Os "progressistas" não entendem o crescimento de Bolsonaro
Declarações de que Bolsonaro têm assumido posturas homofóbicas e contrárias às posições das ditas “minorias oprimidas” não são novidade para os que acompanham o desenrolar do cenário desenhado pela corrida presidencial. Como, por estas plagas, temas de tão pouca relevância para o debate político (tais como a opção sexual de cada indivíduo) são facilmente elevados ao status de temas de grande relevância, vez ou outra, temos que nos entregar ao árduo ofício de refutar ideias que, por mais estapafúrdias, podem ser decisivas num pleito cujas consequências não podem ser desprezadas.
Num país que se orgulha de colocar em pauta a banalização da sexualidade é praticamente um pecado mortal assumir uma postura conservadora e alinhada aos princípios cristãos. Se um pai demonstra qualquer rejeição à possibilidade de ter um filho com traços e comportamentos homossexuais, surge um forte motivador para uma gritaria histriônica em torno desta postura “preconceituosa”. A turma que vive enclausurada na sua bolha progressista realmente acha que um pai não pode considerar que um comportamento homossexual do filho seja anormal. Esta visão arcaica, jurássica, diriam os detentores da bondade, seria reprovável, digna de execração. Mesmo em se tratando de um pai cujos valores são provenientes de berço cristão. É neste momento que paira sobre os defensores da liberdade de expressão a dúvida a respeito da diversidade de opiniões preconizada pela esquerda.
Quando deixamos de focalizar o debate que busca politizar a sexualidade (como se fosse esta a pauta que mais deveria nos preocupar quando há tanto a ser feito nas arenas política e econômica) e utilizar o estado como instrumento de coerção para a banalização dos comportamentos declaradamente contrários aos princípios familiares, cristãos e conservadores, percebemos uma lufada de luz sobre os fatos, os quais se contrapõem de maneira contundente ao discurso ideológico. Foram os princípios conservadores os responsáveis pelo desenvolvimento civilizacional da porção ocidental do mundo. Temas como diversidade sexual, aliás, não são debatidos livremente em estados cuja democracia não dá o ar de sua graça. Estado este que, num paradoxo incompreensível, é defendido de forma aguerrida pelos justiceiros sociais que veem o mundo sob uma ótica de opressores versus oprimidos. Aqueles que os defendem, fazem-no hasteando, por exemplo, bandeiras contra uma suposta islamofobia praticada pelo ocidentalismo tacanho (isto mesmo, cospem na civilização que lhes permite a elasticidade do discurso plural).
Decisões e práticas de cunho estritamente pessoal, tal como a sexualidade, só são possíveis em estados que primam pela democracia e pela pluralidade de ideias (algo que não existe no submundo em que estão enclausuradas as mentes à esquerda). Outro discurso bastante apregoado pelas esquerdas seria o de que Jair Bolsonaro estaria, supostamente, incutindo uma desunião ou desagregação social entre os indivíduos através de uma pregação moralista contra as mesmas “minorias oprimidas” (e neste combo estão todas as minorias que o imaginário esquerdista puder aliciar). Tal argumento não requer qualquer esforço de refutação. Basta analisar, e não precisamos de tanta capacidade cognitiva para tal, que quem criou todos os instrumentos que desagregaram e dividiram a sociedade foram justamente as esquerdas (de Freixo, de Lula e seus asseclas) que insistem no discurso do “nós contra eles”. Essa coisa de “negros contra brancos”, “homossexuais contra heterossexuais”, “mulheres contra homens” foi o que gerou tanta divisão e desunião.
O país está mesmo dividido, concordo, mas esta divisão foi orquestrada pela longeva doutrinação marxista presente nos discursos acadêmicos, na relativização e banalização do hedonismo, no incentivo à criminalidade que encontra amparo nos discursos dos artistas do projaquistão, na retórica vitimista dos intelectuais de esquerda que, despidos de todo valor moral que nos agraciou com o mínimo progresso desfrutado por um país genuinamente capitalista, idealizam um mundo em que bandidos deixarão de sê-lo se tão somente lhes oferecermos mais educação. Qual educação? Aquela, a freireana, a qual já se mostrou um fracasso e nos colocou na rabeira do ranking internacional em termos de conhecimento e desenvolvimento tecnológico capazes de gerar produtividade (uma excelente alternativa para aliviar as agruras das ditas minorias oprimidas).
O povo cansou. E o fenômeno do crescimento de Bolsonaro nas pesquisas nada mais é do que a resposta aos sofrimentos e dores aos quais as minorias (aquelas minorias reais, de carne e osso, e não aquelas idealizadas e utilizadas como massa de manobra) são expostas todos os dias e que essa galerinha cool, que acha que o mundo seria mais colorido se tivéssemos mais igualdade e se os malditos capitalistas não explorassem os miseráveis trabalhadores, recusa-se a enxergar.
Tenho minhas discordâncias com o candidato. Talvez devesse ser mais cuidadoso com as palavras. Talvez devesse ser mais firme na defesa das ideias liberais. Mais convincente, em suma, quando fala da necessidade de privatizações e de medidas de cunho liberal para o avanço do país. Reconheço que dificilmente conseguirá articular apoio no congresso para suas propostas. No entanto, como estamos falando de Pindorama (para fazer uso de termo tão comum nos artigos de João Luiz Mauad), em que qualquer coisa que não se pareça com uma foice e um martelo é tachada de produto da direita xenófoba, é preciso ser muito cauteloso para não cair na armadilha maniqueísta em que só é do bem aquele cujas ideias e esforços estão concentrados na defesa dos marginais.
Sobre o autor: Juliano Roberto de Oliveira é administrador de empresas, professor e palestrante. Especialista e Mestre em Engenharia de Produção, é estudioso das ideias liberais.
Nota do blog: Veja também meu vídeo sobre como a esquerda caviar pariu a candidatura viável e competitiva de Bolsonaro: https://youtu.be/kl_DZ8LPalk.
MÃE POLICIAL QUE REAGIU E MATOU BANDIDO NA ESCOLA MOSTRA ABISMO ENTRE ELITE “PROGRESSISTA” E POVO
Todos viram as cenas que o Facebook tentou ocultar como “conteúdo violento ou explícito”, do bandido que chega apontando uma arma para crianças numa escola em Suzano, SP, e é surpreendido por uma mãe policial, que sacou sua pistola e atirou no marginal, que veio a morrer depois. Foi um assalto à “mãe armada”. A reação a esse mesmo episódio expõe com perfeição o abismo que se abriu entre uma elite “progressista” que vive em sua bolha e o povo de carne e osso.
A imensa maioria celebrou o acontecimento, mostrando o que significa uma mulher “empoderada” na prática, ao contrário do que pregam feministas, e festejou o resultado: mais um bandido morto. E um bandido que chega apontando sua arma para crianças em escola não merece mesmo viver. Foi um caso claro de legítima defesa, mostrando que o discurso de nunca reagir é falso e produz apenas uma sociedade de cordeiros passivos, alvos fáceis de lobos cruéis, cada vez mais ousados.
Outro aspecto terrível dessa narrativa do “nunca reaja” é que transfere a culpa do crime para as vítimas. É como se o responsável pelas mortes quando algo dá errado fosse quem tentou reagir, não quem ameaçou a vida de terceiros antes. Os bandidos chegam a “reclamar” que “tiveram” que matar porque, afinal, tentaram reagir. É muita inversão de valores!
Claro que haveria a turminha dos “direitos humanos” que sairia em defesa do marginal, ou ao menos tentaria condenar o ato da policial em si. O grau de insanidade varia. Alguns chamaram a atenção para o risco em que a policial colocou aquelas crianças, ignorando que quem as colocou em risco foi o bandido, que já chegou apontando uma arma para elas. A mãe policial protegeu as crianças.
Outros mostraram como se produz “fake news”, ao chamar o marginal baleado de “suspeito”, ignorando que tudo foi capturado pela câmera e que não é um “suspeito” aquele que chega apontando armas para suas vítimas, e sim um marginal da pior espécie que já merece levar chumbo como legítima defesa. Suspeito de todos os “jornalistas” que chamam de suspeito um bandido pego no flagra.
Por fim, as manchetes destacaram o local do ocorrido e a presença das crianças, claramente num tom de condenação, como se a policial tivesse sido inconsequente ao reagir naquela situação:
Essa mentalidade de que nunca se deve reagir a assaltos tem ligação direta com o caos da violência no Brasil. Falar isso para um texano é pedir para ser incompreendido ou ridicularizado: como assim, não devemos reagir aos marginais?! Houve um sujeito que escreveu que o certo a fazer era esperar o bandido sair dali, após seu roubo bem-sucedido, e tentar prende-lo, sem mata-lo. Essa gente vive no mundo da fantasia!
Mas como os ventos de mudança estão aí, a policial Katia da Silva Sastre foi homenageada pelo governador de SP, talvez porque Alckmin não esteja mais no comando. Ainda que seja oportunismo político em ano eleitoral, é o reconhecimento de que a população sente orgulho dela, tanto que vários usaram as imagens de seu ato heroico para homenagear todas as mães neste domingo. Márcio França teve a coragem de bancar sua decisão, a despeito da reação da imprensa:
Nem todos, porém, ficaram felizes. Pior ainda do que os “jornalistas” foi o caso do “especialista” Leonardo Sakamoto, um dos “checadores de fatos” do Facebook, ícone dos “direitos humanos” e respeitado pela mídia mainstream (mas não pelo povo). Eis o que ele escreveu, que poderia ter saído direto de um sanatório:
Fica cada vez mais difícil negar a atração que a esquerda sente pelos marginais. É óbvio que a policial merecia medalhas de honra, até uma estátua de bronze! Ninguém está premiando “a morte”, como diz o censor das redes sociais, e sim a vida: a vida de todas as crianças e pessoas de bem que foram colocadas em risco por um marginal cruel (parece que ele já tinha matado vários policiais).
E para deixar claro o viés de extrema esquerda das redes sociais e da imprensa, enquanto Sakamoto recebe espaço para suas loucuras, Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil e um dos maiores especialistas em segurança pública no país, levou um bloqueio do Facebook só por divulgar as imagens que milhares de brasileiros divulgaram, felizes:
Ou seja, enquanto Bene Barbosa, que está claramente em sintonia com a opinião popular, é perseguido nas redes sociais e ignorado na mídia mainstream, Sakamoto, que fala apenas para os malucos ou simpatizantes de marginais, recebe grande espaço na imprensa e vira “censor” das redes sociais. Dá para confiar nessa parceria entre grande imprensa e agências de checagem de fatos?
Rodrigo Constantino
Prisão de Lula, fake news e outros dados da pesquisa CNT que pouca gente viu (GAZETA DO POVO)
A 136ª Pesquisa CNT/MDA, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte nesta segunda-feira (14), apurou as preferências eleitorais dos entrevistados em cenários de primeiro e segundo turnos de votação. Mesmo preso, o ex-presidente Lula lidera a corrida ao Palácio do Planalto, com 32,4% das intenções de voto. Nos cenários sem o petista no páreo, quem fica na frente é o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). O levantamento ocorreu entre os dias de 9 a 12 de maio com 2.002 pessoas, ouvidas em 137 municípios de 25 unidades federativas.
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Além da preferência eleitoral, a pesquisa traz outras informações interessantes sobre a prisão de Lula, as características ideais dos candidatos, e a confiança na Justiça e nas instituições, além de sondar o entendimento dos brasileiros sobre os riscos da propagação de notícias falsas (fake news) e a expectativa em relação à Copa do Mundo. Leia abaixo o lado B da pesquisa CNT/MDA:
A prisão de Lula
No primeiro levantamento CNT feito após a prisão de Lula, a maioria dos entrevistados (51%) considerou a prisão do ex-presidente como “justa”, enquanto 38,6% a consideraram “injusta”. O petista está preso desde 7 de abril na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.
Para 49,9%, Lula não conseguirá disputar as eleições presidenciais deste ano. Esse porcentual é maior do que o dos que acreditam que, mesmo preso e inelegível, o petista participará do pleito de outubro (40,8%).
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Credibilidade da Justiça
A CNT/MDA também questionou a opinião dos entrevistados sobre a confiança na Justiça brasileira. A maioria (52,8%) avaliou o Judiciário brasileiro como “pouco confiável” e 36,5% como “nada confiável”. Os que consideraram os magistrados do país como “muito confiáveis” ficaram em 6,4%.
A avaliação sobre a atuação da Justiça no Brasil é negativa para 55,7% (ruim ou péssima) dos entrevistados. Outros 33,6% avaliam a Justiça como sendo regular e 8,8% dos entrevistados avaliam que a atuação da Justiça no Brasil é positiva (ótima ou boa). Para 90,3% a Justiça brasileira não age de forma igual para todos. Outros 6,1% consideram que age de forma igual.
Impacto da Lava Jato na corrupção
A esperança de que a Operação Lava Jato fará do Brasil um lugar menos corrupto não seduz 44,3% dos entrevistados. Para eles, a corrupção no país irá continuar na mesma proporção, mesmo após as recentes ações da Justiça que levaram para a cadeia políticos poderosos, empreiteiros e até um ex-presidente da República. Já 30,7% avaliam que a corrupção irá diminuir e 17,3% acreditam que vai aumentar.
Características desejáveis
A Confederação Nacional do Transporte perguntou aos entrevistados quais as características mais importante que um candidato a presidente da República deve ter. Para 65,6% deles, a honestidade será o principal fator levado em consideração na hora de definir o voto; 47,7% considerarão novas propostas para o Brasil; 26,4%, a trajetória de vida; 12,1% considerarão se o candidato é novo no meio político; 5,9% o partido político ao qual o candidato pertence; e 3,4% se ele é do meio empresarial. Os entrevistados podiam marcar mais de uma resposta.
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Instituições mais confiáveis
O levantamento também pesquisou a confiança dos brasileiros nas instituições. A mais confiável, na opinião dos entrevistados pela pesquisa, foi a Igreja, com 40,1%. As Forças Armadas aparecem em seguida, com 16,2% de confiança, seguida pela Justiça, com 8,6%, e a imprensa, com 5%. A polícia aparece em quinto lugar, com 4% de confiança, seguida pelo governo federal (2,2%). As instituições com menor confiança são o Congresso Nacional (0,6%) e os partidos políticos (0,2%).
O perigo das fake news
A influência perigosa das fake news na vida dos brasileiros, sobretudo em ano eleitoral, também foi alvo de apuração da pesquisa CNT/MDA. Quase sete em cada dez entrevistados (68,2%) já ouviram falar sobre a existência de notícias falsas, as chamadas fake news. Metade deles (49%) afirmou utilizar a internet (redes sociais, portais ou aplicativos de mensagem, como o WhatsApp) todos os dias para ver notícias.
Aos entrevistadores, 81,4% dizem acreditar em algumas e desconfiar de outras notícias que veem na internet. Outros 4,5% afirmam crer em todas as informações, enquanto o restante (13,8%) diz não acreditar em qualquer notícia.
Quando ficam em dúvida sobre a veracidade de alguma notícia que veem na internet, 31,5% dizem que têm o costume de sempre verificarem se a informação é verdadeira. Já 45,4% verificam somente algumas vezes e 22,7% dizem que não têm esse costume.
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Segurança vai piorar
A CNT/MDA perguntou qual a expectativa dos entrevistados para os próximos seis meses em relação a cinco áreas importantes para o dia a dia e o futuro dos brasileiros: emprego, renda mensal (salários), saúde, educação e segurança pública. Nas quatro primeiras áreas, a percepção é de que tudo ficará igual, sem melhora ou piora, com índices variando entre 42,9% e 59,3%. Só no quesito segurança, a expectativa de 41,9% é de que as coisas vão piorar.
O caneco é nosso
No país do futebol, 42% dos que responderam à pesquisa CNT não estão interessados na Copa do Mundo da Rússia, contra 27% que estão muito interessados e 30,7% pouco interessados. Ainda assim, o otimismo com uma vitória da seleção brasileira é grande. Para 51,9%, o Brasil é o país favorito a vencer o Mundial. O principal meio pelo qual os entrevistados pretendem acompanhar os jogos da Copa do Mundo é a TV (96,8%). Em seguida, aparecem internet (1,7%), rádio (0,3%) e jornal (0,1%).
Metodologia
A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 Unidades Federativas das cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. O levantamento foi feito entre os dias 9 e de 12 de maio e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09430/2018. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.