Lula discursa em meio ao caos em Natal, imposto pela bandidagem, pensando só no seu umbigo
Com Luiz Inácio Lula da Silva, a política atinge o seu estado de miséria. É impressionante!
Natal, a capital do Rio Grande do Norte, está vivendo sob o signo do terror, imposto pelo crime organizado. Ônibus são incendiados. Delegacias de Polícia estão sendo atacadas. A pedido do governador, Robinson Faria (PSD), o governo federal mandou à cidade homens da Força Nacional de Segurança.
Alheio a tudo, Lula resolveu fazer um, como dizer?, comício na cidade nesta terça-feira. Estava lá para defender o candidato do partido à Prefeitura da Capital, Fernando Mineiro. Era pretexto.
Na prática, já cuidava de sua campanha à Presidência da República.
Enquanto a população de Natal vive sob o signo do terror, Lula disse estar numa boa. Afirmou: “Eu estou aqui tranquilo. Se eles pensam que vão acabar com Lula, estão enganados”.
Que coisa!
Não parou por aí. Atacou Robinson Faria e seu filho, o deputado Fábio Faria, também do PSD, que votou em favor do envio da denúncia contra Dilma para o Senado. Disse: “O dia em que ele votou contra Dilma, eu tentei ligar para ele, ele não atendia. Eu pedi para o [Fernando] Mineiro ir no gabinete dele, ele não me atendeu. Eu queria falar com o filho dele, não me atendeu”.
Eis Lula!
A violência nas regiões Norte e Nordeste teve um crescimento brutal nos anos em que o PT esteve à frente do governo federal. O fato desafia o saber convencional das esquerdas, não é? Afinal, o Nordeste cresceu a taxas superiores ao resto do país.
O lulo-petismo ignorou solenemente o fato. Não se pensou uma única ação específica para entender e combater o fenômeno. Ao contrário: a companheirada preferia atacar a política de segurança pública de São Paulo, Estado governado pelos tucanos.
Que importa a Lula e ao PT o sofrimento objetivo da população quando algo muito mais importante está em pauta, que é a sua própria sorte e a do partido?
É por isso que, com exemplar desfaçatez, esse senhor escolhe discursar numa cidade que vive, na prática, sob o toque de recolher da bandidagem, submetida a ações que podem ser consideradas, sem favor, verdadeiramente terroristas.
Lula preferiu ignorar a onda de violência que atinge Natal e, na prática, se juntou ao crime organizado para atacar o governador.
Eis a moral profunda de Luiz Inácio Lula da Silva.
Letícia Sabatella é um dos últimos suspiros da farsa esquerdista destes 13 anos
Na sua danada irrelevância política, a atriz e criadora de caso Letícia Sabatella expressa os suspiros finais de uma farsa, que é a do esquerdista vítima das circunstâncias que não são sua escolha; que é a do defensor da justiça social em eterna luta contra os promotores da desigualdade; que é do militante das flores vencendo o canhão.
Letícia transformou isso tudo numa caricatura quando, no domingo, resolveu se meter numa manifestação anti-Dilma, certa de que seria, como foi, alvo da hostilidade dos que protestavam em favor do impeachment. O vídeo que ela própria tornou público demonstra a sua postura, vamos dizer, passivo-agressiva. Embora buscasse ser a perseguida, é o olhar subjetivo da câmera que avança sobre os presentes, não o contrário.
Agora, leio na Folha uma informação do balacobaco.
Esta senhora diz que vai escrever um texto a respeito, que comporá a abertura da peça “Haiti Somos Nós”, do grupo Os Satyros, ao qual ela pertence. Não sei se esse trabalho conta ou não com o incentivo da Lei Rouanet!
A cada hora fica mais evidente que Letícia estava, vamos dizer, em busca de um “evento”. E aqueles que ela decidiu ter como adversários foram personagens involuntárias da sua pantomima. É um comportamento detestável.
Letícia é uma rematada ignorante política. Nota-se pelo vocabulário ao qual apela para tratar do assunto. Na sua bela cabeça oca, o mundo se divide entre os bons, grupo no qual se encontraria, e os maus; entre os que amam (os de sua turma) e os que odeiam.
Essa ignorância misturada com ira santa tem lá os seus perigos porque não mede consequências. Fica evidente, até por seu próprio testemunho, que a Polícia Militar do Paraná atuou para protegê-la, inclusive de si mesma.
Ainda assim, a gente nota a sua disposição de criticar a PM. Leiam:
“A polícia chegou e me isolou. Mas não pediu para os manifestantes pararem. Tem um momento [do vídeo] em que eu falo: ‘Você precisa acalmá-los, eu não estou fazendo nada’. Eles queriam me colocar num camburão, mas eu falei: ‘Não, eu moro aqui’.”
“Colocar no camburão”, se aconteceu, entenda-se, era uma maneira, reitero, de protegê-la. A forma de dizer isso é outra: “Eles queriam que eu ficasse em segurança dentro do carro, da viatura”.
Chego a ter pena dessa moça! Resolveu ser a mártir oportunista de uma causa onde se juntam ladrões, quadrilheiros, trapaceiros, bandidos e os realmente golpistas…
Diz a atriz, sempre no seu papel:
“Eu vou mover uma ação, vai ser preciso, foi muito grave. E o que eu passei é o que muitas pessoas estão passando. É necessário filmar, denunciar e mostrar que tem limite.”
Claro que sim! Os que eventualmente forem transformados em personagens de sua narrativa deturpada também têm o direito de acusá-la, quando menos, de assédio moral.
Não é assim que a música toca na democracia. Democracia cuja existência esta senhora já deixou claro não reconhecer.
É mentira! Os sem-terra não foram acusados de terrorismo. Isso é invenção do MST
A imprensa está comprando do MST e vendendo ao distinto público gato por lebre. Por quê? A Justiça de Goiás recorreu à Lei 12.850, que tipifica o crime de organização criminosa, e mandou prender quatro militantes do MST.
Define o Parágrafo 1º do Artigo 1º da texto:
“Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.”
Foram presos Diessyka Lorena Santana Soares, Luis Batista Borges, Natalino de Jesus e José Valdir Misnerovicz. Eles estão ligados ao movimento de ocupação da Usina Santa Helena, na cidade de Santa Helena de Goiás.
Notem: este texto não é para entrar no mérito da justeza ou não das prisões. Posso até tratar do assunto. Mas eu o farei outra hora.
Quero é tratar de uma distorção lamentável. Pautada pelo MST, a imprensa está dizendo que o Ministério Público e a Justiça recorreram à Lei Antiterror para punir os sem-terra. É mentira!
A lei 12.850, que trata das organizações criminosas, dispõe de um Artigo 2º em que se lê:
“§ 2o Esta Lei se aplica também:
(…)
II – às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente definidos.”
Atenção: a Lei Antiterrorismo é a 13.260. Ela é apenas citada na Lei 12.850, destacando-se que também a associação para a prática de terrorismo incorre em organização criminosa.
Pode-se até achar imprópria a prisão dos sem-terra. Reitero que não entro nesse mérito aqui. Mas o fato é que tanto o Ministério Público como a Justiça de Goiás recorreram à lei que tipifica organização criminosa, não à chamada Lei contra o Terrorismo.
Eis aí um dos graves prejuízos que decorrem do fato de a imprensa eleger, muitas vezes, seus heróis e seus bandidos. O MST se inclui, claro!, na primeira categoria. As versões do movimento são sempre muito influentes, incluindo esta, falsa como nota de R$ 3.
Que fique claro: os sem-terra estão sendo acusados de “organização criminosa”, não de práticas terroristas.
A falácia é de tal sorte que, como todos sabem, os movimentos ditos sociais não podem ser enquadrados na Lei Antiterror.
Dilma enxerga golpistas em todas as instituições, por JOSIAS DE SOUZA (UOL)
Em entrevista ao jornal espanhol El Mundo, Dilma Rousseff reiterou a tese segundo a qual o impeachment é um golpe. Dessa vez, contudo, a presidente afastada foi além. Referindo-se ao Judiciário, ao Legislativo e às Forças Armadas, disse: “Eu não acho que nenhuma instituição participou do golpe enquanto instituição. Acho que integrantes de todas as instituições, de uma forma ou de outra, tiveram presença no golpe.” Embora veja golpistas em todas as instituições, Dilma se absteve de citar nomes.
Prestes a ser julgada pelo Senado, Dilma referiu-se a Michel Temer em timbre mais ácido do que o habitual: “…Não foi apenas um traidor. Ele é mais um usurpador. Ele conspirou pelo golpe. E ele, nesse processo de impeachment, se conduziu de forma muito pouco ética comigo e com o conjunto da população brasileira.”
Em relação ao seu padrinho político, Dilma soou condescendente: “Eu acredito que Lula é um homem íntegro e correto, que tem sido objeto de uma grande perseguição. As pesquisas mostram que é um candidato forte para as eleições de 2018. Não acredito, hoje, que Lula vá ser preso. Se for, haverá uma grande comoção no país. O presidente Lula vai saber responder às acusações de forma correta e mostrar seu compromisso com a justiça do país.”
Ao falar de si mesma, Dilma fugiu da autocrítica, como de hábito, e repetiu: “Eu não pratiquei nenhum ato de corrupção e não tenho conta na Suíça.” Ela não confirmou se comparecerá ao Senado para se defender pessoalmente durante a sessão de julgamento do impeachment: “Minha ideia é comparecer, mas quero ver em que condições.”
“Ter sem ter, tendo tudo” e outras quatro notas de Carlos Brickmann
Publicado na coluna de Carlos Brickmann
Quando morreu Stalin, o todo-poderoso dirigente de todas as Rússias, coube a sua filha Svetlana esvaziar as gavetas. Lá, narra ela (terá sido em seu livro Vinte cartas a um amigo? Este colunista não fez a pesquisa), encontrou dezenas de envelopes de pagamento, intactos, sem que o marechal tivesse tocado no dinheiro. Mas pensemos com ele: para que Stalin iria querer dinheiro? Tudo o que existia na União Soviética seria dele no momento em que quisesse. Se tivesse vontade de tomar um Chicabon, caminhões carregados de Chicabon apareceriam em seguida, e não lhe custariam um rublo furado. Se quisesse um apartamento triplex em frente ao Mar Negro, o apê apareceria como que por encanto. Dinheiro, pra que dinheiro?
Stalin morreu há mais de 60 anos, sua União Soviética se dissolveu. E Lula diz que o apartamento triplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, ambos reformados no capricho por empreiteiras entupidas de bons contratos com o Governo, não são dele porque não há documento de compra, nem contrato assinado. Mas há provas de que ele e sua família orientaram as empreiteirovskas, escolheram a mobília, lá guardaram bens pessoais em grande quantidade, incluindo presentes recebidos de autoridades estrangeiras. Talvez não haja documentos, mas é ele, sem dúvida, quem manda no pedaço.
E, claro, este colunista não está comparando Lula com Stalin. Jamais imaginaria que Lula esquecesse seus pagamentos na gaveta.
Restam muitos…
Semana quente: a Operação Resta Um, da Polícia Federal, como de costume vai atingir os petistas (afinal de contas, como notou o jornalista Cláudio Tognolli, não se escreve “corrupto” sem “p” e “t”), mas entra fundo no PSDB. Atinge, por exemplo, um presidente do partido, Sérgio Guerra (que já morreu), e muita gente que, de acordo com a delação premiada de Pedro Corrêa, trabalhou para abafar a CPI da Petrobras — trabalho que, a propósito, deu certo.
Bate também no PP do hoje governador interino do Rio, Francisco Dornelles, acusado de levar R$ 9 milhões da empreiteira Queiroz Galvão.
…resta um
Curioso o nome desta operação, não? Mas coincide com a libertação do casal João Santana – Mônica Moura. Eles não sairiam sem falar; se saíram, é porque já fizeram revelações. E ambos, marqueteiros das campanhas de Lula e Dilma, conhecem os segredos das eleições. Foram eles também que fizeram campanhas para partidos bolivarianos em vários países latino-americanos, sempre por indicação de Lula. Sabem como funcionam essas negociações.
Quando falarem tudo, talvez não reste mais ninguém.
Os números falam
A defesa de Dilma na comissão que decidirá se deve ou não ser afastada definitivamente do cargo foi protocolado com no Senado com o número 171.
O custo dos partidos
O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo, com base em números do Tribunal Superior Eleitoral: os partidos políticos consumiram R$ 9,4 bilhões de dinheiro público nos últimos dez anos. Detalhando, o Fundo Partidário distribuiu 4,4 bilhões. O restante é dinheiro que as emissoras de rádio e TV recebem, como dedução de impostos, pela transmissão do horário gratuito.
E, em compensação, os partidos nos prestam todos os seus serviços.
As revelações de João Santana e Mônica Moura informam: a honestidade de Dilma é tão real quanto a de Lula (por AUGUSTO NUNES)
Por que João Santana e Mônica Moura saíram da cadeia? A resposta está na página 47 da edição de VEJA desta semana. ELA SABIA DE TUDO, informa o título da reportagem sobre a proposta de delação premiada feita pelo casal à Procuradoria Geral da República. Ela ─ quem mais poderia ser? ─ é Dilma Rousseff. O marqueteiro do Planalto e sua mulher estão prontos para provar que a presidente não apenas sabia da movimentação de dinheiro sujo como aprovou os pagamentos ilegais.
Ela também sempre soube que entre os valores declarados oficialmente e o custo real da campanha de 2010 havia uma diferença medida em dezenas de milhões de reais ─ e que essa bolada vinha de empresas agora atoladas no Petrolão. Parte dos recursos oriundos de propinas bancou despesas pessoais da presidente, afirmou Santana, que vai apresentar aos procuradores documentos que comprovam o envolvimento de Dilma em numerosos atos ilícitos.
Há pouco mais de um ano, como registra a reportagem de VEJA, a presidente caprichou na pose de vestal ofendida diante da descoberta de que sua campanha fora irrigada com doações clandestinas da construtora UTC. “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade, porque não houve”, revidou. Esse tom indignado não deu as caras há duas semanas, quando instada a comentar o depoimento de Santana ao juiz Sérgio Moro.
“Não autorizei pagamento de caixa dois a ninguém”, recitou. “Se houve, não foi com o meu conhecimento”. Passados cinco dias, resolveu colocar a bomba no colo do seu partido. “Minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se a dívida remanescente de 2010″, alegou. “João Santana tratou essa questão com a tesouraria do PT”. Convém costurar algum álibi menos mambembe. Nem os porteiros dos tribunais vão acreditar que Dilma só soube agora que seu marqueteiro passou três anos cobrando os US$ 4,5 milhões que lhe deviam por ter ajudado a instalar um poste no gabinete presidencial.
Para deixar a cadeia onde dormiu cinco meses, o casal pagou uma fiança de R$ 31,5 milhões. Essa parcela em dinheiro é de bom tamanho, mas menos valiosas que as parcelas feitas de informações que vão completando o mosaico montado pela Lava Jato com peças essenciais. Esse acerto de contas com a Justiça será concluído daqui a muitas revelações. Mas o que Santana e Mônica já contaram grita que a honestidade de Dilma é tão real quanto a de Lula.