Dilma desiste de avião de carreira e voará a São Paulo em jato particular
A presidente afastada Dilma Rousseff desistiu de viajar a São Paulo nesta quinta (9) em um voo comercial.
A decisão foi tomada por medida de segurança. Assessores e ex-ministros da petista disseram a ela que o risco era grande.
Dilma viajará ao Estado num jato particular, fretado pelo PT.
Na semana passada, o presidente interino Michel Temer proibiu a petista de embarcar em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para viajar pelo país.
Ela só pode voar de Brasília a Porto Alegre.
Dilma vem a São Paulo para um encontro com intelectuais, professores e jornalistas na casa do físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp.
Agentes declaram 'total apoio' a japonês da Federal
A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) declarou "total apoio" ao agente Newton Ishii, conhecido como "Japonês da Federal", que foipreso na terça-feira (7), condenado por facilitação de contrabando.
"Ele já vem sendo punido injustamente há muitos anos, mesmo após árdua luta para provar sua inocência", declarou o presidente da Fenapef, Luís Boudens, para quem Ishii se tornou "um ícone do combate à corrupção e ao crime organizado".
Rosto conhecido da Operação Lava Jato, responsável pela escolta dos presos na Polícia Federal em Curitiba, Ishii está detido numa sala da superintendência no Paraná –para onde vão os investigados na operação.
Ele e outros agentes federais foram acusados de facilitar o contrabando de mercadorias do Paraguai, enquanto estavam lotados em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná. O japonês foi alvo de operação da PF em 2003 e chegou a ficar quatro meses preso.
Em maio, Ishii perdeu um recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ordenou a execução provisória da pena –já que o agente já foi condenado em primeira e segunda instâncias, a quatro anos e dois meses de prisão.
Para a Fenapef, há inconsistências na ação penal contra Ishii. A entidade lembra que ainda há recursos pedindo a anulação do processo, e diz que outros agentes já foram absolvidos por falta de provas.
A opinião da entidade é compartilhada por colegas de Ishii em Curitiba, que têm demonstrado solidariedade ao agente e afirmam que sua conduta no trabalho, a despeito do que possa ter ocorrido no passado, é "irretocável".
"Ele é sempre o primeiro a chegar e o último a sair. Tem uma disposição incrível", diz um colega.
Pessoas próximas a Ishii dizem que ele se sente, de certa forma, "aliviado", porque aguardava o desfecho do julgamento havia anos. "É uma espada que ele tira da cabeça", afirma outro agente.
Radar TVeja: Janot provoca abalo sísmico em Brasília (por VERA MAGALHÃES)
O vazamento do pedido de prisão da cúpula do PMDB, encaminhado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF, teve o efeito que se esperava em Brasília: o de uma bomba nuclear. No fim de semana, o Radar já anunciara que viria chumbo grosso do Ministério Público para cima do quarteto peemedebista.
MOVIMENTO VOLTA DILMA – Janot, pedidos de prisão, Marina, demagogos e imbecis (por REINALDO AZEVEDO)
Ai, ai…
É como costumo começar um post quando os imbecis não me surpreendem. Num dos textos que escrevi ontem sobre os absurdos pedidos de prisão feitos por Rodrigo Janot, mandei ver: “Esse destrambelhamento geral de querer meter todo mundo na cadeia, de baciada, por razões erradas, só serve a quem está apostando no clima do ‘quanto pior, melhor’ para justificar novas eleições”. Batata! Bastaram algumas horas para que viesse das trevas da inconsistência a voz de Marina Silva. E ela está cobrando… novas eleições!
O mesmo, claro!, passaram a fazer alguns coleguinhas na imprensa, como se a realização de uma disputa eleitoral agora pudesse livrar a política dos vícios. Mas nem me atenho a esse particular neste texto. O que me incomoda muito especialmente são a demagogia e o oportunismo.
Releiam o que escrevi os que estiverem honestamente interessados no debate. É uma estupidez e um despropósito debater se Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney são culpados ou inocentes. As acusações contra eles vão se acumulando. As instituições estão em pleno funcionamento. Temos um Supremo Tribunal Federal que já deixou claro que manda, se preciso, para a cadeia os poderosos. O Ministério Público e a Polícia Federal podem reclamar de tudo, menos de interferência indevida em seu trabalho.
Se e quando se produzirem as provas, comprovadas as culpas — ou antes, no caso de haver ameaça objetiva à apuração —, haverá as prisões. O ponto, definitivamente, não é esse. Eis a demagogia nefasta, que corrói a inteligência.
Em sua coluna na Folha, Elio Gaspari, por exemplo, se limita a exaltar o fato de que a Lava-Jato chegou ao PMDB. Mas esperem aí! Não chegou agora! Já havia chegado. Todos os figurões do partido estão sob investigação. Isso não está em debate. FINGIR QUE ESSE É O TEMA CORRESPONDE A ENGANAR OS LEITORES, OS INTERNAUTAS, OS OUVINTES, OS TELESPECTADORES. As perguntas são outras:
1: os motivos alegados por Janot para pedir a prisão dos três fazem sentido? Há nas conversas conhecidas evidências de crimes?;
2: é aceitável que dez ministros do Supremo sejam informados pela imprensa de que a Procuradoria-Geral da República quer prender o presidente do Congresso, um senador e um ex-presidente da República?
As respostas são óbvias a qualquer operador medianamente informado do direito. Se há motivos para prender a trinca, certamente não são aqueles alegados por Janot. E, obviamente, é um despropósito que o Supremo seja posto contra a parede por vazamentos que procuram tirar dos ministros a capacidade de julgar com isenção.
Ora, esses procedimentos não lustram o estado de direito; não estão adequados ao padrão da democracia. E, salvo engano, uma das razões por que devemos apoiar a Lava-Jato é o fato de que seus protagonistas pretendem fazer com que a lei se sobreponha ao arbítrio.
Os idiotas logo saem em marcha, achando que a cadeia responde a todos os desafios do Brasil e que a Lava-Jato pode fazer pelo país o que a política não faz. Aliás, foi o que disse Marina Silva na sua habitual e detestável glossolalia. Segundo a preclara, uma das virtudes da operação é promover a reforma política. É um pensamento asnal.
O mais curioso, noto, é que tanto a extrema esquerda como a extrema direita — além da turma do miolo mole — resolveram embarcar na tese das novas eleições. Cada uma dessas correntes, abraçada à sua vocação messiânica, está convicta de que a população estaria disposta a abraçar o seu sectarismo.
O Brasil precisa, mais do que nunca, de um ajuste fiscal e de uma moralização das contas públicas. Em meio à recessão, à inflação e a uma crise política como nunca se viu, imaginem a disposição que teriam candidatos de defender medidas que demandam algum sacrifício. Penso no espetáculo de generosidades irresponsáveis que uma disputa não ensejaria agora…
Cadeia, sim, para quem precisa de cadeia. Mas segundo as regras.
Os que ambicionam usar a ousadia irresponsável de Janot em favor de novas eleições ou ainda não entenderam o que está em curso ou estão a serviço de um dos dois extremismos: de direita ou de esquerda. Em qualquer dos casos, fazem o jogo objetivo de Dilma e dos que lutam por sua volta.
Texto publicado originalmente às 5h27
‘Espiões’ do Planalto repassam até o clipping de notícias para Dilma (por SEVERINO MOTTA)
O Palácio do Planalto ainda luta para exonerar ou transferir servidores ligados à administração passada que atuam como espiões na nova gestão.
Além de passar informações de bastidores do Palácio, a equipe de Michel Temer descobriu que até cópias do clipping de notícias estavam sendo repassadas para Dilma Rousseff poder se informar sobre as notícias publicadas pelos principais jornais a respeito do governo.
Os holofotes logo voltarão a iluminar a face escura do criador e presidente vitalício do Bloco do Petrolão (por AUGUSTO NUNES)
Como a devassa do assalto à Petrobras se tem concentrado, neste começo de junho, na ala do PMDB, a torcida do PT finge esquecer que foi Lula o criador do Bloco do Petrolão, que dirigiu com poderes de presidente vitalício até que a Operação Lava Jato entrasse na avenida e atravessasse o samba da bandidagem.
Foi Lula o autor do enredo, o coreógrafo, o diretor de bateria e o primeiro mestre-sala ─ que a partir de 2010 teve Dilma Rousseff como porta-bandeira. Foi Lula quem definiu os movimentos dos parceiros de delinquência, executados em perfeita sintonia por passistas de diferentes partidos.
Foi ele o puxador do maior desfile de corruptos da história da Humanidade, que juntou o que há de pior no PT, no PMDB, no PP e em gangues menos numerosas da base alugada. Comparados ao protagonista ainda em liberdade, todos os outros gatunos não passam de coadjuvantes esforçados.
O Brasil decente sabe que o Petrolão é coisa de Lula. Amparada nas incontáveis provas e evidências reunidas pelos condutores da Lava Jato, a Justiça saberá o que fazer. O carnaval da União dos Larápios acabou.
Na FOLHA: Deputados se xingam de 'ladrão safado', 'vagabundo', 'bandido'
Durante a discussão do relatório de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os deputados Zé Geraldo (PT-PA) e Wladimir Costa (SD-PA) bateram boca em uma discussão acalorada, na qual Wladimir chamou o colega de "vagabundo", "bandido" e "ladrão safado".
A discussão começou depois que Zé Geraldo pediu a palavra para dizer que Wladimir Costa foi denunciado à Justiça sob suspeita de desviar salários de seus assessores para seus irmãos e também por supostas irregularidades no recebimento de recursos por uma ONG ligada a ele.
"O deputado Wladimir, nem se lavar a boca com soda cáustica durante uma semana, ainda ele não pode falar mal do PT e da presidente Dilma. Esse parlamentar no Pará tá mais sujo que pau de galinheiro", afirmou Zé Geraldo.
Ao pedir a palavra para rebater, Wladimir se exaltou: "O senhor é vagabundo, bandido". Zé Geraldo tentou interromper, mas Wladimir continuou: "Cala a tua boca, vagabundo. Você é ladrão safado".
O petista afirmou que não está denunciado à Justiça e rebateu chamando o adversário de "picareta".
Ao fim da discussão, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) comentou ironicamente: "Estamos no Conselho de Ética".
Wladimir Costa é contra a cassação de Cunha, enquanto Zé Geraldo é favorável. A discussão ocorreu antes do início da votação do parecer sobre o presidente afastado da Câmara.