Grupelho de extrema esquerda (Movimento Passe Livre) não é pelos 30 centavos! É pelo “Fica, Dilma!”
O Brasil do PT voltou às ruas nesta sexta em São Paulo, Rio e Belo Horizonte. O Brasil que nasceu contra o petismo vai se pronunciar no dia 13 de março, na megamanifestação em favor do impeachment. O Brasil do PT depreda, quebra, incendeia, tenta matar — quem joga um rojão contra um policial busca assassiná-lo. O Brasil que nasceu contra o petismo respeita as leis democráticas, preserva os patrimônios público e privado e aposta na vida. É claro que estamos diante de uma escolha: ou se fica com o país do atraso, da violência e do banditismo, ou se fica com o país que trabalha, que estuda, que não está a serviço de uma súcia, de um bando, de marginais disfarçados de defensores da justiça social. Vamos ver.
O Movimento Passe Livre voltou às ruas nesta sexta, supostamente para protestar contra o reajuste das tarifas de ônibus: na capital paulista, elas passaram de R$ 3,50 para R$ 3,80, com majoração 8,6%, para uma inflação de 10,7%; no Rio, foram de R$ 3,40 para R$ 3,80, com elevação de 11,76%. O tal Movimento Passe Livre, como se sabe, defende a gratuidade e a plena estatização dos serviços de transporte.
Mais uma vez, os black blocs estiveram na linha de frente dos protestos. Isso já se tornou, vamos dizer assim, um clássico. O risível é ver setores da imprensa a dizer que os vândalos desvirtuaram o ato. Mentira! Eles são parte ativa da sem-vergonhice. Não existe protesto do MPL sem os mascarados. Eles formam uma unidade. Até as 23h desta sexta, informa o Estadão, haviam sido depredados em São Paulo três agências bancárias, quatro ônibus, uma banca de jornal e dois veículos da CET. Por onde passavam, os vândalos fascistoides destruíam lixeiras e orelhões.
No Rio e em São Paulo, a canalha recorreu às armas de sempre: pedras, paus, rojões e coquetéis Molotov. As babás de black blocks entraram, mais uma vez, em ação. Na capital fluminense, leio no Globo, “o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) e a Coordenação de Defesa Criminal da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acompanharam o ato. De acordo com o órgão, defensores estiveram de sobreaviso na rua e na 5ª DP (Praça da Harmonia), no Centro, para prestar assistência jurídica aos manifestantes, para o caso de detenções indevidas ou outros tipos de violações de direitos humanos e de direito à manifestação.”
É uma piada grotesca. É uma pena que essas “autoridades” não busquem proteger os direitos de ir e vir ou as garantias dos doentes que morrem nos hospitais asquerosos do Rio. Os coxinhas vermelhos estão empenhados em defender o suposto direito que outros coxinhas vermelhos teriam de depredar, de quebrar e de tentar matar.
Mas são petistas?
Sim, é certo que o Movimento Passe Livre tem também as prefeituras dos governistas Fernando Haddad (PT-SP) e Eduardo Paes (PMDB-RJ) como alvos, uma vez que o reajuste das tarifas de ônibus é decidido pelo município. Isso pode distorcer a percepção e a leitura do que está em curso. É claro que esse movimento não é pelos 30 ou 40 centavos; é por Dilma!!! Ainda que pareça exótico ou incompreensível à primeira vista, o MPL está de volta às ruas contra o impeachment. Não custa lembrar que a turma está na raiz da invasão de escolas em São Paulo, em companhia das milícias de Guilherme Boulos, batizadas de MTST.
Não se trata de uma teoria conspiratória ou de excesso de interpretação. O PT e as demais legendas e grupos de esquerda que lutam contra o impeachment estão tentando emplacar uma nova agenda, com viés de esquerda, como é a estatização dos transportes. Os que ignoram a prática dos esquerdistas têm de saber que essa gente distingue a sua atuação em frentes. Ainda que ações como a desta sexta criem dificuldades para o, digamos assim, petismo legal e institucional (Prefeitura de São Paulo), considera-se que a mobilização é importante para a causa num prazo mais dilatado. Ou por outra: esses movimentos seriam a vanguarda, a forçar os “companheiros que estão no poder” a fazer a “coisa certa”.
Protagonismo
Desde que os movimentos pró-impeachment promoveram as três maiores manifestações da história do país, os esquerdistas queimam seus modestos neurônios para tentar recuperar o protagonismo das ruas. E apelam a questões que passam bem longe do impeachment. Ao contrário: seu pressuposto é o “Fica, Dilma!”. E, ela ficando, eles lhe oferecem uma agenda: de esquerda.
Depois que a denúncia contra a governanta foi aceita, a Central Única da Estupidez (CUE) já tentou apelar a várias causas para jogar areia nos olhos da população: levante feminista contra projeto de Eduardo Cunha que dificultaria o aborto (é uma mentira escandalosa); invasão de escolas em São Paulo contra o fechamento de estabelecimentos, o que também é mentiroso, e, agora, a tal gratuidade da passagem — como se isso existisse: alguém sempre paga. Até um movimento para que mulheres relatassem supostos assédios na infância serviu ao propósito de enredar o país em militâncias particularistas. As esquerdas querem de volta as ruas, que sempre estiveram sob o seu comando, mesmo sendo elas uma extrema minoria.
Contra o povo
Mais uma vez, lá estão os black blocs, com os quais Gilberto Carvalho, então ministro de Dilma, admitiu ter conversado em 2013. Os petralhas contam com a ação desses vagabundos para espantar das ruas as pessoas decentes. Reitere-se: não se trata de uma teoria da conspiração, mas de um elemento objetivo. O MPL usa seus fascistoides para defender uma agenda supostamente contestadora e busca ocupar o espaço dos movimentos que efetivamente estão lutando contra o statu quo e em favor da mudança.
O Movimento Passe Livre é livre como um táxi. É só a fachada mais estúpida e truculenta do regime petista.
Os nomes em código dos quadrilheiros do Petrolão são tão misteriosos quanto os que aparecem na certidão de nascimento
Tão imaginosos na execução das roubalheiras monumentais, os comandantes do esquema do Petrolão merecem zero em criatividade num quesito bastante valorizado no submundo da corrupção: escolha de codinomes destinados a camuflar a real identidade dos comparsas. Duas invenções do empreiteiro Leo Pinheiro, por exemplo, são tão misteriosas quanto o nome que aparece na certidão de nascimento do parceiro de patifarias.
A primeira ideia de jerico foi transformar Lula em “Brahma”. (É possível que menções a um Luiz Inácio deixassem intrigados muitos brasileiros. Brahma até bebê de colo sabe quem é). O segundo surto de inventividade, revelado nesta semana pela Polícia Federal, levou-o a exumar o músico alemão Richard Wagner para transformar Jaques Wagner num certo “Compositor”. (A sorte do ex-governador baiano é que Leo Pinheiro preferiu música clássica a futebol. Se ocorresse o contrário,correria o risco de ser chamado de “Love”).
O benfeitor da Famiglia Lula deve achar que ninguém no Brasil nunca ouviu falar no Wagner de lá, cuja obra mereceu de Adolf Hitler o mesmo apreço que Lula demonstra pelas coisas que faz o Wagner daqui. A associação ao pesadelo nazista não melhorou a imagem de Richard Wagner entre os compatriotas. Pode acabar condenado à danação eterna se os alemães descobrirem que acabou de entrar no palco do Petrolão.
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Os sete inquilinos da Casa Covil
Desde janeiro de 2003, quando Lula transformou o Planalto no templo principal da seita que sonha com o pesadelo socialista, o ministro encarregado de comandar a Casa Civil é escolhido não pelo currículo, mas pelo prontuário; não pelas raríssimas virtudes, mas pelos defeitos incontáveis. Isso explica por que, 13 anos e sete chefes depois, o latifúndio situado no 4° andar do palácio presidencial mudou de nome. O que existe ali é uma Casa Covil.
O desfile de casos de polícia começou com José Dirceu, devolvido recentemente à cadeia por ter reprisado no Petrolão o papelão desempenhado no Mensalão. O guerrilheiro de festim repassou o gabinete à camarada de armas Dilma Rousseff, que hoje tenta escapar do impeachment fantasiada de pingo de honestidade no oceano de bandalheiras protagonizadas por delinquentes de estimação.
O que era péssimo ficou ainda pior quando o neurônio solitário indicou Erenice Guerra para substituí-la. Onde Dilma só enxergava a melhor amiga havia uma mãe de quadrilha disfarçada de mãe de família. Impedida de manter Erenice no emprego, a sucessora de Lula mostrou que não havia perigo de melhorar com a nomeação de Antonio Palocci, estuprador de contas bancárias de caseiros e médico especializado em operações ilegais.
Com o segundo despejo de Palocci, chegou a vez de Gleisi Hoffmann, que entrou para mostrar que Casa Civil não é bordel e saiu transformada em forte candidata a Musa do Petrolão. A sexta escolha contemplou Aloizio Mercadante, general da tropa de larápios que Lula chama carinhosamente de “aloprados”. A relação de antecessores informa que Jaques Wagner mereceu tornar-se o sétimo companheiro a chefiar a Casa Covil.
Ele é o homem certo numa sala cujo dono tem por missão fazer sempre a coisa errada.
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Marco Antonio Villa com Augusto Nunes:
"Os embusteiros do MEC tentam assassinar o ensino de História com a adoção do Evangelho segundo o PT"
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A charge do Sponholz
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Editorial do Estadão: Depois do jantar
Publicado no Estadão
Na terça-feira reuniram-se para jantar, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Jaques Wagner, o presidente do PT, Rui Falcão, e o assessor presidencial Giles Azevedo. Apurou-se que Dilma queria também a presença do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, mas Lula objetou, alegando que o encontro se destinava a debater questões estritamente políticas. Faz sentido. O Palácio do Planalto e o PT não conseguem se entender a respeito do que fazer para encarar a crise econômica. É uma divergência política, acima de tudo. Tem a ver com o futuro do país, é claro, mas também com o que podem esperar para si mesmos os dois protagonistas da reunião, Dilma e Lula. Melhor então que o ministro da Fazenda aguarde quieto em seu canto as novas instruções para tempos difíceis.
Dilma termina o primeiro ano de seu segundo mandato no fundo do poço da popularidade e não tem mais nada a perder – a não ser o que lhe resta de mandato. Pode perfeitamente adotar medidas impopulares na área econômica, na esperança de estar fazendo o certo – mesmo ao arrepio de suas convicções ideológicas –, para colher a recompensa da retomada do crescimento econômico. Já o PT não quer ouvir falar em nada que, na sua ótica populista, contrarie os “interesses dos trabalhadores”. É por isso que tem ojeriza pela austeridade implícita ao ajuste fiscal. Acredita que o governo tudo pode, basta querer, e reivindica uma “nova política econômica”, que de nova não tem nada porque significa apenas a retomada da gastança paternalista com a qual Lula, em seu segundo mandato, e Dilma, no fatídico primeiro, inebriaram os crentes num Paraíso tropical e arruinaram a economia brasileira.
Ao contrário de Dilma, Lula tem tudo a perder com a persistência da crise, pois vive do prestígio que conquistou na brilhante carreira política e não se conforma com a possibilidade de ter de dedicar seus próximos anos a criar galinhas no aprazível sítio que frequenta em Atibaia. É o prestígio proporcionado pela imagem de mandachuva perpétuo que alimenta o ego e, em proporções nada desprezíveis, o alto padrão de vida do chefão do PT. Nas devidas proporções, vivem o mesmo dilema o alto comissariado e toda a militância petista encastelada no conforto do aparelho estatal.
Os jornalistas tiveram acesso ao que foi conversado no jantar por meio de participantes do encontro e pessoas a eles ligadas. O problema com esse tipo de informação é que as fontes costumam revelar apenas o que lhes interessa, sempre nos termos que lhes são mais convenientes. E isso explica as inevitáveis contradições nas informações veiculadas por distintos veículos de comunicação. Em resumo, as informações sobre a restrita cúpula político-gastronômica no Alvorada mais confundem do que esclarecem o que têm na cabeça os donos do poder.
Parece ponto pacífico que Lula insistiu na necessidade urgente de sua ex-pupila “assumir o protagonismo” da agenda política e econômica e também viajar pelo país para transmitir “boas notícias” que ajudem a aliviar a má sorte que persegue o PT. Lula teria exigido também que o governo lhe forneça argumentos – como a oferta de farto crédito para a compra de bens de consumo – com os quais possa deliciar as massas carentes de boas notícias.
Já no campo factual, no dia seguinte ao jantar no Alvorada, quarta-feira, Jaques Wagner voltou a conversar abertamente com os jornalistas, ecoando questões discutidas na noite anterior. Com a clara intenção de criar um anticlímax diante da expectativa de grandes planos para a recuperação da economia, Wagner garantiu, segundo o Globo: “Não estamos mais em tempos de ‘pacotes’. Acho que não tem nada bombástico. Não tem coelho na cartola”.
A presidente da República, por sua vez, num gesto certamente destinado a “assumir o protagonismo”, reuniu ontem os jornalistas para um café da manhã durante o qual fez as habituais previsões otimistas e – surpresa! – admitiu que “todas as atividades humanas são passíveis de erro”. Partindo de quem parte, é um enorme progresso, mas não ajuda a entender o que vem por aí.
Valentina de Botas: Só será possível conter a marcha delinquente metendo o pau no PT até não haver mais PT para se meter o pau
VALENTINA DE BOTAS
“Eu te proponho, não dizer nada, seguirmos juntos a mesma estrada…”. Envolvida na rotina maluca que me faz normal, ainda não tinha lido o artigo de Marco Antonio Villa sobre mais um crime lulopetista contra a finada educação brasileira. Já sabia do vilipêndio do cadáver na forma das tais mudanças no currículo de História, mas só soube do texto do Villa quando me enviaram um artigo sobre ele, cujas peculiaridades quero comentar.
Quanto à reformulação, a coisa é tão desastrosa que o consolo insuficiente é que será tão mal ensinada quanto o currículo atual. Nem só por culpa dos maus professores ou a despeito dos esforços dos bons, mas também porque disciplinas básicas como História, Matemática e Português espremeram-se para acomodar Filosofia na grade curricular já no ensino fundamental. Inserção inútil nessa etapa da formação do aluno, mas, mais do que o conhecimento sobre picuinhas como período composto por subordinação em desuso tristemente crescente ou fazer contas num país cuja Dilma Rousseff acha que 9 para 13 é 7, o regime lulopetista quer que o estudante adquira “visão crítica”.
A expressão detestável habita a mesma lista de vigarices como “participação popular” da novilíngua, a expressão da metafísica delinquente de que se serve o petismo e deformidades afins na certeza de que o povo não tem tempo de participar da participação popular. Quem tem é a rombuda militância profissional dessa visão de mundo que só enxerga na escuridão, cega sob as luzes da civilização, camuflando o verniz fascista no autoritarismo do bem. A tal da “visão crítica”, claro, dirige-se contra os críticos disso aí e estes só estão autorizados a criticar se tiver proposta: outra vertente pilantra da mera intimidação.
O texto sobre o artigo do Villa integra a legião que grassa em porções das redes sociais embalando o outroladismo para combater o que chamam de discurso-do-ódio-sem-proposta. Claro que ódio é a crítica ao lulopetismo e cobrança por proposta é só mais um jeito para a intimidar. Não basta os indignados exigirmos o impeachment de Dilma, parece que além de cumprir com todas nossas obrigações no cotidiano sabotado pelo governo, ainda temos de arrumar tempo e saúde para propor alguma coisa. Pois bem: propomos seguir a Constituição.
O texto se alinha a Villa na condenação à reformulação curricular, mas denuncia o “antipetismo e o reacionarismo tais que retiram a credibilidade das críticas” que o historiador faz. De benevolência sarcástica, concede que o cidadão “até pode meter o pau no PT”, mas o adverte a apresentar propostas. Ora, o assunto exige conhecimento, não de História apenas ou especificamente, mas de especialistas em educação. Ainda que qualquer pessoa lúcida reconheça o crime em andamento, nem todos somos habilitados a fazer propostas a respeito. Mas, como cidadã indignada, proponho que a marcha delinquente do PT seja estancada, o que só é possível metendo o pau no PT até que não haja mais PT para se meter o pau. Proposta mais afinada do que essa só aquela do afinadíssimo Roberto Carlos.
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