Dilma diz que não vai cair. Ela também disse que não iam subir gasolina, luz, inflação, desemprego, juros…
Dilma diz que não vai cair. Ela também disse que não iam subir gasolina, luz, inflação, desemprego, juros… (por Felipe Moura Brasil, de veja.com)
Tuitadas sobre o noticiário:
- Dilma quer que brasileiros trabalhem 30% menos. Brasileiros querem que Dilma trabalhe 100% menos.
- Ayres Britto diz que situação de Dilma não está boa nem no TSE, nem no TCU: “Eu saúdo a colaboração premiada, muito mais do que a mandioca.”
- Deputado Sibá Machado (PT-AC) sobre as pedaladas fiscais: “nós achamos que o TCU exagerou”. Fazer cumprir a lei é sempre exagero para o PT.
- Folha: Planalto teme convocação de Edinho Silva e Mercadante para CPI da Petrobras. Todo temor do Planalto é uma confissão de culpa do PT.
- Cometer crimes para vencer eleição e depois acusar adversários de querer vencer no tapetão é modus operandi do PT. Mas tapetão é democracia.
- Depois do feminicídio, Dilma é capaz de lançar o femirracismo e o femirracídio para desviar o foco da sua cassação iminente.
- Dilma diz à Folha que não vai cair. Ela também disse que não iam subir gasolina, conta de luz, inflação, juros, desmatamento, desemprego…
- Policial foi morto no “pacificado” Morro do Andaraí na segunda. É o 7º do ano em área de UPP. Média: um por mês. Não: insegurança não é “sensação”.
- Eu votaria contra redução da maioridade penal se todos os esquerdistas contra fossem presos quando os menores impunes reincidissem. Que tal?
- Meu projeto de lei é assim: “Menor impune que reincide no crime gera mandado de prisão para esquerdistas contra redução da maioridade penal”.
- OAB petista divulga que brasileiros são contra doações de empresas a campanhas políticas, como se fossem a favor de financiamento público.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Brasil volta dez anos no tempo
De acordo com dados do próprio governo, o pico do consumo de energia no Brasil no domingo foi de 61 559 megawatt-hora (MWh). E o que isso significa?
Significa que ficou no patamar do consumo de energia verificado por exemplo em 7 de abril de 2005, quando alcançou 60 774 MWh. Ou seja, é como se o Brasil tivesse voltado dez anos no tempo.
Por Lauro Jardim
Sobra loucura e falta método na fala de Dilma; em entrevista à Folha, volta a misturar delação com tortura e desafia: “Não vou cair; venha tentar, venha tentar!”
Polônio, personagem de Shakespeare, via método na loucura de Hamlet, o príncipe destrambelhado. Já fui tentado a apontar certo rigor nas maluquices que Dilma anda dizendo ultimamente. Mas desisti. O conjunto simplesmente não faz sentido e reflete os descaminhos de quem, afinal de contas, não sabe para onde vai nem o que virá. O discurso sobre o papel fundador da mandioca na civilização brasileira entrará como emblema jocoso de um momento em que o país raspa o chão. Há quatro dias, foi a vez de ela fazer poesia com a tocha olímpica, que, segundo disse, “é muito bonita, é verdadeiramente fantástica e vai ser sentida em vários municípios, desde a distante Amazônia, passando pelo Centro-Oeste, até São Paulo, Rio de Janeiro…” Santa Bárbara!!!
Nesse discurso, afirmou que “dentre todos os processos tecnológicos que a humanidade criou, destacam-se a cooperação e o fogo”. O que quer dizer? Nem Prometeu, que roubou do Olimpo o fogo para dar aos homens, seria capaz de explicar. Como diz uma amiga, Dilma anda lendo antropologia antes de dormir. Na melhor das hipóteses. Confesso que intuí ser em outro momento… Adiante. A presidente concedeu uma entrevista à Folha, que está na edição desta terça. A coisa não está bem.
Dilma voltou a atacar a Lei 12.850, que ela própria sancionou em agosto de 2013, que trata da delação premiada. Mais uma vez, associou as práticas hoje em curso com o período do regime militar. Reproduzo a sua fala ao jornal: “Eu conheço interrogatórios. Sei do que se trata. Eu acreditava no que estava fazendo e vi muita gente falar coisa que não queria nem devia. Não gosto de delatores. Não gosto desse tipo de prática. Não gosto. Acho que a pessoa, quando faz, faz fragilizadíssima. Eu vi gente muito fragilizada [falar]. Eu não sei qual é a reação de uma pessoa que fica presa, longe dos seus, e o que ela fala. E como ela fala. Todos nós temos limites. Nenhum de nós é super-homem ou supermulher. Mas acho ruim a instituição, entendeu? Transformar alguém em delator é fogo”.
Vocês sabem que tenho, sim, muitas restrições à Operação Lava Jato e que acho que não se está cumprindo rigorosamente a lei em muitos aspectos, mas a associação que Dilma faz é estupefaciente. Até porque a Polícia Federal é um órgão funcionalmente subordinado ao Ministério da Justiça. Uma coisa é apontar eventuais atropelos à ordem legal, e há; outra, distante, é tratar o que está em curso como atos de exceção de uma ditadura. Se fossem, tratar-se-ia, então, de um ditadura sob a égide do PT.
Num dado momento, afirma um entrevistador da Folha: “Parece que está todo mundo querendo derrubar a senhora”. E Dilma responde:
“O que você quer que eu faça? Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me aterrorizam.”
É uma fala de vários modos imprudente. Em primeiro lugar, ela não vai cair se não houver lei que a derrube. E não se deve afirmar: “Venha tentar, venha tentar”. Quem é o sujeito oculto da frase? Que “você” é esse ao qual Dilma está se referindo? Ela está desafiando a Justiça? Ela está desafiando o Congresso?
Não houvesse temor, não teria convocado uma reunião de emergência com presidentes e líderes de partidos da base, como fez nesta segunda, exortando a todos a defender o governo. Os próprios convocados chamaram o encontro de “reunião anti-impeachment”. Ali se disse que o governo não cometeu ilegalidade nenhuma nas contas em 2014, embora um dos convidados tenha confessado que, hoje, há a avaliação de que o TCU vai, sim, recomendar a rejeição. A presidente tem até o dia 21 para prestar esclarecimentos. Se o tribunal recusar as contas e se o parecer for endossado pelo Congresso, abre-se o caminho para a denúncia por crime de responsabilidade.
Situação igualmente grave é a vivida no TSE, que apura se a campanha de Dilma usou recursos ilegais. No âmbito da delação premiada, homologada pelo STF, o empreiteiro Ricardo Pessoa disse ter repassado R$ 7,5 milhões oriundos do propinoduto da Petrobras para a campanha à reeleição da presidente. E aí? O TSE já cassou mandato por muito menos. Dilma sabe muito bem que está na corda bamba, não é? Se o STF homologou a delação de Pessoa, será que o TSE pode simplesmente ignorar o que diz? Comprovada a doação ilegal, a presidente pode ter cassada a sua diplomação — isto é, perder o mandato. Então conviria que ela deixasse para a lei resolver a questão.
Uma resposta de Dilma não deixa de ter um tom intrigante. Os entrevistadores perguntam o que acontecerá se resolverem mexer com a sua biografia. Ela responde:
“Ô, querida, e vão mexer como? Vão reescrever? Vão provar que algum dia peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles provar. Todo mundo neste país sabe que não. Quando eles corrompem, eles sabem quem é corrompido.”
Duas observações relevantes. A lei não pune apenas quem rouba para si, para o enriquecimento pessoal. O roubo que financia um partido é também criminoso. Logo, Dilma não precisa ter enchido os bolsos de dinheiro. Basta que se demonstre que Pessoa fala a verdade, e ela cai. De acordo com a lei. O segundo ponto: diz ela que, “quando eles corrompem, eles sabem quem é corrompido”.
A presidente tem alguma sugestão?
Dilma perdeu mais uma chance de ficar calada. Quando um presidente da República diz “não vou cair”, é porque sabe que cresceu enormemente a chance de… cair. E a sua biografia de ex-militante de um grupo terrorista não tem nada com isso. Pode perder o mandato por lambança fiscal ou por lambança eleitoral. Ainda não é o pior dos mundos. Se Rodrigo Janot não fosse tão generoso, poderia ser por causa dos descalabros na Petrobras.
Presidente, está sobrando loucura e faltando método.
Texto publicado originalmente às 5h59
Por Reinaldo Azevedo
PSDB dividido sobre impeachment
O PSDB ainda está dividido em relação à interrupção do mandato de Dilma. Embora flertem com a saída via TSE – em que a chapa de Dilma seria cassada – não existe consenso no partido sobre o tema.
No Senado, resistem nomes como José Serra, Tasso Jereissati, Antonio Anastasia e o próprioAécio Neves. Em privado, alguns deles dizem que falta um Fiat Elba para que Dilma possa ser responsabilizada. Os governadores também compartilham desta visão.
Na contramão, está a Câmara. O descolamento da bancada tucana em relação ao restante do partido é crescente. Hoje, os deputados de primeiro mandato são o setor mais radicalizado.
Por Lauro Jardim
“Plano de Proteção ao Emprego”: Dilmãe vira a Dilmadrasta da Branca de Neve. Ou: Novilíngua orwelliana
Que coisa, hein? Dilma Rousseff, que prometeu na campanha eleitoral que, em seu segundo mandato, o Brasil daria início a um novo ciclo de desenvolvimento, assinou nesta segunda uma Medida Provisória que permite a redução de 30% na jornada de trabalho e nos salários. O FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), no entanto, vai compensar metade da perda de renda do assalariado, desde que esse valor não ultrapasse R$ 900,84.
Assim, quem ganha até R$ 6 mil vai trabalhar 30% menos, mas terá uma redução de apenas 15% no salário. A partir de R$ 6 mil, a redução passa a ser maior de 15%. Quem ganhar R$ 8 mil, por exemplo, terá descontados os 30%, o que resultará em R$ 5.600. O FAT vai reembolsá-lo em R$ 900,84. O salário total será, então, de R$ 6.500,84. Nesse caso, a perda será de 18,74%. A partir de R$ 6 mil, quanto maior o salário, maior o percentual descontado.
O governo chegou a essa fórmula depois de conversar com empresários e com centrais sindicais. É claro que há certas condições. Os trabalhadores poderão ter o salário reduzido por seis meses, renováveis por mais seis. As empresas que aderirem ao programa ficam proibidas de demitir no período. Terminada a fase, o empregado que aderiu à redução não poderá ser dispensado por um prazo correspondente a um terço do tempo da adesão. O objetivo, é evidente, é conter a marcha do desemprego, que tem surpreendido até os mais pessimistas.
Ainda que um programa como esse se faça de modo pactuado, é claro que se está diante de um retrato do que a gestão petista provocou no país. É certo que, para o trabalhador, tomado individualmente, é melhor o emprego com uma renda menor do que o desemprego. Para a economia, tanto faz. O que se vai ter é menos dinheiro circulando, o que ajuda a aprofundar a recessão. O Natal de 2015 não será um daqueles de que o trabalhador sentirá saudade.
Para aderir ao programa, a empresa precisa provar que está sendo afetada pela crise e que não se trata ou de má gestão ou, sabe-se lá, de uma forma de cortar custos. O governo calcula que, num cenário de 50 mil adesões, os cofres públicos podem economizar até R$ 68 milhões porque seria mais barato arcar com as compensações do que com o seguro-desemprego, por exemplo.
O nome da medida vem vazado em novilíngua orwelliana: poderia se chamar PRSJ — Programa de Redução de Jornada e Salário —, mas aí ficaria ruim, né? Então, ironicamente, recebeu o apelido de PPE: Programa de Proteção ao Emprego.
Uma redução na renda de, no mínimo, 15% é uma pancada e tanto. Se o programa der certo, o feito ficará colado à biografia de Dilma. Por mais que o trabalhador considere, sim, que é melhor isso ao desemprego, vai associar o período em que ficou mais pobre ao governo daquela que prometeu ser a Dilmãe e entrará para a história como a Dilmadrasta da Branca de Neve.
Por Reinaldo Azevedo
Falta motivo para orgulho patriótico – artigo do GLOBO
Pela primeira vez passei o 4 de julho nos Estados Unidos, e pude verificar “in loco” a importância que os americanos dão ao dia de sua independência. É comovente. Bandeiras para todo lado, fogos de artifício estourando em cada esquina, toda uma nação louvando seus heróis, os “pais fundadores”, e também enaltecendo o papel dos militares nas lutas para preservar a liberdade.
O legado da Revolução Americana é o mais importante na história da liberdade. A famosa passagem da Declaração de Independência de 1776 deixa isso claro: “Consideramos estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade”. Havia ali, pela primeira vez, uma mudança de paradigma que colocava o foco no indivíduo, e tratava o governo como seu servo, não o contrário.
Nenhum país é perfeito. Mas os americanos têm motivos de sobra para se orgulhar de sua trajetória como nação. São a democracia mais sólida do mundo, com uma Constituição inalterada há mais de dois séculos, sofrendo apenas algumas emendas. Estiveram do lado certo na Grande Guerra, enfrentando os nazistas, e depois na Guerra Fria, combatendo os comunistas. Representaram — e ainda representam, com ressalvas — o farol da liberdade no mundo civilizado.
Mas se fiquei emocionado ao ver toda a festa, com sabor especial por ser também o dia do meu aniversário, bateu certa tristeza por outro lado, ao constatar como estamos distantes disso no Brasil. Todo brasileiro sensato, acredito, oscila entre a desesperança e um amor insistente à Pátria. Brasileiro não desiste nunca, diz o ditado popular. Mas como é difícil manter a chama da esperança acesa às vezes!
Leia mais aqui.
Rodrigo Constantino
Qual esquerdista vai pagar psicólogo para menina de 12 anos estuprada por cinco adolescentes, que filmaram tudo?
Hoje o Extra deu o enésimo exemplo disso.
Uma menina de 12 anos foi estuprada por cinco adolescentes no bairro Paiol, em Nilópolis-RJ, no mês passado, quando voltava a pé da escola perto de casa.
Ela teria sido atraída por uma colega para um local conhecido como Fazendinha, onde estavam cinco garotos – apenas um de 18 anos e quatro menores -, que rasgaram suas roupas e a estupraram, inclusive filmando o ato. A colega teria ido embora levando os pertences da vítima.
“Minha filha viu os meninos e tentou correr, mas um deles puxou os cabelos dela e tirou sua roupa”, contou a mãe. “Minha filha foi encontrada por vizinhos, assustada e sangrando. Alguns me contaram que ela gritava muito de tanto medo.”
A irmã da vítima diz que o vídeo do estupro circulou pelos celulares de alguns alunos da escola, aumentando o constrangimento.
“Muitas pessoas lá no colégio ficaram revoltadas com isso”, disse ela.
A menina sexualmente abusada está traumatizada e tem acordado no meio de todas as noites.
“A polícia está fazendo a parte dela. Sei que os envolvidos já estão identificados, mas quero justiça. Muita justiça. Minha filha agora vai andar na rua com medo. Ela não sabe quem é do bem e quem é do mal. Não pode mais confiar em ninguém”, lamentou a mãe.
A esquerda jura defender os pobres, as mulheres e os adolescentes.
Qual esquerdista estuprador(a) do bom senso vai pagar, com o próprio salário, ao menos um psicólogo para a menina de 12 anos de uma área pobre do Rio, estuprada por cinco monstros que a esquerda quer impunes?
Dilma Rousseff? Maria do Rosário? Alessandro Molon? Marcelo Freixo? Jandira Feghali?
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
O disque-propina da Odebrecht
Os procuradores da Operação Lava Jato descobriram que telefonemas trocados entre o executivo da Odebrecht Rogério Araújo e Bernardo Freiburghaus, apontado como operador de propina da empreiteira no exterior, precederam transferências para contas secretas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na Suíça.
A distribuição do dinheiro ocorria em, no máximo, oito dias após cada ligação do disque-propina.
Foram pelo menos 135 ligações entre julho de 2010 e fevereiro de 2013, segundo a Folha; e 15 conversas pelo celular dos dois têm relação com 22 transferências para Costa.
Elas somaram US$ 5,6 milhões entre março de 2011 e novembro de 2012 e tiveram como origem contas em paraísos fiscais (Suíça, Luxemburgo, Ilhas Cayman, Bahamas e Hong Kong).
Para a Procuradoria, segundo o jornal, o cruzamento entre telefonemas e transferências corrobora a delação de Costa, que afirmou ter recebido US$ 23 milhões no exterior, sendo a maior parte da Odebrecht – que, como de costume, nega.
“Detendo Marcelo Odebrecht e Rogério Araújo o controle de tais contas, podem fazer contatos com Bernardo Freiburghaus, foragido do país, para que destrua elementos probatórios.”
Em outras palavras: Marcelo deverá continuar na cadeia, reclamando da falta de luz e ouvindo do carcereiro que “Isso é uma cela. Você está preso”.
O disque-Lula ainda não deu resultado.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil