Fala de Dallagnol, “seguidor de Jesus, marido e pai apaixonado”, é música para as esquerdas

Publicado em 04/07/2017 10:26

A bobagem acima é da lavra de Deltan Dallagnol, o rapaz que atua como procurador na Lava Jato e como parlamentar e juiz no Twitter. Ainda voltarei a ele, que anda inquieto como nunca. Nas redes sociais, julga, sentencia, legisla, faz o diabo. E, claro!, parte desse desassombro, que há muito deveria ter chamado a atenção do Conselho Nacional do Ministério Público, acaba vazando em seu trabalho. O resultado é o que vemos aí.

Então se criaram agora duas novas categorias políticas ou, quem sabe, de pensamento: os corruptos e os não-corruptos, estes corporificados no “povo”. Dallagnol, que combate a corrupção, é, portanto, a voz e o braço do povo. Logo, contestá-lo corresponde a ficar do lado dos corruptos. Que ele o diga, vá lá! Ver jornalistas a repetir a mesma besteira, aí é de amargar.

O que posso dizer? Hugo Chávez usou rigorosamente esse argumento para instaurar a ditadura na Venezuela. A conversa mole também não é estranha à ditadura inaugurada em 1964 por aqui. As primeiras cassações de vulto miravam os corruptos, não os subversivos. A cada vez que governos comunistas promoveram autogolpes, geralmente para endurecer o regime, a ala derrotada era acusada de… corrupção! É prática corrente ainda hoje na China e na Coréia do Norte.

Então eu vou reformular a frase do doutor: o que aí se vê nada tem a ver com combate à corrupção; assiste-se, isto sim, é à união de interesses de fascistas de esquerda e de fascistas de direita contra a democracia. Assim fica melhor.

Tudo o que PT sempre quis ouvir

Ainda que seja caracterizado como o verdugo do PT, o que julgo falso, Dallagnol fala tudo aquilo que o partido quer ouvir. Só um idiota acha que o mal maior que o partido fez ao país é a corrupção. Esta é, sim, nefasta. Causa danos imensos ao povo. Ocorre que o modelo econômico que resultou na maior recessão da história, que quebrou a Petrobras, que levou à falência o setor elétrico, que expandiu os gastos a um nível insuportável, que provocou um déficit fiscal histórico… Bem, isso tudo nada tem a ver com a corrupção.

Leia a íntegra no blog de Reinaldo Azeveo no site da RedeTV

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Fonte: Blog Reinaldo Aezevedo - RedeTV

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