Augusto Nunes: O aumento da fortuna e do prontuário de Fernando Collor prova que por trás do Lula pai dos pobres existe um Lula

Publicado em 16/07/2015 13:28
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1 Minuto com Augusto Nunes: O aumento da fortuna e do prontuário de Fernando Collor prova que por trás do Lula pai dos pobres existe um Lula mãe dos ricos

Lula recita de meia em meia hora que só pensa nos pobres. Mas o farsante que inventou o Brasil Maravilha rsempre encontrou tempo para enriquecer, garantir a prosperidade da família e aumentar a fortuna de amigos já milionários. Fernando Collor, por exemplo, foi premiado com uma diretoria da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Numa negociata desvendada pela Operação Lava Jato, embolsou 20 milhões de reais. Essa e muitas outras maracutaias em que se meteu justificaram a operação da Polícia Federal que deixou  “indignado” o ex-presidente defenestrado do Planalto por vontade popular. Muito maior é a indignação do Brasil decente, ultrajado pelas delinquências protagonizadas em parceria porLula e Collor.

Por enquanto, só foram apreendidos carrões e computadores. O país que presta aguarda, com justificada ansiedade, o confisco de ex-presidentes que imploram pela traseira de um camburão.

Duas notas de Carlos Brickmann: ‘Os Azares desta Vida’ e ‘A Grécia é Aqui’

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

Os azares desta vida

O escritor francês André Maurois dizia que “tais são os azares da vida que todo acaso se faz possível”. O presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, é do tipo que atravessa a rua para pisar numa casca de banana do outro lado.

Quando o Supremo aceitou a ação penal do Mensalão, ele foi jantar num restaurante e falou por celular com seu irmão. Disse que a tendência era amaciar para José Dirceu mas que todos votaram com a faca no pescoço, acuados pela imprensa. Na mesa ao lado, uma boa repórter que Lewandowski não conhecia, Vera Magalhães, da Folha de S. Paulo, anotou tudo e tudo publicou.

Desta vez, ele estava em Coimbra, e soube que o avião de Dilma, em vez de fazer escala em Lisboa, por acaso desceria no Porto. Viajou então uns 130 km e, no Porto, se encontrou por acaso com a presidente. Sigilo total. Ou quase total: o repórter Gérson Camarotti, deO Globo, soube do encontro e o divulgou. Os dois presidentes, da República e do Supremo, explicaram que a conversa tinha sido apenas sobre o aumento dos servidores do Judiciário. Então, tá.

Poderiam ter conversado em Brasília, onde um trabalha a pouco mais de cem metros do outro, e sem precisar do sigilo.

 

E mais ainda

O caro leitor acha que é muita falta de sorte? Pois tem mais: o terceiro participante do encontro Dilma-Lewandowski, ministro José Eduardo Cardozo, depôs na CPI da Petrobras nesta quarta-feira.

Qual foi o assunto preferido das perguntas?

A Grécia é aqui

Na discussão (já chatamente partidarizada) sobre a Grécia, pouco se diz como os gregos se enfiaram no buraco. Nada que nos espante, a nós, brasileiros.

1- Cada carro oficial dispõe de 50 motoristas contratados pelo Governo;

2- O Lago Kopais é protegido por 1.763 funcionários públicos. Pena que o lago não mais exista: secou há 85 anos. Dele só restou a equipe administrativa;

3 – O Metrô de Atenas fatura € 19 milhões por ano. E custa € 500 milhões. Um ministro propôs que fosse fechado e que os passageiros usassem táxi, por conta do governo. Seria mais barato;

4 – Como em todo o mundo, há aposentadorias especiais, precoces, para quem exerce profissões perigosas. Na Grécia, entre os beneficiados, há músicos especializados em instrumentos de sopro, cabeleireiros, apresentadores de TV.

Com esse estudo da Comissão Europeia fica mais fácil entender as coisas.

 

Cardozo alopra e diz na CPI que impopularidade de Dilma se deve à sua honestidade. E Lula, o ex-popular, era o quê?

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, depôs nesta quarta na CPI do Petrolão. Como é natural nesses casos, falou sobre um monte de coisas. Cada analista escolhe, vamos dizer assim, o que considera mais importante. Começo, então, pela defesa que fez da presidente Dilma Rousseff, classificada por ele de “honestíssima”.

Convenham: nenhum de nós esperava que fosse dizer o contrário. Negou, obviamente, que a sua chefe tivesse conhecimento de qualquer irregularidade. E disse um troço absurdo. Leiam:
“Sempre tive honra de ser dirigido por mulheres. A primeira prefeita de São Paulo, [Luiza] Erundina, e a primeira presidente, Dilma. Aprendi com essas duas mulheres honestíssimas que, quando você acredita em princípios, vá até o final por eles. Erundina pagou um preço alto pela sua honestidade. Acho que, da mesma forma, a presidente Dilma paga o preço por sua correção e sua honestidade”.

Como é que é, ministro? Que preço Luiza Erundina pagou por sua honestidade? Que eu me lembre, a única força que puniu a ex-prefeita de São Paulo foi o PT, que a expulsou do partido quando ela decidiu ser ministra da Administração de Itamar Franco. O paulistano que a elegeu prefeita certamente não ficou com um mau juízo de sua gestão porque mulher e nordestina. Afinal, os eleitores sabiam dessas duas características e lhe deram a maioria relativa dos votos.

Dilma, da mesma sorte, foi eleita e reeleita em segundo turno. Quem está a pagar o preço, ministro? Dilma ou a população brasileira? É ela quem sofre os efeitos de inflação e juros cavalares e da recessão? Os brasileiros estão descontentes com as promessas que sabem não serão cumpridas e por vê-la fazer o que disse que não faria. Será que a rejeição à presidente, segundo apontam pesquisas, se deve à sua honestidade?

A depender do que Cardozo queira dizer, posso até concordar com ele, não? O PT e Lula estão visivelmente irritados com Dilma — e com o próprio Cardozo — porque consideram que eles não atuaram o suficiente para brecar a Lava Jato. Digamos que nada tenham feito em razão de sua honestidade. A única força, então, que hostiliza a Dilma honestíssima é mesmo o… PT!

Um ministro de estado afirmar que um governante é rejeitado pelo povo só porque é honesto dá conta da crise de valores que vivemos. É o fim da picada! Achei que as pessoas estivessem descontentes com os insucessos óbvios do governo e com a roubalheira que veio à luz. Segundo Cardozo, nada disso! O povo não aguenta mais é a honestidade de Dilma. É uma piada grotesca.

Vazamentos
O ministro falou sobre as delações premiadas e lembrou, aí corretamente, que elas não valem, por si, como provas:
“Delações premiadas não são sentenças condenatórias. São guias de investigação. O delator pode falar a verdade, mentir ou falar meias-verdades. O que diz não tem valor probatório, tem de ser investigado”.

Afirmou ainda que os vazamentos de informações das delações fazem com que pessoas sejam atingidas previamente em sua honra antes da comprovação da acusação. Sim, é verdade. Afirmou que há inquéritos para apurá-los e que a divulgação de dados sigilosos da investigação é crime. E é mesmo. Mas que fique claro: NÃO É UM CRIME DA IMPRENSA.

A função do jornalismo é, sim, publicar, e não guardar, aquilo que apura. Cabe ao agente do estado — da Polícia Federal, do Ministério Público ou da Justiça — zelar pelo sigilo.

Não controla
O ministro lembrou o óbvio: ele não tem, nem deve ter, o controle dos inquéritos levados a efeito pela Polícia Federal. Bem, esse só poderia ser um recado ao PT, não é?, que ataca Cardozo porque o considera muito mole no trato com a Polícia Federal, como se esta não tivesse autonomia para realizar o seu trabalho.

E aquela conversa, na qual nunca acreditei, de que estaria disposto a deixar o cargo? Respondeu: “Estou no cargo porque acredito na presidente. No dia em que ela não quiser mais que fique ou no dia em que avaliar que não tenho mais a contribuir, eu saio. Até lá, mesmo cansado, fico, no bom combate”. Eu sabia.

Encerro
O ministro aproveitou ainda para afirmar que o encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro Ricardo Lewandowski, em Portugal, nada teve a ver com a Operação Lava Jato. Políticos, às vezes, têm de dizer coisas mesmo sabendo que ninguém vai acreditar nelas. É o lado difícil da função.

De resto, convenham: ainda que fosse para discutir o sexo dos anjinhos barrocos, o encontro deveria ter se dado no Brasil, não é mesmo?

Para encerrar: se Dilma é impopular porque honesta, cabe perguntar se, como corolário da tese, Lula era popular porque desonesto…

Por Reinaldo Azevedo

 

Temer, Renan e Cunha, em uníssono, anunciam fim da aliança com o PT em 2018. Ou: Desencontro de naturezas

Não sei se o PMDB terá mesmo candidato próprio à Presidência da República em 2018 — tudo, hoje, parece indicar que sim. Mas as dúvidas e reticências podem ser declaradas extintas em relação a uma questão: qualquer que seja a posição do partido numa aliança, o PT não será o seu parceiro. A sociedade chegou ao fim, embora vá durar por mais algum tempo como cadáver adiado. E este também procria: quanto mais tempo passam juntos, mais rusgas — e rugas — aparecem.

Na entrevista concedida a “Os Pingos nos is”, em novembro do ano passado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), então ainda apenas candidato à presidência da Câmara, deixou claro que o casamento havia chegado ao fim, o que reiterou na terça passada. Fez uma crítica muito dura ao principal parceiro da coligação:

“Em primeiro lugar, o PT faz o governo mergulhar na sua própria agenda e nas suas próprias crises. Em segundo lugar, o PT sabotou muito a articulação política do próprio Michel Temer. Qual é a agenda que o governo tem para cumprir os três anos e meio? O governo não demonstra que agenda ele quer seguir. Eu acho que o PT atrapalha o governo. O PT o empurra para a sua impopularidade. A agenda do PT é conflitante com a dos outros partidos da base. O governo acaba optando pela agenda do PT e mergulhando ainda mais na crise política”.

Nesta quarta, foi a vez de Michel Temer anunciar com todas as letras o divórcio, durante o lançamento da nova página da Fundação Ulysses Guimarães no Facebook. Disse o coordenador político do governo e presidente do PMDB, segundo informa O Globo: “O que está sendo estabelecido é que o PMDB quer ser cabeça de chapa em 2018. Estamos abertos para todas as alianças com todos os partidos”.

Ou quase todos. Presente, Cunha voltou ao tema: “Em 2018, o PMDB seguirá um caminho que não é com essa aliança (PT). O partido tem de recuperar seu protagonismo”. E emendou Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado: “O PMDB tem uma aliança estratégica com o PT, circunstancial, porque ela deveria acontecer em torno de um programa, mas o PMDB está deixando claro, desde logo, que vai ter um projeto de poder, com um candidato competitivo a presidente da República”.

Se petistas gostam de crispar e puxar a corda, a exemplo do que se viu naquele ato de 900 golpistas, na terça, Temer faz questão de dar uma afrouxadinha. Falou em nome das instituições: “O Brasil precisa de otimismo.Não temos que nos impressionar com esses atos e levar adiante a ideia de uma grande pacificação nacional”. Disse que a Operação Politeia é “um assunto extremamente delicado” e que é preciso aguardar os acontecimentos.

Candidatos
Mas o PMDB tem candidato? É evidente que ainda é muito cedo. Mas dá para especular sobre alguns nomes. Comece-se pelo próprio Michel Temer — mas isso também pode depender de ser ele obrigado ou não a assumir o mandato que hoje é de Dilma, não é mesmo? Kátia Abreu, ministra da Agricultura, integra a lista de presidenciáveis do partido, onde se encontra também o prefeito do Rio, Eduardo Paes. E muitos poderiam perguntar: “Por que não o próprio Eduardo Cunha, hoje o peemedebista de maior relevo no país?”.

Muita água ainda passará por baixo da pinguela. Há até a chance de se aprovar uma emenda parlamentarista, o que obrigaria os partidos a rever suas estratégias.

De qualquer sorte, encerro afirmando que a aliança PMDB-PT, de fato, se esgotou. É chegada a hora de o petismo reunir o que lhe resta e buscar liderar as esquerdas no país. A aliança com o PMDB sempre esteve mais para o arranjo do que para um encontro de naturezas.

Por Reinaldo Azevedo

 

Depoimento sobre o bilhete

Depoimento hoje

Marcelo Odebrecht  depõe hoje na sede da PF em Curitiba, a primeira vez que será ouvido desde que foi preso há quase um mês. (leia mais aqui)

A defesa da Odebrecht, porém, está inconformada. Motivo: o empreiteiro será ouvido não para falar dos motivos que o levaram a ser preso.

Mas sobre o imbróglio produzido pelo bilhete que ele mandou aos seus advogados, com instruções, e que foi interceptado pelo carcereiro.

Por Lauro Jardim

 

Preparado para guerra

Cunha: tranquilo?

Eduardo Cunha está sendo mais Eduardo Cunha do que nunca ao tentar ironizar uma possível investida da PF na residência oficial do presidente da Câmara, como fez ontem. É do  seu estilo de partir para o confronto.

A verdade, porém, é que as novas delações premiadas já feitas  na Lava-Jato estão tirando o sono de Cunha já há algumas semanas.

Ontem, por exemplo, passou parte do dia ao telefone com seus advogados, acompanhando a cada hora o andamento do inquérito contra ele no STF.

A vários parlamentares já disse  neste período ter a certeza de que Rodrigo Janot irá indiciá-lo. A todos, Cunha mostra-se preparado para uma guerra.

O fato é que Cunha deve saber das coisas, mas nada acontecerá a ele esta semana. Até amanhã pelo menos, ele poderá dormir até mais tarde.

 

Já na semana que vem…

Por Lauro Jardim

 

Grupo dividido

Racha na frente de esquerda

Os integrantes da frente de esquerda que Tarso Genro vinha organizando estão divididos.

Um grupo defende a ideia inicial de tentar levar o governo para um rumo mais à esquerda e de enfrentamento com o PMDB.

Já o a outra parte quer que a principal bandeira da frente seja a defesa da democracia e a incorporação da tese petista de que qualquer interrupção do mandato de Dilma é golpe.

Por Lauro Jardim

 

Raúl Castro pede para ser “explorado” por “império ianque” e elogia Dilma e o papa, enquanto atletas cubanos buscam refúgio no capitalismo

Fonte: Folha

A cinco dias da data prevista para a reabertura das embaixadas de Cuba em Washington e dos EUA em Havana, o ditador cubano, Raúl Castro, afirmou nesta quarta-feira (15) que seu governo está pronto para romper com “toda nossa história comum” e “fundar um novo tipo de laço entre os Estados”, em que possam “cooperar e coexistir civilizadamente”.

[...]

Apesar do tom amistoso com os EUA, Raúl voltou a cobrar o fim do embargo imposto à ilha. “Não é possível conceber, enquanto se mantiver o bloqueio, relações normais entre Cuba e EUA.”

O ditador disse esperar que o presidente americano, Barack Obama, “continue a usar sua autoridade executiva para desmantelar essa política”. Obama flexibilizou parte das restrições impostas sobre Havana, mas precisa do aval do Congresso, controlado pela oposição republicana, para suspender o embargo de forma integral.

Em primeiro lugar, parabenizo o jornalista que grifou o termo ditador para se referir a Raúl Castro. Não é pouca coisa, num país em que tantos “jornalistas” preferem chamá-lo de “presidente”. Seria o presidente mais popular do mundo, eleito com 100% dos votos! Só o fato de colocar os pingos nos is já merece, portanto, aplausos.

Mas o foco aqui é outro: não deixa de ser engraçado ver comunista implorando para ser “explorado” pelo “imperialismo ianque”. Sim, pela lógica dos próprios comunistas, é exatamente isso que representa participar do comércio com os americanos.

Quando falam em bloqueio americano, para se referir ao embargo, deve vir à cabeça oca dos idiotas úteis que ainda defendem Cuba uma frota naval americana impedindo o acesso de qualquer produto à ilha-presídio caribenha (risos). Na verdade, o embargo é somente a proibição pelo governo americano de empresas americanas praticarem comércio com Cuba, após seu regime tirânico ter expropriado as empresas americanas e apontado mísseis nucleares para o país.

Logo, o que os comunistas reclamam é do fato de empresas capitalistas não terem permissão de buscar o lucro vendendo seus produtos aos cubanos. Não é hilário? Não é… fofo? Os comunistas querem ser explorados pelos consumistas burgueses, de olho em seus pecaminosos dólares! Cuba já tem hotéis espanhóis, empresas brasileiras atuando lá, uniformes da alemã Adidas que vestem o decrépito El Coma Andante, para dar a impressão de porte atlético ao velho assassino, etc.

Enfim, a globalização já é uma realidade para Cuba; falta apenas o “imperialismo ianque” participar. E isso que eles desejam quando pedem o fim do embargo. Todo esquerdinha que condena o embargo americano, portanto, pode nem se dar conta, pois é limitado mesmo, senão abandonaria a esquerda, mas está elogiando o capitalismo, a globalização, o lucro, o consumismo burguês e o imperialismo estadunidense, tudo de uma só vez!

Outro ponto que vale destacar é o tom amistoso com Obama, e os ataques aos Republicanos. Quando isso vem de um ditador assassino que persegue qualquer um que discorda de seu regime, só mesmo uma pessoa desprovida de senso moral pode enaltecer Obama e cuspir nos Republicanos. Se Hitler fizesse elogios a você, isso seria motivo de orgulho ou de vergonha? Se Mao Tse-Tung elogiasse sua postura, você ficaria feliz ou preocupado? Pois é…

E não foi apenas Obama que recebeu alguns afagos do tirano. O papa Francisco e a presidente Dilma também. Francisco, aliás, foi tema da coluna de “Frei” Betto hoje no GLOBO, que era só elogios ao papa que ousou atacar o capitalismo e defender os sem-terra. “Frei” Betto, para quem não sabe, é um camarada próximo dos irmãos Castro, os senhores feudais de Cuba. O papa deveria ficar alerta com o tipo de elogio que tem recebido, vindo de quem vem…

Raúl ainda enviou saudações à presidente Dilma Rousseff e “ao povo brasileiro, que defende importantes avanços sociais e políticas de integração regional diante de tentativas de revertê-los”. Ao povo brasileiro? Talvez o sanguinário ditador não saiba, mas o povo brasileiro está contra o governo Dilma em peso. Só 9% de loucos ou vendidos ainda defendem seu governo, enquanto 68% o rejeitam com vontade. Avanços sociais? O ditador se refere aos 2% de queda do PIB estimados para esse ano, aos mais de 9% de inflação, ou ao desemprego crescente?

Mas eis o que interessa: enquanto o ditador elogiava o presidente americano, o papa Francisco e a “presidenta” Dilma, mais quatro atletas cubanos aproveitavam os Jogos de Toronto para fugirdaquele “paraíso socialista”. Quatro integrantes da equipe cubana de remo desertaram durante os Jogos Pan-Americanos de Toronto, segundo informou nesta quarta-feira o técnico Juan Carlos Reyes à agência de notícia Canadian Press.

Esse tipo de coisa já virou rotina em eventos esportivos. Os cubanos, seduzidos por essa terrível coisa chamada liberdade, existente nos países capitalistas e totalmente ausente na ilha dos Castro, aproveitam a oportunidade para debandar, mesmo deixando muitas vezes a família e amigos ainda reféns do regime opressor. É um grito de desespero, o voto mais relevante que existe: aquele feito com os próprios pés.

Os “intelectuais” e artistas da esquerda caviar adoram Cuba, mas de longe. Ninguém quer realmente viver num país socialista, por isso eles sempre precisam erguer muros para impedir a saída do povo. O socialismo não resiste ao teste do pudim: quem o experimenta, foge apavorado. Mas como a utopia ainda encanta os idiotas úteis que estão longe dela! É impressionante. Mas alguém precisa dizer a verdade: quem ainda defende o socialismo e Cuba em pleno século XXI, não tem um pingo de caráter!

Rodrigo Constantino

 

 

A esquerda pira com jornalista que ‘ousou’ questionar (e irritar) Obama citando americanos presos no Irã. Ui, ui, ui!

Se você acha que só Lula, Dilma Rousseff e a esquerda brasileira não admitem ser confrontados por jornalistas, e dispõem de militantes virtuais para atacá-los, você ainda não conhece a esquerda americana.

A militância esquerdista pirou com o jornalista Major Garret, da CBS, porque mais uma vez ele ousou intervir na coletiva chapa-branca com Barack Obama para fazer essa coisa antiga chamada… jornalismo.

Garret perguntou como o presidente dos Estados Unidos pode estar contente com o acordo nuclear com o Irã se há quatro reféns americanos naquele país, excluídos da negociata.

Veja abaixo como Obama ficou irritado, fazendo-se de ofendidinho, ao mesmo tempo que atacava Garret. Traduzo o vídeo e volto em seguida, com a repercussão do episódio na CNN e na internet.

GARRETT: Obrigado, senhor Presidente. Como você bem sabe, existem quatro americanos no Irã – três deles presos por acusações forjadas e, de acordo com a sua administração, um de paradeiro desconhecido. Você pode dizer ao país, senhor, por que você está contente com todo o alarde em torno deste acordo para deixar a consciência desta nação, a força desta nação desaparecidas em relação a estes quatro americanos? E na semana passada o presidente do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos [corpo de líderes fardados do Departamento de Defesa] disse que sob nenhuma circunstância deve haver algum alívio para o Irã em termos de mísseis balísticos ou armas convencionais. Percebe-se que isso foi uma desistência de última hora nessas negociações. Muitos no Pentágono sentem que você deixou na mão o Estado-Maior Conjunto. Você poderia comentar?

OBAMA: Eu tenho que lhe dar crédito para como você bola essas perguntas. A noção de que eu estou contente, que eu celebro cidadãos americanos definhando em prisões iranianas… Major, isso é um absurdo, e você já devia saber. Eu já me encontrei com as famílias de algumas dessas pessoas. Ninguém está contente, e nossos diplomatas e nossas equipes estão trabalhando diligentemente para tentar tirá-los de lá. Agora, se a questão é por que nós não vinculamos as negociações à libertação deles, pense sobre a lógica que isto cria. De repente o Irã se dá conta: ‘sabe o que mais? Talvez possamos obter concessões adicionais dos americanos, mantendo esses indivíduos presos’.

Obama, que anunciara todo contente o acordo com o Irã, como se fosse uma vitória da diplomacia americana, teve de distorcer a premissa da pergunta de Garret, rejeitando a ideia de estar contente com os quatro americanos presos (da foto abaixo). Depois, alegou que o Irã poderia barganhar mais ainda se ele exigisse a libertação dos reféns, o que só mostra a submissão de seu desgoverno à ditadura de Hassan Rohani.

Até o correspondente da CNN na Casa Branca, Jim Acosta, defendeu o jornalista da CBS, apontando a “fraqueza” do acordo nuclear.

JIM ACOSTA: Bem, [Obama] pode ficar com raiva às vezes, e claramente essa pergunta o irritou. E eu não acho que atacar repórteres vai resolver qualquer problema para o presidente. Isto mostra claramente que há uma fraqueza neste acordo, no fato de que ele não foi capaz de garantir a libertação daqueles americanos detidos no Irã. E vai continuar a ser um ponto de pressão para este presidente, por seus detratores na Colina do Capitólio. (…) Eu não acho que foi uma pergunta injusta, aliás. Eu acho que foi um ponto muito importante, e o presidente escolheu usar essa oportunidade para atacar o Major. Mas, realmente, isto não vai colocar um ponto final nessa questão.

Já no Twitter, o militante de esquerda e apresentador de TV Bill Maher deu mais um exemplo aos MAVs do PT de como reagir a um episódio assim: xingando o jornalista independente e recorrendo à velha acusação de racismo.

 

“Major Garret é um enorme idiota. Se você quer ‘atingir um nervo’ do presidente dos EUA, por que não gritar simplesmente a palavra com ‘N’ [nigger: preto, crioulo, negão]? Isto devia chamar a atenção dele.”

Outro militante ironizou o passado de Garret na emissora líder de audiência, demonizada pela esquerda:

 

“Você pode tirar Major Garrett da Fox News, mas não pode tirar a Fox News de Major Garrett.”

(Que bom.)

O site Soopermexican.com reuniu mais dezenas de tuítes esquerdistas sobre o episódio, mas eu prefiro mostrar outro que resume todos eles:

“Se você está mais furioso com o Major Garrett por questionar Obama sobre reféns americanos que com Obama por deixar os reféns por lá, você deve ser um esquerdista.”

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

 

 

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Fonte: Blog de Augusto Nunes (VEJA)

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