Temer, MPF, milícia, bando e a Ideologia do Complexo do Alemão, por Reinaldo Azevedo
Passou a febre “Rodrigo Maia presidente”. Por enquanto ao menos. Se outro Rodrigo, o Janot, da Procuradoria Geral da Deposição de Michel Temer (é a quinta dimensão do Ministério Público da União), tiver a bala de prata que seus acólitos traficam pelos corredores, mas sem mostrar o bagulho, Temer será deposto. E o que virá depois é bem mais escuro do que supõem os selenitas.
A leitura de certa crônica política, que pretende se passar por análise, tem uma graça intelectualmente trágica porque não chega a síntese nenhuma, tornando-se mero bordado a ornar o nada. O horizonte desses cronistas é a Terra do Nunca, localizada em Lugar Nenhum.
É estupefaciente que se possa apontar o dedo contra Temer, acusando-o de incapaz de conduzir as reformas, quando entes do Estado –como o Ministério Público Federal e alguns togados no STF– e quadros relevantes das elites, incluindo setores da imprensa, atuam de forma deliberada para lhe tirar os instrumentos de governança.
(…)
Que saudade dos “bons tempos” em que Marilena Chaui fazia pastiche de “A Ideologia Alemã”, de Marx, e torrava a nossa paciência com a ladainha de que o saber era um instrumento de dominação, rebaixando-o a mero “discurso competente”, a ser combatido pela sociedade organizada… Dona Marilena, a exemplo de todo esquerdista perturbado, ainda via o potencial redentor do rebelde primitivo.
Hoje, o verdadeiro porrete da opressão é a ignorância que se alastra nas redes sociais, ciosa da própria truculência, orgulhosa da própria burrice, satisfeita com a própria vulgaridade. À esquerda, ao centro e à direita.
Leia a íntegra no blog de Reinaldo Azevedo no site da RedeTV.