Fabricar a recessão, Dilma já conseguiu; agora, falta arrumar a economia…
Fabricar a recessão, Dilma já conseguiu; agora, falta arrumar a economia… Economia encolhe 1,6% no trimestre, na comparação com o ano passado
Pois é… O governo Dilma não é de todo ineficaz, não é? A recessão já chegou. Isso, ela já conseguiu. Agora, falta apenas arrumar a economia… Bico, coisa fácil… Agora se pode bater o martelo: o prodígio está aí: recessão, inflação nas alturas e juros nas estrelas — e tudo com tendência de piorar. Pensam que é tarefa corriqueira fazer isso? É preciso ter uma incompetência fanática.
Segundo o IBGE, a economia recuou 0,2%% no primeiro trimestre na comparação com o trimestre anterior. Mas esse indicador não serve para muita coisa, a não ser para identificar uma eventual tendência de melhora ou de piora — no caso, é de piora… O número importante é outro: a recessão bate em 1,6% quando se cotejam os números do primeiro trimestre de 2015 com o primeiro de 2014. É ele que tende a indicar o tamanho da recessão no ano em curso. A Fiesp, por exemplo, antevê 1,7%.
O PIB é analisado segundo dois grandes grupos: oferta (agropecuária, indústria e serviços) e demanda (investimentos, consumo das famílias, gastos das famílias e balança comercial). O único destaque positivo na comparação com o trimestre anterior, como quase sempre, é a agropecuária, com expansão de 4,7%. A indústria encolheu 0,3%; o setor de serviços, 0,7%; os investimentos, 1,3%; o consumo das famílias, 1,5%; os gastos do governo, 1,3%…
E, em matéria de recessão, isso ainda está longe de ser o melhor que o governo Dilma pode fazer. Para que melhore,falta piorar muito…
Por Reinaldo Azevedo
PF prende dois ex-assessores de um líder moral, espiritual e ético chamado Fernando Pimentel
Por Felipe Frazão e Laryssa Borges, na VEJA.com:
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, e o ex-assessor de comunicação social do Ministério das Cidades Marcier Trombiere Moreira, que ficou no cargo durante o comando do PP na pasta. Eles foram colaboradores da campanha eleitoral do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em 2014. A PF também apreendeu carros de luxo dos investigados, de marcas como Range Rover, Jeep, Audi e Porsche.
Bené e Trombiere foram presos durante a Operação Acrônimo, deflagrada nesta sexta. A PF tinha a cumprir noventa mandados de busca e apreensão em casas de trinta pessoas e nas sedes de sessenta empresas suspeitas de lavagem de dinheiro em Brasília (DF). As investigações começaram em outubro do ano passado, mês em que a PF apreendeu 113.000 reais em um avião particular que aterrissou no Aeroporto de Brasília vindo de Belo Horizonte (MG). Na aeronave estavam os colaboradores de Pimentel. Desde outubro a PF investigava a origem do dinheiro e nesta sexta-feira, depois de monitorar mensagens e encontros, Bené e os sócios acabaram presos por associação criminosa.
“A investigação iniciou-se em 7 de outubro de 2014 em uma apreensão realizada no aeroporto de Brasília em que se contatou que três pessoas estavam transportando mais de 110 mil reais em espécie. Elas foram conduzidos até a PF, o dinheiro, apreendido e elas ouvidas e liberadas. A partir daí a investigação conseguiu provar o desvio de recursos públicos de contratos do governo federal com sobrepreço e inexecução de contratos”, disse o delegado Dennis Cali.
“Foi possível estabelecer a atualidade e a permanência [na prática de crimes] dos principais envolvidos. Houve a prisão em flagrante por associação criminosa dos quatro principais envolvidos, mentores do esquema criminoso. Com os elementos colhidos hoje, é possível afirmar que eles continuam operando. Apesar dos contratos serem de 2005 para cá, com a busca foi possível comprovar que continuam operando”, completou.
Bené, empresário de Brasília com negócios no governo federal, ficou conhecido na campanha eleitoral de 2010 por bancar despesas do comitê eleitoral da então candidata petista Dilma Rousseff. Sua prisão, decretada após a confirmação dos policiais de que ele continuava operando em negócios criminosos, pode respingar na campanha da petista e na gestão do atual governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT). “Até o momento”, disse o delegado Cali, as investigações não envolvem o governador mineiro.
A ascensão meteórica das empresas ligadas a Bené – nos dois mandados do ex-presidente Lula as empresas a Gráfica Brasil e a Dialog Eventos faturaram 214 milhões de reais – chamou a atenção dos investigadores. Na operação policial deflagrada hoje, pelo menos 30 empresas são suspeitas de usar extensivamente laranjas e se valer da confusão patrimonial para evitar serem pegas. A partir de 2005, a mesma empresa que tinha faturamento de cerca de 400.000 reais passou a movimentar até 500 milhões de reais ao ano. “Esse grupo utiliza da confusão patrimonial, da interposição de pessoas para obter os ganhos dos contratos públicos. Há confusão patrimonial e de empresas. Há lugares em que, num mesmo local e escritório, funcionam cinco, seis empresas, tudo para dificultar a responsabilização e a identificação do real proprietário dessas empresas”, explicou o delegado responsável pelo caso.
Na operação, a Justiça Federal decretou o sequestro do bimotor turboélice avaliado em 2 milhões de reais. O prefixo da aeronave PR-PEG é formado pelas iniciais de familiares do principal investigado, por isso o nome da operação. O avião King Air de oito assentos fabricado pela Beech Aircraft está registrado em nome da Bridge Participações SA, uma holding com sede declarada em Brasília e capital social de 2.000 reais. Mas, segundo a PF, pertence ao empresário.
Bené é dono da Gráfica Brasil Editora e Marketing, então fornecedora da campanha de Pimentel e que já manteve contratos com diferentes órgão do governo federal. Em 2010, ele estave envolvido em um escândalo de produção de dossiês contra o então candidato à Presidência José Serra (PSDB), adversário derrotado pela presidente Dilma Rousseff.
Cerca de 400 policiais foram mobilizados para cumprir as ordens da Justiça no Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás. A PF investigava há oito meses a organização criminosa que tem contratos com órgão públicos federais com indícios de sobrepreço e outros que nunca foram cumpridos. Os suspeitos foram vigiados e monitorados pela PF. Os investigadores também vasculharam e examinaram dados em notebooks, smartphones e tablets apreendidos no ano passado.
As equipes deslocadas pela PF tentam apreender documentos, arquivos digitais e dinheiro para tentar esclarecer a suspeita de que os valores que circulavam nas contas dos suspeitos e das empresas ligadas aos investigados eram pagamentos dos contratos fraudados com órgãos do governo. Eles faziam depósitos e transferências fracionadas de dinheiro (técnica de smurffing) para fugir ao controle das autoridades financeiras e ocultar a origem criminosa, além de usarem laranjas.
Por Reinaldo Azevedo
Apartamento usado pela mulher do governador de MG é alvo da PF
Por Rubens Valente e Natuza Nery, na Folha:
Um endereço utilizado até o ano passado como residência da atual mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT-MG), e a casa do ex-deputado federal pelo PT mineiro Virgílio Guimarães foram um dos alvos de mandados de busca e apreensão da Operação Acrônimo, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (29).
A operação, que prendeu o empresário Benedito Rodrigues –ligado ao PT, ele manteve R$ 525 milhões em contratos com órgãos do governo federal de 2005 a 2014 e estava em um avião apreendidopela PF em outubro de 2014 com R$ 113 mil em espécie–, busca localizar documentos que possam esclarecer a suspeita de que os valores que circulavam nas contas de investigados vinham da “inexecução e de sobrepreço praticados pelo grupo em contratos com órgãos públicos federais”.
Morando em Belo Horizonte (MG) desde que Pimentel venceu a campanha eleitoral do ano passado, Carolina Oliveira até 2014 ocupava um apartamento da Asa Sul, em Brasília. Foi esse o imóvel objeto de um dos 90 mandados de busca e apreensão expedidos a pedido da PF pela Justiça Federal de Brasília e executados em Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
De acordo com a revista Época do ano passado, Carolina montou uma empresa, a Oli Comunicação, e mantinha amizade com a mulher do empresário detido, conhecido como Bené e que atua no ramo de gráficas e organização de eventos. A Oli, segundo a revista, foi contratada pelo PT.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
Leia a denúncia contra Dilma que chegou à Câmara
Abaixo, há um link para a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, protocolada na Câmara dos Deputados pelo Movimento Brasil Livre.
O texto passará por uma primeira análise da Mesa. Se não for recusado nessa fase, forma-se uma comissão para analisar os motivos apresentados. Tendo sequência, segue para o plenário. Para que a denúncia seja aceita — hipótese em que a presidente tem de ser afastada do cargo —, são necessários 342 votos.
Para ler a íntegra da denúncia, clique aqui
Por Reinaldo Azevedo
LULA, A AMEAÇA – O Ministério do Bom Senso adverte: Este vídeo pode causar danos à sua saúde
Sabem aquele vídeo em que Lula aparece fazendo ginástica e recomendando aos brasileiros que se exercitem? Pois bem… Foi caprichosamente editado, tendo como trilha sonora a música “Tô Voltando”, de Chico Buarque, interpretada por Simone.
Circula na rede. Não sei quem fez. É coisa de profissionais. Traz o logo do “Instituto Lula”, mas isso não é prova de que saiu de lá… Que foi coisa do lulismo, ah, isso foi. Não há nada de ironia ali. É para vender mesmo a volta do super-herói.
Assista, então, “A Ameaça”.
Por Reinaldo Azevedo
Minha coluna na Folha: “Ódio a Cunha é ódio à democracia”
Leiam trecho:
Gosto da pauta –com exceções– e do estilo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. Há muito tempo não havia uma pessoa tão determinada e operosa sentada naquela cadeira, disposta a fazer uso das prerrogativas que lhe facultam a Constituição e as leis. E isso significa levar ao limite a independência do Poder Legislativo –ao menos no âmbito da Casa sob o seu comando.
Como sou um fanático da democracia representativa e um discípulo de Montesquieu, eu o aplaudo. E entendo que esquerdistas possam atacá-lo, não é? Sonham ver em seu lugar um militante socialista. Vamos fazer um acordo, camaradas? Primeiro vocês vençam a revolução e, depois, implementem o socialismo. Que tal? Enquanto não fizerem a primeira no berro, não tentem ter o segundo no… berro.
Sim, eu sei que Cunha é um dos investigados da Operação Lava Jato. Caso venha a ser colhido por algo que eventualmente tenha feito (ou que não tenha) –e torço para que seja inocente –, será uma pena. Em quatro meses, fez mais à frente da Câmara do que seus antecessores em 12 anos. Desde 2003, o PT chama a reforma política de a mãe de todas as reformas. Mas sempre a ignorou. Quando o partido resolveu cuidar do assunto, mandou o país às favas e pensou apenas num projeto continuísta. Deu-se mal, felizmente!
(…)
Íntegra aqui.
Por Reinaldo Azevedo
A truculência de um deputado petista e de membros da Polícia Legislativa da Câmara contra quem protesta. E se fosse com a esquerda, hein?
Há coisas que são realmente curiosas. Quantas vezes vocês já viram manifestantes de esquerda assediando, no Congresso, parlamentares ditos “conservadores” ou “reacionários”, sem que se dissesse a respeito um “ai” de protesto? Quantas vezes vocês já viram o que chamo de “estética Mídia Ninja” sendo empregada contra aqueles que os “companheiros” chamam “gente de direita”? Ora, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara chegou a ser invadida por militantes “progressistas”, que sapatearam sobre as mesas. Não houve reação.
Vejam, no entanto, o que acontece quando Renato Oliveira, do movimento “Revoltados Online”, tenta falar com a deputada petista Maria do Rosário (PT). Observem a reação truculenta do também petista gaúcho Paulo Pimenta.
Espero, acrescento, que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, chame aqueles senhores identificados como “Polícia Legislativa” e lhes dê uma carraspana. Uma coisa é proteger os deputados de uma aproximação eventualmente imprópria; outra, muito distinta, é agredir uma pessoa que portava apenas um microfone.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: impeachment de Dilma, protesto