Neste domingo, brasileiros de mais de 200 cidades (Dezoito estados e DF) foram às ruas pelo afastamento de Dilma Rousseff
Manifestantes contra Dilma saem às ruas em 17 Estados e no DF
Milhares de manifestantes saíram às ruas de dezessete Estados e do Distrito Federal neste domingo em atos pela consolidação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Há registro de manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Salvador, Recife, São Luís, Aracaju, Maceió, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Belém e Manaus.
O maior ato se concentrou em São Paulo, na Avenida Paulista. Convocados pelo Vem pra Rua, os manifestantes vestidos de verde e amarelo pediram a saída definitiva da presidente afastada e criticaram a demora no desfecho do processo de impeachment, que só deve acontecer no fim de agosto. Nos atos de todo o país, também haviam cartazes e camisetas em apoio à Lava Jato e ao juiz Sergio Moro, que foi homenageado com a música Parabéns pra você — nesta segunda-feira, ele completa 44 anos.
As secretarias de Segurança Pública dos Estados ainda não divulgaram as estimativas dos participantes. Em Brasília, a Polícia Militar estimou em 5.000 o total de público do ato.
No Rio, os manifestantes levaram cartazes em inglês a fim de chamar a atenção dos jornalistas estrangeiros e turistas que vieram à cidade para acompanhar os Jogos Olímpicos. Em Brasília, foi simulado um cortejo de enterro simbólico do governo Dilma. Apesar de ser minoria nos protestos, alguns manifestantes pediam a intervenção militar. Em São Paulo, os movimentos inflaram os bonecos de protesto contra a presidente Dilma; o ex-presidente Lula; o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski.
Comparadas aos mega protestos anteriores, as manifestações pró-impeachment deste domingo mobilizaram menos gente. Em clima de Olimpíada e volta às aulas, os movimentos Brasil Livre e Nas Ruas perceberam a baixa adesão da população nas redes sociais e decidiram adiar o ato para 21 de agosto. O Vem pra Rua, por sua vez, decidiu manter o protesto que até agora é o mais vazio deste ano.
Felipe Moura Brasil resume manifestação de Copacabana
Assista.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
NO GLOBO: Dezoito estados e DF têm protestos contra e a favor de Dilma
RIO, SÃO PAULO E BRASÍLIA— Dezoito estados e o Distrito Federal têm protestos contra a presidente afastada Dilma Rousseff ou o governo interino de Michel Temer. As manifestações acontecem em todas as regiões do país. Em Brasília, cerca de sete mil pessoas, segundo os organizadores e a Polícia Militar, protestaram em frente ao Congresso Nacional pedindo o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A manifestação deste domingo também teve palavras de ordem contra o ex-presidente Lula e a favor do juiz Sérgio Moro.
Além das faixas pedindo a saída de Dilma da Presidência, manifestantes criticaram o projeto contra abuso de autoridade, apoiado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e comemoraram que Lula tornou-se réu. O presidente interino Michel Temer foi citado poucas vezes, mas não foi criticado. Pediram que ele apoie a Lava-Jato.
"Ei, psiu, a Dilma já saiu", "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão" e "Viva, Sérgio Moro" foram as palavras de ordem mais frequentes. Os manifestantes até cantaram parabéns a Moro, depois que o locutor de um carro de som avisou que nesta segunda-feira o juiz faz aniversário.
O motoboy Magno Lucena, de 42 anos, diz protestar desde as manifestações de 2013.
- Mesmo na manifestação menor, eu vim, porque nada vai acontecer sem o povo na rua. A Dilma tem que cair - afirmou.
- Eu votei no Lula, mas depois de três meses vi no meu trabalho, serviço público, o aparelhamento. Desde então sou contra o PT. Fora, Dilma e Lula - disse Vânia Ferreira, servidora pública.
Nanci Silva e Cristina Silva são primas e vieram protestar para "limpar tudo". Nanci disse ter vindo de São Luís (MA) para o protesto.
Segundo a Polícia Militar, não houve registro de ocorrências ou violência durante o protesto, que aconteceu das 10h às 12h30. Quase no fim da manifestação pró-impeachment em frente ao Congresso, houve um "cortejo fúnebre" do governo Dilma, com marcha fúnebre e um caixão de papelão.
Também na manhã deste domingo, houve um protesto pró-Dilma e contra Temer em Planaltina, cidade a 60 km de Brasília. A reportagem não conseguiu contato com os organizadores ou a Polícia Militar sobre a manifestação.
No Rio, manifestantes se concentraram na orla da Praia de Copacabana para protestar a favor do impeachment de Dilma. O protesto, convocado pelas redes sociais, teve início por volta das 10h. Pelo menos 1.500 pessoas eram esperadas pelos organizadores. Participam do protesto os grupos Movimento Brasil Democrata, Vem Pra Rua, Pesadelo de Qualquer Político e o Cruzada para a Liberdade.
A uma semana do começo da Olimpíada, os participantes usam faixas em inglês atraindo a atenção da imprensa internacional e dos turistas que estão no Rio para o evento.
— Os olhos do mundo estão no Rio. As manifestações estão acontecendo por todo o país. Com as faixas em inglês aqui queremos dizer para o mundo que não está acontecendo nenhum golpe. Queremos o fim da corrupção - explicou Adriana Balthazar, do movimento Vem Pra Rua e uma das organizadoras do protesto, a escolha de usar faixas em cartazes no idioma, em entrevista ao G1.
Quatro carros de som fazem parte da manifestação, que conta ainda com os bonecos infláveis do 'Pixuleco', do ex-presidente Lula vestido de presidiário, e o do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que também é presidente do processo de impeachment da presidente afastada no Senado Federal. No primeiro carro de som, há um cartaz da presidente afastada com nariz do personagem infantil Pinóquio. Há ainda bonecos infláveis e cartazes em apoio ao juiz Sérgio Moro, assim como cartazes e faixas contra a corrupção no país, além de faixas contra o ex-presidente Lula.
SP: PASSEATA CONTRA E A FAVOR DE DILMA
Sem o apoio de todos os movimentos que são a favor do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, e com um público visivelmente menor do que nos últimos atos, grupos contra o PT se reuniram na Avenida Paulista, região central de São Paulo, na tarde deste domingo. Além de pedir a saída de Dilma e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o protesto foi uma exaltação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato. Até as 17h, nem organizadores nem Polícia Militar haviam divulgado estimativas de público.
Bonecos que representam o juiz de primeira instância como um super-herói, com capa e símbolo no peito, eram vendidos por R$ 10, assim como representações de Lula e Dilma usando roupas de presidiários. Por volta das 16h45, do alto do trio elétrico do movimento Vem Pra Rua, o principal organizador do ato, um manifestante puxou um "Parabéns a você" para Moro, dizendo que o magistrado faria aniversário na segunda-feira. Ele também armou um coro de "Moooroooo" que, segundo ele, deve "ser cantado durante as Olimpíadas".
Em outro trio elétrico, do movimento Revoltados Online, um grupo de cerca de 100 pessoas vibrava com o enchimento de quatro bonecos infláveis gigantes. Além de representações de Lula e Dilma, apelidados pelo movimento como "Pixulexo" e "Bandilma", havia versões de plástico do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e do presidente do Senado, Renan Calheiros. Cada boneco, inclusive, tem sua própria música. A do "Canalheiros" dizia: "Quero acabar com a Lava-Jato; Para defender meu rabo rasgo a Constituição".
Outro grupo de pessoas vestidas com roupas verde e amarelas se reunia em frente a um trio elétrico comandado pelo ator Alexandre Frota. Em meio a xingamentos aos "políticos corruptos", pedidos para Lula ir para a cadeia e defesa de bandeiras conservadoras, Frota chamou ao palco uma representante da associação de bairro do Morumbi, reduto de alto padrão da capital paulista e que, nas palavras do ator, "é um dos bairros de São Paulo que mais vem sofrendo com assaltos e crimes bárbaros". O deputado federal Eduardo Bolsonaro também discursou e disse que não é por ser contra o Bolsa Família que não gosta de pobre.
MARTA É ALVO DE MANIFESTANTES
Manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Roussef se concentraram no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo. Não há estimativa de público até o momento. Os participantes planejavam fazer uma passeata pelas ruas da região.
A Polícia Militar informou por meio de nota que acompanharia a movimentação, que deve ficar concentrada no bairro, já que na região da Avenida Paulista acontece a manifestação favorável ao impeachment.
No Largo da Batata, balões, bandeiras e inclusive faixas contra Marta Suplicy, que ontem teve sua candidatura homologada à prefeitura de São Paulo pelo PMDB, foram expostas. Marta criticou seu antigo partido, o PT. No evento, Marta disse que saiu do PT "quando constatou que não tinha condições de mudar os rumos que seu dirigentes escolheram para o país".
Um dos coordenadores da manifestação, Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo, disse que a manifestação têm três eixos: "Fora, Temer", a defesa dos direitos dos trabalhadores e a defesa da soberania da escolha popular. Ele falou ainda que a expectativa era de uma manifestação grande, "maior do que aquela que está acontecendo na Paulista".
— A votação (do impeachment) não está dada. É preciso que a gente traga mais gente para as ruas. Nesse sentido, o governo interino e ilegítimo de Michel Temer tem ajudado muito porque os ataques aos direitos dos trabalhadores podem se transformar em mobilização.
SALVADOR
Por volta das 11h, 200 pessoas protestavam na região do Farol da Barra, em Salvador, segundo a PM. Segundo o líder do Vem Pra Rua na Bahia, César Leite, o protesto é a favor da saída definitiva de Dilma, em apoio à Lava Jato e ao juiz Sérgio Moro. Os manifestantes usam verde e amarelo e trazem bandeiras do Brasil.
PROTESTOS CONTRA DILMA ATÉ AGORA: AC, AL, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, PA, PB, PR, PE, RJ, RS, SC e SP.
PROTESTOS CONTRA TEMER ATÉ AGORA: AL, AM, BA, CE, ES, GO, MA, MG, PA, PE, PR, RS, SC e SP.
O juiz de Brasília que transformou Lula em réu confirma que o exemplo de Sérgio Moro se alastra pelo Brasil (por AUGUSTO NUNES)
Às vésperas do encerramento do segundo mandato, Lula imaginava que em 31 de dezembro de 2010, ao despedir-se do Planalto, encontraria no fim da rampa um grupo de dignatários estrangeiros incumbidos de convidá-lo a assumir o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas, com a aprovação unânime dos países que compõem a entidade. Depois de ter resolvido todos os problemas pendentes desde 1500, sobretudo os insolúveis, o inventor do Brasil Maravilha não poderia recusar-se a consertar o resto do mundo.
Como o prêmio Nobel da Paz, a promoção oficial ao posto de Conselheiro do Planeta e tantos outros devaneios delirantes, o secretário-geral que não se expressa corretamente em nenhum idioma, começando pelo português, nunca existiu fora da cabeça baldia do ex-presidente. Nesta quinta-feira, representado por seus advogados, Lula voltou à ONU. Não para salvá-la, como ocorreria há seis anos, mas para salvar-se da cadeia, livrar-se do juiz Sérgio Moro e escapar da cada vez mais provável temporada na República de Curitiba.
Os doutores argumentam que “falta imparcialidade a Sérgio Moro” para julgar o cliente enredado numa teia de delinquências. Pelo teor da petição encaminhada ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, o campeão nacional de honestidade nada fez de errado. Quem necessita de enquadramento é o magistrado que, com o apoio da Polícia Federal e da força-tarefa de procuradores, vem mostrando como se faz para ensinar que todos são iguais perante a lei a gente que se achava condenada à perpétua impunidade.
Lula deu azar. Também na quinta-feira, o juiz federal Ricardo Leite, de Brasília, aceitou a denúncia do Ministério Público segundo a qual Lula comandou um atrevido esquema montado para sabotar a Operação Lava Jato e, portanto, deve ser julgado por obstrução da Justiça. Pela primeira vez, o ex-presidente que tudo sabe e faz de conta que nada vê se tornou réu numa ação penal. O que dirão agora os advogados do acusado? Remeter outra petição à ONU alegando que também Ricardo Leite sofre de falta de imparcialidade?
Lula sabe que é perseguido não por Sérgio Moro, mas pelo Código Penal. Logo aprenderá que, no Brasil redesenhado pela Lava Jato, não estaria a salvo mesmo se conseguisse escapar do juiz que hoje é um símbolo do combate à corrupção. O exemplo de Curitiba vai se alastrando pelo país. Já são muitos os Sérgios Moros espalhados pelos tribunais do Brasil. Lula acabou de descobrir que um deles se chama Ricardo Leite.
“Noves fora, nada” e outras seis notas de Carlos Brickmann
Publicado na coluna de Carlos Brickmann
O ex-presidente Lula está com problemas em todas as áreas: é difícil acreditar que não seja dono do sítio de Atibaia e do apartamento triplex no Guarujá, que não haja seu dedo nos valiosos presentes de empreiteiras com o objetivo de valorizar esses imóveis, ou que não haja outro dedo seu nas imensas vigarices cometidas por seus subalternos enquanto era presidente da República. Há investigações sobre filhos, sobre a esposa, sobre velhos amigos da política. É dificílimo que outro de seus dedos aponte dirigentes importantes do PT livres de processos judiciais ou já presos. Murmura-se sobre o que pode surgir da delação premiada do Príncipe dos Empreiteiros, Marcelo Odebrecht, pois o que já foi dito a respeito de seu Governo por empreiteiros menos nobres e homens de negócios em geral é devastador.
Lula, político nato, sabe que, se não dá para discutir os fatos, deve-se mudar o foco da discussão. Criou então um fato político, levando seu caso ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Suíça, acusando o juiz Sergio Moro de “abuso de poder”. Contratou um advogado estrelado, Geoffrey Robertson, e caríssimo — dez mil euros por dia. Ele defendeu o criador dos WikiLeaks, Julian Assange. Mas que ação tomou Moro contra Lula? Nenhuma. Que pode fazer a ONU por Lula? Exceto redigir uma condenação ao Brasil, se achar que Lula tem razão, não tem o que fazer. E esse texto leva um ano para sair.
Tudo, pois, é marolinha. E, noves fora, nada.
Leite contra Lula
Moro não é, no momento, o problema de Lula: o problema é outro juiz, Ricardo Leite, da 10ª Vara do Distrito Federal. Leite transformou Lula em réu, pela primeira vez: tentativa de obstruir a ação da Justiça no caso da compra do silêncio de Nestor Cerveró. Ao lado de Lula, são réus no caso o ex-senador Delcídio do Amaral, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai, seu filho Maurício Bumlai, o advogado Edson Ribeiro e o ex-chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira. Com Lula entre os réus, abre-se campo para que conte sua versão das histórias a seu respeito e até busque desmoralizar os acusadores.
A grande atração
Lula, em busca de novos fatos, volta às conferências, depois de um bom tempo sem convite para palestras — desde as primeiras delações premiadas que as apontaram como maneira de retribuir medidas governamentais. Neste fim de semana, a palestra “Sistema Financeiro e Sociedade” foi especial para dirigentes sindicais bancários, reunidos em evento da CUT em São Paulo. É o clima festivo de que Lula gosta, com aplausos garantidos e entusiásticos.
O custo da adesão
Kátia Abreu, a feroz antipetista que comandava a Confederação Nacional da Agricultura, CNA, conversou com a presidente Dilma Rousseff e gostaram uma da outra. Rapidamente se transformaram em amigas de infância, Dilma levou Kátia para seu Governo, Kátia foi uma das poucas autoridades a manter-se fiel à presidente na hora do impeachment. E agora paga a conta: seus liderados da CNA não a quiseram mais no cargo. E, para não ser deposta, Kátia Abreu renunciou ao cargo. Parabéns pela fidelidade à amiga — seja a amiga quem for.
Problema estranho
Nelson Jobim já ocupou vários cargos: foi ministro de Fernando Henrique e Lula, foi ministro do Supremo Tribunal Federal, foi deputado constituinte em1988, foi parceiro de Ulysses Guimarães na montagem da atual Constituição, é hoje advogado de sucesso. Nunca tinha sido banqueiro. Agora é: a convite do banqueiro André Esteves, grande acionista, transformou em sócio do BTG. A julgar pelas últimas fotos de Nelson Jobim, o BTG encontrou o sócio ideal: um que tem excesso de fundos.
Os gurus do vice
A ida do presidente Michel Temer à escola, para buscar o filho Michelzinho, de sete anos, foi uma iniciativa do trio de marqueteiros que o assessora. O objetivo (atingido) era mostrar que aquele cavalheiro impassível, formal, que se expressa em Português impecável e tem excelentes conhecimentos de Latim, casado com uma mulher bonita e quase 50 anos mais nova que ele, é gente como a gente, gente normal, com preocupações normais, e tem condições de obter índices mais altos de aprovação popular. O trio de marqueteiros é formado por Elsinho Mouco, Gaudêncio Torquato e Antônio Lavareda, este também responsável pela análise dos resultados.
Desculpe, Gleisi
Esta coluna se enganou, em sua última edição, ao informar que a senadora Gleisi Hoffmann é catarinense. Gleisi não é catarinense, mas paranaense. O equivoco, pelo qual este colunista se desculpa, provocou muitas manifestações de leitores de Santa Catarina e do Paraná. Os catarinenses protestaram. Os paranaenses agradeceram.
Do Foro de São Paulo à cadeia: o caminho de Lula e Dilma construído com mentiras e destruído com verdades (por FELIPE MOURA BRASIL)
Delações (até do marqueteiro) e mensagens sobre achaques entregam o governo da Orcrim
Cobertura em tuitadas e vídeos:
1.
– Lula vira réu e, em proposta de delação, João Santana relata que Dilma sabia de tudo. É justo que a criatura faça companhia aos criadores.
– VEJA: Santana e sua mulher relatam que Dilma “não só sabia da existência do esquema de Caixa Dois como aprovou as doações ilegais”. FHC ainda vai chamá-la de “honrada”?
– Dilma fica mais perto da prisão com delação de João Santana, que incluirá documentos. Agora, Cardozo já pode garantir um contrato vitalício.
– Dilma um ano atrás: “não houve”. Dilma nas últimas semanas: “se houve, não foi com meu conhecimento”. Sugestão para Dilma agora: “aprovei, sim, mas só porque o Lula me pediu”.
– João “Mr. M” Santana poderá entrar para a história do Brasil como o homem que construiu Dilma com mentiras e destruiu a petista com verdades.
[* A propósito: julgamento final do impeachment de Dilma terá início em 29 de agosto e término em 2 de setembro. Melhor ir dando adeus ao foro privilegiado.]
2.
– E você achava que Dilma havia usado a Caixa só para pagar despesas do Tesouro? Rá! Mensagens em poder da Lava Jato indicam que Planalto mandou diretor achacar fornecedores. É o governo da Orcrim.
– Executivo da agência Borghi Lowe relata a outro que Clauir Santos, do marketing da Caixa, pediu-lhes dinheiro para campanha do PT dizendo cumprir ordens do Planalto. Manda quem pode, recebe quem dá.
– Valdir Barbosa, da Lowe, afirmou ter explicado a Clauir que normas da agência proibiam “contribuições políticas”, mas Clauir ameaçou dizendo que outras aceitariam. Petismo é achaque.
– E-mail integra investigação que vem desde prisão de Ricardo Hoffmann, da Lowe em Brasília, e ex-deputado petista André Vargas. Intimidade criminosa entre agência e braços do governo do PT.
3.
– Lula ficará no centro da Lava Jato. Nas próximas semanas, uma equipe da força-tarefa dará prioridade às apurações de financiamentos feitos pelo BNDES às empreiteiras do petrolão. Separem a pipoca.
– Procuradores têm indícios de esquema no BNDES a serviço de Lula: parte do dinheiro desviado foi usada para bancar suas entidades; e outra parte, campanhas petistas. Dica: use azeite na pipoca.
– Executivos de 3 empresas denunciaram aparelhamento do BNDES para arrecadar recursos de campanha do PT. E quem comandava o banco? Luciano Coutinho, parceiro de Lula no Foro de São Paulo.
– Ricardo Pessoa: Coutinho orientou UTC a procurar tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma, Edinho Silva, para acertar repasse de doações da empresa à candidata petista. Uma mão lavava a outra.
– Suspeitas: Coutinho condicionava financiamentos do BNDES ao compromisso de doações eleitorais por empresários no caso de obras no Brasil. Obras no exterior entravam no “esquema de Lula”. Coisa fina.
– Relembro dois vídeos em que tratei da longa história de cumplicidade entre Lula e Coutinho:
4.
– Mencionei na TVeja as exonerações dos petistas infiltrados no Estado. Temer mandou acelerar a faxina após descobrir que o chamam de “golpista” em alguns ministérios. Quanto menos petistas, melhor.
– Eis os números da faxina parcial:
Ministério da Cultura: 81 funcionários demitidos;
Ministério da Saúde: 73 ocupantes de cargos em comissão de áreas estratégicas exonerados;
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário: 33 ocupantes de cargos comissionados exonerados;
Ministério das Relações Exteriores: 47 DAS desligados;
Ministério do Planejamento: 67 cargos DAS e 34 de Funções Gratificadas extintos
(e outros 441 DAS transformados em Funções Comissionadas do Poder Executivo, a serem ocupadas por servidores com vínculo permanente);
Casa Civil: 100 cargos deverão ser extintos.
Ministério da Educação: alvo dos próximos cortes, já que é reduto do PT desde Lula;
– Com o desmonte do PT em praça pública, dá para entender por que os petistas se empenham tanto em atacar o projeto Escola Sem Partido? Eles não querem perder os meios de mentir às novas gerações.
– Formar novas gerações na base da mentira, apagando da história 13 anos de roubalheira e destruição da alta cultura, é a única maneira que PT vislumbra para não ser extinto. Se Brasil deixar, ele consegue.
* Relembre também aqui no blog:
– Imprensa e procuradora militante do MPF distorcem projeto Escola Sem Partido. Que medo de informar alunos!
– Vídeo – José Medeiros rebate ataque de Fátima Bezerra a Escola Sem Partido
– Exclusivo – Criador do Escola Sem Partido rebate ataque de Leandro Karnal ao projeto
– “Diarreia verbal” da esquerda contra Escola Sem Partido só confirma tese do projeto
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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