O golpe de Dilma está em denunciar o falso golpe e "O pão que o Lula amassou"

Publicado em 17/09/2015 03:48
em veja.com

O golpe de Dilma está em denunciar o falso golpe

Eu realmente não sei se alguém faz a cabeça da presidente Dilma Rousseff. Acho que não. Ela age como pessoa que é, à sua maneira, absolutamente original. Ninguém de fora, a menos que fosse inimigo, lhe daria tantos conselhos ruins.

De saída, há uma questão obvia: se há alguém que deveria fazer de conta, publicamente (e só publicamente), que o debate sobre o impeachment não existe, essa pessoa é Dilma, certo? Mas quê! Ela foi a primeira do Planalto a tratar do assunto. É incompreensível. E não para mais.

Sigamos. Tendo resolvido levar o debate para dentro do Palácio — o que é, reitero, uma burrice —, que faça, então, o debate político, que especule sobre as conveniências, que trate das dificuldades que adviriam do impedimento, que diga que não há motivos para tanto, que negue que tenha cometido crime de responsabilidade… Tudo isso, meus caros, seria do jogo.

O que não é aceitável é que Dilma classifique de “golpe” o que está amparado na lei e na Constituição, especialmente quando as circunstâncias lhe são tão adversas. Nada menos de 66% a querem fora da Presidência, segundo pesquisas. É claro que impopularidade não é motivo para depor ninguém. Quando, no entanto, o público anda tão insensível aos argumentos de Dilma, o que lhe cabe é tomar certos cuidados políticos. E ela se mostra um desastre ambulante.

Nesta quarta, numa entrevista a um rádio de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, voltou a chamar a possibilidade do impeachment de “versão moderna de golpe”.

Disse: “Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe”. E avançou: “Acredito que há no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular”.

Dilma tem de dizer quem são essas pessoas. Ela não pode afirmar, num dia, que o governo vai “fazer de tudo” para impedir o impeachment e, no seguinte, que há uma conspirata para tirá-la do poder.

A presidente sabe que Fernando Collor caiu, no que diz respeito ao grupo que representava e às falcatruas que a esse grupo eram atribuídas, por muito menos, não é mesmo? O esquema então descoberto e denunciado era fichinha perto do que está aí.

A presidente sabe que não há golpe nenhum. A presidente sabe que golpes se sustentam em armas. A presidente sabe que a afronta à legalidade institucional se impõe na força bruta. E sabe também que nada disso está em curso.

Golpe, Dilma, era o que estava em curso na Petrobras.
Golpe, Dilma, é maquiar as contas do país para se eleger.
Golpe, Dilma, é se eleger com um programa e governar com o outro.
Golpe, Dilma, é atribuir ao adversário as próprias e malévolas intenções.
Golpe, Dilma, é agredir as leis e advogar a impunidade porque, afinal, chegou ao poder pelas urnas.

Sei que parece estranho dizer, mas urna, minha senhora, não é tribunal de absolvição.

Por Reinaldo Azevedo

ARTIGO DE ROGÉRIO GENTILE, NA FOLHA: 

Impasse, o pior dos mundos

SÃO PAULO - O Brasil vive um impasse. Em meio a uma crise econômica grave, a presidente da República perdeu o vigor político necessário para governar e é improvável que consiga recuperá-lo. Por outro lado, não há na mesa um motivo robusto e evidente para o impeachment –decisão que seria hoje muito controversa. Não há um Fiat Elba; não existe uma Casa da Dinda.

O pacote de maldades que o Brasil precisa adotar para ajustar suas contas, que passa por um drástico corte de despesas e aumento de impostos, exige liderança política para implementá-lo. Somente um governo com base sólida, mesmo assim suando muito, consegue fazer rolar algo que desagrada a tanta gente: empresários, classe média, servidores, movimentos sociais etc.

Dilma não tem hoje o controle do Congresso. Mal consegue fazer com que o seu partido atue em consonância com as suas prioridades. O próprio Lula não faz mais questão de esconder suas divergências, atacando o ajuste.

A presidente encontra-se nas mãos do PMDB de Michel Temer e Renan Calheiros, que não tem mais interesse em socorrê-la e só consegue pensar em outra coisa. O partido se enxerga na iminência de assumir o poder e apenas aguarda uma oportunidade para desenrolar o processo de impeachment.

Nem mesmo um banho de espírito público faria o PMDB, depois que o partido sentiu o gostinho do poder, mudar de rota para ajudá-la a tirar o país da enrascada econômica. Quer inviabilizar o ajuste agora para ter a possibilidade de implantá-lo depois.

A presidente Dilma, antes de tentar aprovar qualquer plano no Legislativo, precisaria reconstruir sua base política, uma tarefa que hoje é extremamente difícil, se é que ainda dá.

De qualquer modo, de um jeito ou de outro, em algum momento, o país terá de sair desta condição de impasse e paralisia. Até lá, no entanto, não há como imaginar que a situação não vá se agravar ainda mais.

Dilma e a ciência na Arca de Noé. Ou: Só chove, chove…

Na cerimônia de entrega do “Premio Jovem Cientista”, na terça, em Brasília, na presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, e dos agraciados, a presidente Dilma Rousseff disse mais uma para a posteridade:
“(…) Considerando a capacidade de distribuir o seu desenvolvimento com a sua população, transformar o mundo significa, necessariamente, levar a cada uma das pessoas as melhores condições de vida, né, Aldo?, desde a Arca de Noé”.

Dizer o quê?

É… Quando Noé, um conservador, escolheu um macho e uma fêmea de cada espécie para enfrentar aquele chuvisqueiro, não deixava de haver ciência ali, né? Sabe como é… Um macho, uma fêmea, o balanço da arca, aquele tédio, Kikop Zambianchi na vitrola: “Mas só chove, chove, chove…”

Hoje em dia, Noé teria trabalho, coitadinho! As transgêneras logo se levantariam: “A gente vai morrer afogada, seu Noé?”

Por Reinaldo Azevedo

O milagre do crescimento dos assistidos pelo Bolsa Família

O governo alterou dados oficiais, públicos, depois que uma reportagem de VEJA mostrou que quase 800 000 famílias perderam o Bolsa Família entre dezembro do ano passado e julho deste ano. Além disso, retirou do site do Ministério do Desenvolvimento Social o link para a consulta desses dados. O link só voltou ao ar depois de a revista ter questionado o motivo do sumiço.

Até a semana passada, uma página do site do Ministério do Desenvolvimento Social direcionava para o site da Caixa quem quisesse consultar o número oficial de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. O banco é o responsável por fazer o pagamento do benefício. No site da Caixa, os dados referentes a julho deste ano mostravam um total de 13 221 128 famílias beneficiadas – essa informação foi utilizada na reportagem de VEJA, que mostrou a queda nos beneficiários baseada na informação, também fornecida pelo ministério, de que eram 14 003 441 as famílias autorizadas a receber o dinheiro em dezembro.

Ontem, no entanto, o governo – que divulgou nota na segunda-feira contestando a reportagem de VEJA — alterou os dados sem nenhuma explicação. Depois de ficar fora do ar por algumas horas, o site da Caixa voltou exibindo um número diferente de beneficiados em julho: 13 827 369 (veja nesta página as duas imagens do site, antes e depois da publicação da reportagem). Com esse novo dado, o número de famílias favorecidas pelo programa se mantém praticamente estável, em vez de diminuir.

Por Reinaldo Azevedo

As mentiras asquerosas de Stedile e Chico Buarque

O burguês do ‘lari-lará”, Chico Buarque de Hollanda, e o chefe da burguesia do capital alheio, João Pedro Stedile, chefão do MST, estão juntos num vídeo. O conjunto da obra é asqueroso. Inclusive pela mentira objetiva e pela ignorância.

Stedile, cuja ocupação é desconhecida — além de comandar uma organização que vive de dinheiro público, especializada em invasão de propriedade privada — entrevista Chico Buarque, o magrelo pançudo (se quiserem, isso pode ser metáfora), num campo de futebol de propriedade do cantor, compositor e pretenso escritor. Vejam o vídeo.

Como se nota, Stedile pergunta a Chico a sua opinião sobre uma tal “Escola Nacional de Formação de Quadros”, uma aparelho de inspiração leninista que prepara os tais “quadros” do MST para a revolução socialista. O nome oficial da entidade homenageia o sociólogo de esquerda Florestan Fernandes. O jogador e pensador amador diz, então, ao suposto sem-terra — que teria um choque anafilático de pegasse numa enxada — que apoia a iniciativa e que contribuiu com ela, embora afirme desconhecer o que se faz lá. Eis Chico Buarque.

Mais impressionante: ele exalta a “arte” e o “curso de literatura e tudo mais” que seriam ministrados na tal escola, que se transformou, atenção!, num centro da mais asquerosa patrulha ideológica de caráter stalinista. Alguns cursos, inclusive, são ministrados em parceria com universidades públicas só para quadros do MST, como ocorre na Unesp, em São Paulo, e na UNB, numa expressão óbvia da privatização das universidades federais por um aparelho do PT.

Chico, que é um vigarista ideológico, elogia ainda o trabalho em conjunto com os povos irmãos da América Latina. Algumas das maiores parceria do MST se dão com as ditaduras de Cuba e da Venezuela. Chico é mesmo um despudorado, um imoralista político. Nos dois casos, adversários do regime são encarcerados. Na Venezuela, Nicolás Maduro trata os adversários a bala. Não há liberdade de imprensa ou de opinião nesses países. Eis a fraternidade universal imaginada por Chico.

Petrobras
Stedile, contando uma mentira escandalosa, endossada pela pilantragem intelectual de Chico, diz haver um projeto no Senado que quer privatizar a Petrobras, e “com isso, nós [o Brasil] perderíamos os royalties para a educação e para a saúde”. O entrevistado, então, responde uma banalidade: “O petróleo é nosso! É um velho lema que deve ser mantido, deve ser lembrado sempre, porque há uma cobiça permanente em torno da Petrobras. Agora vem essa história de participação da exploração do pré-sal. São conquistas nossas, conquistas dos nossos governos, desde os tempos de Getúlio, que, volta e meia, são ameaçadas por esse tipo de investida”.

É a mentira entrevistando a má-fé. Pela ordem:
1: não existe projeto nenhum de privatização da Petrobras no Senado; Stédile mente;
2: o que há no Senado é uma proposta que permite que a Petrobras abra mão do direito de ter pelo menos 30% de participação em campos de exploração do pré-sal;
3: se, por falta de recursos para investir, ela abrir mão, uma empresa privada pode ocupar o seu lugar;
4: isso nada tem a ver com os royalties, que continuariam a ser pagos do mesmo modo;
5: não existe cobiça nenhuma pelo nosso pré-sal, ao contrário do que diz Chico Burque;
6: nos leilões do pré-sal, não houve nem concorrência; poucas empresas internacionais se interessaram;
7: com a despencada do preço do petróleo, e não vai subir mais, tornou-se antieconômico tirar petróleo do pré-sal;
8: a exploração do pré-sal emperrou por falta de investimentos;
9: com a exploração do xisto nos EUA, caiu brutalmente o interesse pelo pré-sal.;
10: se o petróleo não sai das profundezas, não há royalities;
11: Chico e Stedile não estão nem aí para o povo; estão é preocupados com seus preconceitos ideológicos..

Chico Buarque e João Pedro Stedile são como dois vampiros representando um passado que não quer passar; representando os que já morreram e não sabem; representando as piores taras de uma elite de esquerda que levou o país à beira do abismo.

Um fala do alto de sua ociosidade agressiva; o outro, de sua burrice específica.  Graças a Deus, o Brasil, crescentemente, diz não a esses vampiros das nossas verdades. Eles estão acabados.

Por Reinaldo Azevedo

 

O pão que o Lula amassou

Na verdade, Lula é um semianalfabeto que de pobre não tem nada, um populista ambicioso e sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor (Por Maria Lucia Victor Barbosa, publicado no Instituto Liberal)

No teatro da vida a farsa se faz presente. A hipocrisia, a mentira, a simulação, a impostura, a bajulação sempre ajudaram os vencedores da batalha da existência, sobretudo, os dotados de retórica capaz de iludir e convencer.

Na política, palco máximo da simulação, a farsa conta com o poderoso auxílio da propaganda que se sofisticou e se disseminou através dos meios de comunicação, especialmente os televisivos. Porém, a culminância da hipocrisia e do cinismo chegou ao Brasil a bordo do governo petista, na medida em que marqueteiros habilidosos esculpiram uma falsa imagem de Lula da Silva apresentado como proletário pobrezinho, vítima da sociedade de classes e depois, num passe de mágica, o transformaram em estadista.

Na verdade, Lula é um semianalfabeto que de pobre não tem nada, um populista ambicioso e sem escrúpulos que venceu pela sorte e não pelo valor. Na quarta tentativa ele chegou à presidência da República na medida em que sua fala vulgar, rudimentar, grotesca, circense provocou o sentimento de identidade tão caro às massas.

Disse alguém que “a vida é a tragédia das escolhas”. A maioria dos brasileiros escolheu Lula duas vezes. E depois mais duas quando ele logrou colocar em seu lugar o chamado poste. E não foram somente os pobres que o escolheram o salvador da pátria, chancelando a tragédia que ocorre agora no Brasil. Brahma ou Barba chegou também lá montado no apoio dos que ele finge amaldiçoar como elites, ou seja, banqueiros, empreiteiros, grandes empresários. E a classe média, que a petista Marilena Chauí diz odiar, composta por intelectuais, artistas, profissionais liberais, professores, estudantes universitários, endossou o teor de fé da seita PT. Jactando-se de seu socialismo requentado, falso, atrasado, tão comum na América Latina por conta da dor de cotovelo que se tem dos Estados Unidos, a classe média erigiu Lula ao altar da pátria e o adorou.

Brahma ainda teve apoio de parte da Igreja católica, das tradicionais ramificações petistas sustentadas pelo partido como a CUT, o MST, UNE, e de outros ditos movimentos sociais, além de conquistar a adesão de instituições como a OAB.

Impressiona também o fortalecimento do PT através do apoio constante e fiel do PSDB, especialmente de Fernando Henrique Cardoso. Nunca houve oposição ao PT nem nunca haverá por parte dos peessedebistas. É tanta a devoção dos tucanos com relação a Lula da Silva, que melhor fariam dissolvendo seu partido e entrando para o PT.

A tragédia das escolhas fortaleceu tanto Lula e seu partido que ele se imaginou capaz de fazer o que bem quisesse. Assim, veio a enxurrada de erros na economia, a gastança exacerbada, a corrupção desenfreada. E no primeiro mandato da criatura, com Lula presidente de fato, foi o tempo em que ele caprichou no amassar do pão amargo que os brasileiros agora engolem a custo e que se tornará mais tóxico daqui para frente com o aumento da inflação, da inadimplência, do desemprego, dos juros, do dólar.

Como não há governo que aguente quando a economia vai mal, movimentos populares espontâneos têm ido às ruas para pedir a saída da governanta. Parece que só agora foi notada sua total incompetência, sua fala incoerente como se ela tivesse enorme dificuldade de raciocinar, o que indica absoluta inaptidão para o cargo presidencial, aliás, para quaisquer cargos, até os mais simples.

O PT quebrou o Brasil e o abismo se abre aos nossos pés, prenunciando uma via-crúcis ainda mais dolorosa com o rebaixamento do Brasil pela Agência de classificação de risco Standard & Poors. Perdemos o grau de investimento e outras agências deverão fazer o mesmo com graves consequências para nossa já combalida economia.

Diante do descalabro já existem 17 pedidos de impeachment de Rousseff na Câmara e o mais expressivo é o do ex-militante petista, Hélio Bicudo. O PSDB, vergonhosamente, covardemente, se omite, se esconde, vacila e deixa para o PMDB resolver a questão.

Enquanto isso, diabolicamente, Lula vai amassando o pão. Começou a atacar a criatura e, se ela cair, ai de quem a substituir. Será massacrado pela única coisa que o PT sabe fazer bem: uma oposição violenta, raivosa, intimidadora, boçal. Desse modo, Lula imagina poder voltar em 2018, consolidando seu poder e o do PT. Resta saber se o povo aprendeu a dura lição ou se seguirá sem medo de ser infeliz rumo ao Socialismo do Século 21, da Venezuela, como quer o Foro de São Paulo. O tempo dirá.

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Fonte: Blogs de veja.com + FOLHA

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