A última do Lula: Dilma só derrapou nas pedaladas criminosas por amor aos pobres (??!!)
A última do Lula: Dilma só derrapou nas pedaladas criminosas por amor aos pobres
O palanque ambulante estacionou em São Bernardo nesta terça-feira para estrelar uma reunião do Movimento dos Pequenos Agricultores. Pronta para aplaudir mentiras e saudar piadas grosseiras com gargalhadas ensaiadas, a plateia amestrada foi premiada com o primeiro falatório público do animador de auditório sobre as pedaladas fiscais punidas pelo Tribunal de Contas da União com a rejeição do balanço fraudulento de 2014.
“Eu agora estou vendo a Dilma ser atacada por culpa de umas pedaladas”, começou Lula. “Eu não conheço o processo, não”, ressalvou desnecessariamente o único presidente da República que nunca leu um livro e escreve como aluno do Jardim da Infância. Depois de voltar-se para Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, o pregador de missa lembrou que, como estabelece o artigo 1° do Código da Canalhice, os fins justificam os meios.
“Uma coisa, Patrus, que vocês têm que dizer é que talvez a Dilma, em algum momento, tenha deixado de repassar dinheiro do Orçamento para a Caixa ou não sei pra quem, por conta de algumas coisas que ela tinha que pagar e não tinha dinheiro”, prosseguiu o torturador da verdade. “E quais eram as coisas que a Dilma tinha que pagar? Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família. Ela fez as pedaladas para pagar o Minha Casa, Minha Vida”.
Haja safadeza. Quer dizer que Dilma estuprou a lei porque só pensa nos pobres? Quer dizer que o crime deixa de existir se uma fatia do produto do roubo é reservada aos desvalidos? Se é assim, Lulinha está dispensado de caçar álibis para safar-se da história dos R$2 milhões desviados da Petrobras que foram parar em seu bolso por gentileza do parceiro Fernando Baiano.
Pelo que disse o pai sobre as pedaladas, o primogênito não deve negar que recebeu a bolada. Precisa apenas jurar que nem tudo saiu pelo ralo das despesas pessoais. Pode garantir, por exemplo, que boa parte do dinheiro financiou a importação de meia dúzia de refugiados pelo Instituto Lula, ou ajudou a reduzir o índice de miséria numa comunidade no interior de Benin.
Não são poucos os que ainda se perguntam em que momento o ex-presidente perdeu a vergonha. Ele nunca soube o que é isso. E só se perde o que se tem.
(por Augusto Nunes)
Lula admite que Dilma cometeu crime. E, claro!, conta mentiras escandalosas sobre seu passado
Mas Dilma cometeu ou não cometeu ilegalidades, agredindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e, pois, a Lei 1.079, que trata dos crimes de responsabilidade?
Os petistas não precisam acreditar em mim. Os petistas não precisam acreditar na oposição. Os petistas não precisam acreditar naqueles que querem Dilma fora da cadeira presidencial.
Ora, acreditem, então, em Luiz Inácio Lula da Silva. Ele esteve num congresso de agricultores nesta segunda e fez o que a sucessora se negou a fazer: admitiu que ela cometeu crime de responsabilidade. Leiam a sua declaração:
“Eu agora estou vendo a Dilma ser atacada por culpa de umas pedaladas (…) Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família. Ela fez as pedaladas para pagar o Minha Casa Minha Vida”.
Pronto! Está aí. O chefão máximo do partido ao qual pertence a presidente da República admite a existência do crime. Ele atribui, claro!, um objetivo nobre à transgressão legal, o que expõe a moralidade dessa gente: se é para fazer o que eles consideram “o bem”, então tudo é aceitável.
Essa é a essência de um pensamento “petralha”. Quando criei a palavra, era para designar esse tipo de prática e esse tipo de pensamento. Notem que, se o fim for supostamente nobre, dane-se a lei.
Não pensem que Lula é o primeiro a admitir. Jaques Wagner, que estava então na Defesa e hoje ocupa a Casa Civil, já fez o mesmo raciocínio.
Lula está agora num evento da CUT. Ainda aos agricultores, contou mentiras espetaculares sobre si mesmo:
“Vocês são testemunhas. Eu perdi três eleições neste país. Três. Voltava para casa, e, como diria o velho Brizola, ia lamber minhas feridas. Agora eles perderam a quarta [eleição]. E eles não se conformam de ter perdido. Ao invés de esperar a quinta, eles não saíram do palanque, e deveriam criar vergonha, porque é importante que eles deixassem a Dilma governar este país”.
Retomo
Lula, ele sim, é que deveria criar vergonha e parar de mentir. Em primeiro lugar perdeu quatro eleições — ele se esqueceu que concorreu ao governo de São Paulo em 1982. Adiante.
Ele, sim, nunca desceu do palanque: fez oposição sistemática a Sarney, Collor, Itamar e FHC. Curiosamente, no palanque continuou mesmo depois de eleito, atacando a suposta herança maldita de FHC. Quando inventou a luta do “nós” contra “eles” (a tal Dona Zelite), buscava justamente exercitar uma linguagem oposicionista.
Lula nunca deixou um governante levar adiante os seus programas. Aliás, ele está na CUT na noite desta terça, a mesma central que tingiu de vermelho a Esplanada dos Ministérios durante o governo FHC contra a reforma da Previdência, em nome da qual o governo pretende agora cobrar a CPMF.
Lula falar que se conformou com a derrota é de uma picaretagem intelectual espetacular. Ao contrário: ele não assimilou até hoje as duas derrotadas para FHC no primeiro turno.
De resto, uma curta memória histórica relevante: que comandou nas ruas o pedindo de impeachment de Collor? O PT. Quem chefiava o PT? Lula! Quem havia perdido a eleição para Collor no segundo, em 1989? Lula!
Mas que reste a palavra do ex-presidente: ele admitiu o que Dilma nega: as pedaladas foram dadas, sim. O crime foi, sim, cometido. Ele só tenta explicar que foi para o nosso bem.
Por Reinaldo Azevedo
Marco Antonio Villa: O governo não governa
Publicado no Globo
O governo perdeu a capacidade de governar. A cada mês, desde a posse, o espaço de governabilidade foi se reduzindo. Hoje, luta desesperadamente pela sua sobrevivência. Qualquer ato, por menor que seja, está mediado pela necessidade de preservação. Efetuou uma reforma ministerial com o único intuito de ter uma base segura no Congresso Nacional. Em momento algum analisou nomes tendo como base a competência. Não, absolutamente não. O único pensamento foi de garantir uma maioria bovina. E, principalmente, impedir a abertura de um processo de impeachment.
(por MARCO ANTONIO VILLA)
Dilma veste casaquinho vermelho, vai à guerra e chama a oposição de golpista em congresso da CUT
A presidente Dilma Rousseff resolveu vestir seu casaquinho vermelho e ir à luta. Horas depois de Lula admitir, num congresso de pequenos agricultores, que ela praticou, sim, pedaladas fiscais, ela própria, na abertura do 12º Congresso da CUT, admitiu o crime, oferecendo a mesma justificativa dada pelo ex-presidente. Foi para manter programas sociais.
Só tomou o cuidado de dizer que outros governos o fizeram antes dela, o que o TCU já constatou não ser verdade no volume, na frequência e na determinação. A presidente transformou a pedalada num jeito de governar. Tanto é assim que a prática se repete em 2015.
Sentindo-se certamente estimulada por uma plateia inteiramente a favor, chamou a oposição de “golpista” e me parece ter estimulado, se necessário, o confronto de rua: “Nenhum trabalhador pode baixar a guarda; é preciso defender a legalidade.”
Claro que é preciso defender a legalidade, que está com aqueles que reconhecem que o impeachment está previsto na Constituição e na Lei 1.079. Dilma abusou da retórica incendiária:
“A sociedade brasileira conhece os chamados moralistas sem moral. E conhece porque o meu governo e o governo do presidente Lula proporcionou o mais enfático combate à corrupção de nossa história. Eu insurjo contra o golpismo. Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa, para atacar a minha honra?”
No governo de Lula, explodiu o mensalão, à revelia do governo — e lá estavam figuras de proa da República e do Partido dos Trabalhadores. No governo Dilma, explodiu o petrolão — e lá estavam figuras de proa da República e do Partido dos Trabalhadores. Há personagens comuns aos dois escândalos. Eis os governos que, segundo Dilma, mais combateram a corrupção.
Esta senhora foi presidente do Conselho da Petrobras no momento em que a então maior empresa brasileira havia se transformado num lupanar. E ela vem se orgulhar de quê? Esta senhora foi presidente da República e, antes, ministra de Minas e Energia e depois da Casa Civil, quando uma quadrilha passou a comandar a estatal, e ela vem arrotar a sua superioridade moral sobre os outros? Por quê?
Já escrevi a respeito. Sempre acho engraçado quando esquerdistas atacam o que chamam “moralismo”. No mais das vezes, eles não se conformam mesmo é com a existência de uma moral que não esteja subordinada à conveniência. Porque, afinal de contas, essa é a moral deles. Um esquerdista fará qualquer coisa para ver triunfar o ponto de vista do ente ao qual ele serve — se preciso, mata sem pestanejar. Por isso o comunismo matou uns 150 milhões no século passado. Não fazer a vontade do partido ou não servir às suas necessidades é considerado “moralismo”.
Quem deu a Dilma tamanho destemor? Quem deu a Dilma tamanha coragem? Quem deu a Dilma essa língua muito maior do que a certeza que ela tem de que vai continuar no cargo? Ora, foram dois ministros do STF: Teori Zavascki e Rosa Weber. Concederam liminares contra a tramitação que havia sido indicada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, caso ele venha na rejeitar a denúncia. Que fique claro: se ele aceitar e mandar instalar a comissão especial, a decisão estará tomada, e não há Supremo que possa impedi-lo. A menos que saltem de lá homens armados até os dentes para impor a sua vontade a ferro e fogo.
Ainda referindo-se à oposição, afirmou:
“Na busca incessante de encurtar o seu caminho ao poder, tentam dar um golpe. Querem construir de forma artificial o impedimento de um governo eleito pelo voto direto. Jogam sem nenhum pudor no quanto pior, melhor. Pior para a o população e melhor para eles.”
É asqueroso, não? Então um governo cercado de corruptos por todos os lados é mesmo um primor de amor pelo povo, mas aqueles que o combatem estão a serviço de seus próprios interesses.
Dilma, aquela que faz rigorosamente o contrário do que prometeu; Dilma, aquela que não pode sair às ruas porque o povo não lhe perdoa o estelionato eleitoral; essa mesma senhora teve a ousadia de afirmar o seguinte sobre seus adversários:
“O interessante é que eles votam contra medidas que eles próprios aprovaram no passado”.
Até parecia que ali não estava a presidente que aplicava medidas que, no passado, ela própria disse que jamais aplicaria.
Para encerrar: dizer isso na CUT é coisa para covardes. Gostaria de ver Dilma fazendo esse discurso na Avenida Paulista!
Por Reinaldo Azevedo
ECONOMIA
O verdadeiro milagre promovido pelo PT
A AB Inbev pagou US$ 109 bilhões pela SABMiller. Beleza. Ou seja, três vezes e meia mais do que o valor de mercado da Petrobras hoje, que é de US$ 32 bilhões. Diz o consultor Adriano Pires: "O Brasil conseguiu transformar o produto cerveja mais valorizado do que petróleo, um verdadeiro milagre brasileiro promovido pelo PT".