“Os intocáveis” são presos e a batata de Lula está assando, por RICARDO CONSTANTINO

Publicado em 19/06/2015 18:58
EM VEJA.COM

“Os intocáveis” são presos e a batata de Lula está assando

Lula e Marcelo Odebrecht: que amizade forte!

A força-tarefa da Operação Lava Jatodetectou indícios de que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez estão envolvidas em crimes de formação de cartel e fraude em licitações não apenas em contratos com a Petrobras. A informação foi dada nesta sexta-feira pelo procurador da República no Paraná Carlos Fernando dos Santos. As empresas são alvo da 14ª fase Lava Jato, deflagrada nesta manhã – e que levou para a cadeia os presidentes das duas empreiteiras. Segundo a promotoria, as duas gigantes da construção, sobretudo a Odebrecht, exerciam papel de liderança no chamado clube do bilhão.

Nas palavras do delegado Igor Romário de Souza, os presidentes das duas empresas “tinham dominio de tudo”. “Há indícios de que os presidentes não só tinham domínio de tudo o que acontecia como tiveram contato ou participaram de negociações que levaram a formação de cartel e à destinação de recursos pra pagamento de corrupção.”

O leitor lembra de Bernard Madoff? Bernie, como era conhecido, era um gestor de recursos bilionário. Mas foi pego em uma grande fraude, seus fundos não passavam de um esquema de pirâmide nos moldes de Ponzi (uma espécie de Previdência Social, mas que dá cadeia quando não é feita pelo governo). Pois bem: com todos os seus bilhões, Bernie foi preso, e lá continua.

Eis a grande diferença entre os Estados Unidos e o Brasil: em ambos os países há corrupção, bandidagem, malandragem, mas aqui os que são pegos pagam um alto preço; no Brasil não, ou quase nunca. Essa diferença chama-se “império das leis”, e está no cerne do sucesso americano. Punição para bandidos, independentemente da renda: igualdade perante as leis, válidas para todos. O nobre ideal liberal a ser seguido, ainda que nunca seja plenamente praticado.

Marcelo Odebrecht é, como já disse antes, um dos homens mais poderosos do Brasil da era Lula. O empresário virou um gigante. Um gigante não, pois isso ele já era: um mastodonte, líder de um imenso conglomerado com cerca de 200 mil funcionários e dezenas de bilhões de faturamento, boa parte em transações com o governo. Era visto como um “intocável”, dentro das tradições brasileiras.

Sua prisão é, portanto, simbólica: o estado tenta avançar rumo ao império das leis, apesar dos obstáculos criados pelo governo. O Ministério Público, a Polícia Federal, esses são órgãos de estado, que precisam agir com independência. Colocar um “tubarão” desses atrás das grades é sinal de que há gente séria tentando acabar com a pouca vergonha no trato da coisa pública. Ninguém deve estar acima das leis!

Claro, as investigações precisam continuar e as provas precisam ser contundentes. Os réus terão todo o legítimo direito de defesa, no Brasil até flexível demais, com brechas demais que ajudam os mais ricos. Mas a punição precisa ocorrer se ficar comprovado o delito, se houve corrupção e desvio dos recursos públicos, se ficar configurada a formação de cartel, em conluio com os partidos do governo para saquear a Petrobras e outras estatais.

Aqui vale um alerta já feito antes: a tese de corruptores malvados e políticos incapazes de resistir à tentação não cola. O petrolão jamais teria acontecido sem o aval dos mais poderosos do governo, e é fundamental chegar neles. Não apenas nos diretores da estatal já presos, mas naqueles do andar de cima, os verdadeiros chefes. São esses que transformaram o estado num grande leilão de propinas, e eles precisam pagar.

Tudo isso, portanto, é alvissareiro, mas insuficiente. A polícia precisa chegar nos mandachuvas do governo, nos maiores beneficiados pelo esquema de desvios, naqueles que mandavam nos subalternos presos. Como já escrevi aqui, o Brasil só vai passar a limpo essa sombria fase quando “o chefe” for parar no xilindró. Sim, falo dele, o arrogante que se julga intocável, acima das leis, o que recebeu milhões da mesma Odebrecht agora no centro das investigações.

Lula é seu nome, e os brasileiros decentes sonham com o dia em que acordarão com a notícia estampada nos jornais: Operação Lava-Jato chega ao topo da hierarquia e prende Luís Inácio Lula da Silva. Será que veremos esse dia chegar? Será que o Brasil tem força institucional para dar esse passo e se aproximar do modelo americano? Tomara que sim. Lula, sua batata está assando, pois ninguém deve ficar impune, não importa quantos bilhões tenha no banco e quantos “soldados” do “exército” de Stédile estejam a postos para defendê-lo. A lei deve valer para todos.

Rodrigo Constantino

 

Marcelo Odebrecht aguarda Lula na prisão. Já pediu asilo a Fidel, ‘companheiro’?

Lula já pediu asilo político ao ‘companheiro’ Fidel Castro?

Com a prisão nesta manhã do patrão Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht acusado de pagamento de propinas no exterior em contratos da Petrobras, Lula não apenas perdeu o emprego de lobista internacional da empreiteira, como sentiu o bafo quente da Operação Lava Jato mais perto do que nunca.

Até porque a Polícia Federal prendeu também o executivo Alexandrino Alencar, colocado por Lula entre os integrantes de sua delegação oficial em viagem de 2011 à Guiné Equatorial – lá onde também atuava a Andrade Gutierrez, cujo presidente, Otávio Azevedo, patrocinador de Lula desde a década de 1980, foi igualmente preso nesta sexta-feira.

Alexandrino, comparsa de Lula, sendo levado pela PF

A inclusão de Alencar no grupo causara estranheza no Itamaraty, que pediu informações sobre o caso à assessoria de Lula, porque o nome não estava em lista oficial enviada inicialmente ao ministério. Mas isso nunca foi problema para quem levava até amante em avião presidencial, não é mesmo?

Lula e Alexandrino são conhecidos de longa data, segundo a Folha: no livro “Mais Louco do Bando”, Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, relata uma viagem em 2009 que Alexandrino fez a Brasília com Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração da empresa. Na época, Lula pediu ajuda à Odebrecht para o Corinthians construir seu estádio.

Alexandrino também levou Lula para Cuba, EUA e República Dominicana em janeiro de 2013, como lembrou o Estadão. Com o apoio da empreiteira, o lobista corintiano também viajou a países como Panamá, Venezuela e Angola - e só no Panamá, por exemplo, a Odebrecht abocanhou contratos de US$ 3 bilhões com uma ajudinha de Lula.

A força-tarefa da Lava Jato detectou indícios de que Odebrecht e Andrade Gutierrez estão envolvidas em crimes de formação de cartel e fraude em licitações não apenas em contratos com a Petrobras. (Foi citada também Angra 3.) O procurador da República no Paraná Carlos Fernando dos Santos afirmou que as duas gigantes da construção, sobretudo a Odebrecht, exerciam papel de liderança no chamado clube do bilhão e, de quebra, desmascarou as sucessivas notas oficiais em que os presidentes Marcelo e Otávio, cujos bens foram bloqueados pela Justiça, negavam seus envolvimentos:

“A atitude das empresas de negar sistematicamente pela imprensa a participação nos atos criminosos, de não trazer investigações internas que apontem os responsáveis pelos fatos, indica que estavam envolvidas no negócio como um todo. Não estavam sendo usadas. No caso dessas duas empresas, parece que elas são tão envolvidas nesses atos, que elas não têm como fazer uma apuração interna.”

Mesmo assim, Marcelo Odebrecht, segundo o Estadão, “ficou completamente chocado com a ida dos policiais à sua casa”, o que deveria, na verdade, agravar sua pena.

Em depoimentos de delação premiada, os dois principais delatores do escândalo do petrolão, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, foram enfáticos ao citar dirigentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez como participantes do cartel e responsáveis pelo pagamento de propinas, mas os indícios mais fortes do envolvimento das duas empresas foram conseguidos a partir do rastreamento de contas secretas no exterior.

Ambas pagaram pelo menos 764 milhões de reais em propina e usavam um esquema “mais sofisticado” de corrupção, segundo o procurador do MPF.

Para o juiz Sergio Moro, há indícios de que eles poderiam destruir provas de participação no esquema, o que justificou a prisão de ambos.

É melhor, de fato, que eles aguardem o lobista Lula atrás das grades. De preferência, com duas delações premiadas, para acelerar o processo.

* Relembre as entrevistas deste blog com a Odebrecht e divirta-se:
Se a Odebrecht cair, Lula também cairá?
Propina e lula frita
O fim do silêncio

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

Erga omnes

Não sei se Marcelo Odebrecht é culpado.

Isso é para a Justiça dizer.

Mas se um país em que ninguém está acima da lei é exatamente o que queremos, o dia de hoje, que mal começou, já foi um pequeno grande passo.

A Polícia Federal enviou uma mensagem cristalina ao batizar esta nova fase da Lava Jato: ‘Erga omnes’, uma referência ao fato da lei valer ‘para todos’.

Se as provas existirem e o STF não amaciar, os fatos dos últimos meses têm tudo para ser um divisor de águas no País do ‘você sabe com quem está falando?’ e do ‘mas ele é amigo do Presidente…’

Esta, no entanto, é uma construção diária, e não a obra miraculosa da Lava Jato.

No Twitter, alguém previu: “Lula treme”.  Outro apelidou as diligências da PF hoje de manhã de ‘Operação Apocalipse’.

O nome é forte, mas o País não acabou.

Prenderam uma parte do PIB, mas a República, em vez de cair, se fortaleceu. Só caiu o que, aos olhos do juiz Sergio Moro, não era exatamente republicano.

Talvez seja um bom dia para ‘comprar’ o Brasil: os múltiplos de ‘Price-to-Fairness’ e ‘EV/Accountability’ tão com pinta de que vão melhorar.

Por Geraldo Samor

 

Inflação em alta e PIB em baixa: essa será a pá de cal do lulopetismo

Primeira notícia:

Considerado uma prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu para 0,99% em junho ante maio, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira. Segundo o instituto, é o maior índice para os meses de junho desde 1996, quando chegou a 1,11%.

No acumulado do primeiro semestre deste ano, a taxa ficou em 6,28%, bem acima da verificada no mesmo período do ano passado, de 3,99%, e a maior desde 2003, quando atingiu 7,75%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice variou para 8,80%, o maior resultado desde dezembro de 2003, quando registrou 9,86%.

Além de estar em patamares mais elevados do que o verificado nos últimos anos, a aceleração do IPCA-15 mostra que o empenho do governo em segurar os preços, como a escalada dos juros, ainda não começou a surtir os efeitos almejados. A taxa está bem longe do centro da meta definida pela equipe econômica do governo, de 4,5%, e do teto dela, de 6,5%.

Segunda notícia:

Após encolher 0,2% nos três primeiros meses do ano, o nível da atividade econômica brasileira iniciou o segundo trimestre com uma contração ainda maior e acima da projetada por analistas de mercado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,84% em abril ante março na série dessazonalizada, informou o Banco Central nesta sexta-feira. O indicador só reforça o cenário de crise econômica marcada pela debilidade da indústria e do desaquecimento do comércio.

O resultado de abril foi bem pior do que a mediana das expectativas feitas por analistas, que apostavam em uma queda de 0,40%, segundo pesquisa feita pela agência Reuters. A projeção indica que a economia brasileira poderá entrar em recessão neste ano, já que duas quedas consecutivas no desempenho do PIB se configura na linguagem dos economistas como “recessão técnica”.

No comparativo com abril de 2014, a queda foi de 3,29% na série dessazonalizada, e de 3,13% na série observada. No acumulado do ano, o encolhimento foi de 2,48%; e no acumulado dos últimos doze meses, de 1,38%.

O que dizer? O que comentar? É o PT destruindo a economia brasileira. Essa crise é totalmente produzida pelo governo, por seus equívocos, por sua ideologia desenvolvimentista. Não tem ligação com uma suposta “crise internacional”, como alega a presidente Dilma. Esse é o resultado do intervencionismo, do voluntarismo, do nacional-desenvolvimentismo do governo petista, começado ainda na era Lula e agravado por Dilma. É o retrato do populismo de quem fomentou apenas o consumo com base no crédito de olho nas próximas eleições.

Adoraria crer que fatores éticos serão fundamentais para derrotar o PT de uma vez por todas, mas sou obrigado a concordar com Maurício Coelho e Cristiano Penido, autores de um livro de como derrotar o PT. Eles fazem eco ao velho mantra do assessor de Clinton: é a economia, estúpido! Não que os valores sejam irrelevantes, pois não são. Mas é que quem deveria repudiar o PT por seus desvios éticos já o faz. Quem restou “pendurado” na broca, apoiando essa corja incompetente, ou é vendido e imoral, ou é ignorante e tem medo de perder “conquistas” dos últimos anos.

Para essa gente, a crise econômica será o grande despertar, o soco na cara para a realidade. O PT não é o responsável por “conquistas sociais”, e sim pela desgraça econômica que está apenas começando. A inflação come o salário por um lado, e a queda da atividade ameaça o emprego por outro. É a combinação mais temida em economia, fruto da estupidez de quem ainda acha que é preciso gerar um pouco mais de inflação para ter mais crescimento. Eis o resultado: muita inflação e “crescimento” negativo. Será essa a pá de cal do lulopetismo.

PS: A longo prazo, julgo fundamental atacar a esquerda no campo cultural, dos valores, e não achar que tudo se resume à economia, pois não é verdade. Também acho que crise econômica por si só não derruba necessariamente governos, vide Venezuela e Argentina. Mas acho que, no Brasil, o PT ainda não consolidou o suficiente o controle da máquina estatal toda, como vem tentando. E por isso será derrotado nas urnas, basicamente pelo estrago que fez na economia.

Rodrigo Constantino

 

Sindicatos são antros de bandidos bancados com nossos impostos!

Paulo Vermelho: o perfil de um sindicalista. Fonte: GLOBO

Já escrevi aqui sobre as máfias sindicais e o vergonhoso imposto arrecadado à força dos trabalhadores brasileiros para sustentar essa cambada de parasitas. Emreportagem hoje no GLOBO, conhecemos melhor o perfil do provável líder das depredações no Sindicato dos Comerciários. O homem é da Força Sindical, e seu apelido é Paulo Vermelho. Nada mais adequado, já que esses sindicatos não passam de antros de bandidos ligados à esquerda e sustentados com nossos impostos. Diz o jornal:

Entre os 202 presos na madrugada de quarta-feira por atos de vandalismo na sede do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio, há um homem que vem sendo investigado de forma especial pela Polícia Civil. Trata-se de Paulo Rogério Rodrigues, mais conhecido como Paulo Vermelho, acusado de envolvimento em crimes relacionados a disputas eleitorais dentro de entidades de classe de São Paulo. Assessor da Força Sindical, ele trabalha na organização de pleitos, segundo a central. No entanto, líderes e advogados trabalhistas ouvidos pelo GLOBO dizem que Vermelho é conhecido por recrutar os chamados “bate-paus” — vândalos que usam de violência para garantir a vitória das chapas que os contratam. O grupo responsável pelo quebra-quebra de quarta-feira veio do bairro paulistano de Itaquera em seis ônibus alugados.

Em um processo que corre na Justiça paulista, Vermelho é acusado de comandar cem homens numa invasão à sede do Sindicato dos Gráficos, em 29 de agosto de 2011. Na época, a direção da entidade pretendia se desfiliar da Força Sindical, central ligada ao deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho de Força, que era filiado ao PDT, e se associar à Central Única dos Trabalhadores (CUT), vinculada ao PT. Depois da confusão, a mudança nunca aconteceu.

[...]

No Rio, Vermelho foi autuado por roubo, dano, resistência, desacato, desobediência e organização criminosa por conta do ataque ao Sindicato dos Empregados no Comércio. Segundo a 5ª DP (Mem de Sá), o objetivo dos vândalos era destruir as urnas e as cédulas de votação — eles não conseguiram alcançá-lo porque foram impedidos por vigilantes armados. Porém, fizeram um quebra-quebra nos oito andares da sede da entidade, no Centro.

O editorial do jornal comenta brevemente os esquemas que dominam os sindicatos no país:

 

Sem dúvida, uma mina de ouro para bandidos, e uma avenida política para demagogos de esquerda, que tentam monopolizar nos discursos as boas intenções para com os trabalhadores, enquanto, na prática, prejudicam justamente os mais pobres. Outra evidência de que só dá bandido nesses sindicados está na declaração de um taxista sobre regulamentação do aplicativo Uber:

“Não temos como conter a categoria”, “vai ter morte”. As declarações são do presidente do Simtetaxis (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi de SP) em audiência na Câmara dos Deputados para discutir a regulamentação no Brasil do aplicativo Uber, que disponibiliza corridas pagas com motoristas particulares.

Antônio Raimundo Matias dos Santos, conhecido como Ceará, esteve em Brasília nesta quinta-feira (18) para pressionar os deputados federais contra a liberação desse serviço –visto como concorrência desleal pelos taxistas.

O “recado” dele, mais tarde, foi reforçado por outro representante da categoria, que voltou a falar na possibilidade de essa disputa por passageiros resultar em violência.

“Eu quero dizer aos nobres deputados para que tomem providências porque, se não tomarem, não temos como conter a categoria”, disse Ceará, presidente do Simtetaxis.

“Pode ocorrer sim uma desgraça porque os motoristas estão revoltados. Um grupo veio falar comigo para dizer que, se a lei não fiscalizar esses clandestinos, eles vão tomar uma atitude. Hoje ele [Santos] deu o recado”, disse Natalício Bezerra, presidente do Sinditaxi (Sindicato dos Taxistas Autônomos de SP), também presente na audiência.

Eis a linguagem dessa gente: a ameaça, a intimidação, a violência. E nós ainda somos obrigados a sustentar essa turma! Até quando o brasileiro trabalhador vai aceitar passivamente esse nefasto imposto sindical? Adesão a sindicatos deve ser algo totalmente voluntário, assim como seu financiamento. Chega! Sindicatos são antros de bandidos. É indecente e imoral jogar a fatura para os pobres trabalhadores!

Rodrigo Constantino

Renan recebeu 30 milhões de reais de propina, diz delator. Lindbergh e Luiz Sérgio, do PT, 10 milhões cada

Um inquérito da Polícia Federal obtido pela IstoÉ detalha um esquema que desviou R$ 100 milhões dos fundos de pensão Postalis e Petros, ou seja, dos cofres da previdência dos funcionários dos Correios e da Petrobras.

“Parte do dinheiro, segundo a PF, pode ter irrigado as contas bancárias do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do deputado federal e ex-ministro de Dilma, Luiz Sérgio (PT-RJ), atualmente relator da CPI do Petrolão.

Prestes a ser enviado ao Supremo Tribunal Federal, devido à citação de autoridades com foro especial, o inquérito traz depoimento de um funcionário do grupo Galileo Educacional, empresa criada pelo grupo criminoso para escoar os recursos dos fundos. Segundo o delator identificado como Reinaldo Souza da Silva, o senador Renan Calheiros teria embolsado R$ 30 milhões da quantia paga, Lindbergh R$ 10 milhões e o deputado Luiz Sérgio, o mesmo valor.”

Aparentemente, eles também tinham uma Pátria Educadora para chamar de sua:

“Para desviar os recursos dos fundos de pensão, os acusados, segundo a investigação da PF, montaram o grupo Galileo Educacional a fim de assumir o comando das Universidades Gama Filho e UniverCidade, ambas no Rio de Janeiro, que passavam por dificuldades financeiras. Para fazer dinheiro, o grupo Galileo lançou debêntures que foram adquiridas pelo Postalis e pelo Petros. De acordo com a PF, a operação foi feita apenas por influência política e sem nenhum critério técnico. O dinheiro, em vez de ser aplicado nas universidades, teria sido desviado para um emaranhado de empresas e depois, segundo o delator, remetido a Renan, Lindbergh e Luiz Sérgio. Em pouco menos de um ano, o MEC descredenciou boa parte dos cursos de ambas universidades e os fundos arcaram com o prejuízo.

Nas seis páginas de denúncia, o delator cita, além dos parlamentares, os supostos operadores desses políticos e de seus partidos, imbricados numa rede de empresas de fachada que teriam servido para lavar os recursos dos fundos de pensão. Até agora, PF e Ministério Público já ouviram mais de 20 pessoas, pediram o indiciamento de algumas delas e chegaram a cogitar prisões cautelares e a apreensão de passaportes. “Os envolvidos montaram todo um simulacro com aparato administrativo, financeiro e jurídico para angariar recursos em uma estrutura que não tinha qualquer comprometimento com a proposta educacional”, afirma o delegado Lorenzo Pompilio, que comanda o inquérito. Em relatório encaminhado ao MPF, ele fala em ‘ciclo criminoso’, considerando a incursão dos acusados nos crimes de peculato, formação de quadrilha e estelionato. Segundo o delegado, as atas de reuniões, assembléias, contratos e outros registros financeiros indicam “ações delineadas e orquestradas a pretexto de desenvolvimento de atividade acadêmica’, mas que tinham o único intuito ‘captar recursos que desapareceram’.”

Quanta vigarice se faz em nome da Educação “nêsti paíf”, não é mesmo?

Após a explicação detalhada do esquema, a revista informa que a função do deputado Luiz Sérgio agora “é evitar constrangimentos a Lindberg, que já é alvo de investigação no Supremo por suposto envolvimento no Petrolão” e admitiu ter recebido 2 milhões de reais por intermédio de Paulo Roberto Costa em 2010.

Em outras palavras: o relator da CPI é o ‘papai’ de Lindberg.

Já estou aguardando o ex-cara pintada declarar mais uma vez que “de fato, você pode até dizer que é impróprio, só que não é ilegal” – e soltar de novo a sua foto com cara de filho se fazendo de bonzinho para mamãe não colocá-lo de castigo.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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