Em Veja: EMPREITEIRO REVELA ATUAÇÃO DE LULA NO PETROLÃO E COMO LULINHA FICOU MILIONÁRIO
A CASA CAIU – EMPREITEIRO REVELA ATUAÇÃO DE LULA NO PETROLÃO E COMO LULINHA FICOU MILIONÁRIO
Daqui a pouco, a revista VEJA começa a chegar às bancas e aos assinantes. A capa segue abaixo. Daqui a pouquinho, publico um trecho da reportagem exclusiva. Título da capa: “A VEZ DELE”.
O destaque explica: “Amigo de Lula, o empreiteiro Leo Pinheiro decidiu contar ao Ministério Público tudo o que sabe sobre a participação do ex-presidente no petrolão e como o filho Lulinha ficou milionário”.
Por Reinaldo Azevedo
A CASA CAIU 2 – O que você vai encontrar na VEJA. Ou: “Depois que o Léo falar, não tem como não prender o Lula”
Amigo e confidente de Lula, o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro autorizou seus advogados a negociar com o Ministério Público Federal um acordo de colaboração. As conversas estão em curso, e o cardápio, sobre a mesa. Com medo de voltar à cadeia, depois de passar seis meses preso em Curitiba, Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na Petrobras, exatamente como afirmara o doleiro Alberto Youssef em depoimento no ano passado.
O executivo da OAS se dispôs a explicar como o ex-presidente se beneficiou fartamente da farra do dinheiro público roubado da Petrobras. Leo Pinheiro se comprometeu também a passar aos procuradores a lista de despesas da família de Lula custeadas pela OAS.
Ele afirma também ter conhecimento direto de como Fábio Luís da Silva, o Lulinha, fez fortuna atuando na órbita de influência da construtora. Léo Pinheiro disse que, se o acordo for selado, apresentará também a lista de todos os políticos que receberam dinheiro do petrolão via OAS.
“Depois que o Léo falar, não tem como não prender o Lula. Ou se prende o Lula ou se desmoraliza a Lava-Jato”, diz um interlocutor de Pinheiro.
Por Reinaldo Azevedo
MP apresenta, em grande evento, denúncia contra diretores da Odebrecht e da Andrade Gutierrez; as duas empresas apontam ação midiática
Numa operação com ampla publicidade e cobertura da imprensa, o Ministério Público Federal apresentou a denúncia contra 22 das pessoas investigadas pela Operação Lava Jato. Os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, estão entre elas. Há ainda quatro diretores e um ex-diretor da primeira empresa e três da segunda.
Nos casos das pessoas ligadas às duas empreiteiras, essa é a primeira acusação formal que há contra elas, embora estejam sendo investigadas há oito meses e estejam presas há 36 dias. Ainda que a, vamos dizer, grandeza da apresentação dos procuradores possa sugerir o contrário, o juiz Sergio Moro pode, em tese ao menos, recusar a denúncia contra alguns — mas é certo que ninguém apostaria nisso um centavo.
O MP acusa o grupo de lavagem de dinheiro, corrupção (ativa ou passiva, a depender do caso) e formação de organização criminosa. Os procuradores dizem dispor de evidências de que a Odebrecht e a Andrade Gutierrez faziam parte de um cartel, que combinava preços e pagava propinas a agentes públicos. Segundo os procuradores, as duas empresas recorriam a um esquema localizado fora do país para efetuar o pagamento de propina.
Seguem os denunciados desta sexta:
– Alberto Youssef, doleiro;
– Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras;
– Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras;
– Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras;
– Armando Furlan Júnior, acusado de operar empresa de fachada;
– Celso Araripe d’Oliveira, gerente da Petrobras, suspeito de levar propina em obra da construção da sede da estatal em Vitória;
– Eduardo de Oliveira Freitas Filho, empresário;
– Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras;
– Mario Góes, acusado de intermediar propina entre empreiteiras e dirigentes da Petrobras;
– Lucélio Roberto Góes, filho de Mário Góes e suspeito de lavagem de dinheiro;
– Paulo Sérgio Boghossian, engenheiro;
– Bernardo Schiller Freiburghaus, acusado de distribuir propina da Odebrecht no exterior.
Da Odebrecht:
– Marcelo Bahia Odebrecht, presidente do grupo;
– Celso Ramos Rocha, ex-diretor;
– Elton Negrão de Azevedo Júnior, executivo;
– Marcio Faria da Silva, executivo;
– Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Internacionais;
– Rogério Araújo, diretor.
Da Andrade Gutierrez:
– Otávio Marques de Azevedo, presidente;
– Flávio Gomes Machado Filho, executivo;
–Paulo Roberto Dalmazzo, ex-executivo;
– Antonio Pedro Campelo de Souza Dias, diretor
Nota da Andrade Gutierrez
“A Andrade Gutierrez informa que os advogados ainda estão estudando a peça apresentada hoje pelo Ministério Público Federal. No entanto, pelas informações passadas pela equipe do MPF na coletiva de imprensa, o conteúdo da denúncia apresentada contra seus executivos e ex-executivos parece não trazer elementos novos além dos temas já discutidos anteriormente, e que já foram devidamente esclarecidos no inquérito. Infelizmente, até o momento, os devidos esclarecimentos e provas juntadas não foram levados em consideração. A empresa entende que o campo adequado para as discussões, a partir desse momento, é o processo judicial, onde concentrará essa discussão, buscando a liberdade dos executivos e a conclusão pela improcedência das acusações. A empresa reitera que não pretende participar dessas discussões através da mídia.”
Nota da Odebrecht
“A Odebrecht considera que o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná feito hoje é o marco zero do início do trabalho da defesa. A partir de agora, os advogados poderão conhecer as alegações imputadas aos executivos investigados, assim como será possível analisar o conjunto de documentos apresentado pela acusação, o que viabilizará, finalmente, o devido exercício do direito de defesa.
No entanto, as alegações apresentadas pelo MPF, de forma midiática e escandalosa na tarde de hoje, não justificam, em hipótese alguma, a manutenção da prisão arbitrária e ilegal do diretor presidente do Grupo, Marcelo Odebrecht e de quatro ex-executivos. Muito menos justificam a surpreendente decretação de nova prisão preventiva, com a revogação da anterior, num claro movimento para anular os efeitos dos pedidos de habeas corpus perante o STJ.
Sobre o pedido de cooperação enviado pelos procuradores da Suíça, a Odebrecht buscará todos os esclarecimentos junto às autoridades competentes naquele país para que os fatos sejam devidamente apurados. Note-se que enquanto o Ministério Público da Suíça busca informações para ampliar suas investigações, no Brasil os procuradores atribuem aos mesmos dados o peso da mais absoluta verdade. Mais uma vez verifica-se que enquanto o MPF diz que trabalha com fatos, na verdade, vemos juízos de interpretação, suposições e alegações desconexas e descontextualizadas.
Os advogados lamentam a exposição pública de todo o processo e a falta de critérios na divulgação de documentos vazados a conta-gotas, sem nenhum pudor, chegando a expor, desnecessariamente, até mesmo as famílias dos executivos.”
Confronto de coletivas
Bem, eu não me lembro, e não creio que alguém se lembre, de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público com tanta pompa e aparato técnico como a desta sexta. Os defensores dos diretores da Odebrecht responderam, logo depois, também com uma coletiva, em que sustentaram que, finalmente, dispõem dos elementos para dar início à defesa. A advogada Dora Cavalcanti acusou o MP de fazer “operação midiática”. Os procuradores, por sua vez, exaltaram o fato de que, finalmente, todos estariam sendo tratados igualmente perante a lei.
Uma coisa é fato: no que concerne às duas empresas, só agora começa a se organizar a defesa porque, finalmente, a miríade de acusações e suspeitas está organizada numa denúncia.
Por Reinaldo Azevedo
Lula se diz “cansado de mentira e safadeza”. Nós também!!! Ah, sim: Dilma e “Zé do Breu” serão estrelas do megapanelaço do dia 6 de agosto
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, diz estar “cansado de mentiras e safadezas”. Uau! E nós, então, né? E o Brasil? É isto mesmo, Lula! Chega de mentiras e safadezas! Ele fez essa declaração insólita na posse do novo presidente do Sindicado dos Bancários do ABC, informa Andréia Sadi, naFolha deste sábado. Que diabos Lula fazia lá? Ora, o tal sindicato é um braço do PT e atua segundo seus interesses. Essa mistura entre partido e sindicalismo, diga-se, está na raiz de muita… mentira e safadeza!!!
Lula repetiu o conteúdo de vídeo indigno que circula nas redes sociais, feito pelos “companheiros”, que associa antipetismo a nazismo. Já escrevi a respeito. Com aquela capacidade de ler a história que só ele demonstra, afirmou:
“Tenho a impressão de que. muitas vezes. a gente vê na televisão e parece os nazistas criminalizando o povo judeu. Parece os romanos criminalizando os cristãos, parece os fascistas criminalizando o povo italiano, parece tantas outras perseguições.”
Não sei o que é mais chocante: se a arrogância, se a ignorância abissal.
Pois é… Na quinta e na sexta, ficamos sabendo que os petistas estão querendo bater um papinho com os tucanos para ver se conseguem impedir o impeachment de Dilma. O próprio Lula estaria disposto a falar com FHC. Ironizei aqui o esforço e evidenciei tratar-se de uma tolice. Vejam como tenho razão. No discurso que fez no sindicato, o Babalorixá de Banânia voltou a espumar. Referindo-se claramente aos tucanos, afirmou que as pessoas que dizem que o país vai quebrar “já quebraram o Brasil duas vezes”.
Eis o Lula do diálogo… É uma fala muito instrutiva para tucanos que estejam eventualmente pensando em dar uma namoradinha com o PT…
Dilma
A presidente Dilma também estaria interessada numa conversa com a oposição. Entendo. E, ora vejam, tomou uma decisão realmente sábia!!! Participará do programa do horário político do PT, que vai ao ar no dia 6, com panelaço garantido país afora. Como já escrevi aqui, mais do que fascinada pela mandioca como conquista verdadeiramente nacional, Dilma é mesmo atraída pela casca de banana. É ver uma, e não resiste: lá vai ela com, aqueles seus passinhos em ângulo de mais ou menos 60º, pisar da dita-cuja.
O PT e a própria Dilma estão de tal sorte alheios à realidade que o conteúdo do programa, comandado por João Santana, vai se dedicar à defesa do partido e do governo, estreitando ainda mais essa relação, que será, então, um exemplo acabado de massa negativa, de soma que diminui: ao grudar do PT, Dilma fica ainda mais por baixo; ao grudar em Dilma, o PT passa a ser ainda mais rejeitado. Mas fazer o quê?
Aquela que também diz, por intermédio de ministros, querer um papo com FHC vai participar de um programa que deve sustentar que, apesar das dificuldades, o país ainda vive numa situação bem melhor do que antes da chegada do PT ao poder — estará se referindo, é óbvio, aos oito anos de mandato tucano. Sabem como é, gente… Ela quer o diálogo…
O PT está lendo de forma tão enviesada a realidade que o apresentador do programa será o ator José de Abreu, um petista que é visto como um caricato até por… petistas! Chamar o do “Zé do Breu” — como é conhecido das redes — para tal tarefa corresponde a optar por um “hater”, por um “odiador” contumaz, por um polemista grosseiro. Aliás, se a gente for considerar os artistas que o partido mobilizava antes e os que mobiliza agora, tem-se uma clara noção da decadência da legenda. Nos tempos de glória,”Zé do Breu” lutava para ser alguma coisa na legenda. Foi até papagaio de pirada em comício. Era desprezado. Se agora o chamaram para ser uma estrela, adivinhem como está o partido… Zé de Abreu, como sabem, deu o que falar na novela “Avenida Brasil” pela verossimilhança que conferiu ao personagem “Nino”, chefe mafioso de um lixão.
Não tem jeito, não! Essa gente já não aprende mais nada. O ciclo de despetização do Brasil teve início. Infelizmente, será um processo lento. Mas inexorável. E deem uma coisa como certa: eles quebraram a cara no esforço de instituir, na prática, um regime de partido único, em torno do qual se multiplicariam irrelevâncias.
O projeto do PT já era, felizmente! E, como se nota, os petistas não aprenderam nada e ainda esqueceram as suas táticas mais eficazes de manipulação. Pior para eles. Bom para o país.
Por Reinaldo Azevedo
análise de IGOR GIELOW, da folha de s. paulo:
As mortes de Lulinha
BRASÍLIA - Em 2008, o diário "Extra" flagrou um menino negro nadando numa poça resultante de um vazamento na favela onde morava em Manguinhos, zona norte do Rio.
Consta que o então todo-poderoso presidente Lula se comoveu com a cena e resolveu transformar o local em vitrine de regeneração sob a bandeira do PAC, programa que tinha uma "mãe", Dilma Rousseff.
O menino, Christiano Pereira Tavares, foi levado ao palanque das autoridades para as devidas fotos e a promessa de construção de uma piscina na "comunidade", o eufemismo do politicamente correto para esses lugares esquecidos pelos políticos depois dos comícios.
Agora, o mesmo "Extra" informa que Lulinha, como o garoto foi apelidado após encontrar Lula, morreu aos 15 anos sob suspeita de overdose na unidade de saúde que ostenta sua foto sorridente na parede.
Manguinhos segue pobre, e a piscina, segundo o relato, abandonada. A família de Lulinha melhorou um pouco de vida, mas o quadro de desagregação segue inalterado.
Além de tragédia, a morte do garoto, se confirmada pelos motivos apontados, encarna um retrato da decadência do legado da era PT no poder. O investimento no combate à miséria, prioridade digna mesmo que tenha sido só eleitoreira, é tisnado pela realidade –do petrolão que já grassava à época ao desastre de gestão que atolou o país sob Dilma.
Sem bonança externa e com o sorriso de Levy, a classe que emergiu pela via perversa do consumo vai voltando para seu nicho anterior; brilha solitária na ruína a TV de tela plana na qual a irmã de Lulinha, grávida aos 14 anos, vê desenhos animados.
Não morre apenas Lulinha. Morre uma ilusão que teve, como toda farsa, lampejos de euforia. Morre o país cujo futuro radiante, para quem quis acreditar, havia chegado. A construção da realidade, ainda mais com os atores à disposição, será dolorosa.
Lulinha não verá nada disso.
Fechamentos e demissões na JBS
A JBS fechou um frigorífico em São José dos Quatro Marcos, no oeste do Mato Grosso, e outro em Matupá, no norte do estado. Em Cuiabá, outra unidade suspendeu o abate de bovinos e também fez demissões.
No total, as demissões chegam a quase 1 500 pessoas.
A prefeitura de São José dos Quatro Marcos estima que a JBS era responsável direta ou indiretamente por um quarto dos empregos locais.
Por Lauro Jardim
Sindicalista instrui agentes penitenciários em greve a simular confronto, manipulando também a imprensa
É do balacobaco!
Se vocês querem saber como costumam começar os tumultos envolvendo grevistas e policiais militares, fiquem atentos ao vídeo que segue no pé deste post.
O busílis é o seguinte: na segunda, começou uma greve de agentes penitenciários no Estado de São Paulo — encerrada nesta sexta. Como a adesão era baixa, o presidente do sindicato, Daniel Grandolfo, instruiu um aliado seu a simular um confronto com a Polícia Militar para mexer com os brios da categoria e aumentar a adesão à paralisação. Diz ele:
“Eduardo, faz o seguinte, meu irmão, é… Vocês fazem a cena, entendeu, do loco. Troca ideia antes com os PMs, se os PMs for invadirmemo, troca ideia, entendeu, com eles. Faz a cena. Vê se consegue chamar a imprensa ou alguém para filmar com o celular ou alguma coisa desse tipo, faz uma cena, entendeu? Fala para os PMs empurrá os guarda, entendeu, fazer um bagulho meio louco e pede para alguém filmá, filma com o celular mesmo”.
Vejam. Volto em seguida.
Como se nota, ele pede que tudo seja combinado com a PM. Digamos que se pudesse combinar uma safadeza dessa com alguns PMs. Será possível combinar com todos? Vejam o risco!
É um nojo!
Notem, ademais, que Grandolfo conta com a ajuda da imprensa… Afinal, ele sabe que, para o jornalismo, a PM é quase sempre culpada, não é mesmo? Vejam o caso do Paraná, em que notórios truculentos foram tratados como heróis.
A greve, diga-se, chegou ao fim. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a volta ao serviço, sob pena de multar o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) em R$ 100 mil por dia. O Sindasp é filiado à Força Sindical.
Por Reinaldo Azevedo