Trinta e cinco anos depois de Lula, Dilma também paralisa a GM. Ou: A obra dos companheiros
Trinta e cinco anos depois de Lula, Dilma também paralisa a GM. Ou: A obra dos companheiros
Só Luiz Inácio Lula da Silva havia conseguido antes este prodígio, no tempo em que era sindicalista e o Brasil crescia a taxas com as quais o governo petista não pode nem sonhar: parar toda a General Motors do Brasil. Isto mesmo: o governo Dilma, assim, iguala o seu feito ao do então sindicalista: paralisar toda a produção de uma montadora. No fim da década de 70, Lula se limitava a cobrar melhores condições de vida para os trabalhadores. No início da década de 80 — e o PT foi criado em 1981 —, as greves já faziam parte de uma estratégia de tomada de poder.
E eles tomaram. No 13º ano de governo, para corrigir a soma de besteiras feitas nos 12 anteriores, o país tem de mergulhar na recessão, com doses cavalares de juros, e a produção despenca. O emprego, naturalmente, vai junto.
Nesta segunda, as linhas de montagem de São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS) da GM colocaram 6.200 metalúrgicos em férias coletivas. Os 5.500 da sede da empresa, em São Caetano, no ABC paulista, já estavam parados desde o dia 11. E nada indica que a situação vai melhorar. Os especialistas são unânimes em afirmar que os efeitos da recessão ainda não chegaram com toda força ao mercado de trabalho.
A economia brasileira caminha para uma séria encalacrada. A dificuldade que tem o governo para emplacar seu ajuste fiscal passa a impressão de que, sei lá, Joaquim Levy está sendo draconiano. O pior é que não está. Para equilibrar as contas, o superávit primário teria de ser muito maior. O resumo de um especialista como Celso Pastore, em entrevista à Folha, é o seguinte: a retomada do crescimento será muito mais lenta do que se imagina.
Mais uma vez, o mercado voltou a elevar a expectativa de inflação para este ano: 8,79%. O grupo que mais pressiona a taxa é o de alimentos, o que vai bater diretamente no bolso dos mais pobres: há cinco meses, ele sobe pelo menos dois pontos acima da renda nominal dos trabalhadores: no acumulado dos últimos 12 meses, ficou em 8,19%, contra uma evolução nominal da renda de 6,28%.
A política recessiva tem um efeito paralisante sobre o consumo, que era a âncora da festa petista. Segundo o Banco Central, o nível de endividamento das famílias é o mais alto em dez anos.
Qual é a alternativa? Pois é… Na entrevista que concedeu a Jô Soares, que foi ao ar na sexta-feira, a presidente Dilma falou de um país no qual, certamente, boa parte dos brasileiros gostaria de viver. Mas que só existe, hoje, no discurso e na imaginação dos petistas.
André Torretta, presidente da consultoria A Ponte Estratégia, especializada na classe C, informa ao Estadão que a água, luz e supermercado agora abocanham uma parcela bem maior da renda desse grupo. Por isso, a nova classe média vem cortando supérfluos: iogurte, bolacha recheada, hambúrguer na praça de alimentação e cinema aos fins de semana. O carro, conquistado em suaves prestações, não raramente fica na garagem por causa do combustível caro. A intenção de consumo das famílias está no menor nível em cinco anos.
O que impressiona, meus caros, é que nada disso se fez da noite para o dia. Os prudentes advertiam para a insustentabilidade do modelo petista desde o segundo mandato do governo Lula. Os visionários vislumbravam os pés de barro do arranjo desde o primeiro. Mas a soma de delírio de poder, má-fé e ideologia rombuda impediu que se fizesse a coisa certa.
Agora o que temos é isso aí. E a alternativa pode ser pior. Se o mercado perceber que o governo afrouxa no ajuste — e a pressão do desemprego pode levar a esse afrouxamento —, o país corre o risco de perder o grau de investimento. E, aí sim, a gente vai ver o que é dificuldade.
No início de sua carreira política, Lula parou a GM. No fim de sua carreira política, o modelo lulista… parou a GM. Antes, ele queria o poder; agora ele é o poder.
Por Reinaldo Azevedo
DELINQUÊNCIA POLÍTICA – Em congresso do partido, petista incita black blocs a voltar às ruas contra os “ricos”
Muitos de vocês já viram. Mas faço questão de deixar aqui o registro. Vejam este vídeo.
Quem fala é o petista Sérgio Manberti, ator. O homem se deu bem no mundo da burocracia companheira. Durante o governo Lula, ocupou os seguintes cargos: diretor da Secretaria de Artes Cênicas, da Secretaria de Música, da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural e da Secretaria de Políticas Culturais. Exerceu ainda a Presidência da Fundação Nacional das Artes FUNARTE.
Vocês o veem acima durante 5º Congresso do PT, realizado no último fim de semana, na Bahia. Não me espanta que ele ache que as ruas têm de ser monopólio da esquerda; não me espanta que ele classifique de “ricos”, em tom de desdém, os milhões que protestaram contra o governo. Não me espanta nem mesmo que ele se solidarize com João Vaccari Neto e se diga atingido por sua prisão. Vai ver endossa os métodos do “companheiro”
Mas é, sim, chocante que ele convoque os black blocs a voltar às ruas. E foi, como se pode ouvir, muito aplaudido.
Eu nunca tive duvidas sobre o caráter político dos brucutus de preto. É evidente que eles sempre serviram à esquerda. Mamberti quer saber por que eles não estavam nas ruas para promover tumulto, para espancar pessoas de bem, para expulsar das ruas quem quer fazer um protesto Legítimo, pacífico.
Como esquecer que Gilberto Carvalho, então secretário-geral da Presidência, confessou que manteve vários encontros os black blocs. Mamberti, à seu modo, explica por quê e para quê.
Por Reinaldo Azevedo
Dilma Rousseff desmonta o Brasil. Para remontar, só com delação de Ricardo Pessoa e rejeição de contas no TCU
Uma imagem do site de VEJA, neste momento, sintetiza o resultado do desgoverno de Dilma Rousseff na economia brasileira:
Só notícias maravilhosas, não é mesmo? As matérias estão aqui, aqui, aqui e aqui.
O mercado agora prevê que a inflação será de 8,79% em 2015. Uma semana atrás, a projeção era de 8,49%. O horário eleitoral de Dilma disfarçado de “Programa do Jô”, incrivelmente, não reduziu a inflação. O Brasil piora a cada dia que Dilma permanece no poder.
Mas há luz no fim do túnel. Lá no finzinho.
Dois caminhos para a derrubada legal (muito legal) de Dilma poderiam ser abertos nos próximos dias, se os responsáveis cumprissem seu papel.
Ambos estão no Globo:
1) “O ministro Teori Zavascki, do STF, deve decidir ainda esta semana se homologa ou não o acordo de delação premiada firmada entre o Ministério Público e o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e Constran. Segundo uma fonte ligada ao caso, a proposta de acordo já está ‘na mesa’ do ministro e cabe a ele, agora, dar a palavra final sobre o assunto. As revelações do empresário podem dar um novo impulso à investigação da Lava Jato”.
Ricardo Pessoa é o maior homem-bomba para o PT. Suas revelações podem dar um novo impulso à saída de Dilma Rousseff. Aos procuradores da Lava Jato, ele declarou que pagou:
- 7,5 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff, em 2014.
- 2,4 milhões de reais à campanha de Lula, em 2006.
- 2,4 milhões de reais à campanha de Fernando Haddad, em 2012.
- 3,1 milhões de reais à empresa de consultoria de José Dirceu.
Teori “Da Conspiração” Zavascki vai assinar logo a homologação ou vai conspirar mais uma vez contra o Brasil?
2) “A dois dias da votação, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) está dividido em relação às contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. A controvérsia, marcada pelas chamadas ‘pedaladas’ fiscais, pode levar a um empate, com quatro votos a favor da aprovação e quatro pela reprovação. Nesse caso, a decisão é do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, que só vota para desempatar. O julgamento será quarta-feira.
Estariam dispostos a votar pela aprovação das contas de Dilma os ministros Walton Alencar, Benjamin Zymler e José Múcio Monteiro. Os ministros Augusto Nardes, relator do processo no TCU, Bruno Dantas e Raimundo Carreiro estariam inclinados a opinar pela reprovação, enquanto Ana Arraes e Vital do Rego ainda não deram uma sinalização mais clara sobre seus votos. O presidente do TCU votará se houver um empate, e não sinalizou ainda qual é seu entendimento.”
Esperamos que a investigação da Lava Jato sobre o filho de Aroldo Cedraz não influencie seu voto. A rejeição das contas por causa das pedaladas fiscais facilitaria o caminho para o devido processo criminal e, com sorte, o impeachment de Dilma Rousseff.
Enquanto isso, quer dizer, enquanto a maior montadora do Brasil paralisa toda a produção de veículos, Dilma segue desmontando o país.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
A palavra ‘corrupção’ não aparece entre as mais de 9 mil desperdiçadas por Jô Soares e Dilma na conversa de comadre ufanista
Pelos padrões da TV, 70 minutos são uma eternidade — e foi essa a duração da conversa entre Dilma Rousseff e Jô Soares. Sobrou tempo até para o diálogo de hospício reproduzido abaixo, transcrito da íntegra da entrevista publicada pelo Portal do Planalto:
Jô Soares: Presidente, a gente não falou ainda, mas é fundamental que a gente fale. Em 2012 você mudou o comando da Petrobras. É que você já pressentia que havia algo de podre no reino do petróleo?
Presidenta: Olha, ô Jô, quero te dizer o seguinte: eu não tinha…Não eram pessoas da minha confiança. Quando você sobe ao governo, você coloca as pessoas da sua confiança. Bom, a Petrobras não é um barquinho que você vira rapidamente, não é? Então, passou um ano e eu troquei a diretoria toda e coloquei uma diretoria da minha confiança, foi isso que eu fiz.
Jô Soares: Agora, o pré-sal, eu cheguei a lamber uma pedra do pré-sal…
Presidenta: Eu te mostrei ela.
Jô Soares: É, ficou de me mandar uma e não mandou.
Presidenta: Vou mandar, vou mandar. Prometi, agora eu vou mandar.
Jô Soares: Não, porque agora prometeu no ar. Tem cheiro de querosene, não é?
Presidenta: É.
Jô Soares: E eu lambi e senti que tinha gosto de sal, mas eu acho que foi a minha imaginação. A pedra está aí, não, não é? Deve estar no…
Presidenta: Não, a pedra está no Planalto.
Jô Soares: É uma pedrona.
Presidenta: Uma pedra.
Jô Soares: Tem gente que não sabe que o pré-sal já está funcionando, com mais de 500 mil barris/dia.
Presidenta: Bem mais. O pré-sal…
Jô Soares: Já me perguntaram quando é que vai funcionar o pré-sal. Quando funcionar, o preço do petróleo vai estar tão baixo que não vai mais compensar. Eu queria que você explicasse um pouco sobre isso, porque isso é uma falta de informação em vários níveis, porque as pessoas acham: “Ah, isso aí não vai dar em nada, o pré-sal não vai dar em nada”. Não têm ideia de que já está produzindo.
Presidenta: Olha, para você ter uma ideia dessa questão: não só está produzindo, como a Petrobras ganhou o “Oscar” na área de… este ano, a Petrobras ganhou o Oscar na área de óleo e gás.
O besteirol acima consumiu quase 400 das mais de 9 mil palavras ditas em parceria por Jô e Dilma. Mas na montanha de consoantes e vogais não aparecem uma única vez expressões inevitáveis numa entrevista com a presidente do Brasil do Ano da Graça de 2015. Corrupção, por exemplo. Ou Petrolão. Ou pelo menos escândalo.
Até bebês de colo e índios de tribos isoladas hoje associam a Petrobras a essas palavras — além de roubalheira, ladroagem e outras bem menos gentis. A entrevistada, previsivelmente, tentou driblar todas. O entrevistador, lastimavelmente, também. Dilma mentiu em todas as respostas. Jô não contestou nenhuma.
Ele sabe que a estatal foi saqueada por uma quadrilha parida pelo padrinho Lula e amamentada pelo governo Dilma. Achou mais relevante contar que já lambeu uma pedra do pré-sal. Ele sabe que o maior esquema corrupto da história engoliu bilhões de dólares. Preferiu celebrar milhares de barris imaginários.
Foi assim que o que deveria ter sido uma entrevista acabou virando conversa de comadre ufanista.
(por Augusto Nunes)
Máfias sindicais: a hora de acabar com o nefasto imposto sindical
A reportagem exibida ontem no Fantástico mostra uma realidade que muitos brasileiros, mais esclarecidos, já conhecem faz tempo: os sindicatos se transformaram em antros de corrupção, em esquemas de desvio de recursos dos pobres trabalhadores para os ricos sindicalistas, pelegos que colam no governo em troca de benesses, que levam uma vida de nababos capitalistas enquanto repetem um discurso socialista para os incautos:
A missão de um sindicato é lutar por benefícios para os trabalhadores. Certo? Mas em vários lugares do país, não é isso o que vem acontecendo. Esses sindicatos são controlados por dirigentes corruptos, e no fim, o dinheiro sai do bolso do trabalhador e vai direto para o bolso deles.
Mesmo que você não seja sindicalizado vai se indignar e muito com essa história, porque pessoas que agem como donos de sindicatos usam dinheiro do trabalhador para ganhar poder e fazer fortuna.
“O diretor falou para ele: ‘Olha, se você fizer alguma coisa contra a gente, a gente incrimina você e não precisa nem de prova, prova a gente cria, porque a gente compra todo mundo”, diz uma pessoa que preferiu não se identificar.
Rio de Janeiro. Sindicato dos Comerciários, mas pode chamar de casa dos Mata Roma. Este é o sobrenome da família que mandava por lá havia quase 50 anos. Mandava e desmandava.
“Não era funcionário, não era presidente, não era vice-presidente ou diretor. Eles eram o dono do sindicato”, conta um funcionário.
[...]
Uma auditoria contratada pela Justiça investigou a contabilidade entre os anos de 2009 e 2014 e descobriu um rombo de R$ 100 milhões. O valor reúne as diferenças encontradas nas contas do sindicato, despesas suspeitas com advogados, dívidas em impostos, juros e multas e outros gastos.
[...]
O problema no Rio é um problema em todo o país. Hoje o Brasil tem quase 11 mil sindicatos de trabalhadores. A Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical, do Ministério Público do Trabalho, tem quase 4 mil investigações abertas.
Em Recife, uma audiência para definir a eleição do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes acabou com tiros disparados em frente à Procuradoria. No Mato Grosso do Sul, um grupo liderado por entidades sindicais tentou invadir a sede do Ministério Público do Trabalho, na cidade de Três Lagoas. E em São Paulo, a disputa por poder e dinheiro foi levada às últimas consequências.
Ou seja, estamos lidando com verdadeiras máfias sindicais, num país que, com a chegada do PT ao poder, tornou-se uma República Sindical. Os pelegos se espalharam por toda a máquina estatal, e a arrecadação dos sindicatos, por meio de um nefasto imposto cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, alimenta a farra da corrupção. Não vamos esquecer que o fascismo nada mais é do que a união entre grandes grupos empresariais, governo e sindicatos poderosos.
A lógica é tão simples assim: se os sindicatos existem mesmo para defender os interesses dos trabalhadores, então por que a adesão e o financiamento não são totalmente voluntários? Eis a pergunta básica que deve ser feita. Uma vez um desses líderes sindicais respondeu dessa forma: os trabalhadores não pagariam a contribuição pois não sabem da importância dos sindicatos para eles!
Resumo da ópera bufa: é preciso usar a coerção estatal para extrair à força do pobre trabalhador a contribuição sindical, que ele, por conta própria, não sabe como lhe faz bem! E essa palhaçada já dura décadas, nascida lá atrás, na era Vargas, do populista que só perde para Lula em termos de demagogia.
Por falar em Lula, eis um “sindicalista” que fez falta na reportagem do Fantástico. A Globo podia mostrar o estilo de vida nababesco do ex-presidente, que começou sua “carreira” política nos mesmos moldes desses sindicalistas safados: explorando a ignorância alheia, fazendo discursos repletos de bravatas sensacionalistas, jogando trabalhador contra patrão, como se a verdadeira luta de classes fosse essa, e não aquela entre patrão e trabalhadores contra sindicalistas pelegos e governantes corruptos!
Que toda essa podridão vindo à tona sirva ao menos para reflexão dessa gente, acostumada a repetir que o patrão é um explorador e que os sindicatos protegem os trabalhadores. Não! Os sindicatos protegem os sindicalistas!
Rodrigo Constantino
Enquanto presos políticos fazem greve de fome na Venezuela, Dilma recebe braço-direito do ditador Maduro
Primeira notícia:
O dirigente opositor venezuelano Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular (VP), completou ontem três semanas de greve de fome, iniciada para exigir, principalmente, a liberdade dos mais de 80 presos políticos no país e a definição da data em que serão realizadas as próximas eleições legislativas, este ano, além do fim da perseguição e da censura. López está detido desde fevereiro de 2014 na prisão militar de Ramo Verde, e a deterioração de seu estado de saúde preocupa a família, a oposição venezuelana, Igreja, governos estrangeiros, movimentos sociais, organizações internacionais e até mesmo o Vaticano. As pressões internacionais e gestos de solidariedade são cada vez mais intensos. Segundo meios de comunicação locais, pelo menos cem venezuelanos, entre eles vários presos, somaram-se à greve de fome lançada por López. Seus familiares, após três semanas de isolamento (o dirigente foi castigado por ter um celular em sua cela), foram novamente autorizados a entrar na prisão no fim de semana passado.
[...]
— Precisamos da ajuda internacional, principalmente de países como o Brasil, para que possa ser alcançada uma saída pacífica para esta crise. Nossas demandas são democráticas e sensatas — defendeu Vecchio.
— O Brasil deve entender que esta perseguição tem um lado político e outro humanitário. Esta campanha não pode ser justa se Maduro prende opositores — enfatizou Vecchio. — Fazemos um chamado ao governo Dilma: o Brasil pode ajudar para que a saída seja pacífica.
A mãe de Leopoldo endossa o chamado:
— Na Cúpula das Américas, ela (Dilma Rousseff) disse que não podem existir presos políticos numa democracia. Esperamos que a presidente brasileira faça uma intermediação.
Segunda notícia:
Nos últimos dias, Adriana e Diana López, irmãs de Leopoldo López, recolheram quase 32 mil assinaturas a favor de uma inspeção internacional nas prisões venezuelanas. Ambas solicitam audiência a autoridades da Organização de Estados Americanos (OEA) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul). Ao GLOBO, Adriana, que vive nos EUA, denunciou que “os mais de 80 presos políticos venezuelanos estão sendo tratados de forma desumana”. Um dia após a mãe, Antonieta, ter visitado López depois de três semanas de isolamento, Adriana assegurou que ele está “muito magro, perdeu musculatura, mas continua sereno e disciplinado”.
Terceira notícia:
A presidente Dilma Rousseff recebeu, sem registrar na agenda oficial, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, na sexta-feira (12) no Pálacio da Alvorada.
Apesar de o Planalto ter evitado noticiar o encontro, a reunião ganhou destaque no site do Legislativo venezuelano, que exibiu neste sábado (13) imagens de Dilma ao lado do segundo nome mais importante do chavismo.
Cabello esteve no Brasil comandando uma “comitiva de alto nível enviada pelo presidente Nicolás Maduro”, segundo descrição do site venezuelano.
Dilma, como sabemos, recusou-se a receber as esposas dos presos políticos, que tentaram audiência com o governo. Pois é, caro leitor, fica bem claro de qual lado está o governo Dilma nessa história toda. Se fosse neutro já seria indecente, imoral. Mas nem isso é. Toma partido, e toma o partido errado, do ditador venezuelano, do tiranete que persegue opositores, que prende pessoas por criticarem seu governo fracassado. Greve de fome? Isso não sensibiliza o PT quando não é algum terrorista ou bandido fazendo.
Esqueceram da reação de Lula ao visitar Cuba durante a morte de um preso político que fazia greve de fome? O ex-presidente comparou o dissidente político, cujo único “crime” fora discordar do regime ditatorial de Fidel, aos bandidos comuns presos em São Paulo! É assim que o PT reage aos que lutam contra as ditaduras dos seus camaradas. E ainda tenta vender a imagem de que defende a democracia!
Quem ainda consegue fingir que os petistas têm verdadeiro apreço pelo regime democrático? O que fizeram no congresso de Salvador semana passada? Ovacionaram por minutos o ex-tesoureiro do partido, preso e acusado de corrupção. O PT oficialmente, na voz de seu presidente, e endossado pelos membros no congresso, aplaude a corrupção e cospe na democracia. Afinal, os desvios do petrolão foram para perpetuar o partido no poder, um projeto “nobre”, que tudo justifica.
Sei que posso parecer repetitivo às vezes, mas é que os petistas não cansam de insistir nos mesmos pontos. Logo, preciso repetir uma vez mais: hoje em dia, diante de tudo que já veio à tona, quem ainda defende o PT sofre de sérios desvios de caráter. Não há mais explicação alternativa!
Rodrigo Constantino