A imagem da manifestação em Santa Luzia do Pará, cidade de 20 mil habitantes...
Direto ao Ponto
A imagem da manifestação em Santa Luzia do Pará informa que, na cidade de 20 mil habitantes, coxinha se disfarça de pobre
“Em parte, as manifestações foram produzidas por entidades empresariais e comerciais”, recitou Jaques Wagner nesta segunda-feira. Se o chefe da Casa Civil não mentiu de novo, pode-se deduzir que os 10 mil integrantes da elite de Santa Luzia que se engajaram na passeata do dia 13 usaram o dinheiro para fantasiar-se de pobre.
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Ratos roendo a bandeira do Brasil: a Lava Jato provou que o que parecia
propaganda eleitoral do PT era programa de governo
Na campanha presidencial de 2002, fez sucesso um filmete criado pelo marqueteiro Duda Mendonça em que a bandeira do Brasil era roída em poucos segundos por um bando de ratos. Exibida no horário eleitoral do PT, a peça de propaganda foi concebida para vender a ideia de que o partido do candidato Lula detinha o monopólio da ética. Os outros ─ “eles” ─ não passavam de assaltantes de cofres públicos.
O Mensalão mostrou que os roedores que se multiplicam no comercial eleitoreiro moravam nos esgotos do PT. O Petrolão provou que roeram furiosamente muito mais do que bandeiras. Como demonstraram as manifestações deste domingo, agora as coisas estão claríssimas. O que parecia propaganda eleitoral era programa de governo. Os ratos só pararam de fazer o que fazem no vídeo quando a Lava Jato chegou.
Tags: bandeira do Brasil, Duda Mendonça, mensalão, Operação Lava Jato,programa eleitoral, propaganda, PT, ratos
O triplex sem dono oficial atraiu mais gente que o dono do apartamento no ABC
Na manhã deste domingo, dezenas de devotos prestaram solidariedade a Lula diante do prédio em São Bernardo onde mora o ex-presidente. Mesmo anabolizado pela turma movida a tubaína, mortadela e pixuleco, o tamanho do ajuntamento faria qualquer camelô do Viaduto do Chá reviver a imagem de Nelson Rodrigues: sentado no meio-fio, choraria lágrimas de esguicho:
Também na manhã do dia 13, atendendo à convocação do Movimento Brasil Livre, centenas de brasileiros se concentraram em frente do Edifício Solaris, Ali fica o triplex doado a Lula pela OAS e reformado, em parceria com a Odebrecht, pela empreiteira igualmente atolada no Petrolão. Confira o vídeo e compare as duas manifestações.
Nem o Datafolha será capaz de negar que o dono do apartamento no ABC foi derrotado até por um triplex oficialmente sem dono.
Tags: 13 de março, Guarujá, Lula, manifestação, São Bernardo do Campo,Solaris, triplex
Novo ministro da Justiça é adepto do santo daime
Por: Severino Motta ( radar, DE VEJA.COM.BR)
O novo ministro da Justiça, Eugenio Aragão, pode trazer uma visão mais espiritual para a pasta, depois das confusões das últimas semanas: o procurador da República é adepto da União do Vegetal, religião que usa o chá do santo daime em suas celebrações.
Hélio Bicudo na Avenida Paulista: ‘O Brasil é anterior ao PT. O Brasil é maior
que o PT. O Brasil é muito melhor que o PT’
Pronunciamento do jurista Hélio Bicudo na maior manifestação de rua da história do Brasil:
Faz poucos meses que estivemos aqui para exigir a saída de Dilma Rousseff da Presidência da República. De lá para cá, desbordando suas atribuições, o Supremo Tribunal Federal atrasou o andamento do processo de impeachment com uma leitura descabida da Constituição. Em paralelo, a despeito de a Operação Lava Jato haver desvendado novos e não menos revoltantes fatos que só fizeram confirmar o acerto de nossa petição de impeachment, Dilma, Lula e a quadrilha petista continuam a debochar do povo brasileiro de nossas instituições. Sim, porque, entre tantos desvios e acintes, o avião presidencial, bem público que é, não se presta a viagens de solidariedade cúmplice, muito menos àquele que se considera a si mesmo a víbora imortal.
Ora, que mais é preciso para que esses usurpadores respondam por seus crimes e desmandos? O Brasil não aguenta e não aceita mais ser saqueado. O Brasil não aguenta mais a incompetência, a mentira e a corrupção, cujos resultados estão a cada dia mais evidentes no desemprego, na inflação, na recessão, na violência e no descrédito da Nação perante o mundo.
Devo dizer-lhes, com conhecimento de cátedra: o Brasil é anterior ao PT. O Brasil é maior que o PT. O Brasil é muito melhor que o PT. Por isso, não se preocupem, haverá vida depois do PT. Haverá vida sem o PT. O Brasil será uma terra onde a virtude não tenha mais de pedir perdão ao vício. E o primeiro passo, o que nos cabe neste preciso instante, vocês sabem o que é: exigir que o Congresso Nacional aprove o impeachment e o definitivo afastamento de Dilma Rousseff da Presidência.
Eu a vocês uma coisa, uma coisa que me foi ensinada desde a meninice: tenham amor ao Brasil, porque o Brasil é nosso.
Sem medo de ser ridículo: em Fortaleza, o irmão de Genoino que financiou a
cueca-cofre promete juntar no dia 18 duas vezes mais gente do que se viu neste
domingo
Vejam como foi o 13 de março na capital do Ceará:
Confiram o surto do deputado federal José Guimarães:
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Valentina de Botas: A esperança é mesmo essa coisa linda que brilha mais no
escuro
Faltava ainda uma hora para o futuro, mas eu, familiares, amigos e mais um rio de asfalto e gente entornando pelas ladeiras já estávamos na Paulista. A avenida mais famosa da minha cidade natal onde não nasci fica logo ali ao lado de Boa Viagem no Recife do meu Pernambuco, pertinho de Copacabana, quase grudada à Esplanada dos Ministérios, nas imediações da Ponta Negra em Manaus, contígua à Praça da Liberdade de Belo Horizonte, vizinha da Praça Alencastro em Cuiabá, também não fica longe de Nova York, Londres, Lisboa, Vancouver, Paragominas, Teresina e das demais cidades que unificaram poderosamente a voz do Brasil farto e desperto.
Nos últimos meses, o arsenal de sobrevivência do governo incluiu a adesão de uma coisinha chamada Picciani; a denúncia de Mirian Dutra de que FHC sustentou o filho de ambos com recursos próprios – um escândalo na república dos pixulecos –; e as bravatas repugnantes do jeca. Nada funcionou, o que faltou? Os brasileiros, a quem o lulopetismo ignora e infelicita.
O governo que já não há, entontecido de podridão e arrogância, não entende: brasileiros, como assim? Desse arsenal, o artefato mais poderoso foi a rasteira institucional do STF no impeachment em dezembro. A súcia passou o Natal comemorando o assassinato do impeachment, pois, renascido, ele será a única presença viva no almoço de Páscoa do governo.
A oposição omissa anunciava semanalmente que na semana que que vem se reuniria para decidir ou decidiria que se reunirá; pois o futuro, este domingo avisa, não é na semana que vem, mas agora. Contudo, discordo da hostilização a Aécio e Alckmin na Paulista já que, como políticos, representam, se não o Brasil indignado, a via institucional para encaminharmos nossos anseios, fato característico da civilização.
Afinal, a destituição legal de Dilma Rousseff passa forçosamente pelos políticos, já que repudiamos o golpismo. Como o lulopetismo abole tal arranjo civilizatório, ele esvaziou de sentido o exercício da política brasileira para vicejar à sombra dos primitivismos dela. O trabalho mafioso resultou tão eficaz que não foi um político ou um partido que exterminou o poder do lulopetismo, e sim a Justiça, na figura admirada de Sérgio Moro. Mas a nação que se reergue só fará a necessária transição, da treva lulopetista para o futuro, com os políticos e não é hora de acertar contas com o passado, deixemos que o passado passe.
Depois, serão depurados pelo nosso voto. Quanto ao anúncio exagerado da morte do impeachment, muitos indignados acharam que não havia mais esperança para a esperança, pois hoje, na Paulista e pelo resto do Brasil espalhado pelo mundo, os brasileiros constataram que a esperança é mesmo essa coisa linda que brilha mais no escuro e cantávamos emocionados porque de tudo se faz canção. Isso me fez lembrar a lição de Goethe, segundo a qual é nos sentimentos que encontramos a liberdade. Os farsantes recrudescerão o combate ao futuro, especialmente porque sabem que tudo ainda vai piorar para eles, para o país em ruína também. Mas enquanto à súcia só restam as ruínas, para o Brasil é chegado o tempo de a esperança florescer
Tags: Aécio, Alckmin, esperança brilha mais no escuro, jeca, Mirian Dutra,Picciani, Valentina de Botas
3,5 milhões foram às ruas contra o PT, contra Dilma, contra Lula e contra a roubalheira (por REINALDO AZEVEDO)
Acho razoável afirmar que pelo menos 3,5 milhões de brasileiros foram às ruas neste domingo pedir o impeachment da presidente Dilma, a responsabilização de Lula por atos que não parecem muito adequados à lei, à moral e aos bons costumes e o fim da roubalheira. Para ser sucinto: 3,5 milhões de pessoas, a maior manifestação da história do Brasil, pediram o fim do regime petista. Não há dúvidas a esse respeito.
Adoradores e criadores de mitos tentam forçar a mão para desviar o sentido da voz que soou tão clara. A se acreditar em certos textos e na inflexão de algumas lideranças, parece que essa massa imensa se manifestou para demonizar a política e os políticos, exaltar a Operação Lava Jato e eleger por aclamação o juiz Sergio Moro o condutor do Brasil.
Se essas análises estivessem certas, o paraíso na Terra seria um governo conduzido por Moro, com o Congresso fechado e todos os políticos na cadeia. Não acho que seria uma boa ideia.
É evidente que são compreensíveis as razões por que Moro foi uma das personagens mais exaltadas nas manifestações. Ele surge como o símbolo da operação que tem revelado parte importante dos subterrâneos da República, expondo a céu aberto o esgoto em que o PT transformou o estado brasileiro, sendo certo que o partido não inventou a corrupção nem é corrupto sozinho. Mas só ele ousou dar alcance teórico à bandalheira.
Assim, é compreensível que o juiz represente uma espécie de outra face de “tudo o que está aí” e que até os políticos que se opõem ao PT sejam vistos com suspicácia por parcela considerável dos que foram às ruas. Ocorre que ele não é nem pode ser o outro lado da moeda. Que seu combate determinado à corrupção seja encarado como um norte moral, isso parece bom e desejável. Que sua figura seja usada aqui e ali, de modo solerte, para desacreditar a política, aí, meus caros, definitivamente, não é um bom caminho.
Tarefa urgente
O país tem uma tarefa urgente: pôr fim ao desgoverno de Dilma Rousseff. Já escrevi aqui e reitero: trata-se apenas do primeiro passo. Mas não se começa a andar, por óbvio, sem ele.
Ontem, assisti a uma breve entrevista de Afonso Florence (BA), líder do PT na Câmara. Mesmo sendo parte da tropa de choque de um governo que está no fim, exibia certo risinho de satisfação porque, afirmou, até políticos que convocaram o protesto teriam sido vaiados.
Em primeiro lugar, a maior manifestação da história do país não foi convocada por políticos, mas por movimentos organizados da sociedade civil. Em segundo lugar, ainda que as coisas tivessem se passado como disse Florence, o repúdio a todos não pouparia, é evidente, ninguém — nem o PT. Infelizmente para ele, no entanto, a repulsa da esmagadora maioria da população é ao petismo, a Lula, sua principal liderança, e à presidente da República.
A população brasileira, e isto é saudável, expressou, sim, seu apoio claro e inequívoco à Operação Lava Jato e reconhece nela um instrumento eficaz para punir larápios e, quem sabe, servir de instrumento didático a outros tantos que se aventurem pelo mesmo caminho.
Mas que jamais se tire do horizonte a força motivadora que fez com que milhões saíssem de casa: os brasileiros não querem mais o PT no poder. Foi contra esse partido e seus métodos, eventualmente representados pela presidente Dilma, que milhões foram às ruas.