"O filho é o segundo a virar alvo de suspeitas. Agora só falta o pai..."

Publicado em 30/10/2015 05:48
por CARLOS BRICKMANN, NO BLOG DE AUGUSTO NUNES

Editorial do Estadão: Lula e o mar de lama

Publicado no Estadão

Não se pode dizer que tenha causado surpresa o fato de a Operação Zelotes da Polícia Federal (PF) ter estendido suas investigações à empresa de um dos filhos de Luiz Inácio Lula da Silva e convocado a prestar depoimento o seu fiel acólito, Gilberto Carvalho. Muito menos surpreendente foi a reação do próprio Lula, relatada por testemunhas do desabafo, que extremamente irritado responsabilizou a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por mais esse ato de “perseguição política”. O paladino da igualdade social, como se vê, continua se achando mais igual do que todo mundo e, portanto, acima de qualquer suspeita de ter alguma coisa a ver com o mar de lama que inundou a política e a gestão da coisa pública como nunca antes na história deste país.

Para Lula, de acordo com a queixa relatada por amigos, a ação da PF “passou dos limites”, baseada apenas no “mentirão premiado”, expressão com a qual, doravante, todo petista que se preze passará a se referir ao instituto da delação premiada. E a culpa é toda da presidente da República, que dá ouvidos a seu ministro da Justiça, que por sua vez não tem pulso nem interesse em “controlar” a PF. Reclamação um tanto contraditória, uma vez que até algum tempo atrás, quando ainda se sentia fora do alcance do longo braço da lei, Lula tinha a cara de pau de gabar-se de que investigações como a do mensalão, que mandou a alta cúpula do PT para a cadeia, só eram possíveis porque seu governo garantia à PF e ao Ministério Público Federal (MPF) fartos recursos e absoluta autonomia para trabalhar.

A Operação Zelotes foi criada para desvendar esquema de propinas e tráfico de influência no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão encarregado de fiscalizar débitos de grandes contribuintes com a Receita Federal. O desdobramento das investigações resultou na prisão preventiva de seis suspeitos de integrar o esquema de “lobby, corrupção e tráfico de influência” revelado pelo Estadão em reportagens publicadas nas últimas semanas sobre a ação de lobistas que teriam logrado “comprar” a edição, pela Presidência da República, de Medidas Provisórias (MPs) que beneficiaram montadoras de veículos com isenção de tributos e de taxas. A ação policial de segunda-feira incluiu a busca e apreensão de documentos no escritório da LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, suspeito de ter recebido propina de R$ 1,5 milhão da consultoria Marcondes & Mautoni, cujo diretor Mauro Marcondes Machado integra a lista dos seis presos.

O extraordinariamente bem-sucedido desempenho dos filhos de Lula no mundo dos negócios – sempre de alguma forma beneficiados pela generosidade de poderosos empresários cuja, digamos, amizade o ex-presidente teve a sabedoria de cultivar depois que deixou o poder – começa a se revelar um ponto extremamente vulnerável na imagem do chefe da tigrada. Afinal, é impossível imaginar que não haja nenhuma relação entre o enorme poder político de Lula e a largueza com que homens de negócio que dependem de contratos com o governo colocam a mão no bolso para ajudar a prole Da Silva.

A verdade é que Lula é hoje um homem rico, o que atribui exclusivamente a sua conhecida condição de palestrante internacional muito bem remunerado. Ele repele com firmeza as suspeitas de que também se tem beneficiado do papel de lobista de grandes empreiteiras no país e, principalmente, no exterior. Argumenta que essa é uma atividade patriótica por meio da qual muitos ex-presidentes em todo o mundo colocam seu prestígio a serviço dos interesses nacionais. É verdade. Mas é preciso considerar – mera possibilidade teórica – que quando se cobra por isso fica quase impossível distinguir patriotismo de tráfico de influência. E também não faz mal lembrar o que Samuel Johnson dizia a respeito do patriotismo e de patriotas.

É perfeitamente natural, portanto, que a tendência inevitável das investigações dessa corrupção, que parece só não existir onde não é procurada, seja a de provocar surtos cada vez maiores de irritação do ex-presidente da República. Pois é perfeitamente compreensível que Lula sofra muito por descobrir que não pode confiar na pupila que escolheu a dedo para ser sua sucessora e guardiã temporária de seu infalível projeto de felicidade para o Brasil.

“É sal, é sol, é sul” e outras seis notas de Carlos Brickmann

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN

O mais importante líder sindical que o Brasil já teve chegou a presidente da República, elegeu a sucessora, virou personagem internacional, viajou o mundo inteiro. Mas, ao completar 70 anos, ontem, tudo o que não queria de presente era mais uma viagem. E há chances ─ não muitas, diga-se ─ de que seja a Curitiba.

Data redonda e triste: até o frango com polenta marcado para seu restaurante preferido dos tempos antigos foi cancelado, diante dos problemas que o afligem. Só sobrou festa chique, com a presidente. A busca e apreensão nos escritórios do filho Luís Cláudio, na véspera do aniversário, foi um golpe tremendo. Amigos atingidos, tudo bem, deixa pra lá: Lula esqueceu companheiros próximos, a quem chamava de Guerreiros do Povo Brasileiro, e chegou a insinuar que o empresário José Carlos Bumlai, que tinha entrada livre no Palácio durante seu governo, não era tão amigo assim. Mas filho é filho ─ e é o segundo a virar alvo de suspeitas.

É duro sentir que, exceto os alucinados do lulismo a todo custo (e, muitas vezes, a que custo!), até parceiros antigos, dos tempos anteriores ao Romanée-Conti e aos jatos executivos, hesitam em jurar por ele.

O jornalista Ricardo Kotscho, lulista da velhíssima guarda, amigo fiel e excelente assessor de imprensa de seu governo, escreveu frases reveladoras (https://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/): “Estou muito triste com tudo isso que está acontecendo, mas na vida a gente colhe o que plantou, de bom ou de ruim, de acordo com as escolhas que fazemos. De nada adianta colocar a culpa nos outros”.

D’além-mar

Quando foram revelados em Portugal os problemas do Banco Espírito Santo, houve quem dissesse que poderiam atingir pai e filho. Agora só falta o pai.

Da Mitologia

Diziam os sábios gregos que, quando os deuses querem destruir alguém, atendem a seus desejos. Pois desde 26 de março de 2015, data do início da Operação Zelotes, a tropa de choque do governo reclama da imprensa a pouca cobertura às investigações.

Com a busca e apreensão no escritório de Luís Cláudio Lula de Silva, a tropa de choque do governo já não tem do que se queixar.

Inferno astral 1 

Lula elegeu o poste e a posta, ambos mal nas pesquisas de opinião pública (Dilma até melhorou um pouquinho, passando de 7,7% para 8,8% de aprovação, pelo levantamento da CNT-MDA ─ ainda assim, seus índices continuam abaixo da taxa de inflação). A Lava-Jato colocou o PT na defensiva e atribui parte do financiamento da campanha petista a dinheiro público, via propinas; as contas do governo foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União; ambos os casos podem levar ao impeachment. Lula foi duramente atingido. Depois de deixar o governo com 83% de aprovação, em 2010, enfrenta hoje a rejeição de mais da metade do eleitorado: 55% dizem que não votariam nele de jeito nenhum.

Tudo bem, faltam três anos para as eleições, as coisas podem mudar, os adversários também têm rejeição recorde. Mas o político novo que vinha para mostrar que era diferente de todos luta hoje apenas para provar que não é pior que os antigos.

Inferno astral 2

Os adversários de Lula também vão mal; mas o juiz Sérgio Moro vai muito bem. Num evento da revista britânica The Economist, em São Paulo, ontem, foi aplaudido de pé pela plateia de empresários. Se quiser ser candidato, é forte. 

E a lista dos que o rejeitam, se for divulgada, vai ajudar a popularizá-lo.

O Mudo falante

Uma das principais forças militares brasileiras homenageou anteontem o coronel Brilhante Ustra, que morreu há poucos dias. A comandanta-chefe das Forças Armadas, Dilma, deve ter odiado; Brilhante Ustra sempre foi um de seus demônios. Mas nada disse. Na ditadura, Ustra chefiou o DOI-Codi, centro da repressão política, de tortura e de mortes.

Porém, mesmo que nada houvesse contra ele, a homenagem teve cunho político que o Exército, o Grande Mudo, deve evitar. E não evitou ─ ao contrário. A Divisão Encouraçada, 3ª Divisão do Exercito, comandada pelo general José Carlos Cardoso, fez até convites especiais. Em curto período, é a terceira vez que o Grande Mudo se manifesta, depois de 20 anos de silêncio. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi o primeiro a falar, considerando “preocupante” a situação do país. O general Antônio Mourão, comandante militar do Sul, criticou os políticos em geral e disse que “mudar é preciso”. Enquanto o Mudo fala, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, se mantém em obsequioso silêncio.

Talvez entenda a linguagem do Mudo.


O ministro silente

Aldo Rebelo, ministro da Defesa, tem múltiplos interesses. Luta pela substituição do Dia das Bruxas, invenção americana, pelo Dia do Saci; é contra invenções que reduzam a necessidade de trabalhadores. Rejeita palavras estrangeiras. E que fazem seus companheiros da base aliada? Em São Paulo, o prefeito petista Fernando Haddad abençoa um evento que, segundo sua divulgação, é “hipster”, tem “music jam sessions”, “food trucks” e “workshops”. 

Mas, se o ministro não se manifesta nem nos eventos em sua área, vai dizer o que no setor dos outros?

 

Valentina de Botas: Vai terminando em crônica policial o projeto que sustou o futuro

VALENTINA DE BOTAS

As torpezas em série da política externa e a comparação entre o Brasil de um estadista e o de um jeca continuado na criatura sulcam a farsa doentia, fazendo penetrar os traços do explícito: lulopetistas, bolivarianos em diferentes versões e respectivos aliados e agregados por conveniência ou afinidades exercem uma delinquência sem fronteiras, na contiguidade moral do território mental que lhes é comum, onde vigora o revés da civilização; o desenho de um país decente iniciado por FHC se transformou em sonhos borrados que, se nas eleições de 2014, não sabíamos se estavam indo ou vindo, a cada dia parecem mais nítidos nos horizontes ainda tristonhos.

A nitidez depende da nação enojada, exausta e que, talvez dividida entre o receio de se iludir e o risco de ter esperança, parece fugir à obrigação e ao direito de meter os peitos democráticos e indignados nas ruas. Ora, vai terminando, em crônica policial, o projeto que sustou o futuro impondo um presente incessante de poder de um jeca seduzido por uma dilma, não pelos belos olhos que ela não tem, mas porque adivinhou no brilho imbecil deles o primitivismo que sustentaria na glória a abjeta dinastia lulopetista.

Aos 70 anos de idade, celebrados sob as ruínas de um caráter que lhe destruiu a trajetória, Lula apela ao vazamento da chantagem contra Dilma para que ela, protegendo os filhos dele, faça como o homenzinho ridículo e sórdido que impõe à Venezuela uma narcoditadura: ferir de morte as instituições. Só que a criatura não pode, ah!, mas como ela queria poder, bem mais do que querer fazê-lo. Vê o projeto cuja aspiração era a eternidade se socorrer do protagonismo de um Jean Wyllys com todos os ipisilones dele e esse fascismo-do-bem, feromônio da súcia depois da grana; de um Sibá Machado, um Chapolin (perdão, Chapolin) que trocou a graça voluntária pelo tacape truculento e inútil.

Açularam, sob a inspiração do patrono do regime que estrebucha delinquindo, a agressão aos manifestantes acampados pacificamente em frente ao Congresso que resistiram com inteligência e determinação na visão já de nitidez solar do sonho. É o fim diário do jeca cujo vasto ego não se cura da ferida acesa na psicose mal-sucedida em que fantasia vencer FHC em cada embate imaginário, na arena permanente da alma ressentida e paranoica. Dos 2.920 dias que, como FHC, ocupou a Presidência, garatujou quatro bilhetes e infelicitou um país e parte do subcontinente; FHC deixa 4.000 mil páginas essenciais com a crônica vibrante e humana dos dias em que o Brasil soube que pode ser civilizado consigo e com o mundo logo ali e além.

Coisa tão inspiradora quanto a resistência dos sonhadores lúcidos de esperança no gramado do Congresso; não à toa, Maduro autorizou o exército a atirar em manifestantes. Ora, a nitidez disso tudo ilumina aos indignados a inspiração fundamental: dentro de si. Os madrigais despertam e chamam para a rua. O maior pavor dos canalhas a bordo de um projeto moribundo.

O silêncio cafajeste da comparsa brasileira acelera a marcha batida da Venezuela em direção à ditadura escancarada

O vídeo que resume as denúncias do promotor venezuelano Franklin Nieves não se limita a confirmar que a prisão e o julgamento do líder oposicionista Leopoldo López foram uma farsa de quinta categoria. Também avisa que o governo de Nicolás Maduro resolveu rasgar a fantasia em frangalhos, fraudar a eleição, calar os adversários e instituir a ditadura sem maquiagem. A mudez cafajeste do governo Dilma inclui o Brasil na trama que pretende consumar o assassinato do Estado Democrático de Direito.

Até dezembro de 2002, o Brasil liderou a América do Sul sem bravatas nem bazófias. Hugo Chávez, por exemplo, comportou-se com muito juízo desde o dia da posse em 1998: para não ser enquadrado pelo governo do vizinho poderoso, dispensou-se de provocações e palavrórios beligerantes. Ao fim de complicadas negociações conduzidas pessoalmente pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, o acordo entre o Equador e o Peru encerrou um dos mais antigos conflitos fronteiriços do subcontinente.

O Paraguai abrandou a choradeira pela revisão do Tratado de Itaipu. A Bolívia entendeu que o preço do gás vendido ao vizinho tinha de levar em conta que o comprador havia bancado sozinho a construção do gasoduto bilionário. Até a Argentina permaneceu bem comportada. Ninguém ousou afrontar durante os dois mandatos de FHC. As coisas começaram a mudar em janeiro de 2003, com a instauração da política externa da canalhice, fruto do acasalamento de stalinistas farofeiros que controlam o PT e marxistas de chanchada que infestam o Itamaraty,

A abjeção nasceu já com 200 anos de idade. Teria morrido de velhice na primeira semana se não fossem os cuidados que lhe dispensaram o padrinho Lula, para quem o Oriente Próximo tem esse nome por ficar logo ali, e a dupla de babás formada por Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. Não teria chegado aos 212 anos sem a permanência de Garcia, homiziado no gabinete de Assessor Especial para Assuntos Internacionais, no cargo de chanceler.

Nos oito anos de Lula, o Brasil fez concessões vergonhosas ao Paraguai e ao Equador, suportou com passividade bovina as bofetadas desferidas pela Argentina e pela Bolívia, hostilizou a Colômbia democrática enquanto afagava os narcoterroristas das FARC, curvou-se à vontade e aos caprichos da Venezuela chavista, deixou de ser sinuelo para virar mais um no rebanho. Simultaneamente, fantasiou-se de “potência emergente” para intrometer-se nos assuntos internos de outras nações. Reduzido a braço internacional da seita lulopetista, o Itamaraty aposentou valores morais e princípios éticos irrevogáveis. E não perdeu nenhuma chance de escolher o lado errado.

Entre os Estados Unidos e qualquer obscenidade que se opusesse ao Grande Satã ianque, preferiu invariavelmente a segunda opção. Subordinado aos napoleões de hospício que proliferam nos grotões sul-americanos, Lula transformou a embaixada em Honduras na Pensão do Zelaya ─ Manuel Zelaya, aquele do chapelão que cobria o nada. Para prestar vassalagem a Fidel Castro, comparou os que discordam dos donos da ilha-presídio aos bandidos encarcerados em São Paulo e aprovou a deportação dos pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux.

O fundador do Brasil Maravilha escolheu sem hesitar quando instado a optar entre a barbárie e a civilização. Bajulou o faraó de cabaré Hosni Mubarak, o psicopata Muammar Kadafi, o genocida Omar al-Bashir e o iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad, fora o resto. Coerentemente, o penúltimo ato do homem que emasculou o Itamaraty foi promover a asilado político o assassino italiano Cesare Battisti. O último foi ordenar a Dilma Rousseff que desse prosseguimento ao cortejo de cafajestagens, iniquidades e vigarices.

A afilhada fez mais que preservar a herança maldita. Conseguiu torná-la mais repulsiva com o engajamento na aliança golpista que tentou manter na presidência do Paraguai o reprodutor de batina Fernando Lugo, a manobra sórdida que infiltrou no Mercosul a Venezuela sem papel higiênico, os bilionários donativos secretos à tirania cubana, a importação de escravos de jaleco que rendem à ilha-presídio mais de 23 milhões de dólares por mês e a submissão a Evo Morales que fez da embaixada em La Paz o cárcere privado do senador boliviano Roger Molina ─ o acervo de bandalheiras internacionais é um malcheiroso colosso. Fora o resto.

Para o governo brasileiro, parceiros ideológicos são tratados como menores de idade: seja qual for o crime cometido, a culpa é das injustiças sofridas durante a infância colonial. É natural que o Planalto continue acompanhando com cara de paisagem a marcha batida da Venezuela em direção à ditadura escancarada, e se recuse a enxergar a feroz ofensiva liberticida comandada pelos herdeiros do bolívar-de-hospício que virou passarinho. A omissão diante das denúncias do promotor Franklin Nieves reafirma a obediência às regras do desregramento.

Há dias, o líder oposicionista venezuelano Henrique Capriles afirmou que o silêncio do governo Dilma dói. Essa mudez é dolorosa para todos os democratas do mundo. É escândalo que envergonha o Brasil que presta. E é um motivo a mais para apressar o fim da era da sordidez inaugurada há 13 anos.

Tags:

Fonte: Blog Augusto Nunes, de veja.com

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Prejuízos na pecuária devem continuar em 2022, avalia o presidente da Assocon
Exportações totais de carne bovina caem 6% no volume e 11% na receita em janeiro
Santa Catarina mantém proibição de entrada de bovinos vindos de outros estados
A "filosofia" de Paulo Guedes para a economia brasileira. Os liberais chegaram ao Poder
O misterioso caso de certo sítio em Atibaia (Por Percival Puggina)