Popularidade de Dilma derrete: 62% de ruim e péssimo contra apenas 13% de ótimo e bom

Publicado em 18/03/2015 08:10
por Reinaldo Azevedo, de veja.com
Popularidade de Dilma derrete: 62% de ruim e péssimo contra apenas 13% de ótimo e bom; o Nordeste e os mais pobres desistiram da petista. Pior: há aloprados querendo piorar tudo


A Secretaria de Comunicação do governo, cujo titular é Thomas Traumann, elaborou um documento aloprado sobre a situação política do país, propondo um conjunto de ações eivado de ilegalidades. Acredita-se na possibilidade de reverter o desgaste de Dilma na base da “guerrilha” de propaganda, como está lá. Leiam post a respeito. Entre as propostas, está intensificar a relação com os chamados “blogs sujos”, que seriam os “soldados de fora” que atirariam com munição fornecida pelo governo.  Pois é…

Se a receita fosse mesmo essa, a Secom teria que, literalmente, chafurdar no mar de lama. Por quê? Dilma Rousseff derreteu. Em pouco mais de um mês, os que consideravam seu governo ótimo e bom despencaram de 44% para 13%. Os que o avaliam como ruim ou péssimo saltaram de 23% para 62%, e caíram de 35% para 24% os que o veem como regular. Os números são do Datafolha e estão na edição da Folha desta quarta. O instituto entrevistou 2.842 pessoas entre os dias 16 e 17. Pode-se argumentar que os dados estão sob o impacto dos protestos do dia 15. Mas também é possível considerar que os protestos do dia 15 só foram tão bem sucedidos porque esses sãos os números, não é mesmo?

Não há boa notícia possível para Dilma. Pela primeira vez, desde que o PT está no poder, a reprovação ao governo no Nordeste encosta nos números do Sudeste, onde a presidente conta com apenas 10% de ótimo e bom e 66% de ruim e péssimo. Entre os nordestinos, esses números são, respectivamente, 16% e 55%. A região mais severa com a presidente é o Centro-Oeste: 75% de ruim e péssimo e só 10% de ótimo e bom. No Sul, estes números são, na ordem, 64% e 13%. Só a Região Norte destoa um pouco, mas ainda com números francamente hostis à presidente: 51% de ruim e péssimo e 21% de bom e ótimo.

Dilma, como eu já havia apontado aqui na pesquisa de fevereiro, viu desabar a sua popularidade entre os pobres: acham seu governo ruim ou péssimo 60% dos que ganham até dois salários mínimos; 66% dos que recebem de dois a cinco; 65% entre os que ganham entre cinco e dez e mais de dez. O seu mais alto índice de ótimo e bom, bem mixuruca, está na faixa de até dois mínimos: 15%; o mais baixo, na de dois a cinco: 10%.

Se os números são ruins, as expectativas podem ser piores. Sessenta por cento acreditam que a situação econômica vai piorar, e só 15%, que vai melhorar. Para 77%, a inflação vai subir, e só 6% acreditam que vai cair. Creem que o desemprego vai aumentar 69% dos entrevistados, contra apenas 12% que pensam o contrário. Segundo o Datafolha, é o maior pessimismo registrado no país desde 1997.

O governo e os petistas deveriam parar com essa bobagem de que os protestos contra o governo são coisa de rico, não é mesmo? Como se nota, os pobres formam hoje um formidável público potencial para as manifestações. Ainda que não tenham aderido em massa à mobilização do dia 15, parece que podem fazê-lo a qualquer momento. Se a tática desesperada da Secom for posta em prática, aí é que o bicho pode mesmo pegar. A nota atribuída pelos entrevistados a Dilma também caiu: de 4,8 em fevereiro para 3,7 agora.

O Congresso não merece avaliação melhor em tempos de petrolão: só 9% dizem que seu trabalho é ótimo ou bom, contra 50% que o têm como ruim e péssimo. Os números são péssimos, sim, mas é evidente que a crise política não tem origem no Parlamento.

Como Dilma sai das cordas? Uma coisa é certa: não é alimentando a guerra suja, como sugere um documento da Secom. Talvez um primeiro passo fosse se cercar de gente capaz de entender a natureza da crise. Até agora, não há ninguém com esse perfil. O petismo aloprado só a aproxima ainda mais do abismo.

Por Reinaldo Azevedo

E aí, esquerdista trouxa? Entrou na vaquinha para ajudar a pagar multa de Dirceu? Bem feito!

Lembram-se da famosa pergunta: “O que você quer ser quando crescer?” Toda criança, acho eu, tem de querer ser José Dirceu, o consultor. Nunca se viu homem tão inteligente. A sua consultoria é ele sozinho. O irmão é só um sócio formal. Não tem uma equipe de especialistas que cuidam de áreas específicas. Isso é coisa de empresas tradicionais. O Zé é moderno. Sozinho, ele dá conta da área de medicamentos, engenharia, bebidas, comunicação, equipamentos elétricos, direito… E o que mais pintar. É o Leonardo da Vinci da consultoria. É um homem completo.

O homem recebeu mais de R$ 29 milhões em sete anos de consultoria solitária. É de fazer inveja a qualquer um. Seus advogados dizem, claro!, que ele efetivamente prestou os serviços. Então tá bom. Eu só fico a pensar aqui nos eventuais trouxas — com a devida vênia — que resolveram entrar na “vaquinha” em favor de Dirceu para pagar a multa de R$ 971.128,92 determinada pelo STF. Coitado! O homem da saliva mais cara do Brasil alegava não dispor desse dinheiro. E teve início, então, a corrente de solidariedade.

O mais impressionante é que o melhor ano para Dirceu foi 2012, aquele em que foi condenado: recebeu R$ 7 milhões. Mas nada se compara em eficiência a 2013: mesmo ele estando na cadeia, faturou R$ 4,16 milhões. Vá ser bom assim lá na Casa do Chapéu!

Se os petistas conseguissem fazer pelo Brasil o que fazem por si mesmos, nosso PIB seria maior do que o dos EUA, e a qualidade de vida da população, superior à dos dinamarqueses.  

Por Reinaldo Azevedo

Divorciado do povo, PT e suas franjas pressionam para que reforma política seja feita no tapetão do Supremo

Naquela desastrada e desastrosa entrevista coletiva concedida no domingo, o ministro petista Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) resolveu pautar os “companheiros” da imprensa. A reforma política só estaria travada por causa do Supremo, já que o ministro Gilmar Mendes pediu vista no julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que põe fim ao financiamento de campanhas eleitorais por empresas.

Muito bem! Se a doação das empresas passa a ser proibida, de algum lugar haverá de sair o dinheiro. Certamente vão apelar aos cofres públicos. E, nesse caso, o maior partido é que será beneficiado, não? Ou o dinheiro será distribuído segundo o número de votos nas eleições parlamentares do pleito anterior ou segundo o tamanho da bancada de deputados. Quando o PT tinha apenas oito, chamaria a proposta de reacionária.

Mas calma! A ADI argumenta que o financiamento privado fere o Artigo 5º da Constituição, que garante a todos a igualdade. Como empresários são mais ricos, podem doar mais. Pede-se, então, que o Supremo faça uma interpretação conforme a lei para definir alguma forma de participação do cidadão.

Venham cá: eu sou um cidadão. O beneficiário do Bolsa Família também. O teto da doação será definido segundo o meu rendimento ou segundo o dele? Digamos que eu possa doar até R$ 10 mil. Esse é o valor que muitos bolsistas receberão em… quatro anos! Logo, a suposta injustiça continua.

Essa é a questão de fundo filosófico. Há a outra, de natureza penal: se e quando isso acontecer, os pobres serão usados como laranjal dos que pretendem esconder doações irregulares, que continuarão a acontecer. Aliás, a grande estupidez dessa tese, se fosse séria, se não fosse puro oportunismo, é tentar proibir o legal para conter o ilegal. Seria como proibir o uso de cigarro para inibir o consumo da maconha. A solução é asnal.

Política na clandestinidade
Se e quando as doações privadas forem totalmente proibidas, é evidente que crescerá o volume de recursos no caixa dois. A propósito: os ministros que já votaram a favor dessa ADI absurda propõem a contratação de mais quantas pessoas pela Justiça Eleitoral?

Financiar o quê?
O que é uma barbaridade nessa ADI — originalmente pensada por Roberto Barroso e seus amigos e apenas “lavada” pela OAB — é que se quer instituir, na prática, o financiamento público de campanha (com eventual estabelecimento de limites para indivíduos) SEM QUE SE DIGA O QUE SERÁ FINANCIADO. É ESTUPEFACIENTE! Mas os discípulos voluntários ou involuntários de Rossetto logo correm para cumprir a pauta.

Ora, se o voto for proporcional, como é hoje, isso demanda um tipo de financiamento; se for distrital puro, outro; se distritão, um terceiro; se distrital-misto, um quarto. O que quer o PT, na verdade, que é a mão que balança o berço dessa ADI da OAB? Impor o financiamento público, o que acabaria condicionando o voto em lista fechada. Sim, leitor, a proposta do PT é usar o seu dinheiro para financiar as campanhas políticas, mas proibindo-o de escolher seu candidato. É a eleição sem rosto.

A imprensa deveria é perguntar aos ministros que já votaram a favor da ADI onde está escrito que fazer reforma política é tarefa do Supremo. Ou que cabe a um tribunal estabelecer qual deve ser o limite de doação de um cidadão e segundo qual critério.

Quem tem a legitimidade — além da atribuição legal — para fazer essas mudanças é o Congresso. Os 11 ministros da Corte (atualmente, 10) não foram eleitos pelo povo nem têm essas atribuições, por mais que o “novo constitucionalismo” de Barroso seja, assim, uma espécie de morte de Deus do direito: se não existe limite para uma corte suprema, então tudo é permitido.

A ADI, ao gosto do PT (e é, não adianta negar), leva a assinatura da OAB, cujo presidente, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, é candidatíssimo ao Supremo (e é, não adianta negar). Os dois termos poderiam não formar uma equação, em que se juntam para formar uma igualdade. Mas, no caso, é equação, sim. A ADI da OAB quer fazer no tapetão a reforma que o PT não consegue fazer no Congresso.

É uma forma de golpe branco nas prerrogativas do Legislativo. De resto, divorciado do povo, só faltava o partido emplacar a reforma política feita pelos togados.

Por Reinaldo Azevedo

 

Zavascki descarta, por erro formal, agravo que pede que Dilma seja investigada; oposições vão reapresentar o pedido nesta quarta

Teori Zavcascki, relator do caso do petrolão no Supremo, rejeitou agravo regimental do PPS que contesta decisão de Rodrigo Janot, referendada pelo ministro, segundo a qual Dilma não pode ser responsabilizada por atos anteriores à sua chegada à Presidência. E rejeitou de uma forma um tanto curiosa, já digo por quê. Os partidos de oposição, unidos, devem reapresentar o agravo nesta quarta.

Em princípio, Zavascki nem examinou o pedido porque alegou erro formal. O texto não contava com a assinatura de um advogado e do próprio Jungmann. Até aí, vá lá. Ocorre que ele também considerou que o PPS não é parte legítima para fazer essa solicitação. Pois é… Ora, se o documento foi descartado porque apócrifo, não há como fazer considerações sobre o mérito, certo? Ou será que perdi alguma coisa?

Nesse primeiro agravo, o PPS já contava com a possibilidade de ser desqualificado como parte. Por isso, pediu, nessa hipótese, que o pleito seja examinado pelo pleno do tribunal como “questão de ordem”.

A tese
Mas Dilma pode ou ser não pode ser investigada? Pode! É o que dispõe a jurisprudência do Supremo, assim sintetizada pelo ministro Celso de Mello no no Inquérito nº 672/6:
[...] De outro lado, impõe-se advertir que, mesmo na esfera penal, a imunidade constitucional em questão [aquela do Presidente da República] somente incide sobre os atos inerentes à persecutio criminis in judicio. Não impede, portanto, que, por iniciativa do Ministério Público, sejam ordenadas e praticadas, na fase pré-processual do procedimento investigatório, diligências de caráter instrutório destinadas a ensejar a informatio delicti e a viabilizar, no momento constitucionalmente oportuno, o ajuizamento da ação penal”

Ou por outra: investigada ela pode ser, sim; não pode é ser processada antes do término do mandato. A nova solicitação deve contar a chancela de todos os partidos de oposição. 

Por Reinaldo Azevedo

 

A guerra suja exposta em um documento da Secom. Governo admite que fornece munição para ser disparada por pistoleiros. Texto anuncia disposição de violar o Artigo 37 da Constituição. Pergunta direta: “Esse troço é de sua autoria, ministro Thomas Traumann?”

O conteúdo de um documento da Secom, a Secretaria de Comunicação do governo federal, cujo titular é Thomas Traumann, veio a público nesta terça, revelado pelo portal estadão.com.br. Não tem assinatura. Não dá para saber se o autor é ou não o ministro. O que dá para assegurar é que ali estão elencadas algumas propostas francamente ilegais e passos de uma guerra suja. Agora é para valer: o texto admite que os ditos “blogs progressistas”, popularmente conhecidos como “blogs sujos”, trabalham de maneira coordenada com o governo. Não é novidade, é claro! O que é novo é o governo admitir isso, ainda que em documento apócrifo. Assim, leitor, fique sabendo: sempre que, em uma das páginas dos puxa-sacos, aparecer um ataque a ministros do Supremo, juízes, jornalistas e imprensa independente, essa página está a serviço do governo.

É estupefaciente que um órgão oficial, que lida com dinheiro público, escreva isto. Leiam:
“As responsabilidades da comunicação oficial do governo federal e as do PT/Instituto Lula/bancada/blogueiros são distintas. As ações das páginas do governo e das forças políticas que apoiam Dilma precisam ser muito melhor (sic) coordenadas e com missões claras. É natural que o governo (este ou qualquer outro) tenha uma comunicação mais conservadora, centrada na divulgação de conteúdos e dados oficiais. A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele.”

Notaram? Os “blogueiros”, financiados por estatais e por propaganda do próprio governo, são considerados parte da “comunicação oficial”, bem como o Instituto Lula e o PT. E o texto deixa muito claro que a esses blogs não cabe a divulgação de “conteúdos e dados oficiais”. Não! O governo fornece a “munição”, mas quem dispara são os “soldados de fora”. É asqueroso!

Há um trecho ainda mais revelador. Helena Chagas, ex-titular da Secom, foi derrubada do cargo por Franklin Martins. Quando caiu, os ditos “blogueiros progressistas” — os blogs sujos — estavam em guerra com ela porque ela havia diminuído o repasse de dinheiro para a turma. Sem falar em valores, o documento elaborado pelo órgão sob os cuidados de Traumann admite (leiam com atenção):
“O início do primeiro governo Dilma (…) foi de rompimento com a militância digital. A defesa ferrenha dos direitos autorais pelo Ministério da Cultura e o fim do diálogo com os blogues pela Secom geraram um isolamento do governo federal com as redes que só foi plenamente restabelecido durante a campanha eleitoral de 2014.”

Ô Thomas! Explique aqui para este blogueiro não progressista o que quer dizer “fim do diálogo com os blogues (sic) pela Secom”. Não peço que explique a gramática porque inexplicável. Só o conteúdo. O que quer dizer “diálogo”, Thomas? Os blogueiros sujos telefonavam em busca de uma informação, e a Secom não atendia? E o que significa o restabelecimento do “diálogo” em 2014, em pleno ano eleitoral? Quanto custa esse diálogo?

Sabem o que é impressionante? Quem quer que seja o autor dessa estrovenga pegou o problema pelo avesso. Os blogs sujos, que disparam com munição fornecida pelo governo, hoje mais prejudicam a presidente Dilma do que ajudam. E a Secom quer dobrar a dose de um remédio que está dando errado. Pergunto: é lícito um governo usar uma rede de difamadores? É lícito um governo financiar páginas destinadas a cantar seus feitos? É lícito um governo fornecer “munição” para pistoleiros?

Haddad
O texto da Secom segue adiante, propondo ilegalidades escancaradas. Uma delas é esta: 
“A publicidade oficial em 2015 deve ser focada em São Paulo, reforçando as parcerias com a Prefeitura. Não há como recuperar a imagem do governo Dilma em São Paulo sem ajudar a levantar a popularidade do Haddad. Há uma relação direta entre um e outro.”

O que se tem aí é a disposição anunciada de violar o Parágrafo 1º do Artigo 37 da Constituição, que estabelece:
“§ 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”
O texto da Secom deixa claro que o objetivo da publicidade FEDERAL será “ajudar a levantar” a popularidade do prefeito.

A coisa não para por aí, não. Prestem atenção a isto aqui:
“É preciso consolidar o núcleo de comunicação estatal, juntando, numa mesma coordenação, a Voz do Brasil, as páginas de sites, twitter e Facebook de todos os ministérios, o Facebook da Dilma e a Agência Brasil.”

Como? O Facebook de Dilma, informa-se lá, é administrado pelo PT. A “Voz do Brasil” é uma imposição legal do Estado brasileiro — infelizmente! —, não do governo. Que se saiba, a Agência Brasil diz atuar com neutralidade. De novo: como órgão estatal, não pode estar a serviço do poder de turno nem se confundir com a militância partidária.

Congresso
Thomas Traumann tem de ser convidado a explicar a deputados e senadores o conteúdo desse documento. Algumas questões:
a: quanto custa o diálogo do governo com os tais “blogs progressistas”, também conhecidos como “sujos”, que veiculam anúncios oficiais e servem para atacar adversários do PT e do governo?;
b: o que quer dizer fornecer “munição” para “soldados de fora”?;
c: como o governo federal pretende usar a publicidade para “levantar a popularidade” de Haddad?;
d: como pretende submeter a uma mesma coordenação o Facebook de Dilma (que é do PT), a Voz do Brasil e a Agência Brasil?

Bobagem
A imprensa tem dado relevo ao fato de que o texto admite o “caos político” no país. Grande coisa! Quem precisa da Secom pra isso? Sem contar que acho a palavra “caos” um óbvio exagero. Não sei se o texto é de autoria do Traumann, mas me parece que o redator, ele ou outro, encarece o problema para tornar mais urgente as soluções erradas e ilegais que aponta. A esta altura, não tenho dúvida de que Dilma as acatará. Em matéria de tiro no pé, nunca antes na história destepaiz se viu algo parecido.

O texto da Secom, além das óbvias ilegalidades que propõe, flerta com a guerra suja. Acredite, presidente Dilma: é o caminho para o abismo. Além, suponho, de custar caro. Mas, nesse caso, sei, quem paga é a população, né?

Por Reinaldo Azevedo

 

BrasilCultura, POR FELIPE MOURA BRASIL

“Quarta-feira vermelha” do MTST é contra tudo que o PT representa: “golpismo, preconceito e intolerância”

Boulos, à esquerda, bajula Dilma Rousseff

Guilherme Boulos está com inveja do 15 de março. Ele também quer parar o Brasil.

O líder do Movimento dos (Não) Trabalhadores Sem Teto (MTST) anunciou no Facebook a “quarta-feira vermelha”. O 18 de março agora é o “Dia Nacional de Luta pela Reforma Urbana”.

A reforma urbana do não trabalhador Boulos começa com pneus queimados no meio da rua em dia de trabalho. Ele promete mais de 30 bloqueios em 13 estados e 10 bloqueios de grandes vias em São Paulo, com centenas de militantes empunhando bandeiras vermelhas e gritando palavras de ordem. Boulos não revelou quanto cada um receberá, mas o ato é contra tudo que o PT representa: “o golpismo, o preconceito e a intolerância”. Como se sabe:

- Golpismo é saquear 300 milhões de dólares da Petrobras para financiar campanha eleitoral e comprar apoio político no Congresso.

- Preconceito é tratar pobres, negros, gays, índios e mulheres como incapazes; “loiros de olhos azuis” como culpados pela crise econômica; críticos do governo como “elite branca”; e ricos em geral como manifestantes ilegítimos.

- Intolerância é financiar grupos paramilitares como o MST, do qual o próprio MTST é braço urbano, para infernizar a vida de trabalhadores; e uma rede de blogs sujos para difamar veículos e jornalistas independentes; e ainda pedir cabeças de quem ouse descrever a realidade do governo como Rachel Sheherazade, os analistas do Santander, Larry Rother e outros, sem contar a revista VEJA, cuja sede foi depredada e pichada pela militância às vésperas da eleição.

Ah sim: Boulos também protestará “contra o ajuste fiscal”. Como o setor público fechou 2014 com saldo negativo de 32,5 bilhões de reais, a presidente Dilma ‘Rou7′ precisou reequilibrar as contas que ela mesma estourou, aumentando os impostos de quem trabalha e mexendo nos “direitos” de não trabalhadores como Boulos, coisa que prometera não fazer nem que a vaca tossisse.

O ministro petista Thomas Traumann, naquele documento entregue ao governo que comentei aqui, apontou a escolha do executivo de banco Joaquim Levy para o Ministério da Economia e as medidas de ajuste fiscal para explicar um “movimento impressionante” de “descolamento entre o governo e sua militância” a partir de novembro passado.

Boulos é parte dessa militância que descola, mas não desgruda.

Só chora querendo mamar.

Ei, você aí, me dá um dinheiro aí…

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

BOMBA DO “MAIS MÉDICOS”: Gravação mostra como governo do PT mascarou objetivo de financiar Cuba

O Jornal da Band revelou nesta terça-feira gravações bombásticas de uma reunião anterior ao lançamento do “Mais Médicos” na qual assessores do Ministério da Saúde* e a atual coordenadora** do programa na Organização Panamericana de Saúde (Opas) discutiram meios de mascarar o objetivo do governo do PT de financiar a ditadura cubana, reservando a maior parte do orçamento a profissionais do país dominado pelos irmãos Castro.

A pauta da reunião incluiu:

a) Como disfarçar a preferência do governo por Cuba:

Solução: simular uma abertura para médicos de outros países.

b) Como disfarçar a vinda dos vigias do regime, que fiscalizam os escravos médicos para impedir deserções:

Solução: inflar o número de escravos.

c) Quanto do salário dos escravos ficará com a ditadura:

Solução: 60% para o governo e 40% para o médico, como estipulou Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência. (A ditadura acabou abocanhando mais de 70%.)

Voltarei ao assunto em breve. Assista à comprovação de tudo que nós já sabíamos.

* Rafael Bonassa, assessor do gabinete do ministro, Alberto Kleiman, da área internacional e Jean Kenji Uema, chefe da assessoria jurídica.
** Maria Alice Barbosa Fortunato.

Relembre também aqui no blog:
Deu no Wall Street Journal: Tráfico de médicos escravos, adotado por Dilma, “é o crime perfeito”. Cuba ganha quase 8 bilhões de dólares por ano e ainda posa de solidária
Escrava cubana que atuava no ‘Mais Médicos’ do governo Dilma teria fugido para os EUA, como já fizeram escravos alugados pelo governo Maduro, na Venezuela. Conheça a verdadeira história do programa do Foro de São Paulo

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

Tags:

Fonte: Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Prejuízos na pecuária devem continuar em 2022, avalia o presidente da Assocon
Exportações totais de carne bovina caem 6% no volume e 11% na receita em janeiro
Santa Catarina mantém proibição de entrada de bovinos vindos de outros estados
A "filosofia" de Paulo Guedes para a economia brasileira. Os liberais chegaram ao Poder
O misterioso caso de certo sítio em Atibaia (Por Percival Puggina)
Integrante da equipe de transição de Bolsonaro é crítica severa do agronegócio
undefined