAU)
Jefferson Agostini Mello (USP/EACH)
Jorge Machado (USP/EACH)
Ciro Teixeira Correia (USP/IG)
Cristina Wissenbach (USP/DH)
Marco Aurélio Vannucchi (USP)
José Maria Soares Barata (USP/FSP)
Antonio Araújo (USP/ECA)
José Batista Dal Farra Martins (USP/ECA)
Rosangela Sarteschi (USP/FFLCH)
Marcia Arruda Franco (USP/FFLCH)
Carlos Serrano (USP/FFLCH)
Renato da Silva Queiroz (USP/ FFLCH)
Jorge de Almeida (USP/DTLLC)
Francisco Murari Pires (USP/DH)
Marta Inez Medeiros Marques (USP/DG)
Hélio de Seixas Guimarães (USP/ DLCV)
Roberta Barni (USP/DLM)
Valdir Heitor Barzotto (USP/FE)
Claudia Rosa Riolfi (USP/FE)
Mauricio Cardoso (USP/DH)
Mamede Jarouche (USP/DLO)
Vima Lia de Rossi Martin (USP/DLCV)
Elisabetta Santoro (USP/DLM)
Cristiane Maria Cornelia Gottschalk (USP/FE)
Carmen Sylvia Vidigal Moraes (USP/FEUSP)
Salete de Almeida Cara (USP/ FFLCH)
Luiz Cláudio Ribeiro Galvão (USP/Poli)
Christian Ingo Lenz Dunker (USP/IP)
Maria Dea Conti Nunes (USP)
Luís César Guimarães Oliva (USP/USP)
Iray Carone (USP/IP)
Yudith Rosenbaum (USP/DLCV)
Maria Isabel de Almeida (USP/FE)
Nair Yumiko Kobashi (USP/ECA)
Fátima Corrêa Oliver (USP/FMUSP)
Selma Lancman (USP/FMUSP)
Adalgiza Fornaro(IAG/USP)
Denise Dias Barros (USP/FMUSP)
Neide T. Maia González (USP/DLM)
Adriana Kanzepolsky (USP/ DLM)
Joel La Laina Sene (USP/ECA)
Jaime Solares Carmona (USP/FAU)
Pablo Fernando Gasparini (USP/DLM)
María Teresa Celada (USP/DLM)
Maria Julia Kovács (USP/IP)
Esmerindo Bernardes (USP/IFSC)
Joaquim Alves de Aguiar (USP/DTLLC)
Elizabeth Cancelli (USP/DH)
Marilda Lopes Ginez de Lara (USP/ECA)
Maria da Graça Jacintho Setton (USP/FEUSP)
Pedro Paulo Chieffi (USP/FMUSP)
Maria Lêda Oliveira (USP/DH)
Primavera Borelli (USP/FCF)
Michel Sleiman (USP)
Arlindo Tribess (USP/Poli)
Dilma de Melo Silva (USP/ECA)
Maria Sílvia Betti (USP/DLM)
Flávio de Campos (USP/DH)
Isabel Aparecida Pinto Alvarez (USP/DG)
Cláudia Valentina Assumpção Galian (USP/FEUSP)
Rosângela Gavioli Prieto (USP/FE)
Miguel Soares Palmeira.(USP/DH)
Zenir Campos Reis (USP/DLCV)
Rafaela A. E. Ferreira Barbosa (USP/Direito)
Patrícia Noronha (USP/ECA Unicamp/CAC)
Arley R. Moreno (Unicamp/Filosofia)
Maria Rita de Almeida Toledo (Unifesp/HISTÓRIA)
Marcos Del Roio (Unesp/FCC)
Caio Toledo (Unicamp)
Anita Leocádia Benário Prestes (UFRJ/História)
Roberto Leher (UFRJ)
Lincoln de Abreu Penna (UFRJ)
Francisco Foot Hardman (Unicamp/IEL)
Márcio Bilharinho Naves (Unicamp/IFCH)
Maria Ribeiro do Valle (Unesp/FLC/Araraquara)
Amarildo Ferreira Junior (UFSCar)
Carlos Zacarias F. de Sena Jr. (UFBA/FFCH)
Milton Pinheiro (Uneb/ICP)
Patrícia Vieira Trópia (UFU)
Sérgio Braga (UFPR)
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida (PUC/SP)
Margareth Rago (Unicamp)
João Francisco Tidei Lima (Unesp)
Ricardo Martins Valle (UESB)
Carlos Zeron (USP/História)
Paulo Henrique Martinez (Unesp/História)
Maurício Vieira Martins (UFF/Sociologia)
Jorge Antunes (UnB/Música)
Diorge Alceno Konrad (UFSM/História)
Glaucia Vieira Ramos Konrad (UFSM)
José Menezes Gomes (UFMA)
Sérgio Prieb (UFSM/Economia)
José Jonas Duarte da Costa (UFPB)
Marília Flores Seixas de Oliveira (UESB)
Guilherme Amaral Luz (UFU)
Anita Handfas (UFRJ)
Sérgio Alcides (UFMG)
Jacyntho Lins Brandão (UFMG)
Aldo Duran Gil (UFU)
Lavinia Silvares (Unifesp)
Reinaldo A. Carcanholo (UFES)
Tania de Luca (Unifesp)
Hélio Moreira da Costa Júnior (UFAC)
Elza Margarida de Mendonça Peixoto (UFBA)
Marcelo Milan (UFRGS)
Modesto Carone (Unicamp/Teoria Literária)
Valdo José Cavallet (UFPR)
Ivan Rodrigues Martin (UNIFESP)
Ricardo Antunes (Unicamp)
Wilson Correia (UFRB)
Cláudia Isabel Ribeiro Santos (PUC-SP/História)
Ângela Soligo (Unicamp/FE)
Káta Cilene do Couto (UFAM/História)
Graciela Foglia (Unifesp)
Rodrigo Bastos (UFSC)
Claudia Maria Barbosa (PUC-PR/Direito)
Carlos Alberto S. Barbosa (Unesp/História)
Por Reinaldo Azevedo
A
“Junta Militar de Extrema Esquerda” que governa o DCE decidiu realizar
eleições no dias 27, 28 e 29 de março de 2012. A data expõe os caminhos
imaginados pelos ditadores para tentar dar uma aparência de
legitimidade ao golpe. Como todos sabem, se as eleições tivessem sido
realizadas na data prevista, a chapa “Reação”, que reúne
não-esquerdistas, que junta os “estudantes que estudam”, teria vencido
com folga. Eles sabiam disso e deram, então, o golpe. Como informei
aqui, chegaram a trocar e-mails anunciando que tudo fariam para impedir
eleições livres — ou, na expressão de um dirigente da UNE e membro do
Fórum de Esquerda, da Faculdade de Direito, decidiram: “A esquerda não
perde nem a pau”…
Muito
bem! Os “grevistas” não confessaram os reais motivos do golpe;
pretextaram que seria difícil organizar eleições estando a universidade
em greve — greve praticamente inexistente, como todos sabem. Ora, eles
dizem que só voltam às aulas se a PM deixar o campus. Como não vai
deixar, então a greve certamente se estenderá até o ano que vem. Mais:
os petistas se juntaram à extrema esquerda para tentar parar a USP em
2012.
Por
uma questão de lógica elementar, pergunto: por que adiar as eleições de
novembro para março se, segundo os critérios dos próprios valentes, as
condições seguirão as mesmas? Eis o busílis. Em março, chegam à USP
10.852 alunos aprovados no vestibular de 2011, a esmagadora maioria
iniciando o seu primeiro curso.
Esses
calouros não conhecem de perto o desastre provocado pela militância
política dos partidos de esquerda na universidade. Ainda não sabem o
que é ter a faculdade funcionando, mas não o sistema de transportes, o
restaurante, a estrutura de serviços… Ainda não sabem que os “donos” do
Sintusp, o sindicatos dos funcionários, pode transformar a vida deles
num inferno. Mais: ainda não foram reprovados nesta ou naquela
disciplinas porque o PCO, o PSTU, o PSOL, a LER-QI ou o Movimento
Negação da Negação tiveram um chilique qualquer e resolveram parar a
universidade para dar início à…, bem…, à revolução socialista!
Os
ditadores da USP sabem que o aluno veterano já os conhece e tem
consciência da quantidade de malefícios e desastres de que são capazes.
Os novos, em tese ao menos, ignoram as suas falcatruas morais,
políticas e existenciais. A canalha aposta, em suma, que o
desconhecimento pode reconduzi-los ao poder.
Assim,
meus caros, os defensores da democracia na USP, a maioria silenciosa,
devem iniciar agora, por intermédio das redes sociais, um trabalho de
esclarecimento. Os calouros da USP precisam saber o que significa votar
numa chapa de esquerda: o contínuo rebaixamento da universidade, o
grevismo, a subserviência da instituição a partidos políticos, a “luta
pelo socialismo”… Essa gente considera que uma USP de mais qualidade,
que forme profissionais melhores e mais capacitados, é reacionária.
PS
- Chamo os interventores do DCE de “Junta Militar” em homenagem à
história do Brasil, não é? Algo semelhante só se viu no Brasil da
ditadura. Uma junta governou o país entre 31 de agosto e 30 de outubro
de 1969. Sua primeira medida, olhem que número interessante, foi o Ato
Institucional nº 13, o AI-13, que punia com o banimento os brasileiros
acusados de ameaçar a segurança nacional. O DCE, comandado pelo PSOL, e
os demais grupelhos da “sinistra” também querem banir da USP os que
discordam de sua política.
Por Reinaldo Azevedo Tags: USP
No Globo:
A revista americana “The New Yorker” traz na edição desta semana uma
reportagem sobre a presidente Dilma Rousseff em que traça o perfil da
primeira mulher eleita para o mais alto cargo do Executivo no Brasil. O
autor da reportagem relembra a atuação de Dilma contra a ditadura,
informando que ela foi presa e torturada durante o regime militar.
“O
Brasil é governado por ex-revolucionários sem remorso, muitos dos
quais, incluindo a presidente, foram presos por anos por serem
terroristas”, diz o texto. Ao falar da gestão da presidente, a quem
elogiam dizendo ter “uma presença forte”, a revista destaca os
escândalos, mas não mira na presidente: “Ninguém acredita que Dilma é
corrupta, mas ela trabalhou por anos com algumas das pessoas que se
demitiram”, diz a reportagem.
Entre
frases que destacam o crescimento da economia brasileira, a publicação
diz que 28 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza na última
década e que o país tem um orçamento equilibrado, dívida e inflação
baixas e atinge quase o pleno emprego. Mas também fala de aspectos
negativos.
“O
governo central é muito mais poderoso que nos Estados Unidos. Também é
muito mais corrupto”, afirma a revista, dizendo que o Brasil é
“caoticamente democrático e tem uma imprensa livre”. “A criminalidade é
alta, as escolas são fracas e as estradas são ruins”, completa.
Por Reinaldo Azevedo Tags: Governo Dilma, The New Yorker
Os
adversários do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) continuam a fazer uma
espécie de propaganda política gratuita pra ele. Já escrevi um texto a respeito.
Num discurso contra os chamados “kits gays” criados pelo Ministério da
Educação — de fato, eram puro lixo pedagógico —, Bolsonaro sugeriu que
a presidente Dilma pudesse ser homossexual. Ela não é, e todo mundo
sabe disso. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto depois.
*
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), condenou hoje
as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que questionou a
sexualidade da presidente Dilma Rousseff na quinta-feira, 24, em
plenário. “Ele não pode extrapolar da forma que ele extrapolou desta
vez e mais uma vez”, criticou o petista. Maia avisou que se o processo
por quebra de decoro parlamentar contra Bolsonaro chegar às suas mãos
será encaminhado para a Corregedoria da Casa. Bolsonaro criou nova
polêmica ao falar sobre a inclusão do combate à homofobia nos
currículos escolares e acrescentar no discurso que “o kit gay não foi
sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de
homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma.
Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau”.
Durante
almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em
São Paulo, Maia defendeu que o homem público tenha “o direito de falar
o que pensa, mas cabe sempre passar o bom exemplo”. “Precisamos ter uma
atuação afirmativa para termos boas práticas de convivência social.
Toda prática de segregação tem que ser banida. E ele extrapolou e tem
sido desrespeitoso com as pessoas, e agora com a presidenta Dilma
Rousseff”.
Voltei
Estamos diante do que eu chamaria “Paradoxo do Orgulho Gay”.
Se Dilma fosse, Bolsonaro não estaria dizendo, então, nenhum absurdo;
como ela não é, resta a suposição de que ele, ao fazer tal ilação,
tentou degradá-la. Mas os que vêem tal viés na fala do parlamentar são
os mesmos que se dizem defensores dos gays, reafirmando justamente a
sua condição não-degradante, causa de orgulho. Qual seria a saída para
“punir” Bolsonaro?
Crime
de calúnia, ele não cometeu. Ser gay não é ilegal e, pois, o deputado
não inferiu que a presidente teria cometido um crime. Restaria
“injúria” ou “difamação”, mas, nesse caso, o único discurso possível
para condenar Bolsonaro é essencialmente hipócrita: “Nós achamos que
ser gay não rebaixa ninguém, mas sabemos que Bolsonaro acha que sim!
Pedimos, então, que ele seja punido em nome dos seus próprios valores,
não em nome dos nossos. Afinal, somos aqueles que consideram que ser
gay é motivo de orgulho”.
É o samba-do-politicamente-correto-doido. É provável que a própria presidente Dilma esteja a pensar: “Quanta bobagem!”
PS - Ah, sim: havendo falha lógica no que escrevo, gostaria de ser informado. Apenas me insultar não muda os fatos.
Por Reinaldo Azevedo Tags: Governo Dilma, Jair Bolsonaro, Marco Maia
Por Luciana Marques, na VEJA Online:
O PPS entregou nesta segunda-feira uma representação na Procuradoria da
República no Distrito Federal pedindo que o órgão investigue o
envolvimento de assessores do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na
cobrança de propina em troca de registro sindical. Reportagem da edição
de VEJA desta semana mostra que o governo foi alertado sobre o caso há nove meses por sindicalistas ligados ao PT, mas nada foi feito a respeito.
Na
representação, o PPS pede que os procuradores investiguem a
participação do assessor Eudes Carneiro e do ex-secretário de Relações
do Trabalho Antonio Medeiros na irregularidade. O mecânico Irmar Silva
Batista relatou a VEJA que Eudes pediu 1 milhão de reais em troca da
liberação do registro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de
Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp). O
encontro foi realizado por intermédio do então secretário de Relações
do Trabalho. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.
“As
suspeitas são de que há uma complexa engrenagem de desvios éticos
instalada no Ministério do Trabalho”, afirmou o líder do PPS na Câmara,
deputado Rubens Bueno (PR). “Se forem confirmados os fatos, os
envolvidos nesse esquema têm de ser responsabilizados criminalmente”,
disse.
Reportagem
Em fevereiro deste ano, Irmar enviou por e-mail uma carta para
a presidente Dilma Rousseff e para o secretário-geral da Presidência,
Gilberto Carvalho. No documento, ele narra o caso e pede providências.
O Palácio do Planalto acusou o recebimento da carta em 9 de março, mas,
na semana passada, a assessoria de imprensa da Presidência informou que
não foi possível fazer nada a respeito. E citou motivos técnicos: o
trecho que narrava a denúncia, estranhamente, teria chegado cortado na
mensagem recebida. Ouvidos por VEJA, todos os citados por Irmar Batista
negaram ter pedido propina.
Por Reinaldo Azevedo Tags: Carlos Lupi, Ministério do Trabalho
Reportagem
do New York Times sobre as eleições parlamentares no Egito, que
começaram hoje, informa que a confusão é grande, mas que a impressão é
a de que o comparecimento é maciço. Traduzo um trecho muito
interessante, que serve como um flagrante da “boa má consciência”
ocidental quando se debate a “Primavera Árabe”.
*
O Partido da Liberdade e da Justiça [o da Irmandade Muçulmana]
é, de longe, o mais bem-organizado. Montou pequenos grupos de jovens
munidos com laptops e os postou em cruzamentos estratégicos na cidade
do Cairo para ajudar os eleitores a encontrar os locais de votação.
Além de socorrer qualquer pessoa, pouco importa a dificuldade,
entregam-lhe também um papel impresso com o local de votação, o
logotipo e os candidatos do partido.
Em
alguns locais de votação, membros da Irmandade, identificados com o
símbolo do Partido da Liberdade e da Justiça, mostravam-se prontos para
ajudar a manter a segurança. Eles podem ser vistos escoltando, por
exemplo, mulheres idosas para filas especiais de votação.
Observadores
que monitoram as eleições e grupos de direitos humanos, no entanto,
afirmam que as irregularidades parecem refletir mais a desorganização
do processo eleitoral do que uma conspiração para interferir no
resultado, e tudo acaba ofuscado pelo enorme e inesperado
comparecimento dos eleitores.
Alguns
ativistas dos direitos humanos dizem que parece ser esta a primeira vez
em seis décadas que um Parlamento, com a legitimidade de uma eleição
democrática, representará a vontade do povo egípcio.
“É a
desordem se sempre”, diz Heba Morayef, observadora da Human Rights
Watch. “Mas, se o comparecimento às urnas continuar tão alto quanto
parece — e, em último caso, é isso o que importa, certo? —, se isso
continuar até amanhã, está tudo certo. Este será um Parlamento
legítimo”.
Voltei
De novo: tomara que esse textinho não venha a ser um emblema
de um grande engano — ou desengano. A Irmandade Muçulmana se espalha
pelas ruas do Cairo, de laptop na mão, manipulando, como se nota, o
processo eleitoral, mas o adoráveis observadores ocidentais acham que
tudo decorre da bagunça generalizada, não de uma determinação.
Para
a dona Heba, o que importa é o grande comparecimento, pouco importam as
condições em que se dê o processo eleitoral. Em termos, digamos,
egípcios, parece que já está de bom tamanho pra ela.
Então tá.
Por Reinaldo Azevedo Tags: Egito
Bashar
Al Assad, ditador da Síria, já caiu. Só ele ainda não percebeu. Ou
percebeu, mas tem dificuldade para mudar a sua natureza, a exemplo do
que se viu com a família Kadafi. Por que aquela gente não pegou a grana
fabulosa que tinha e caiu fora da Líbia? Kadafi foi encontrado num cano
de esgoto, sodomizado e linchado. Um de seus filhos, preso com vida e
em boas condições de saúde, apareceu depois, morto, com um rombo
fabuloso na garganta. Foram muitas as evidências de barbárie cometidas
também pelos chamados “rebeldes”. Mas se tornaram personagens das
fantasias e anseios “progressistas” e “civilizados” da imprensa e dos
intelectuais do Ocidente, que apostam no “modo Obama” de exportar
democracia…
Assad
lidera um regime brutal? Sim! Quem vai derramar uma lágrima de tristeza
por ele? Eu é que não! Mas não me peçam uma lágrima de emoção e
esperança por aqueles que o estão derrubando. A exemplo do que
aconteceu com Kadafi, só que numa região muito mais delicada e
literalmente explosiva, ele está enfrentando uma luta armada.
Pacifistas que carregam ramos de oliveira não saem por aí matando.
E o
relatório da ONU? É um roteiro de horrores, com relatos de tortura de
crianças, execuções, tiros contra a multidão… Ocorre que a maioria dos
depoimentos pertence a desertores do Exército, pessoas que fugiram da
Síria — leiam o noticiário com atenção — ou que estão no exílio,
membros de grupos que tentam depor o governo. Não estou dizendo que
sejam falsos necessariamente. Só estou afirmando que se está, também
nesse caso, ignorando que o país vive uma guerra civil e que isso supõe
uma guerra de versões. A outra não interessa, como não interessou na
Líbia.
A
tal “Primavera Árabe” resultará em governos democráticos, que passarão
a respeitar os direitos e as escolhas individuais, coisa que nunca se
viu por lá? Tomara que sim! Tenho tantos amigos que acreditam nisso que
quase me convenço… Por enquanto, essas revoluções passam por outro
caminho: há um óbvio e inequívoco processo de islamização do estado em
todos os países, sem exceção, que estão passando pela revolução.
Nego-me, em 2011, a ser o Michel Foucault da “Primavera Árabe”, como Foucault foi o Foucault da “primavera iraniana” de 1979…
Por Reinaldo Azevedo