PT se faz de vítima e diz ser atacado por suas virtudes. Ou: PT não mudou no poder, apenas se revelou!

Publicado em 01/04/2015 08:05
por Rodrigo Constantino, de veja.com

PT se faz de vítima e diz ser atacado por suas virtudes. Ou: PT não mudou no poder, apenas se revelou!

Os “camaradas” do PT acham que sequestro é meio legítimo para o “nobre” fim do comunismo

O que faz um canalha acuado? Sai acusando os outros de canalhas e se faz de vítima, ora. A tática é velha e conhecida, mas nem por isso deixa de ser abjeta e pérfida. Foi o que faz o PT, no epicentro do petrolão e cada vez mais associado com a corrupção. Emdocumento oficial, o partido diz que é atacado por suas virtudes:

Os 27 diretórios do PT aprovaram nesta segunda-feira em São Paulo, durante reunião com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um manifesto em que afirmam que o partido vem sendo sofrendo “por suas virtudes” e não por seus erros. O texto também compara o atual momento com o episódio em que a legenda foi responsabilizada pelo sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989.

“A campanha de agora é uma ofensiva de cerco e aniquilamento. Como já propuseram no passado, é preciso acabar com a nossa raça. Para isso, vale tudo. Inclusive criminalizar o PT, quem sabe até toda a esquerda e os movimentos sociais”, diz o documento, que continua:

“Condenam-nos não por nossos erros, que certamente ocorrem numa organização que reúne milhares de filiados. Perseguemnos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades”.

Curioso o documento citar o caso do sequestro de Abílio Diniz. Para quem não lembra, o empresário foi sequestrado por militantes do MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária), um grupo comunista chileno. O MIR é parceiro do PT no Foro de São Paulo, criado em sociedade com o ditador Fidel Castro na década de 1990. O PT não deveria trazer esse caso à tona para se vitimizar…

As investigações levaram a polícia a nomes de vários petistas em agendas dos criminosos – todos eles integrantes de organizações de esquerda que haviam optado pela luta armada na América Latina. Isso levou a polícia a vincular o caso ao PT, que tinha em seu quadro vários  militantes da luta armada. Para complicar, os sequestradores foram apresentados à imprensa com camisetas da campanha de Lula, encontradas nas casas que haviam alugado.

Além disso, petistas notórios, como o ex-senador Eduardo Suplicy, fizeram forte lobby para que os sequestradores fossem liberados. Para um petista, assim como para um comunista, os fins justificam quaisquer meios, e um sequestro de um empresário é justificável se for para favorecer a causa comunista. Logo, o PT deveria fazer de tudo para que a população esquecesse esse caso, em vez de usá-lo como instrumento de vitimização.

Também é irônico o PT falar na tentativa de “criminalizar” o partido e “até” os “movimentos sociais”. Todos sabem que quem os criminaliza são seus próprios membros, ao praticarem todo tipo de crimes. Quem invade propriedade privada está se criminalizando, não quem esfrega o código penal na cara do marginal invasor. Não importa que ele faça seu crime em nome da “igualdade”. Sua ideologia estúpida e retrógrada não lhe dá o direito de ser criminoso. Apenas em sua cabeça-oca.

Por fim, é ridícula a tentativa de restringir os escândalos do partido a alguns membros isolados. Não. O PT é uma espécie de quadrilha disfarçada de partido, e o crime é defendido oficialmente pela alta cúpula do PT e pelos documentos oficiais. Os criminosos presos no mensalão nunca foram expulsos do partido, e acabaram tratados como heróis. O PT não tem alguns marginais avulsos; ele endossa a marginalidade como método aceitável ou mesmo louvável para seus “nobres” fins.

O que me remete a algo que realmente é irritante: o discurso tão disseminado por aí de que o PT traiu suas origens, que decepcionou seus fundadores e seguidores antigos. Certo “frei” marxista deu até entrevista esses dias se dizendo triste com essa “traição”. Claro: ele, camarada do tirano assassino Fidel Castro, pretende se manter “puro”, afastado da podridão petista, para assim preservar sua utopia nefasta blindada contra a realidade.

Esse papo de que o PT mudou no poder é pura balela! O PT apenas se revelou no poder para toda a nação. Já era assim antes. Já tinha acordo com bicheiro, já adotava práticas criminosas para chegar ao poder, já considerava legítimo rasgar a ética e adotar o duplo padrão moral para enganar os demais. Meu livro Estrela Cadente, de 2005 e antes de estourar o mensalão, já começa com um capítulo sobre ética, mostrando como a palavra sempre foi apenas um slogan oportunista para o partido, nada mais.

Muitos inocentes úteis arrependidos podem querer acreditar que o PT mudou, não que eles mesmos foram enganados. Outros tantos podem repetir essa ladainha para, de alguma forma, tentar preservar uma esquerda imaculada outrora representada pelo PT. Mas a dura realidade é que o partido, desde sua fundação, considera métodos abjetos como defensáveis se beneficiarem sua causa. Inclusive o sequestro de empresários…

PS1: No documento, o PT fala em reagir, em mobilizar seus defensores, os tais “movimentos sociais”. Da mesma forma que o ex-presidente Lula já tinha ameaçado colocar o “exército de Stédile” nas ruas. Resta saber o que isso significa. Praticar alguns outros crimes para se defender da acusação de partido criminoso?

PS2: O discurso de que o PT é odiado por uma elite que não suporta a ascensão dos pobres – fruto do cenário externo e agora ameaçada pelas trapalhadas petistas – é patético, e só engana mesmo alguém muito trouxa. O néscio teria de acreditar que no Brasil existem 51 milhões de representantes da tal elite preconceituosa e insensível. O Brasil é uma Suíça e não sabíamos!

PS3: É engraçado ver o PT falar em virtudes. Quais?

Rodrigo Constantino

 

Contra a ralé vermelha – artigo de hoje no GLOBO

Abrir uma empresa e investir em produtividade para competir no livre mercado não é das coisas mais sensatas em um país como o Brasil. Além de toda barreira criada pelo governo, da absurda burocracia, dos impostos escorchantes, da mão de obra pouco qualificada e das leis trabalhistas obsoletas, o empresário ainda terá de enfrentar a competição desleal dos “amigos do rei”, aqueles que conseguem privilégios e subsídios estatais.

Se, ainda assim, obtiver sucesso, enfrentará a hostilidade de uma elite “intelectual” imbuída dos velhos conceitos marxistas. Será acusado de “explorador”, de “ganancioso”, ainda que seja o responsável por parte do progresso nacional e da criação de riqueza e empregos. Será visto como o vilão em um ambiente cuja mentalidade condena o mérito e o sucesso individuais.

Por outro lado, há poucos “investimentos” mais rentáveis do que a bajulação em um sistema desses. O puxa-saquismo costuma render bons frutos por aqui. Pergunte aos artistas que mamam nas tetas estatais. Pergunte aos “jornalistas” da mídia chapa-branca com propagandas estatais polpudas em seus blogs sujos. Pergunte aos “intelectuais” que elogiam o governo e defendem o indefensável, e depois acabam agraciados com cargos públicos.

O leitor sabia que o novo presidente do Ipea é um antropólogo, não um economista? E que, ainda por cima, divide o país em três classes: ralé, batalhadores e ricos? Isso mesmo. Jessé Souza é seu nome, e seus escritos estão repletos de ataques ao liberalismo e de enaltecimento do Estado. Ele acha que no Brasil há um culto do mercado. Em que país o antropólogo vive?

Leia mais aqui.

O maior inimigo do Brasil: Foro de São Paulo

O deputado Onyx Lorenzoni, sempre combativo e alerta às ameaças bolivarianas, acaba de publicar um ótimo vídeo que resume bem aquele que é o maior inimigo do Brasil: o Foro de São Paulo. Trata-se de uma união ideológica e partidária de grupos radicais de esquerda da América Latina, incluindo ditaduras e guerrilheiros, que tem responsabilidade direta pela guinada do continente à esquerda autoritária, colocando os interesses nacionais abaixo desta ideologia nefasta. Vejam:

Rodrigo Constantino

Quem não foi comunista na juventude… começou bem!

Lacerda e Nelson Rodrigues

Por Lucas Berlanza, publicado no Instituto Liberal

Há um pensamento que é constantemente repetido por figuras das mais admiráveis, como Carlos Lacerda, Winston Churchill e, recentemente, o jornalista e colunista de Veja, Reinaldo Azevedo. Varia; uns dizem que a citação é “quem não foi comunista até os vinte anos não tem coração, quem é depois dos trinta não tem juízo”. Outros preferem “quem não foi comunista aos dezoito”. Pouco importa; a mensagem é clara. O espírito da juventude reclamaria os anseios e delírios utopistas do socialismo. Seria natural e esperável que os mais jovens abraçassem esse gênero de estupidez, contanto que, depois, modificassem suas disposições e compreendessem os limites impostos pela realidade.

A frase é de impacto, mas, levada ao pé da letra, significaria uma perda substancial para os esforços por construir um movimento social de convicções liberais, vedando ao potencial da juventude a condição ontológica para participar do processo. Não há como negar que, à juventude, liga-se o entusiasmo e, com ele, seus riscos; porém, em defesa dos meus pares – posto que sou, eu mesmo, um jovem  -, sinto-me no dever de pontuar que há também as possíveis qualidades.

Nelson Rodrigues tinha uma visão que soava bem negativa da juventude. Dizia que “o jovem, justamente por ser mais agressivo e ter uma potencialidade mais generosa, é muito suscetível ao totalitarismo. A vocação do jovem para o totalitarismo, para a intolerância, é enorme. Eu recomendo aos jovens: envelheçam depressa, deixem de ser jovens o mais depressa possível; isto é um azar, uma infelicidade”. Essas declarações não são, no entanto, tudo que o velho Nelson tinha a dizer sobre o assunto. Ele foi mais claro e positivo quando disse: “eu amo a juventude como tal. O que eu abomino é o jovem idiota, o jovem inepto, que escreve nas paredes ‘É proibido proibir’ e carrega cartazes de Lênin, Mao, Guevara e Fidel, autores de proibições mais brutais”.

Está evidente que o homem que se gabava de ser “anticomunista desde os onze anos” – tendo conseguido a rara proeza de ser paparicado por certa “intelectualidade” ou classe artística de esquerda brasileira, a despeito de suas posições francamente “reacionárias” – não pretenderia ser tão literal. Não creio seja justo assumir que estejamos, os jovens, condenados a uma idiotice totalitária que apenas o tempo poderia curar, e que o entusiasmo que costuma caracterizar essa fase necessariamente implique a incapacidade de negociar com o mundo em vez de desejar ardentemente impor sobre ele as suas imaturas imagens de ideal.

Quero lançar aqui, em interesse próprio, um manifesto: “quem não foi comunista até os vinte, até os dezoito, até os onze, até os dez, até a barriga da mãe”, COMEÇOU BEM! Desde logo, desde que começamos a formar nossas convicções, podemos e devemos dar ouvidos à experiência transmitida pelos mais velhos, pela realidade e pelo tempo, sem abdicar da paixão que nos pode mover na defesa de nossas ideias. Quem a abandona por completo? Pode ser ela a face boa do entusiasmo juvenil, se bem disciplinada e conduzida.  Paixão e entusiasmo são como corcéis; se você não os controlar, podem levá-lo à queda do precipício. Se os dominar, podem ajuda-lo a correr para o objetivo, sem necessariamente voar em direção ao impossível.

Os jovens são uma parcela importante da sociedade. Urge difundir entre eles a consciência da importância da individualidade, da liberdade, a fim de que não sejam presas fáceis dos atalhos delirantes oferecidos pelas propostas totalitárias – situação de que, ao contrário do que creem alguns, não é algo fácil se desgarrar depois. Principalmente quando o jovem, vitimado pela ânsia coletivista de ser “aceito pelo grupo” – normalmente, um grupo de “esquerdistas caviar”, como diria Rodrigo Constantino -, se submete aos seus abusos, ainda que não esteja convicto dos princípios insanos que abraça. Daí, para sair, é difícil.

Já o dizia um dos personagens que evocamos ao começo: Carlos Lacerda. Em O Poder das Ideias, obra em que estão reunidos artigos que expõem seu pensamento político, diz ele:

“Tornei-me um exemplo perigoso, o do sectário que deixou a seita, o do que encontrou um modo de recuperar a liberdade, a despeito de todas as intimidades; o do simpatizante que passou a antipatizante. Por isto farão tudo por destruir esse exemplo, com a ajuda daqueles que ainda consideram o comunismo somente uma ideia e não sabem que ele é principalmente uma vasta, total, permanente conspiração. Pior do que tudo: uma conspiração para destruir a consciência. Procedíamos como idealistas, mas automatizados. Hoje, a própria palavra ideal, a muitos parecerá confusa, pois o que conta para eles é o êxito. (…) Atuam como ventríloquos de si mesmos, obrigam-se a emprestar ideias e até gramática aos aventureiros e desonestos para os quais o comunismo, hoje, como ontem o fascismo, é um pretexto para tomar a carteira do público, enquanto o público, de nariz para cima, contempla, cintilante, a Ideologia.”

Não contemplemos a Ideologia, não sejamos o jovem idiota que clama por liberdade em abstração, enquanto se reúne em grupos nas ruas, portando bandeiras que clamam pela escravidão, pelo Caminho da Servidão. Sejamos o jovem que não tem medo de se desgarrar do coletivo acéfalo, que se atreve a pensar, e com isso, secunda um movimento muito mais importante: aquele que pode nos emancipar como pessoas, como povo e como nação. Quanto mais cedo acordarmos, melhor; não deixaremos de ter coração por causa disso.

Nota do blog: como autor de Esquerda Caviar, que possui um capítulo inteiro sobre a juventude, admito que vejo o jovem em geral como alguém mais suscetível a utopias, socialistas ou libertárias. Como disse Oscar Wilde, “não sou jovem o suficiente para saber de tudo”. O jovem tem uma tendência a buscar “soluções”, em vez de encarar a existência apenas de trade-offs em um mundo complexo. Dito isso, concordo com o texto do Lucas, pois tal inclinação não é uma prisão fatalista, e também porque, confesso, “comecei bem” (ou, se preferirem, fui um jovem “sem coração”, pois jamais flertei com o socialismo).

Ronaldo Caiado sobre Mais Médicos: o que espanta é o relativo silêncio da grande imprensa

A denúncia feita por Ronaldo Caiado nesse discurso recente é da maior gravidade. Não se trata, que fique claro, de acusações da oposição, mas de algo que veio à tona por meio de uma gravação com a confissão da própria pessoa do governo envolvida no esquema.

Falo da conivência do governo brasileiro com a ditadura cubana para importar “médicos”, incluindo espiões de Fidel Castro cuja missão é fiscalizar os verdadeiros médicos para que não “abusem” da liberdade existente aqui e inexistente em Cuba. Vejam a rápida fala do senador:

 

 
 
 
 
 
O conteúdo, por si só, já é explosivo, e poderia derrubar um governo em qualquer país minimamente sério. Mas o mais chocante nem é isso, pois qualquer um que conhece o PT não tem o direito de ficar surpreso com suas alianças nefastas com regimes assassinos. O mais espantoso é o relativo silêncio da grande imprensa.

Será que algo assim não deveria se tornar reportagem principal dos jornais televisivos do país? Será que um senador que descreve um processo tão absurdo de venezualização no Brasil, calcado em dados concretos, não mereceria ser escutado por todos os brasileiros?

É um quadro deveras preocupante. Não “apenas” o bolivarianismo petista, mas a postura estranha, acovardada ou mesmo cúmplice de boa parte da nossa mídia, ironicamente acusada de golpista pelos petistas.

Rodrigo Constantino

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Fonte: Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

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