Blogs de VEJA antecipam: Pesquisa do IBOPE vem pior que o Datafolha para a popularidade de Dilma
Ainda mais impopular
Já está circulando na CNI a pesquisa encomendada ao Ibope para medir o pulso do país – e mais especificamente a popularidade do governo.
A pesquisa deve ser divulgada a qualquer momento entre hoje e segunda-feira. Antes, claro, Robson Andrade, o presidente da CNI, vai cumprir o ritual de comunicar antecipadamente o resultado ao Palácio do Planalto.
A tendência é que os números sejam piores para o governo do que os registrados pelo Datafolha na semana passada.
Por Lauro Jardim
Contra a licença
As duas vozes petistas que mais vêm defendendo a permanência de João Vaccari na tesouraria do partido são Mônica Valente, mulher de Delúbio Soares e secretária de Relações Internacionais do partido, e Francisco Rocha, o Rochinha, presidente da Comissão de Ética do PT. Os dois são muito próximos a Vaccari.
De resto, é consenso que Vaccari deve mesmo se licenciar.
Neste grupo, incluem-se até mesmo Lula e Rui Falcão.
Por Lauro Jardim
O Titanic e os violinistas
A frase é atribuída a Romero Jucá, sobre a postura de alguns ministros de Dilma 2.0:
- É como o Titanic. O governo afundando e a turma tocando violino.
Por Lauro Jardim
No escuro
A crise econômica e o tarifaço da energia desembarcaram no aeroporto de Brasília. Quem chega neste momento ao novo terminal de embarque para seguir viagem pode contar: de cada três lâmpadas, duas estão apagadas. A explicação para a escuridão no aeroporto é a economia, de dinheiro e energia.
Um senador tucano que se preparava para viajar e ficou no escuro emendou:
- É o aeroporto na penumbra e o governo no escuro.
Por Lauro Jardim
Cobertura furada
Quem foi ao Maracanã no domingo passado assistir o Flamengo vencer o Vasco, testemunhou – além do lamentável espetáculo de um gramado alagado – uma estranha chuva que caía na área que deveria estar protegida pelo enorme toldo feito na reforma do estádio, inaugurado meses antes da Copa.
Os torcedores não entenderam direito por que chovia num lugar que deveria estar coberto. Eis a explicação: o toldo que cobre o Maracanã está cheio de furos e a culpa é da Fifa – pelo menos para a Odebrecht, concessionária do estádio.
A Odebrecht entrou na Justiça com uma ação contra a Fifa pedindo que a entidade pague 12 milhões de reais por estragos causados ao toldo. Alega que os fogos de aetifício usados na comemoração de final da Copa danificaram irreversivelmente a cobertura do Maracanã.
Enquanto, a pendência não se resolve, é bom o torcedor precavido levar uma capa quando for ao estádio.
Por Lauro Jardim
Janine na Educação: o homem do “retardamento mental”
Dilma Rousseff escolheu Renato Janine Ribeiro para assumir o lugar de Cid Gomes à frente do Ministério da Educação. Escolha coerente. A “Pátria educadora” assume todo o seu retardo.
Relembro a homenagem que retribuí a Janine após o lançamento do best seller de Olavo de Carvalho organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
Dilma faz opção por se distanciar ainda mais da população e escolhe para a comunicação social quadro do PT que tacha a voz das ruas de golpista, que faz o elogio indireto do bolivarianismo e que é citado em manuscrito de empreiteiro em situação nada confortável
Era ruim? Vai ficar pior. A suspeita que aqui se levantou de que Thomas Traumann, secretário de Comunicação Social, caíra por maus motivos se cumpriu. Os tais blogs sujos estão soltando rojões. Ouve-se daqui o espocar do champanhe. Os petistas fazem o Baile da Ilha Fiscal. A presidente Dilma Rousseff nomeou para o lugar de Traumann ninguém menos do que Edinho Silva. O homem já foi prefeito de Araraquara duas vezes, deputado estadual e presidente do PT no Estado de São Paulo. Na campanha de 2014, foi o coordenador financeiro da campanha de Dilma. Coordenador financeiro é o nome que se dá para o “tesoureiro”.
Traumann caiu depois que alguém vazou um documento da Secom, provavelmente de sua autoria, em que se diz que o país vive um caos político, apontando erros na comunicação do governo com a sociedade. Mas isso não tinha importância nenhuma. O que havia de realmente importante lá?
1 – admitia-se o uso dos blogs sujos para atacar os adversários do governo. Lá se dizia que o Planalto fornece “munição” para ser “disparada” por “soldados de fora”. Chega-se a falar em guerrilha da comunicação;
2 – prega-se que o governo use o dinheiro de publicidade para alavancar a popularidade de Haddad em São Paulo;
3 – defende-se que estruturas do estado, como voz do Brasil e Agência Brasil, sejam postas a serviço do mandato de Dilma, sob uma coordenação única, que incluiria instrumentos de comunicação do próprio PT.
É claro que o secretário deveria ter caído por essas três coisas. Mas agora fica claro que não! Ou Dilma não teria escolhido para o seu lugar um quadro do partido. Ou por outra: todos os absurdos defendidos no documento certamente serão postos em prática com ainda mais determinação por Edinho Silva.
Por suas mãos vai passar a bilionária verba publicitária que junta as contas da administração direta com as das estatais. O documento da Secom, na prática, admite que essa estrutura está servindo para premiar aliados na imprensa e na subimprensa — e, por óbvio, para punir os que não aceitam escrever ou falar de joelhos.
Pior: Dilma nomeia um secretário, com status de ministro, que já surge como candidato a depor na CPI. Por que digo isso? Ricardo Pessoa, dono da UTC, que está preso, deixou para a história um manuscrito. Lá está escrito, prestem atenção:
“Edinho Silva está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”.
Há mais. Tivesse fechado o acordo de delação premiada — que não saiu, e ninguém sabe por quê —, Pessoa estaria disposto, segundo informou reportagem da VEJA, a contar que doou R$ 30 milhões não contabilizados para o PT no ano passado. Desse total, R$ 10 milhões teriam ido para a campanha de Dilma.
A nomeação indica que a presidente está perdida e fez a opção por se distanciar ainda mais da esmagadora maioria da população brasileira. Edinho certamente foi considerado especialmente qualificado para o cargo porque, em documento recente, afirmou que as manifestações de rua são coisa da elite golpista. E ainda aproveitou para fazer um elogio indireto ao bolivarianismo. Segundo o homem, é preciso combater a “direita” em todo o continente.
Se Dilma tivesse juízo, teria escolhido um técnico para a secretaria de Comunicação Social, que contasse com o apoio também do PMDB. Afinal, trata-se de um órgão da Presidência, não do partido. Mas o que se pode fazer? Fica valendo o adágio latino: “Quos volunt di perdere, dementant prius”. Em bom português: “Os deuses primeiro tiram o juízo daqueles a quem querem destruir”.
Por Reinaldo Azevedo